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Amigdalite Bacteriana

Thaís Vitória Pereira Monteiro1, Juliana Sousa Diniz1, Luzia Fernanda Gomes de Araujo1,
Beatriz dos Santos Barros Santana1, Fernanda Karen Silva dos Santos1, Ebenézer De Mello Cruz 2.
1Universidade Estadual do Maranhão, UEMA/Grajaú, acadêmico do curso bacharelado em enfermagem, E-mail: tvitoriam23@gmail.com
2Universidade Estadual do Maranhão, UEMA/Grajaú, docente

INTRODUÇÃO MECANISMO DE PATOGENICIDADE DA


BACTERIA STREPTOCOCCUS PYOGENES
A função essencial do sistema imunológico é, portanto, a defesa
nomeadamente contra a infecção. Esta é estabelecida mediante a
interação dos diversos fatores do hospedeiro (gerais e locais) e do
microrganismo. Quando existe um equilíbrio entre esses fatores, o
organismo esta em homeostasia. Um desequilíbrio entre os fatores
referidos pode levar ao desenrolar de uma serie de processos
consecutivos, dando origem ao estado de doença (PEGADO, 2010).
Dentre as causas de infecção no ser humano, as bactérias são os
principais patógenos, devido a sua virulência e aos danos causados
a tecidos e órgãos. Um desses patógenos relevantes para o ser
humano é Streptococcus pyogenes, um coco Gram-positivo do
grupo A hemolítico, que adere à mucosa faríngea através de pili.
Esse patógeno causa caracteristicamente amigdalite (PASSETI et
al, 2014).
O presente trabalho tem como objetivo apresentar as
características patológicas da amigdalite bacteriana: como a
etiologia, patogenia, anatomia, fisiopatologia e propedêutica
relacionados a amigdalite bacteriana.

METODOLOGIA
Para o tratamento da amigdalite, podem ser administrados
Trata-se de pesquisa de revisão bibliográfica, com abordagem
analgésicos, antiinflamatórios, corticosteróides e antibióticos.
qualitativa. Para desenvolver a revisão da literatura foi utilizado o Portal
A amoxicilina atua destruindo as bactérias que causam amigdalite.
da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) como base estratégica, no qual foi
Amoxicilina 500mg. A posologia padrão para adultos 500 mg três vezes
utilizada para consulta as seguintes bases de dados: BVS, BDENF,
ao dia; Dose padrão para crianças: 125 mg, três vezes ao dia (de 8 em
Scientific Electronic Library Online (SciELO) e um buscador acadêmico
8 horas).
(GOOGLE ACADÊMICO). Foram utilizados os seguintes descritores em
Não esquecendo que lavar as mãos, especialmente após tossir ou
Ciências da Saúde (DeCS): “Amigdalite”, “Streptococcus pyogenes”,
espirrar, e antes e depois de cuidar de uma pessoa doente, ajudará a
“Amigdalite bacteriana”.
evitar a transmissão de germes. Evite compartilhar alimentos, bebidas,
Para completar a fundamentação teórica deste estudo, foram feitas,
cigarros ou pratos, copos e talheres. Creches (day care) devem limpar
além da busca nas bases de dados, consultas de obras em livros,
os brinquedos diariamente com um desinfetante aprovado.
publicações de artigos científicos, teses e dissertações, entre outros
com confiabilidade segura e evidência científica aprovada, nos quais
foram selecionados 12 artigos de maior relevância, publicados no
período de 2010 a 2018.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por fim, vale ressaltar a importância do diagnostico por meio do teste
rápido para Steptococcus pyogenes, para que pessoas com amigdalite
RESULTADOS E DISCUSSÃO não estreptocócica (virulenta) não receba antibióticos
As amigdalas palatinas são em número de duas, localizadas na desnecessariamente. Destaca-se, também, a necessidade do tratamento
parte oral da faringe. Cada amigdala palatina tem 10 a 20 adequado das amigdalites estreptocócicas, pois a febre reumática, que é
invaginações epiteliais que penetram profundamente o parênquima, uma das principais complicações de amigdalite não tratada, ainda é uma
formando as criptas. As criptas contêm células epiteliais descamadas, importante causa de lesões cardíacas, principalmente em países em
linfócitos vivos e mortos e bactérias, podendo aparecer como pontos desenvolvimento.
purulentos nas tonsilites (amidalites) (JUNQUEIRA E CARNEIRO,
2013). REFERÊNCIAS
ALMEIDA ER, CAMPOS VAR, GRASEL SS. Faringotonsilites - Aspectos Clínicos e Cirúrgicos. 2018.
Os principais sintomas de amigdalite são febre, dor de garganta, AMOXICILINA 500MG. Rio de Janeiro: Ranbaxy Farmacêutica Ltda. Farm. Resp.: Adriana M. C. Cardoso CRF - RJ N° 6750. Bula de
remédio. Disponível em: <
disfagia, halitose, dispneia, otalgia, calafrios, fadiga, cefaleia, perca http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=10977662013&pIdAnexo=1922076>.
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de apetite, abscesso, edema nas amigdalas, saburra lingual, Larissa S. Montanher CRF-PR nº 17.379. Bula de remédio. Disponível em:
<http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=6711642014&pIdAnexo=2163848>
adenomegalia cervical com hiperemia de amígdalas. (ALMEIDA, BERNARDE, George Eduardo Câmara; WINGERT, Bianca; PEREIRA, Gerusa. Como diagnosticar e tratar amigdalites. Moreira Jr Editora,
2010.
2014). BRAGA, Carla Afonso da Silva Bitencourt et al. Streptococcus spp. em faringotonsilite aguda recorrente: frequência e perfil de susceptibilidade
a antimicrobianos. 2015.
A amigdalite bacteriana pode ser diagnostica por meio de teste DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA DE MASSACHUSETTS. Infecção causada por estreptococos do grupo A. Escritório de doenças
infecciosas, maio de 2016.
rápido para Streptococcus pyogenes beta-hemolítico do grupo A JUNQUEIRA, L.C.U. & CARNEIRO, J. Histologia Básica. 12ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
MURRAY, Patrick; ROSENTHAL, Ken S.; PFALLER, Michael A. Microbiología médica. Elsevier Brasil, 2017.
(SGA). OVALLE, William K.; NAHIRNEY, Patrick C.; NETTER, Frank Henry. Netter bases da histologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
PASSETI, Tânia Aguiar et al. Action of homeopathic medicines Arnica montana, Gelsemium sempervirens, Belladonna, Mercurius solubillis
and nosode on in vitro growth of Streptococcus pyogenes. Revista de Homeopatia, v. 77, n. 1/2, p. 1-9, 2014.
PEGADO, Francisco José Nogueira. Infecções orais por Streptococcus spp. e suas repercussões por via sistémica. 2010. Trabalho de
Conclusão de Curso. [sn].
TRABULSI LR, ALTHERTUM F, GOMPERTZ OF, CANDEIAS JA. Microbiologia. 6ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2015.

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