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Resistência Mecânica e

Tribologia nos
Biomateriais
PROFESSOR: PAULO SOARES
ALUNA: TUANY KASIOROWSKI NEVES
Propriedades Mecânicas
 Comportamento do material quando sujeito à esforços mecânicos;
 Relacionados à capacidade do material resistir ou transmitir esses esforços sem romper ou
deformar;
Mais importantes para biomateriais:
 Resistência mecânica;
 Limite de elasticidade;
 Ductilidade;
 Tenacidade à fratura
Deformação
Elasticidade - Ortopédicos
Resistência Mecânica
Dureza
 A dureza é muito importante para comparação dos parâmetros de biomateriais;
 Deve se igualar à dureza do osso;
 Caso dureza do implante > dureza do osso – penetra no osso;
 Situação contrária – osso danifica o implante.
Tribologia
 1966 - Ciência e tecnologia de superfícies interativas em movimento relativo
 Atrito
 Lubrificação
 Desgaste
Tribologia - Atrito
 Obstrução ou restrição do movimento relativo entre as superfícies de corpos em contato,
quando sujeitos à uma força externa;
 Força de atrito:
 deformação do contato entre dois materiais;
 Adesão entre os átomos e moléculas das superfícies opostas;
Tribologia - Lubrificação
 Diminuição do atrito;
 Lubrificação Hidrostática: suporte de carga sem movimento significativo;
Lubrificação Hidrodinâmica: espessura do filme adequada não é possível, dificuldade do contato
direto:
 ↑ velocidade relativa - ↑ volume do fluido que mantém as superfícies afastadas.

 Lubrificação de Superfície: Tribonectinas.


Tribologia - Lubrificação
 Maior molhamento – melhor desempenho tribológico
 Materiais mais rígidos não se deformam com o carregamento;
 Materiais mais elásticos permitem deformação.
Tribologia - Lubrificação
Tribologia - Desgaste
Metal
 1ª Geração: Aços Inoxidáveis
 Sucesso na área ortopédica e substituição total de quadril;
 316L – Resistência mecânica e à corrosão;
 Atualmente – Implantes temporários
 2ª Geração: Ligas a base de Co-Cr
 Quadril e Joelhos;
 Resistência ao desgaste;
 Melhora: revestimentos, implante de íon e dopagem.
 3ª Geração: Ligas a base de Ti
 Resistência à corrosão, fadiga, baixa densidade e baixo módulo de elasticidade;
 Tipo α: alumínio é o estabilizador;
 Tipo β: Vanádio, Níquel, Molibdênio e Tântalo são os estabilizadores
 Tipo α e (α+ β): maior módulo elástico, efeito de proteção da aplicação de tensão
Metal
 Outro: Magnésio e suas ligas
 Material biodegradável;
 Módulo elástico inferior;
 Necessita de modificação de superfície para evitar dissolução de íons.

 Desvantagem: Dissolução de íons e corrosão.


 Alta densidade e elevado módulo de elasticidade – comparado ao tecido ósseo;
Cerâmica
 Resistência ao desgaste;
 Pode ser utilizado como substituição de osso;
 Hidroxiapatita: estrutura similar do osso mineral, efeito de osteoindutividade;
 Zircônio: Resistência ao desgaste, deve ser dopado com MgO, CaO, Al2O3;
 Desvantagem: Baixa tenacidade à fratura.
 Densidade moderada;
Polímeros
 Alternativa promissora;
 Não há dissolução de íons como em metais;
 Termoelásticos (difícil fratura) ou termorrígidos;
 Fácil preparo;
 Relação custo – eficácia;
 Lubrificação própria;
 Utilizados com aditivos (compósitos) para melhorar comportamento mecânico e tribológico;
Usados em substituição de osso, articulação, tendão, ligamento, nervos;
 Nervos – criado polímeros condutores de eletricidade (antigamente todo isolantes).
Polímeros
 Baixa densidade;
 Alta ductilidade;
 Boa compatibilidade;
 Boa resiliência;
 Baixa resistência mecânica – pode ser reforçado com carbono.
Polímeros
Poliuretana da mamona
 Ohara et al:
 Implantação intraóssea e intra-articular em coelhos;
 Sem reações tóxicas nos rins, fígado ou baço.

 Vilarinho et al:
 Implante na câmara anterior do camundongo;
 Bem tolerada, pequenas infecções iniciais.

 Suguimoto:
 Comportamento do tecido ósseo – implantes em macacos;
 Biocompatível;

 Paulo César Dias e outros:


 Implantes no dorso nasal do macaco prego
Dorso nasal de macacos prego
Polímeros
Polimetil metacrilato
 Dr. Mathias Bostrom;
 Substitui articulações e as liga ao músculo;

Substituição das articulações


Pares tribológicos
 Metal-Metal
Cerâmica-Cerâmica
Cerâmica-Polietileno
Cerâmica-Metal
 Superfícies mais duras apresentam melhor desempenho
tribológico;
 C-C, M-M, C-M

 Forças de adesão.
Metal – Polietileno
 Polietileno – Charnley – 1960
 Substituição do Teflon:
 Baixo atrito;
 Pouco resistente ao desgaste;
 Falha precoce.

 Sensível à oxidação – menor resistência ao desgaste;


 Duração – 5 a 15 anos;
 Irradiação - ↑ ligações cruzadas - ↑ Resistência ao desgaste;
Metal – Polietileno
 (A): Quando solicitado na direção de suas cadeias
é mais resistente ao desgaste;
 (B): Quando solicitado na direção ortogonal, alto
desgaste;
 (C): Ligações cruzadas- maior coesão, baixo
desgaste.
Metal – Polietileno
 Maior quantidade de metal sem a libração de íons metálicos;
Metal – Metal
 1ª geração:
 sobrevivência de mais de 20 anos;
 falhas por solturas e design desadequado;

 2ª geração:
 baixo desgaste volumétrico;
 Baixos casos de osteólise;
 Desempenho ligado ao contato polar;

 Desvantagens:
 Óxidos metálicos;
 Partículas iônicas de rápida disseminação pelo tecido;
 Compostos organometálicos
Cerâmica - Cerâmica
 Excelentes características tribológicas:
 Baixo atrito;
 Elevada resistência ao desgaste;
 Elevada dureza;
 Hidrofilia;
 Melhor molhamento;

 Fratura frágil;
Cerâmica - Metal
 Fundamentada em ensaios de desgaste volumétrico:
 M-M: 1,62 mm³/milhão de ciclos
 C-M: 0,01 mm³/milhão de ciclos

 Redução do desgaste mecânico e adesivo – dureza diferente entre metal e cerâmica;


 Baixa liberação de íons;
Testes de Tribologia
Testes de Tribologia

Desgaste linear do par tribológico


Testes de Tribologia

Área do traço de desgaste Desgaste volumétrico


Teste de Tribologia
Revestimento em Biomateriais
 Possível delaminação da superfície cerâmica;
 Revestimentos:
 Cerâmico em materiais metálicos;
 Vidro em cerâmico;
 Polímero em cerâmico;
 Polímero em metal.
Tribologia em Biomateriais
 Cartilagem Articular – menor desgaste e atrito – 70 anos
 Biomateriais Tribológicos na natureza
Biomateriais Tribológicos na Natureza
 Cerdas Gecko:
 Família dos Lagartos;
 Cerdas em forma de espátulas;
 Forte adesão com a superfície lisa – fortes ligações de VanDerWalls
 Adesivos e colas secos.

 Folhas de Lótus:
 Micro e Nanoestrutura de compósitos
 Superfície Superhidrofóbica
 Efeito de autolimpeza
Biomateriais Tribológicos na Natureza
 Peles de Tubarão:
 Reduzir resistência da superfície
 Escoar pelas ranhuras de suas peles

 Escalas Pangolin:
 Forte resistência de aderência;
 Forte resistência ao desgaste – superfície áspera;
Biomateriais Tribológicos na Natureza
 Cartilagem articular:
 Menor atrito e desgaste
 Pressão pode ser transferida ao osso subcondral

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