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PLANO DIRETOR

AMBIENTAL
1
CIDADE

Estudar a estrutura complexa da cidade e


suas relações é fundamental e vital para a
maioria da

população do planeta.

2
CIDADE
EVOLUÇÃO URBANA NO BRASIL

81% da população brasileira é urbana


3
160.000.000 vivem em CIDADES
CIDADE

Urbanização agravou
Quadro de Exclusão Social,
Marginalização e a
Violência

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CIDADE

 Alagados
 Favelas
 Poluição de águas, do solo e do ar
 Periferias longínquas desprovidas de serviços e
equipamentos
 Adensamento e verticalização excessivos
 Invasões

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CIDADE
São nas cidades a maior concentração das
atividades de produção, distribuição e poder.

As decisões são tomadas na CIDADES


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Expansão Urbana Desordenada

Contexto território/espaço geográfico/meio ambiente.

 Formação e aceleração de processos erosivos (questão solo).

 Degradação de mananciais de água

 Contaminação de cursos d’água por efluentes sanitários sem


tratamento e por resíduos sólidos.

 Áreas periféricas > deslizamentos, enchentes, assoreamentos,


doenças, poluição atmosférica, poluição das águas,
poluição do ar.

 Ameaça ao patrimônio paisagístico e cultural.

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Expansão Urbana Desordenada

 Descaracterização do espaço rural produtivo e reserva


de recursos naturais.

 Inexistência de instrumentos de avaliação de impactos.

 Intensa especulação imobiliária.

 Ocupação ilegal das periferias.

 Manutenção e agravamento do processo de exclusão


social / violência urbana.

 Custo elevado dos serviços básicos.

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VULNERABILIDADE DOS
TENDÊNCIA RECURSOS NATURAIS E
CONSTRUÍDOS

Desflorestamento sistemático;
Perda de qualidade da água;

Ampliação dos índices de impermeabilidade do solo;

Má condição ambiental das drenagens urbanas;

Gestão inadequada dos resíduos sólidos


(domésticos, hospitalares, industrial e entulhos da
construção civil);

POLUIÇÃO E DEGRADAÇÃO AMBIENTAL.


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O que é PLANO DIRETOR

É o instrumento básico para orientar a


política de desenvolvimento e de
ordenamento da expansão urbana do
município visando garantir a qualidade de
vida do cidadão.

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PLANO DIRETOR

PLANTA DA CIDADE.
A cidade só pode crescer, com base naquela
planta, ou seja, naquilo que foi planejado. Essa
planta, esse planejamento, abrange os
aspectos físicos, territoriais,

AMBIENTAIS, sociais e econômicos.

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PLANO DIRETOR – ESTATUTO DA CIDADE

Plano Diretor deve ser baseado no

ESTATUTO DA CIDADE

que estabelece parâmetros e diretrizes da política


territorial do município e oferece diversos
instrumentos para que o mesmo possa intervir nos
processos de planejamento e gestão territorial,
urbana e rural, e garantir a realização do direito à
cidade e a função social da propriedade.

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988
Lei 10257/2001

 Regulamenta o Capítulo da Política Urbana conforme disposto nos


artigos 182 e 183 da Constituição Federal de 1988.

CAPÍTULO II - DA POLÍTICA URBANA

Art. 182: ... objetivo ordenar o pleno


desenvolvimento das funções sociais da
cidade e garantir o

bem-estar de seus habitantes.

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988

Art. 182: ... objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções


sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.

§ 1º - O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório


para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o
instrumento básico da política de desenvolvimento e de
expansão urbana.

§ 2º - A propriedade urbana cumpre sua função social quando


atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade
expressas no plano diretor.
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Constituição Federal 1988
Art. 182: ... objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções
sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.

§ 3º - As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com


prévia e justa indenização em dinheiro.

§ 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica


para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal,
do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não
utilizado, que promova seu adequado aproveitamento,

sob penalidades. ..........................................................................


.............................................................................
15
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988

CAPÍTULO II - DA POLÍTICA URBANA

Art. 183: Aquele que possuir como sua área urbana de


até duzentos e cinquenta metros quadrados, por
cinco anos, ininterruptamente e sem oposição,
utilizando-a para sua moradia ou de sua família,
adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja
proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

16
Constituição Federal 1988
CAPÍTULO II - DA POLÍTICA URBANA

Art. 183:

§ 1º - O título de domínio e a concessão de uso serão


conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos,
independentemente do estado civil.
§ 2º - Esse direito não será reconhecido ao mesmo
possuidor mais de uma vez.
§ 3º - Os imóveis públicos não serão adquiridos por
usucapião.
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ESTATUTO DA CIDADE

INSTRUMENTOS URBANÍSTICOS
PARA O PLANEJAMENTO APÓS O
ESTATUTO DA CIDADE

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ESTATUTO DA CIDADE
Planos de ordenação do território

Planos nacional, regionais e estaduais de


ordenação do território e de desenvolvimento
econômico e social

Planejamento das regiões metropolitanas,


aglomerações urbanas e microrregiões

Planos diretores municipais

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Instrumentos Urbanísticos anteriores

Lei de parcelamento do solo


Lei de uso e ocupação do solo (Zoneamento)
Zoneamento ambiental
Unidades de conservação Ambiental
Zonas Especiais de Interesse Social
Desapropriação
Tombamento / Preservação de imóveis, bairros e
área de interesse paisagístico
Estudos de Impactos Ambiental e de Vizinhança
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Instrumentos Regulamentados E.C.

DIREITO DE SUPERFÍCIE
- O proprietário urbano poderá conceder a
terceiros o direito de uso da superfície do seu
terreno, do subsolo ou do espaço aéreo relativo
a ele, mediante escritura pública

21
Instrumentos Regulamentados E.C.

SOLO CRIADO OU OUTORGA ONEROSA DO


DIREITO DE CONSTRUIR
- Consiste na possibilidade de o Município
estabelecer relação entre a área edificável e a
área do terreno, a partir da qual a autorização
para construir passa a ser concedida
de forma onerosa.
22
Instrumentos Regulamentados E.C.

O Plano Diretor delimitará as áreas onde o


planejamento urbano indicar a possibilidade de
maior adensamento populacional e definirá os
limites máximos de construção a serem
atingidos, considerando a infraestrutura
existente e o potencial de densidade a ser
alcançado em cada área.

23
Instrumentos Regulamentados E.C.
IPTU PROGRESSIVO NO TEMPO

- A ideia é punir com um valor crescente, ano a


ano, os proprietários de terrenos cuja ociosidade
acarrete prejuízo à população. Não sendo
cumpridas as condições legais para o
aproveitamento da área, o Município passará a
aumentar, durante 5 anos consecutivos, a alíquota
do IPTU, até o limite máximo de 15%
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Instrumentos Regulamentados E.C.

PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO OU UTILIZAÇÃO


COMPULSÓRIOS
- visa “coibir a ociosidade de terrenos bem
localizados da cidade ou dotados de
infraestrutura pública, estimulando um
melhor aproveitamento” (Rolnik, 2010, org.)
Imóveis não utilizados ou subutilizados.

25
Instrumentos Regulamentados E.C.

USUCAPIÃO ESPECIAL DE IMÓVEL URBANO


- O cidadão que ocupar área ou edificação
urbana de até 250 m2 para sua moradia ou de
sua família, por 5 anos consecutivos a, sem
que o proprietário a reclame, terá garantido o
direito à posse, desde que não seja
proprietário de outro imóvel urbano.

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Instrumentos Regulamentados E.C.
DIREITO DE PREEMPÇÃO
- Regularização fundiária; execução de programas
e projetos habitacionais de interesse social;
constituição de reserva fundiária; ordenamento e
direcionamento da expansão urbana, implantação
de equipamentos urbanos e comunitários; criação
de unidades de conservação ou proteção de
outras áreas de interesse ambiental, interesse
histórico, cultural ou paisagístico 27
Instrumentos Regulamentados E.C.
TRANSFERÊNCIA DO DIREITO DE CONSTRUIR

- implantação de equipamentos urbanos e


comunitários; preservação e construção de
imóvel de valor histórico, ambiental,
paisagístico, social ou cultural; programas de
regularização fundiária, urbanização de áreas
ocupadas por população de baixa renda e
construção de habitações de interesse social

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Instrumentos Regulamentados E.C.
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA
- Efeitos do empreendimento ou atividade sobre a qualidade .
. de vida urbana:
- Adensamento da população;
- Capacidade dos equipamentos urbanos e comunitários pré-
. existentes
- Uso e ocupação do solo
- Valorização ou desvalorização dos imóveis na região
- Geração de tráfego e aumento da demanda por transporte .
..público
- Ventilação e iluminação das edificações existentes
- Paisagem urbana
- Patrimônio natural e cultural 29
Instrumentos Regulamentados E.C.
CONCESSÃO DE USO ESPECIAL PARA
FINS DE MORADIA
- Permite a regularização das moradias ilegais
para aqueles que possuíam como seu, por 5
anos, até 30 de junho de 2001, até 250m2 de
imóvel público situado em área urbana,
utilizando-o para moradia ou de sua família,
desde que não seja proprietário ou
concessionário de outro imóvel urbano
30
Instrumentos Regulamentados E.C.

CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO

- Mecanismo que viabiliza parcerias entre os


proprietários de imóveis e o poder público
municipal, onde o proprietário transfere à
prefeitura o seu imóvel e, após a realização das
obras, recebe lotes, casas ou apartamentos no
mesmo valor que o terreno tinha antes das obras
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Instrumentos Regulamentados E.C.
ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL (ZEIS)

- Áreas comprometidas com a viabilização dos


interesses das camadas populares.
-Ao município é dado instituir zonas com regras
especiais, quando o uso admitido vier a promover a
integração das pessoas mais necessitadas aos espaços
habitáveis. As ZEIS servem para reservar terrenos ou
prédios vazios para moradia popular; facilitar a
regularização de áreas ocupadas; facilitar a
regularização de cortiços. 32
Como Aplicar o Estatuto da Cidade
O município deve, obrigatoriamente,
produzir um Plano Diretor, a ser
aprovado na Câmara.

O Plano Diretor é o instrumento básico


da política municipal de
desenvolvimento e expansão urbana.

Outros instrumentos, como a Regularização


Fundiária e o Estudo de Impacto de Vizinhança,
podem ser utilizados sem a necessidade de um
Plano Diretor.
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Plano Diretor Participativo
• É obrigatório para as cidades: com mais de
20.000 habitantes;

• pertencentes a regiões metropolitanas e


aglomerados urbanos;

• em áreas de especial interesse turístico;

• em áreas de influência de empreendimentos de


significativo impacto ambiental;

• que queiram aplicar os instrumentos de


parcelamento, edificação e utilização
compulsórios, IPTU progressivo no tempo e
desapropriação por sanção. 34
Plano Diretor Ambiental
- Não confundir:

Plano Diretor
(contido no Estatuto da Cidade)

Plano Diretor Ambiental
(pode ser constituído separadamente, ou
estar contido no Plano Diretor)

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O QUE É UM PLANO DIRETOR AMBIENTAL

É um instrumento que
tem como objetivo o
desenvolvimento
sustentável
da cidade e a
inclusão social.

Planejamento do futuro.

Vem em cumprimento
à legislação federal:

ESTATUTO DA CIDADE
Por que Planejar
 Para superar os problemas urbanos existentes, considerando os
potenciais sociais, econômicos e ambientais que o município
oferece;

 Para tornar a cidade um benefício coletivo;

 Orientar as políticas públicas / escolher os instrumentos eficazes.

Goiânia GO
INSTRUMENTOS POLÍTICOS

 Maneiras normais de atuação do poder


público: Barbieri (1997b) divide em 3 gêneros de
instrumentos políticos:

Comando e controle;
Econômico e
Diversos.

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Quadro 1 : Principais instrumentos de política ambiental pública
Gênero Espécie
Comando e Controle Padrão de emissão
Padrão de desempenho
Proibições e restrições sobre produção, comercialização e
uso de produtos
Licenciamento Ambiental
Econômico Tributação sobre poluição
Tributação sobre o uso de recursos naturais
Incentivos fiscais
Criação e sustentação de mercados
Financiamentos em condições especiais
Licenças negociáveis
Diversos Educação ambiental
Reservas ecológicas e outras áreas de proteção ambiental
Informações ao público
Mecanismos administrativos e jurídicos de defesa do meio ambiente
ambientaladv@yahoo.com.br
65-3023-0770 39
Fonte: Barbieri 1997b, p. 143
Situação Hipotética:
A administração do lixo pode ser o exemplo:

 A prefeitura cumpre com o seu papel público de


controle sanitário ao recolher o lixo da cidade.

 Com um PDA ela pode ainda ir além, fazendo a


deposição correta do mesmo, e com uma visão
pró-ativa ambientalmente, incentivar a
reciclagem do mesmo e a separação do mesmo no
município.

 Mais ainda, quanto ao lixo domiciliar, promoverá


a coleta seletiva.

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O que é um PDA
É um diagnóstico inteligente, capaz de
situar com clareza as questões ambientais
e suas interfaces com as atividades sociais
e econômicas, visando orientar os
municípios no desenvolvimento e
implantação de ações, projetos,
programas e políticas
propondo soluções sustentáveis
à gestão do município.
Ao mesmo tempo, fornecendo o efetivo
controle do território.
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PDA

O PDA apoia a elaboração do

Plano Municipal de Negócios

para orientar, priorizar e integrar investimentos


públicos e privados, possibilitando, inclusive,
novas fontes de arrecadação.

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PDA Objetivos Específicos

DOTAR a Adm. pública municipal de um instrumento


de gestão para o melhor aproveitamento de seus
recursos e potenciais.

CAPACITAR a adm. pública para fazer frente à


natural agilidade da iniciativa privada.

POSSIBILITAR a exploração econômica sustentável,


prevenindo e minimizando os eventuais impactos
ambientais
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PDA Objetivos Específicos
CONCEBER obras públicas levando em consideração
a redução dos impactos ambientais.

DEFINIR estratégias de controle de uso da terra e


das atividades nela desenvolvidas.

IDENTIFICAR potenciais agro-pecuários, turísticos,


industriais e de serviços do município (produtivos e
atividades), em relação a sua qualidade ambiental
de suporte do território.

FORNECER à iniciativa privada base de dados como


subsídio para tomada de decisão do investimento 44
QUEM FAZ O PDA
 O PDA deve nascer de um Processo Participativo

Corpo
Técnico
Municipal
(Prefeitura)

Técnicos
da Elaboração do
Plano Diretor Sociedade
Consultora
Ambietal

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PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PDUA
PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PDA

Prefeitura
ou

Acompanhamento
pelo Conselho
Municipal de
Desenvolvimento
Urbano

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Principais Benefícios Práticos
 Criação e estruturação do
Sistema Municipal de Meio
Ambiente; Conselho e
Sinop

Secretaria

 Consequentemente a
Municipalização do
licenciamento, tornando
mais ágil e transparente a
execução de obras, planos e
projetos, públicos e
privados;
Água Boa

 Arrecadação de taxas de
licenciamento e multas
ambientais, que passam a
ser municipais;

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Principais Benefícios Práticos
Código Ambiental Municipal:
-Serviços urbanos, tais como

Sinop
distribuição de água, coleta de
esgoto, transporte, limpeza
pública, coleta de lixo, etc.

-Equipamentos público nas áreas


de educação, saúde, segurança,
etc.

Apoio a elaboração do Plano Municipal de Negócios,


para orientar, priorizar e integrar investimentos
públicos e privados;
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Principais Benefícios Práticos
 Identificar as áreas ambientais críticas,

 os impactos ambientais existentes,

 bem como áreas a serem recuperadas e restauradas.

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Lote na VILA ITATIAIA – Goiânia GO
Principais Benefícios Práticos
Orienta o crescimento do município, transformando a
questão ambiental, hoje vista como um ônus, em um
bônus ambiental.
Possibilidade de criação de áreas verdes;

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Plano Diretor Ambiental

“ O Plano diretor é como uma tomografia do Município


que vai mostrar ao potencial investidor e às autoridades
as vantagens e desvantagens na implantação de
determinado investimento.

O PDA vai mostrar os caminhos para um


desenvolvimento que traga renda, empregos, e ao
mesmo tempo preserve os recursos naturais.”
Arq Sérgio Sandler
Coordenador do Plano Santa Fé do Sul – São Paulo

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Era I S S O !...

E-mail: anamblemos@gmail.com

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