Você está na página 1de 16

Doenças Hipertensivas

Específicas da Gravidez
(DHEG)
Estágio superviso do 10 período na Maternidade NSL
Aluna: Airis Silva e Luziane Santos
Preceptora: Andreza
CONCEITO

A doença hipertensiva específica da gravidez (DHEG), caracteriza-se


pelo aparecimento, em grávida normotensa, após a vigésima
semana de gestação, da tríade sintomática: hipertensão,
proteinúria e edema. É uma doença incurável, exceto pela
interrupção da gravidez, e pode evoluir para quadros ainda mais
complexos, como eclâmpsia, síndrome HELLP. (MOURA et al, 2018)
EPEMIOLOGIA

Os dados do Ministério da Saúde mostram a hipertensão na gestação


como a maior causa de morte materna no país, sendo responsável por cerca
de 35% dos óbitos.

(MOURA et al, 2018)


CLASSIFICAÇÃO

 Pré-eclâmpsia: surge após 20 semanas de gestação e associada à proteinúria (≥ 0,3g


de proteína em urina;
 Pré-eclâmpsia Leve: Aumento exagerado e subitâneo do peso (> ou = a 500 gramas
por semana), seguido de edema generalizado, depois hipertensão e por fim
proteinúria;
 Pré-eclâmpsia Grave: Quando um ou mais sintomas são encontrados: PA> ou =
160x110mmHg; proteinúria de 5g ou mais em urina de 24h; diurese menor que
400ml por dia; cefaléia; dor epigástrica e transtornos visuais; cianose e edema
pulmonar;

(MOURA et al, 2018)


CLASSIFICAÇÃO

■ Síndrome HELLP: (Fragmentação das células vermelhas do sangue na circulação)


caracterizadas por graus variados de coagulação intravascular disseminada.
■ Pré-eclâmpsia Superajuntada: é quando a pré-eclâmpsia se associa a hipertensão
pré-existente à gestação, aumentando o risco quando a gestante apresenta
comprometimento renal.
■ Eclâmpsia: É a causa mais comum de convulsões associada com a hipertensão
arterial e proteinúria na gravidez.

(MOURA et al, 2018)


FISIOPATOLOGIA DA PRÉ-ECLÂMPSIA

Trata-se de uma patologia multifatorial, tendo sido descrito fatores


imunológicos genéticos e ambientais para a sua instalação. Levando
ao acometimento de vários órgãos maternos.

(MOURA et al, 2018)


FATORES DE RISCO

■ Primeira gestação;
■ Gestante com menos de 16 anos (adolescente);
■ Gestante com mais de 30 anos;
■ Obesidade;
■ Raça negra;
■ Doenças prévias à gestação (HAS, diabetes, doenças renais ou lúpus);
■ História de familiares com pré-eclâmpsia ou eclâmpsia;
■ Ter apresentado pré-eclâmpsia na gestação anterior;
■ Gestação gemelar;
REZENDE; MONTENEGRO, 2000
DIAGNÓSTICOS DE PREMATURIDADE

 Sofrimento fetal
 Crescimento fetal restrito
 Hipertensão está assinalada como a maior causa dos óbitos fetal ou do
recém-nascido (RN)

(MOURA et al, 2018)


COMPLICAÇÕES CLÍNICAS MATERNAS

• Edema Pulmonar
• Insuficiência Renal Aguda Coagulopatia (Coagulação Intra-vascular
Disseminada - CIVD)
• Encefalopatia
• Rotura Hepática

(MOURA et al, 2018)


CONDUTA PREVENTIVA

A conduta preventiva nas síndromes hipertensivas da gestação


inclui a identificação dos fatores de risco com intervenção e controle
destes se possível, a aferição periódica da pressão arterial (PA)
durante todo o pré-natal e o controle rigoroso da PA em pacientes
hipertensas crônicas.

(MOURA et al, 2018)


TRATAMENTO CLÍNICO

■ Depende do grau da doença. Na pré-eclâmpsia leve, é a terapêutica


conservadora até o concepto atingir a maturidade de 37 semanas,
■ Na pré-eclâmpsia grave, e na eclâmpsia, antes de interromper a
gestação, o quadro clínico deve ser estabilizado, demorando em torno
de 4 a 6h.

(REZENDE; MONTENEGRO, 2000)


TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO

Só vai atuar nos casos de pré-eclâmpsia leve à moderada podendo atuar


orientando as pacientes quanto ao:
■ Posicionamento,
■ Exercícios respiratórios,
■ Alongamentos,
■ Exercícios ativos que devem ser lentos, homogêneos e simples,
■ Tratar edemas,
■ Mobilização de cinturas escapular e pélvica,
■ Técnicas de relaxamento
■ Hidroterapia

(KONKLER; KISNER, 1998)


TRATAMENTO DA EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA

(MOURA et al, 2018)


REFERÊNCIAS

DUSSE, Luci Maria Sant'ana; VIEIRA, Lauro Mello; CARVALHO, Maria das Graças. Revisão sobre
alterações hemostáticas na doença hipertensiva específica da gravidez (DHEG). J bras patol med lab, v.
37, n. 4, p. 267-72, 2001.

KONKLER, C. J.; KISNER, C. Princípios de exercícios para a paciente obstétrica. Exercícios terapêuticos:
fundamentos e técnicas. 3a ed. São Paulo: Manole, p. 581-613, 1998.

MONTENEGRO, Carlos Antonio Barbosa; DE REZENDE FILHO, Jorge. Obstetrícia . Grupo Gen-Guanabara
Koogan, 2000.

MOURA, Marta David Rocha de et al. Hipertensão Arterial na Gestação-importância do seguimento


materno no desfecho neonatal. Comun. ciênc. saúde, v. 22, n. Sup. Espec. 1, p. [113-120], 2011.

Você também pode gostar