Recife
2016
Objetivos
• Revisar brevemente a anatomia do Coração;
• Diferenciar as Doenças Infecciosas do coração;
• Discutir sobre os aspectos que envolvem as doenças
infecciosas;
▫ Conhecer as causas, classificações, fisiopatologia,
tratamento, profilaxia.
• Discutir a assistência de enfermagem prestada a esses
pacientes.
Revisando...
Pericárdio
Uma membrana que reveste e protege o coração.
Restringe o coração à sua posição no mediastino, embora permita
suficiente liberdade de movimentação para contrações vigorosas e rápidas;
Funções:
Fixar o coração;
↓ a fricção com estruturas vizinhas;
Barreira protetora;
Impedir dilatações e sobrecargas de
Volumee.
• É um processo inflamatório do pericárdio que tem múltiplas causas e se apresenta
tanto como doença primária como secundária;
• Geralmente é benigna e autolimitada, pode cursar com derrame ou contrição
pericárdica;
• As pericardites costumam se classificar didaticamente em::
▫ Agudos:
Pericardite Aguda (DOR TORÁCICA)
Tamponamento Cardíaco
▫ Crônicos:
Derrame Pericárdico
Pericardite Constritiva
Epidemiologia
• Não existem dados epidemiológicos oficiais no Brasil
referentes ao comprometimento pericárdico;
• Os dados referentes aos serviços de emergência
mostram que 5% dos pacientes com queixa de dor
torácica, nos quais foi afastada a insuficiência
coronariana, tinham pericardite aguda.
Pericardite - Etiologia
Pericardite
Não
Infecciosa
Infecciosa
Doenças
Neoplasias Viral
Metabólicas
Doenças de
órgãos Idiopática Bacteriana
adjacentes
Enchimento
Enchimento
ventricular
ventricular
abruptamente
rápido
detido
Redução do Congestão
débito venosa
cardíaco sistêmica
• Edema periférico
• Náuseas
• Desconforto abdominal Insuficiência cardíaca
• Ascite direita
• Anasarca
• Ganho de peso
↓ da incidência nas
Surgimento da
últimas décadas em Pericardite
Síndrome da
decorrência da tuberculosa volta a
Imunodeficiência
diminuição da TB ser frequente
Humana
primária
Estágio crônico
• Monitoração cardíaca;
• Fornecer O2 em cateter;
• Evitar VNI;
Não
Infecciosa
Infecciosa
Reações de
Fármacos Viral
hipersens.
Doenças Reações de
Sisttêmicas hipersens. Bacteriana
▫ Caxumba;
▫ Sarampo;
▫ Rubéola; Evitar miocardite
secundária
▫ Poliomielite e;
▫ Gripe.
Não se deve vacinar em
enquanto houver atividade
da doença!
Tratamento
• Suporte terapêutico:
▫ Betabloqueadores;
▫ Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina;
▫ Anticoagulação.
• Terapia Específica:
▫ Imunossupressão: suprimir a resposta inflamatória.
Miocardites
• Já houve progresso em relação ao diagnóstico da
doença;
• Espera-se que mais diagnósticos sejam realizados
precocemente, o que deve permitir mais pesquisas em
relação ao tratamento, que ainda permanece obscuro,
controverso e pouco individualizado.
Cuidados de Enfermagem
• Controle da Frequência Cardíaca;
• Controle da temperatura;
• Meias de compressão elástica;
• Exercícios passivos.
Exames Complementares para Miocardite e
Pericardite
• Raio X
• ECG
• Ecocardiograma
• Ressonância Magnética
• Tomografia Computadorizada
• Exames laboratoriais
▫ Marcadores de Necrose Miocárdica
• A Endocardite Infecciosa (EI) consiste no processo
infeccioso do endocárdio, que geralmente envolve as
valvas cardíacas, podendo ocorrer em defeitos
septais, cordoalhas tendíneas, endocárdio mural e
canal arterial persistente, causada por uma ampla
variedade de agentes infecciosos.
Epidemiologia
• Doença incomum, não podendo ser considerada rara;
• O sexo masculino é acometido de 2 a 9 vezes que o feminino;
• Na era pré-antibiótica: média de idade de 35 anos;
• Nos dias atuais, a média de idade é maior que 50 anos;
• Mortalidade elevada: 20 a 30%
• Subgrupos de alto risco:
▫ EI de prótese precoce: 50 a 70%
▫ EI fungíca: 80%
Mortalidade
• S. viridians: 4 a 16%
• S. aureus: 15 a 30%
EI de valva nativa
EI nosocomial
EI na Valva Nativa
Valvas acometidas por cardiopatia
• 30% dos casos • 50 a 60% dos casos • 15% dos casos com
Streptococcus
Enterococcus
Staphylococcus
Infecção do
sítio de
inserção
45 a
65%
Contaminação Infecção do
Cateteres
de solução cateter (após 2
Intravasculares
infundida semanas)
Bacteremia de
um outro sítio
EI Nosocomial
Valvas Valvas
Direitas Esquerdas
Previamente
normais Lesão valvar
(principalmente prévia
a Tricúspide)
Cateter atrial
direito, cabo de
Septicemia
MP provisório,
Swan-Ganz
Informações
microbiológicas
Informações
Clínicas
ETE
DIAGNÓSTICO
Diagnóstico
Disponibilidade de técnicas
Suspeita Clínica constante
mais sensíveis
Realização de
hemoculturas O paciente com febre
+ tem fatores de risco
Advento do predisponentes para EI?
Ecocardiograma
Transesofágico O paciente com febre foi
= submetido a algum
Sensibilidade e procedimento associado
especificidade > 90% à bacteremia transitória?
Critérios de Duke University Modificados
Critérios maiores Critérios menores
Isolamento dos agentes comuns, de EI em duas Fator predismonente para EI (cardiopatia ou uso de drogas
hemoculturas distintas ilícitas endovenosas)
Bacteremia pelo Streptococcus viridians, Streptococcus Febre ≥ 38º C
bovis, Grupo HACEK S. aureus ou Enterococcus adquirida
na comunidade, na ausência de um foco primário
Microrganismo compatível com EI isolada em Fenômenos vasculares como embolia arterial maior, infarto
hemoculturas persistentes positivas pulmonar séptico, aneurisma micótico, hemorragia
intracraniana ou conjuntival, lesões de Janeway (exceto
petéquias e outras hemorragias)
Única cultura ou sorologia positiva para Coxiella burnetii Fenômenos imunológicos (presença de fator reumatoide,
glomerulonefrite, nódulo de Osler ou manchas de Roth)
Aparecimento de sopro ou mudança de sopro preexistente Hemocultura positiva com agente não consistente com EI
ou que não preenche requisitos como critério maior
Ecocardiograma com evidências de endocardite Ecocardiograma com alterações consistentes com EI,
porém não preenchendo requisitos para critérios maiores
EI Aguda x EI Subaguda
Características EI Aguda EI Subaguda
• Santos CLS, Figuinha FCR, Lima AGS, et all. Manual de Cardiologia Cardiopapers. Ed
Atheneu, São Paulo, 2015