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 Hidrologia é a ciência que trata da ÁGUA,

sua ocorrência, circulação e distribuição;

 Suas propriedades físicas e químicas, e


suas reações com o MEIO AMBIENTE,
incluindo suas relações com a VIDA.

 Aplicação prática em:


- Dimensionamento de obras hidráulicas

- Aproveitamento de recursos hídricos

- Abastecimento urbano – 75% da população do


Brasil estão em áreas urbanas;

- irrigação – problema de escolha do manancial;


estudo de evaporação e infiltração,
- Drenagem – estudo de precipitações, bacias
de contribuição e nível d’água
- Regularização de cursos d’água – estudo
das variações de vazão.
- Controle de inundações – previsão de
vazões máximas
- Controle e previsão de secas
- Estudo das vazões mínimas
- Controle de poluição
O estudo da Hidrologia Prática utiliza de:

A. dados básicos coletados:


quantidade de água precipitada em postos
pluviométricos (chuva) ou evaporada e a
vazão dos rios em postos fluviométricos
(rios,córregos, canais...);
B. Análise desses dados para estabelecer as relações entre eles;
Pesquisas e Séries Históricas
C. Aplicação dos resultados obtidos para a solução de
problemas práticos: projetos novos e reestruturações.
- O Ciclo Hidrológico inicia com a água evaporada
dos oceanos que:
a) condensa-se e precipita-se sobre os mesmos;
b) é levada pelos ventos para áreas continentais
e precipita-se sob forma de chuva, granizo,
neve ou condensa-se sob a forma de orvalho
ou geada nas áreas de vegetação.
- Água precipitada sob a forma de chuva:
a) parte transforma-se em vapor;
b) parte é interceptada pela vegetação,
construções e objetos e é parcialmente
reevaporada;
c) parte escoa superficialmente até alcançar os
cursos d´água, retornando aos oceanos.
d) parte infiltra-se pelo solo.
- Da água que alcança os cursos d’água, somente
uma parte escoa diretamente para o rio.
- O restante é:
a) evaporado diretamente da superfície líquida;
b) absorvido pela vegetação ribeirinha;
c) penetra nos solos marginais que pode:
retornar ao curso d’água em pontos mais a
jusante;
encontrar saídas em nascentes distantes em
outras bacias, lagos ou mesmo no mar;
pode ainda ser alcançada por vegetais de raízes
profundas ou então agregar-se às águas
subterrâneas.
 Definição: é o movimento das águas, que, por efeito da
gravidade, se deslocam na superfície da Terra.

 As quatro formas pelas quais os cursos d’água recebem


água:
1. Precipitação direta sobre o curso d’água (P);
2. Escoamento superficial (ES);
3. Escoamento sub-superficial ou hipodérmico (ESS);
4. Escoamento subterrâneo ou básico (E sub).
deflúvio direto: abrange o escoamento superficial e
grande parte do sub-superficial,

escoamento de base: constituído basicamente do


escoamento subterrâneo, é o responsável pela
alimentação do curso d’água durante o período de
estiagem.
 A quantidade e a velocidade da água que atinge um curso
d’água dependem de alguns fatores, tais como:
a) Área e forma da bacia;
Influencia o escoamento superficial e, consequentemente,
o hidrograma (representação gráfica da vazão que passa
por uma seção, ou ponto de controle, em função do
tempo) resultante de uma determinada chuva.
Ela tem efeito sobre o tempo de concentração (Tc):

Tempo, a partir do início da precipitação, necessário


para que toda a bacia contribua com a vazão na seção
de controle.
Registro de descargas diárias do Rio Tietê. (Fonte: VILLELA, 1975).
 A quantidade e a velocidade da água que atinge um
curso d’água dependem de alguns fatores, tais como:
a) Área e forma da bacia;
b) Conformação topográfica da bacia: declividade,
depressão, relevo;
c) Condições de superfície do solo e constituição
geológica do subsolo: vegetação, impermeabilização,
capacidade de infiltração no solo, tipos de rochas
presentes;
d) Obras de controle e utilização da água: irrigação,
canalização, derivação da água para outra bacia,
retificação.
L
onde:
DH – diferença entre as cotas do ponto mais distante e da
seção considerada;
L – comprimento do talvegue principal.
 Bacia hidrográfica: área geográfica coletora de
água de chuva, que, escoando pela superfície,
atinge a seção considerada.

 Vazão (Q): volume de água escoado na unidade


de tempo em uma determinada seção do rio.
Normalmente, expressa-se a vazão em m3/s ou
L/s.

 Velocidade (V): relação entre o espaço percorrido


pela água e o tempo gasto. É geralmente
expressa em m/s.
Realizadas em estações fluviométricas ou
hidrométricas

 Método direto: Neste método mede-se o tempo


gasto para encher um recipiente de volume
conhecido. A vazão é determinada dividindo-se
o valor do volume do recipiente pelo tempo
requerido para o seu enchimento.

Este processo só é aplicável nos casos de


pequenas descargas, como fontes e riachos, e
sob condições muito favoráveis.
Linígrafo: Equipamento que mede e registra a vazão em um trecho de rio

instalação de uma estação com Linígrafo.


1. Próximo a um ponto de possível interesse para aproveitamento das
águas.
2. Seção estável, que não apresente modificações significativas em
seu leito.
3. Facilidade de acesso e condições para medições de vazões.
4. Relação unívoca cota x vazão.
Curva chave. (Fonte: SOUZA PINTO et al., 1976).
 Método da velocidade: Este método envolve a
determinação da velocidade e da seção
transversal do canal cuja vazão se quer medir.
a) Determinação da seção de escoamento:
Em canais de grande porte e que apresentam
seção irregular, rios por exemplo, a seção de
fluxo é obtida dividindo-se a seção transversal
em segmentos.
A área de cada segmento é obtida multiplicando-
se sua largura pela profundidade média da
seção ou pela fórmula de área de figuras
conhecidas. A soma das áreas fornece a área
total da seção de escoamento.
b) Determinação da velocidade de
escoamento:
O método do flutuador é utilizado para medir
a velocidade de escoamento quando não se
necessita de grande precisão.
Quando houver esta necessidade, a
velocidade é medida através de molinetes
b.1) Método do Flutuador: Este método se aplica
a trechos retilíneos de canal e que tenham seção
transversal uniforme.
As medidas devem ser feitas em dias sem vento,
de forma a se evitar sua influência no
caminhamento do flutuador.
Com a distância percorrida e o tempo gasto (repetir
o procedimento 3 a 4 vezes), determina-se a
velocidade média do flutuador através da fórmula:
b.2) Método do Molinete: Para medir a velocidade em
canais de grande porte, ou um rio, visando a obtenção
de informações mais precisas e rápidas, utilizam-se os
molinetes.
Quando o molinete é imerso no canal, as suas hélices
adquirem uma velocidade que é proporcional à
velocidade da água.
A velocidade é determinada utilizando-se a curva de
calibração do molinete, que relaciona a velocidade de
rotação do molinete à velocidade da água no canal.

Molinete
 Pretende-se medir a vazão de um rio através do
método do flutuador. Para tanto, foi delimitado um
trecho de 20 m, que foi percorrido pelo flutuador em
35, 32 e 34 s. A seção transversal representativa do
trecho está na figura.
 Determine: a) a seção de escoamento; b) a
velocidade média do flutuador; c) a vazão do rio.
Método de vertedores: utilizado para canais naturais e
construídos, vertedor corresponde a uma obstrução (chapa
metálica ou alvenaria) que faz com que a água escoe sobre a
mesma.
Determina-se a vazão medindo-se a altura da superfície de
água a montante e aplicando-a na fórmula do vertedor utilizado.

· Vertedor triangular
Q = 1,4 • H 5/2

· Vertedor Retangular:
Q = 1.838 (L – 2H/10) H 3/2
onde:
Q = vazão(m3/s)
L = largura do vertedor = soleira = (m)
H = altura da lâmina líquida acima do vertedor (m) – determinar
a uma distância ≥ 5 H à montante do vertedor
Vertedor triangular (90° de abertura)

Q = 1,4 • H 5/2
Medição de H Contração
lateral

Vertedor triangular com ângulo de 90°


Vertedor Retangular:

Q = 1.838 (L – 2H/10) H 3/2


1. Verificar a vazão de um curso d´água, a partir de um
vertedor triangular, sabendo-se que a altura (H) da
água à montante é de 5 cm.

2. Esquematizar a instalação de um vertedor triangular e


calcular a vazão de um córrego a partir das seguintes
dimensões:
• Largura do córrego= 60 cm
• H = 20 cm,

3. Determinar a vazão atual de um córrego que apresenta


uma estação fluviométrica com um vertedor retangular
apresentando as seguintes informações:
• H = 25 cm
• L = 45 cm
 Obtenção de valores de vazão de um curso
d’água a partir de informações pluviométricas
(dados de precipitação)

 Geralmente,a vazão que se deseja conhecer


é aquela que é resultado de uma chuva
intensa capaz de produzir enchente no curso
d’água.
 MétodoRacional.
A vazão (Q, m3/s) corresponde a uma chuva
de intensidade (i, m/s) sobre toda a bacia de
área (A, m2), considerando o tipo de
cobertura do solo (Coeficiente C, Tab. 2)

Q=C•i•A
DAEE – DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA. Manual de Cálculo de Vazões Máximas Médias e
Mínimas para as Bacias Hidrográficas do Estado de São Paulo. São Paulo: DAEE, 64 p., 1994.
Calcule a vazão que um curso de água terá
após uma chuva de intensidade 20 mm/h e
que esteja inserido numa bacia com área total
de 5000 m2, apresentando uma superfície
com 5% de declividade recoberta por
pastagem natural.(R: 5,5 x 10-3 m3/s)
4. Considerando os dados do exercício 2, verificar a qual
carga (altura de água) a vazão máxima de 1,2 m3/s será
correspondente.(R: 0,94 m)

5. Determinar a descarga (vazão) de um vertedor retangular,


com 2,5 m de soleira, situado no centro de um curso
d’água com 4 m de largura, para uma carga de 0,35 m
sobre a soleira. (R=0,93 m3/s)

6. Qual a descarga (vazão em L/s) de um vertedor triangular,


de 90°, sob uma carga de 15 cm ? (R: 12,2 L/s)

7. Um flutuador leva 1,5 minuto para percorrer 35 metros em


um canal retangular. Sabendo que o canal tem uma
largura de 3,5 m e a lâmina d’água no interior deste é de
2,0m, calcule a provável vazão deste canal ( R: 2,73m3/s)

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