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"Antes de mais nada, nós dele recebemos antecipadamente a força e a

capacidade de pôr em prática todos os mandamentos que Deus nos


deu. Por isso não nos aflijamos como se nos fosse exigido algo de
incomum, nem nos tornemos vaidosos pensando que damos mais do
que havíamos recebido. Se usarmos bem destas forças, levaremos uma
vida virtuosa; no entanto, mal empregadas, cairemos no pecado."
S. Basílio Magno
O Catecismo da Igreja Católica afirma que, os
dez mandamentos devem ser entendidos
como um caminho de vida. Assim, os
dez mandamentos são normas que visam a
vivência da liberdade dos filhos de Deus,
“indicam as condições de uma vida liberta da
escravidão do pecado” (n. 2057).
Servem para nos ensinar “a verdadeira
humanidade do homem”, também, “iluminam
os deveres essenciais e, portanto,
indiretamente, os direitos humanos
fundamentais, inerentes à natureza da pessoa
humana”. (Catecismo, n. 2070).
São úteis à vida de cada um de nós, porque, o
pecado deixou a luz da nossa razão
obscurecida, e também, gerou o desvio da
vontade. É o que afirma o Catecismo (n. 2071),
citando São Boaventura, que foi um monge
franciscano do século XIII.
Sim, os dez mandamentos são atuais, o
Catecismo afirma que “são obrigações” graves
(n. 2072). Logo, o descuido na vivência desses
nos colocam as matérias que, precisam ser
confessadas quando fazemos nosso exame de
consciência.
A base dos 10 mandamentos é o texto bíblico
de Êxodo 20, 2-17 e, também, Deuteronômio
5,6-21. A Igreja, no período em que as pessoas
tinham menos acesso a textos escritos, porque
eram caros, formulou-os de maneira
catequética!
Porque Deus nos amou primeiro nós devemos
corresponder amando-O de volta. O amor a
Deus implica rejeição aos falsos deuses. E
renúncia a todo tipo de idolatria e superstição.
Mas, também, a incredulidade, heresia,
apostasia e cisma, sacrilégio e o agnosticismo
“O dom do nome pertence à ordem da confiança e
da intimidade” (n. 2143). O respeito ao nome de
Deus é o respeito devido a Ele mesmo. Aqui
devemos ater-nos aos cuidados, também,
referentes à blasfêmia, que é “proferir contra Deus
– interior ou exteriormente – palavras de ódio, de
censura, de desafio, dizer mal de Deus, faltar-Lhe
ao respeito nas conversas, abusar do nome d’Ele”
(n. 2148). Evite-se, também, fazer falso juramento
usando o nome de Deus.
“O domingo realiza plenamente, na Páscoa de
Cristo, a verdade espiritual do sábado judaico e
anuncia o descanso eterno do homem, em Deus”
(n. 2175). O Catecismo afirma que “a Eucaristia
dominical fundamenta e sanciona toda a prática
cristã. É por isso que os fiéis têm obrigação de
participar da Eucaristia nos dias de preceito, a
menos que estejam justificados, por motivo sério.
Os que deliberadamente faltam a essa obrigação
cometem um pecado grave” (n. 2181).
“Deus quis que, depois de Si, honrássemos os
nossos pais, a quem devemos a vida e que nos
transmitiram o conhecimento de Deus. Temos
obrigação de honrar e respeitar todos aqueles
que Deus, para nosso bem, revestiu da sua
autoridade” (n. 2197). É um mandamento
dirigido diretamente aos filhos nas suas
relações com os pais. Mas, também, tem seus
desdobramentos
 Além do respeito pela vida, que é sagrada, como
afirma o Catecismo (n. 2258), esse mandamento
ainda implica outros atos, são eles: o aborto,
inclusive os que colaboram; a Eutanásia; o
Suicídio.
 Aqueles que, em estado de embriaguez ou por
gosto imoderado da velocidade, põem em risco a
segurança dos outros e a sua própria, nas
estradas, no mar ou no ar, tornam-se gravemente
culpados” (n. 2290).
 A castidade significa a integração da sexualidade na
pessoa, ou seja, sua unidade interior, corporal e espiritual.
A sexualidade torna-se pessoal e verdadeiramente
humana, quando integrada na relação de pessoa a pessoa,
no dom mútuo total e temporalmente ilimitado, do homem
e da mulher. A virtude da castidade engloba a integridade
da pessoa e a integralidade da doação (cf. n. 2337). Implica
a aprendizagem do domínio de si.
 Ofende a Castidade os pecados da luxúria, que é a
vivência desregrada dos prazeres, a masturbação, a
fornicação, a pornografia e a prostituição.
Este mandamento “proíbe tomar ou reter
injustamente o bem do próximo e prejudicá-
lo nos seus bens, seja como for. Prescreve a
justiça e a caridade na gestão dos bens
terrenos, e dos frutos do trabalho dos
homens” (n. 2401).
 “O oitavo mandamento proíbe falsificar a verdade
nas relações com outrem. Essa prescrição moral
decorre da vocação do povo santo, para ser
testemunha do seu Deus, que é e deseja a
verdade. As ofensas contra a verdade, exprimem
por palavras ou por atos, a recusa em empenhar-
se na retidão moral: são infidelidades graves para
com Deus e, nesse sentido, minam os alicerces da
Aliança” (n. 2464).
 O coração é a sede da personalidade moral: ‘Do
coração procedem as más intenções, os
assassinatos, os adultérios, as prostituições’ (Mt
15, 19). A luta contra a concupiscência carnal
passa pela purificação do coração e pela prática
da temperança” (n. 2517). O Batismo confere a
quem o recebe, a graça da purificação de todos os
pecados. Mas o batizado tem de continuar a lutar
contra a concupiscência da carne, e os desejos
desordenados.
 O décimo mandamento desdobra e completa o nono, que
tem por objeto a concupiscência da carne. Proíbe cobiçar
o bem dos outros, raiz de onde procede o roubo e a fraude,
proibidos pelo sétimo mandamento. A “concupiscência dos
olhos” (1 Jo 2, 16) conduz à injustiça, proibida pelo quinto
mandamento. A cobiça, bem como a fornicação, tem a sua
origem na idolatria, proibida nos três primeiros
mandamentos da Lei. O décimo mandamento incide sobre
a intenção do coração e resume, com o nono, todos os
preceitos da Lei.

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