Você está na página 1de 21

DESAFIOS – PNE (META 3)

A LEI 13415/2017
• A MP 746/16 transformou-se na Lei
13.415/2017, que está em pleno vigor,
reformulando artigos importantes da Lei
de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, Lei 9394/1996, a LDB.
• A lei 13.415/2017 é a REFORMA DO
ENSINO MÉDIO e pressupõe a
publicação das Bases Nacionais Comuns
Curriculares, a BNCC.
REFORMA DO ENSINO MÉDIO – LEI 13.415/2017

PROPOSTAS DA CONFENEN

I. PL 7339/2017
Autor: Deputado Marcos Rogério
Ementa: altera, para compatibilização com determinações
constitucionais e legais posteriores, a redação da Lei
9394/96(Diretrizes e Bases da Educação Nacional).
Artigo 1º - O inciso II do artigo 24, da Lei 9394/96, passa a
vigorar com a seguinte redação:
“ – Classificação em qualquer série ou etapa, exceto
o primeiro ano do pré-escolar, pode ser feita.”
AS CONSEQUÊNCIAS
• Pelo artigo 24 da LDB, 800 horas anuais para o
ensino médio. Passa este artigo a ter a seguinte
redação:
• § 1º A carga horária mínima anual de que trata
o inciso I do caput deverá ser ampliada de
forma progressiva, no ensino médio, para mil e
quatrocentas horas, devendo os sistemas de
ensino oferecer, no prazo máximo de cinco
anos, pelo menos mil horas anuais de carga
horária, a partir de 2 de março de 2017.
Contudo, mudança constitucional e legal tornou obrigatória e
gratuita a matrícula aos quatro anos de idade, no pré-escolar.
Logicamente, vedada a classificação deve ser para ingresso no
pré-escolar, ano inicial da educação básica.

II. PL 7340/2017
Autor: Deputado Marcos Rogério
Ementa: altera a redação do artigo 35-A, da Lei 9394/96, para
aprimorá-la e resguardar padrão de qualidade e unidade nacionais.
Artigo 1º - o § 5º do artigo 35-A, da Lei 9394/96, passa a
vigorar com a seguinte redação:
“§5º - A carga horária destinada ao cumprimento da
Base Nacional Comum Curricular não poderá ser inferior a 60%
do número total de horas do ensino médio.
JUSTIFICAÇÃO

I – Estranhamente, o § 5º, do artigo 35-A, prevê que a carga


horária da Base Nacional Comum Curricular não poderá ser superior
a 1.800 a mil e oitocentas horas do total da carga horária do ensino
médio.
Então, de 0 a 60%, tudo é válido. Onde ficam: a unidade
nacional, o padrão de qualidade, os exames do ENEM e vestibulares,
os concursos públicos? Como se darão as transferências, por
horas/aula?
Qualquer aluno receberá o certificado de conclusão do ensino
médio, podendo obtê-lo com 0% de BNCC, outro com 40% e outro
com 60%.
AS CONSEQUÊNCIAS
• A impressão inicial que se tem é o aumento da
carga horária, porém, dispositivo mais adiante, no
artigo 35, diz:
• § 5o A carga horária destinada ao cumprimento
da Base Nacional Comum Curricular não poderá
ser superior a mil e oitocentas horas do total da
carga horária do ensino médio, de acordo com a
definição dos sistemas de ensino.
• O que significa dizer que de 800 horas anuais
como era antes, passam a ser obrigatórias
apenas 1800 horas em 3 anos, ou seja, 600
horas anuais.
AS CONSEQUÊNCIAS
Isso porque, outro dispositivo da lei diz o seguinte:
• “Art. 36. O currículo do ensino médio será composto
pela Base Nacional Comum Curricular e por
itinerários formativos, que deverão ser organizados
por meio da oferta de diferentes arranjos curriculares,
conforme a relevância para o contexto local e a
possibilidade dos sistemas de ensino, a saber:
• I - linguagens e suas tecnologias;
• II - matemática e suas tecnologias;
• III - ciências da natureza e suas tecnologias;
• IV - ciências humanas e sociais aplicadas;
• V - formação técnica e profissional.
Os detalhes
• Art. 35 § 1o A parte diversificada dos currículos de que trata o
caput do art. 26, definida em cada sistema de ensino, deverá estar
harmonizada à Base Nacional Comum Curricular e ser articulada a
partir do contexto histórico, econômico, social, ambiental e cultural.
• Art. 35 § 2o A Base Nacional Comum Curricular referente ao ensino
médio incluirá obrigatoriamente estudos e práticas de educação
física, arte, sociologia e filosofia.
• Art. 35 § 3o O ensino da língua portuguesa e da matemática
será obrigatório nos três anos do ensino médio, assegurada às
comunidades indígenas, também, a utilização das respectivas
línguas maternas.
• Art. 35 § 4o Os currículos do ensino médio incluirão,
obrigatoriamente, o estudo da língua inglesa e poderão ofertar
outras línguas estrangeiras, em caráter optativo, preferencialmente
o espanhol, de acordo com a disponibilidade de oferta, locais e
horários definidos pelos sistemas de ensino.
O ensino técnico
• Art 36 § 6o A critério dos sistemas de ensino, a
oferta de formação com ênfase técnica e profissional
considerará:
• I - a inclusão de vivências práticas de trabalho no setor
produtivo ou em ambientes de simulação,
estabelecendo parcerias e fazendo uso, quando
aplicável, de instrumentos estabelecidos pela legislação
sobre aprendizagem profissional;
• II - a possibilidade de concessão de certificados
intermediários de qualificação para o trabalho, quando a
formação for estruturada e organizada em etapas com
terminalidade.
O Ensino técnico
• Art 36 § 8o A oferta de formação técnica e
profissional a que se refere o inciso V do
caput, realizada na própria instituição ou
em parceria com outras instituições,
deverá ser aprovada previamente pelo
Conselho Estadual de Educação,
homologada pelo Secretário Estadual de
Educação e certificada pelos sistemas de
ensino.
Para o ensino médio
• artigo 36 § 10. Além das formas de organização
previstas no art. 23, o ensino médio poderá ser
organizado em módulos e adotar o sistema de créditos
com terminalidade específica.
• artigo 36 § 11. Para efeito de cumprimento das
exigências curriculares do ensino médio, os
sistemas de ensino poderão reconhecer
competências e firmar convênios com instituições
de educação a distância com notório
reconhecimento, mediante as seguintes formas de
comprovação:
• I - demonstração prática;
• II - experiência de trabalho supervisionado ou outra
experiência adquirida fora do ambiente escolar;
Para o ensino médio
• III - atividades de educação técnica oferecidas
em outras instituições de ensino credenciadas;
• IV - cursos oferecidos por centros ou programas
ocupacionais;
• V - estudos realizados em instituições de ensino
nacionais ou estrangeiras;
• VI - cursos realizados por meio de educação a
distância ou educação presencial mediada por
tecnologias.
Os instrutores
O art. 61 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996,
passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 61. ...........................................................

• IV - profissionais com notório saber reconhecido pelos


respectivos sistemas de ensino, para ministrar
conteúdos de áreas afins à sua formação ou experiência
profissional, atestados por titulação específica ou prática
de ensino em unidades educacionais da rede pública ou
privada ou das corporações privadas em que tenham
atuado, exclusivamente para atender ao inciso V do
caput do art. 36;
AS PROPOSTAS DE MATRIZES CURRICULARES – BASE
NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC) E PARTE
DIVERSIFICADA DO CEETEPS
Conforme documento divulgado recentemente pela CETEC “As
propostas a seguir foram estruturadas conforme o disposto na Lei nº
13.415, de 16 de fevereiro de 2017. É importante destacar que a
disposição dos componentes curriculares nas séries, bem como
suas cargas horárias, no caso do Ensino Médio com Itinerários
Formativos, pode variar conforme as especificidades e as
necessidades identificadas durante o desenvolvimento curricular,
no processo de estruturação do novo Ensino Médio, composto por
uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e uma Parte
Diversificada (PD), direcionada ao desenvolvimento de itinerários
formativos “vocacionados” para uma Formação Profissional ou
para áreas do conhecimento científico.” (grifos nossos)
A seguir A PROPOSTA DO ENSINO MÉDIO CIENTÍFICO
HUMANISTICO DA CETEC (que não existe na BNCC nem na lei
13.415/2017)
Ensino Médio
PROPOSTA DA PARTE DIVERSIFICADA
• Relativos aos diferentes itinerários formativos, apoiados nas Áreas de Conhecimento
I, II, III e IV, previstos na Lei Nº13.415, de 16 de fevereiro de 2017.
Artigo 35 (caput)
I - linguagens e suas tecnologias;
II - matemática e suas tecnologias;
III - ciências da natureza e suas tecnologias;
IV - ciências humanas e sociais aplicadas.
O CEETEPS ESTABELECEU SUAS ÁREAS COMO:
1. Ciências Exatas e Engenharias
1.1 -Engenharia e Tecnologia 3. Ciências Humanas e Sociais
3.1 -Letras e Artes
1.2 -Ciências da Natureza
3.2 -Ciências Sociais

2. Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde


2.1 -Ciências Agrárias
2.2 -Ciências da Saúde
Exemplo do CEETEPS para Ciências Humanas &Sociais Aplicadas
Proposta: Caminhos da Humanidade da Escola (Acessos na Escola).
SITUAÇÃO PROBLEMA: Mas qual a contribuição da Etec com nossa cidade? Ter ou não ela ali, faz
diferença para o bairro? Os alunos querem a escola ali?
O desenvolvimento das capacidades de observação, memória e abstração permite percepções mais acuradas da
realidade e raciocínios mais complexos.

Você também pode gostar