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ANTROPOLOGIA

 Não é uma ciência experimental em


busca de leis, é um campo do saber
que opera com a subjetividade
ESTUDOS DE CASO

 Jornalismo e Antropologia
 Alimentação
 Industria Moveleira
Breves considerações teóricas:
 Objeto de pesquisa
 Problema de pesquisa
 Questões norteadoras
 Hipótese
Antropologia e Jornalismo

 Gillian
Tett
 Melissa Cefkin
 Genevive Bell
Antropologia e Jornalismo
 Jornalista tem a pressão:
 Hora do fechamento;
 Objetividade da noticia;
 Critério jornalístico nas reuniões de pauta;
 A busca incessante pelo “furo”;
 Importância das relações pessoais tanto com
os colegas como com as fontes.Tudo passa
pelas relações pessoais;
 Valor noticia: qual o critério que é valorizado
pelo público-alvo do jornal?
Antropologia e Jornalismo
 A natureza e a Coleta de Informações tornou-
se complexa;
 Hoje qualquer um pode enviar uma matéria por
aplicativos aos meios de comunicação;
 Além de relatar e informar é necessário e
contextualizar;
 Com o aporte da Antropologia: perguntas
incomuns, analise holística contextualizada,
enxergam certos detalhes que antes
passavam despercebidas.
Dicas de leituras:Jornalismo
 TETT, Gillian. Fool's Gold. London, Free Press, 2010
 TUCHMAN, Gaye.Making News.A study in the construction of
reality. New York, Free Press,1978.
 TRAVANCAS, I e NOGUEIRA,S.G. (orgs).A comunicação de massa
no campo da Antropologia.Campina Grande, EDUEPB,2016.
 RODRIGUES,JC. Antropologia e Comunicação:Princípios
radicais.Editora PUC-Rio, Rio de Janeiro,2008.
 GANS, Herbert. Deciding what’s news.A study of CBS Evening
News, NBC Nightly News, Newsweek, Time. Nothwestern University
Press, Evanston, 2005.
 BIRD, Elizabeth S. The Anthropology of News and
Journalism.Global Perspectives. Indiana University Press,
Bloomington,2010.
Pão de forma
 Situação:
 Empresa com pequeno crescimento em
relação aos investimentos em tecnologia.
 Não era líder no segmento.
 Em testes organolépticos cegos o produto
da empresa era considerado mais saboroso.
 Marca sem lembrança.
Industria Moveleira
 Dúvida em relação ao desenvolvimento de
produtos;
 As tendências do setor indicavam que haveria
grande demanda de móveis para quartos de
bebês e infanto-juvenis;
 Na convenção do ano seguinte eles queriam
anunciar o desenvolvimento de novos
produtos;
Industria Moveleira
 Briefing:

 Desenvolver novos produtos para o segmento


infanto-juvenil
Industria Moveleira
 Perguntas:

 O que aponta a tendência é adequado ao público-


alvo da empresa?
 Ou eles querem atingir outro segmento?
 Há disponibilidade financeira para isso?
Industria Moveleira
 As perguntas eram difíceis de responder,.
 Em conjunto com o Departamento de Design
foi elaborado um Projeto para realizar uma
pesquisa etnográfica entre vários públicos:

 Vendedores e Representantes
 Lojista e vendedores
 Clientes das lojas
Industria Moveleira
 O que eles consideravam uma casa ideal?Narrativas
sobre a cada ideal
 Método do cartaz: Minha casa dos sonhos

 Eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis com cores de


gente rica que nem aparece na Caras;
 Observou-se que a maioria dos lares não tinham peças
divididas com paredes . A divisão era feita com tapumes
ou com móveis;
 As casas tinham sido construídas pelos moradores;
 Tinham um lugar de destaque na casa , espécie de altar
para cultura suas crenças religiosas.
Industria Moveleira
Baseando-se nos dados obtidos com os representantes,
vendedores, lojistas e , principalmente, os CLINTES
articulados com nos indicadores de crescimento econômico
do país foi recomendado:

 Móveis para segmento emergente que depois seria


denominado de a “Nova Classe C”:
 Material MDF;
 Móveis que tivessem a funcionalidade de divisórias e
bastante área de armazenamento;
 Painéis que remetessem a Home-Theater;
 Bancadas baixas.
Passo a passo
1.Selecionar um grupo ou local a ser pesquisado;
2. Observação direta ou participante ( verificar qual o grau de envolvimento
possível- ético); aprender com os sujeitos pesquisados através das
suas ações e práticas cotidianas; olhar de principiante.
3. Realizar o registro: escrito, gravado, filmado, fotografado, desenhado (
pelos informantes).
4. Após voltar de cada saída de campo leia o que escreveu e tente fazer
algumas reflexões a respeito, articulando com o aporte teórico. Tente
separar em temas e categorias.Tenha em mente seu objeto de
pesquisa, questão norteadora e seus objetivos de pesquisa.
5. Com o tempo destas reflexões apontaram para certos subtemas a serem
trabalhados em detalhe ou tb podem apontar para questões que devam
ser investigadas com mais profundidade e detalhamento.
6.As vezes é importante mapear os parentescos, a circulação do dinheiro,
dos afetos, dos objetos.
7. Dados quantitativos/estatísticos sempre enriquecem a pesquisa
etnográfica, mas nem sempre é possível obtê-los.
8. Procure ler o caderno de campo até memorizar para facilitar a
classificação os temas e categorias que irão gerar os capítulos da
monografia ou a organização do relatório a ser apresentado.
Dicas de leitura:Design
 PLOWMAN, Tim. Ethnografy and the critical design practice. In:LAUREL, B.(org.)
Design Research. Cambridge, MIT Press,2003.
 MUNARI, Bruno. Das coisas nascem as coisas.São Paulo, Martins Fontes, 1989.
 SURI,Jane.;HOWARD,Suzane.Going deeper,seeing further:enhacing ethnographic
interpretations to reveal more meaningful opportunites for design. Journal of
Advertising Research, p.246-250,2006.
 SCHOUTEN , John. W. & MCALEXANDER, James. H. Subcultures of Consumption:
An Ethnography of the New Bikers. The Journal of Consumer Research, Vol. 22, No. 1
(Jun., 1995), pp. 43-61. Chicago: The University of Chicago Press, 2009.
 SPRADLEY,James. Participant observation . New York. Harcourt Brace Jovanovich
College Publishers,1980.
 _______________.The etnhographic interview. New York. Harcourt Brace Jovanovich
College Publishers,1979.
 ANASTASSAKI, Zoy. A antropologia do design:observações sobre as apropriações da
prática antropológica pelo design hoje. Texto apresentado na 28° RBA, 2012,São Paulo.

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