Você está na página 1de 15

Liliane Moreira – Msc.

em Educação

FUNDAMENTOS DE PSICOLOGIA Macaé, 08/2019.


CONCEITUAÇÃO DE PSICOLOGIA
A origem etimológica da palavra Psicologia vem do grego: “psyché” (alma) +
“razão” (estudo) = estudo da alma.
OBJETO DE ESTUDO DA PSICOLOGIA
O objeto de estudo da Psicologia é o ser humano e sua subjetividade,
levando-se em consideração “...todas as suas expressões, as visíveis (o
comportamento) e as invisíveis (os sentimentos)...” (Bock, 2008, p. 22).
Subjetividade “É o mundo das ideias, significados e emoções
construído internamente pelo sujeito a partir de suas relações sociais, de suas
vivências e de sua contribuição biológica; é também, fonte de suas
manifestações afetivas e comportamentais” ((Bock, 2008, p. 23).
O SURGIMENTO DA PSICOLOGIA
A Psicologia não nasceu tal como a vemos atualmente e seus primórdios
remontam à Antiguidade Clássica, com pensadores e filósofos gregos, como
Sócrates, Platão e Aristóteles, que investigavam o mundo das ideias, especulavam
sobre a imortalidade da alma e a percepção das coisas no mundo.
O que separa o homem
dos animais? Para
Sócrates era a razão!
ORIGENS

FISIOLOGIA
FILOSOFIA

PSICOLOGIA
DUELO DE CIÊNCIAS COMO PANO DE FUNDO PARA A
PSICOLOGIA CIENTÍFICA
Lakatos • Especulativo, reflexivo,
subjetivo, questiona os
(1991): Conhecimento fenômenos e estado das
filosófico coisas.

• Místico, confuso, registra só


a aparência dos fatos, não
Conhecimento correlaciona os fatos, tende
popular/empírico a ser definitivo e não
verificável, assistemático e
acrítico.
DUELO DE CIÊNCIAS COMO PANO DE FUNDO PARA A
PSICOLOGIA CIENTÍFICA
• Racional, objetivo,
metódico, claro, factual,
Conhecimento transcendente aos
científico
fatos, analítico e
verificável.

• Baseado na fé, em
crenças, no
Conhecimento sobrenatural, não pode
religioso/teológico
ser confirmado ou
negado
DUELO DE CIÊNCIAS
Cenário do duelo entre ciências: O Positivismo e sua forma de mensurar tudo,
descobrir as leis que regem os fenômenos, quantificar e garantir, validar todo
fenômeno observável, comprovar de modo científico e instrumentalizado.
Negação da importância de fenômenos subjetivos e não palpáveis.
Superioridade pretensa das ciências exatas e naturais.
Pensador francês Auguste Comte (1798-1857) foi o expoente do Positivismo.
A PSICOLOGIA CIENTÍFICA NO SÉCULO XIX
• Tentativa de desassociação da Psicologia como
um ramo da Filosofia, busca por identidade
própria, desejo de ganhar status de ciência,
necessidade de mensurar;
• Para deixar de ser uma ciência menor, Marx
Melvin (1981) afirma que a Psicologia iniciou
seus estudos experimentais de auto-
observação e introspecção no primeiro
laboratório (de Leipzig na Alemanha) de
Psicologia por volta de 1879;
• Wundt, filósofo antes de ser psicólogo, foi o
criador da Psicologia Experimental e fundador
do laboratório de Leipizig.
A PSICOLOGIA CIENTÍFICA NO SÉCULO XIX
A Psicologia de Wundt limitou-se à observar
fenômenos psicoquímicos, biológicos, cinestésicos,
sensações e sentimentos agradáveis (ou
desagradáveis), estados de relaxamento ou
tensão. Todavia, com a evolução científica, novas
teorias e formas de se fazer Psicologia foram
surgindo, renegando os estudos de Wundt.

Wundt sentado no Laboratório de Leipizig. Fonte: Wikmedia Commons.


RESULTADO CONTEMPORÂNEO DA
PSICOLOGIA
AS ÁREAS DE ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA
ORGANIZACIONAL ESCOLAR

SOCIAL CLÍNICA

JURÍDICA DESPORTIVA

HOSPITALAR TRÂNSITO
PSICOLOGIA APLICADA À ADMINISTRAÇÃO
• Aproximação das duas ciências em função da necessidade de recrutamento de
pessoas, estudos sobre a produtividade, motivação loboral com vistas à
lucratividade industrial/empresarial;
• Marcos históricos: adaptação dos testes de Alfred Binet (1857-1911), verificação
da inteligência, Francis Galton (1822-em1911), verificação das aptidões;
recrutamento em massa para a 1ª Guerra Mundial.

Clássica propaganda de recrutamento para a 1ª GM.


Fonte: Wikipedia
PSICOLOGIA APLICADA À ADMINISTRAÇÃO
• Projeto de Lei nº 439/2015, cuja intenção na redação atual, é fixar a proibição
da atuação de psicólogos em funções na área de Recursos Humanos, cabendo
somente ao administrador tais funções.

O pjt está aguardando designação


do relator (2019).
REFERÊNCIAS
BOCK, Ana Mercês et al. Psicologias: uma introdução ao estudo da Psicologia. 13. ed., São Paulo:
Saraiva, 2002.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Maria de. Metodologia do trabalho científico. 4ª ed. São Paulo:
Atlas, 1991.
MARX, Melvin. Sistemas e Teorias em Psicologia. São Paulo: Cultrix, 1973.
SCHULTZ, Duane. Schultz, Sydney. História da Psicologia Moderna. São Paulo: Cultrix, 1981.
VALENTE, Maria Luísa Louro de Castro. História dos testes psicológicos. Bol. psicol, São Paulo
, v. 66, n. 144, p. 125-129, jan. 2016 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-
59432016000100011&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 28 ago. 2017.

Você também pode gostar