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Economia

A importância da dimensão
económica na realidade social

1º ano - Economia 1
Conceito de Economia

O que é a economia?
Podemos, então, identificar a economia como sendo um
conjunto de factores naturais e produzidos pelo Homem
que sustentam o seu dia-dia e promovem o seu
desenvolvimento.

Aplicação Racional de Recursos Escassos

1º ano - Economia 2
Conceito de Economia

A actividade económica:
São todas as intervenções que levam á aquisição de bens
e serviços para a satisfação das necessidades humanas.
Estas necessidades só podem ser satisfeitas se existir nos
ciclos económicos, acções de produção, distribuição, e
repartição de rendimentos e sua aplicação, em consumo e
poupança.

1º ano - Economia 3
Conceito de Economia

Produção Distribuição

Repartição dos Consumo


Rendimentos

1º ano - Economia 4
A influência da população na Economia

•O que produzir?

População •Como produzir?

•Quanto produzir?

1º ano - Economia 5
A influência da população na Economia

Alguns índices de calculo da população e da sua


actividade:

• Permilagem
• Taxa de Natalidade
• Taxa de Mortalidade
• Taxa de Mortalidade Infantil
• Crescimento Total da População (ou Taxa de Crescimento Natural):
• Taxa de Actividade
• Taxa de actividade por sector

1º ano - Economia 6
Revisão de alguns conceitos

Natalidade e Taxa de Natalidade

• Natalidade – representa o número total de nascimentos ocorridos num


determinado período de tempo, num determinado conjunto populacional. A
partir da natalidade e da população total de um país, podemos calcular a sua
taxa de natalidade.

• Taxa de Natalidade – dá-nos a conhecer o número médio de nados vivos por


cada mil habitantes num determinado país e referente a um período de tempo.

1º ano - Economia 7
Revisão de alguns conceitos

Mortalidade e Taxa de Mortalidade

• Mortalidade – representa o número total de óbitos ocorridos num


determinado período de tempo para uma população.

• Taxa de Mortalidade – permite-nos conhecer o número médio de óbitos por


mil habitantes num determinado período de tempo para um dado país ou
região.

1º ano - Economia 8
Revisão de alguns conceitos

Taxa de Crescimento Natural e População Activa do País

• Taxa de Crescimento Natural – dá-nos o número médo de índividuos a mais


ou a menos por cada 1000 habitantes em determinado período de tempo para
dado país ou região.

• População activa do país – representa a quantidade de índivíduos´que


exercem ou podem exercer uma actividade remunerada. As donas de casa, os
estudantes e os reformados não fazem parte deste conjunto, dado que não
exercem uma actividade remunerada.

1º ano - Economia 9
Revisão de alguns conceitos

Exportações e Importações

• Exportações de mercadorias – representam as vendas efectuadas ao exterior


de bens acabados, bens em curso de fabrico, matérias-primas e subsídiárias.

• Importações de mercadorias – traduzem as compras de mercadorias


realizadas por um país ao exterior e o consequente pagamento desses bens.

1º ano - Economia 10
Revisão de alguns conceitos

A actividade económica e os seus sectores

• Actividade económica – podemos designar como sendo o conjunto das


actividades desenvolvidas pelo Homem, como a produção, a distribuição e o
consumo.

• Sectores de actividade económica – a actividade económica pode ser


dividida em sectores e cada sector agrupa actividades similares com processos
produtivos idênticos ou obtendo bens parecidos. Os sectores de actividade
económica são: o sector primário, o sector secúndário e o sector primário.

1º ano - Economia 11
Economia
A Economia como ciência

1º ano - Economia 12
A ciência social

A Economia é uma
Ciência Social!

1º ano - Economia 13
A ciência social
O que é a Ciência Social?
Designa-se por ciência social, qualquer ciência que estude os
fenómenos sociais, resultantes da acção dos homens na sociedade.

1º ano - Economia 14
A ciência social

Realidade
Social

1º ano - Economia 15
A ciência social
Por exemplo, o desemprego pode ser estados por várias ciências
sociais:
Direito

Economia História

Desemprego

Sociologia
Geografia

Demografia

1º ano - Economia 16
A ciência social
Análise do fenomeno do desemprego:
 A Economia estuda as causas do desemprego e as formas de o combater,
quer estimulando a iniciativa privada quer através da participação directa
do Estado;
 A Sociologia estuda as alterações nas estruturas familiares provacadas
pelo desemprego;
 O Direito analisa os aspectos legais ligados ao desempregados, como, por
exemplo, a possibilidade de serem atribuidas indeminizações;
 A História poderá analisar e fornecer dados sobre a evolução da taxa de
desemprego ao longo dos anos, permitindo conhecer um pouco melhor a
situação actual;
 A Geografia poderá dar informações sobre novas unidades de produção;
 A Demografia apresenta-nos uma análise estatística do desemprego, ten
do em conta o sexo, a idade, as regiões, etc;.
1º ano - Economia 17
A complementariedade das ciências
sociais
Todas as ciências que analisam a actividade do Homem. Sem a História os
fenómenos económicos não se compreendiam. Esta ciência também nos
mostra como as relações sociais foram evoluíndo.
A Psicologia não é importante apenas pela dimensão indívidual do fenómeno
psicológico, ela também reflecte a caracterização dos empresários em
situações de risco de investimento ou de inovação.
A Sociologia é importante para a o estudo da Economia, por aquilo que ela
própria representa como ciência das leis gerais do desenvolvimento da
sociedade.
Como referem Samuelson e Nordhaus, “A Economia faz fronteira com outras
ciências. A Ciência Política, a Psicologia ou a Antropologia são ciências sociais
cujas as matérias se sobrepõem parcialmente ao objecto da economia.”

1º ano - Economia 18
Fenómenos Sociais e Fenómenos
Económicos
Segundo nos diz João Cesar das Neves, “a Economia não estuda os assuntos
económicos, e não os estuda por uma simples razão: porque não há assuntos
económicos. Não há problemas económicos como não há problemas sociais
ou químicos. O que existem são problemas.
Este professor de economia diz-nos ainda que “Não há fenómenos
eminentemente económicos” e que “Os fenómenos são fenómenos!
A realidade é única e, na sua riqueza natural, contém multiplos aspectos
particulares, sociológico, químico, etc,.

1º ano - Economia 19
Fenómenos Sociais e Fenómenos
Económicos

1º ano - Economia 20
A Economia como ciência – objecto de
estudo

Podemos considerar que a Economia representa o estudo da forma


como a sociedade gere a escassez de recursos, com vista á produção
e distribuição de produtos e serviços para consumo, imediato ou a
médio/longo prazo.

A escassez constitui o principal problema económico e


resulta do facto de as necessidades serem ilimitadas
perante os recursos disponíveis que são escassos!

1º ano - Economia 21
A actividade económica e os agentes
económicos

Podemos considerar a actividade economica como

 conjunto de actuações que têm como finalidade a obtenção de bens


e de serviços com vista á satisfação das necessidades humanas.
 conjunto de actividades de produção, distribuição, repartição de
rendimentos e a sua utilização, em consumo e poupança.

1º ano - Economia 22
A actividade económica e os agentes
económicos

Podemos considerar como agente económico:

 Todo o indíviduo ou entidade que intervém na actividade económica


exercendo pelo menos uma função económica.
 Entre os agentes económicos temos:
 Familias
 Empresas
 Estado
 Resto do Mundo (relações económicas e comerciais internacionais)

1º ano - Economia 23
A actividade económica e os agentes
económicos
 Familias:
A grande função destas estruturas sociais é realizar consumo, e
função de rendimento ou de poupança.

 Empresas:
Temo como grande função a produção e distribuição de bens e
serviços, com vista á satisfação das necessidades de consumo de
outras empresas, familias e do próprio Estado.

 Estado:
A sua principal função é a satisfação das necessidades da sociedade.
Também actua como regulador da actividade económica privada e
como investidor no domínio público.
1º ano - Economia 24
A actividade económica e os agentes
económicos

 Familias:
O Resto do Mundo, engloba o conjunto de operações económicas
entre os residentes e organizações de um país e os residentes e
organizações de outro país.

1º ano - Economia 25
Síntese
Em síntese podemos considerar que:

 A realidade social é una e constitui uma realidade;

 A complexidade social tem que ser analisada por várias ciências sociais,
em que cada uma analisa um determinado aspecto do mesmo fenómeno;

 As ciências sociais são interdependentes e complementares;

 Os fenómenos sociais são totais, podendo no entanto ser estudado sobre


diferentes perpectivas;

 A Economia é uma de várias ciências sociais, debruçando-se sobre o


problema de escolha da melhor aplicação a dar a um qualquer recurso
escasso;
1º ano - Economia 26
Síntese
 O problema económico surge devido ao facto de os recursos de que
dispomos serem limitados perante necessidades que são ilimitadas;

 Perante o emprego alternativo dos recursos para diferentes finalidades é


necessário escolher um fim, sacrificando assim outros fins que se poderiam
obter com os mesmos recursos;

 Estas escolhas são efectuadas pelos agentes económicos;

 A actividade económica é o conjunto das actividades de Produção,


Distribuição, Repartição e Utilização de Rendimentos;

 A venda da produção gera um conjunto de rendimentos que são repartidos


pelos vários intervinientes sob a forma de salários, lucros rendas e juros;

 Cada um dos agentes económicos utiliza os rendimentos recebidos para


efectuar os seus consumos ou para constituir uma poupança.
1º ano - Economia 27
Economia
As necessidades e o consumo

1º ano - Economia 28
Necessidades e Consumo

NECESSIDADES

Satisfação através da
utilização de bens e serviços

CONSUMO

1º ano - Economia 29
Necessidades
Podemos identificar a necessidade como sendo:

Desejo de acabar ou de prevenir uma insatisfação


ou aumentar uma satisfação.

1º ano - Economia 30
Caracteristicas das Necessidades
Características das necessidades:

 Multiplicidade
 Saciabilidade
 Substituibilidade

1º ano - Economia 31
Caracteristicas das Necessidades
Multiplicidade:
As necessidades que sentimos são ilimitadas. Não
sentimos apenas uma ou duas, são várias e diferentes.
Elas têm a capacidade de se renovar, não sendo suficiente
satisfaze-las uma ou duas vezes, pois elas formam um
processo contínuo. Dois exemplos muito evidentes são a
necessidade de beber e de comer.
Também podem ser criadas novas necessidades, que são
provocadas pelo desenvolvimento e inovação tecnológica.
Um dos exemplos actuais, é o telemóvel.

1º ano - Economia 32
Caracteristicas das Necessidades
Saciabilidade:
Á medida que satisfazemos uma determinada necessidade,
a intensidade sentida vai diminuíndo progressivamente até
desaparecer.
Se, por exemplo, tivermos muita sede, à medida que
bebemos água a intensidade da sede vai diminuíndo até
desaparecer completamente.

1º ano - Economia 33
Caracteristicas das Necessidades
Substituibilidade:
Uma outra característica, é o facto de poderem ser
substituídas por outras – princípio da subtituição.
Encontramos multiplos exemplos dessa situação. Se estiver
com sede e não possa dispor de água, poderei substituí-la
por um refrigerante. Se tiver muita vontade de ir ao teatro
mas considerar os preços muito altos, poderei optar pelo
cinema.

1º ano - Economia 34
Caracteristicas das Necessidades

Espaço As necessidades
variam
Tempo

1º ano - Economia 35
Classificação das Necessidades
As necessidades podem ser classificadas segundo os
seguintes aspectos:
 Importância (primárias, secundárias e terceárias);

 Custo (não económicas e económicas);

 Vida em colectividade (colectivas e individuais).

1º ano - Economia 36
Classificação das Necessidades
Quanto à importância:
Primárias
Estas são as necessidades fundamentais ou seja indespensáveis á
vida e que, portanto nós satisfazemos prioritáriamente, pois se não
o fizermos podemos pôr em risco a nossa sobrevivência.
Exemplos:
 Alimentação, vesturário, e saúde.

1º ano - Economia 37
Classificação das Necessidades
Quanto à importância:
Secundárias
Estas necessidades são aquelas que nós satisfazemos depois de
serem satisfeitas as primárias, dado que precisamos de garantir a
nossa vida. Referem-se, estas necessidades, ao que nos é
necessário, mas não é indispensável. No entanto, se as
satisfazermos aumentamos a nossa qualidade de vida.
Exemplos:
 Livros e Cd’s

1º ano - Economia 38
Classificação das Necessidades
Quanto à importância:
Terceárias
Correspondem a tudo aquilo que num determinada sociedade e
num determinado momento se considera como um luxo.
Exemplos:
 Perfumes e roupas de marca.

1º ano - Economia 39
Classificação das Necessidades
Quanto ao custo:
Não económicas
Estas necessidades surgem quando não temos de despender
moeda ou trabalho para as satisfazer, pois a sua natureza permite
a sua satisfação livre e gratuita.
Exemplos:
 São os casos da respiração, tomar banhos de sol ou no mar.

1º ano - Economia 40
Classificação das Necessidades
Quanto ao custo:
Económicas
Neste caso, temos que despender de moeda ou trabalho para as
satisfazer. De facto, com a excepção de um pequeno conjunto de
necessidades não económicas, podemos dizer que as restantes
são necessidades económicas.
Exemplos:
 Podemos referir uma ida ao cinema ou andar de autocarro.

1º ano - Economia 41
Classificação das Necessidades
Quanto à vida em colectividade:
Colectivas
São necessidades que derivam do facto de vivermos e
relacionarmo-nos com pessoas e grupos de pessoas.
Exemplos:
 São os casos da necessidade policiamento, de segurança, de justiça,
de regras de trânsito, etc.

1º ano - Economia 42
Classificação das Necessidades
Quanto à vida em colectividade:
Individuais
São necessidades que dizem respeito a cada um de nós, em
função das caractrísticas de cada pessoa.
Exemplos:
 Um de nós pode ter uma grande vontade de viajar até à Argentina, mas
outra pessoa pode não sentir essa vontade ou necessidade.

Teoria das necessidades


de Maslow

1º ano - Economia 43
Classificação das Necessidades

Quanto á importância

Primárias Secundárias Terceárias

Quanto ao custo

Económicas Não Económicas

Quanto á vida em colectividade

Indíviduais Colectivas

1º ano - Economia 44
Consumo
Podemos identificar o consumo como sendo:

O acto de utilizar um bem ou serviço com vista à satisfação


de necessidades.

1º ano - Economia 45
Consumo
Existem três níveis de explicação do comportamento de
consumo:

Socio-cultural
Estilo de vida – Cultura – Classe Social

Interpessoal
Grupos de referência
Indívidual
Necessidades

1º ano - Economia 46
Tipos de Consumo
Dada a multiplicidade de que se revestem as necessidades
humanas, a sua satisfação exige igualmente uma diversidade
de consumos. Assim, é habitual distinguir os seguintes tipos
de consumo:
 Final
 Intermédio
 Individual
 Colectivo
 Essencial
 Supérfluo

1º ano - Economia 47
Tipos de Consumo
 Consumo Final:
Surge quando a utilização de um bem permite a satisfação
directa e imediata da necessidade, implicando a sua
destruição imediata (alimentos) ou progressiva (alimentos).

 Consumo Intermédio:
Neste caso o bem é utilizado para produzir outros bens, quer
desaparecendo no ciclo produtivo (energia) quer sendo
incorporado noutros bens (matérias-primas).

1º ano - Economia 48
Tipos de Consumo
 Consumo Individual:
No consumo individual, a utilização de um bem ou serviço por
uma pessoa impede o seu uso por outras pessoas em
simultâneo. Tal é o caso das roupas e dos alimentos.

 Consumo Colectivo:
Este é aquele que é efectuado para satisfazer necessidades
colectivas. São exemplo deste tipo de consumos, a utilização
dos serviços de televisão, de transporte públicos, de
estradas, etc.

1º ano - Economia 49
Tipos de Consumo
 Consumo Essencial:
Podemos referir como sendo a satisfação das necessidades
primárias. São exemplos deste tipo de consumo, os
alimentos, os cuidados de saúde ou de educação.

 Consumo Supérfluo:
Corresponde á satisfação das necessidades primárias, que
são identificas como bens ou serviços de luxo. Podemos
apontar como exemplo, jantar em restaurantes de luxo, ou
comprar joias caras.

1º ano - Economia 50
Factores que influência o consumo
das familias
Económicos

Rendimento Preço dos Bens Inovação Tecnológica

Extra-económicos

Moda Publicidade Tradição

Modos de vida Estrutura etária dos


agregados familiares

1º ano - Economia 51
Factores económicos do consumo
(Rendimento)

Rendimento:
O nível de rendimento das familias é uma das principais influências
dos seus consumos. Podemos simplesmente dizer, que o consumo é
realizado mediante o nível de rendimento das pessoas e das familias.
As alterações posítivas ou negativas no rendimento, reflectem-se
directamente no consumo.

1º ano - Economia 52
Factores económicos do consumo
(Rendimento)

Estrutura do consumo:
Os consumidores não distribuem os seus rendimentos de forma igual
por todos os bens, mas sim de forma diferenciada, ocupando alguns
bens uma parcela importante do rendimento, e outros uma pequena
parcela. Esta forma de repartir o rendimento pelos diferentes grupos de
bens, designamos por estrutura de consumo.

Estrutura do consumo é a forma como os consumidores


repartem o seu rendimento pelos diversos consumos.

1º ano - Economia 53
Factores económicos do consumo
(Rendimento)

Coeficiente orçamental:
Para conhecermos a estrutura de consumo de uma população, de uma
familia ou de grupos de familias é habitual calcularmos os coeficientes
orçamentais que nos dão a conhecer o peso que a despesa de
consumo, efectuada num determinado grupo de bens e serviços,
ocupa relativamente ao total das despesas efectuadas pela familia ou
familias.

Valor das despesas efectuadas


Coeficiente orçamental = X 100
Total das despesas de consumo

1º ano - Economia 54
Factores económicos do consumo
(Rendimento)
Classe de receitas (euros/anos)
Rubricas (%)
Menos de De 5000 a De 15000 Mais de
5000 15000 a 25000 25000
Alimentação e bebidas 60 50 40 30
Vestuário e calçado 8 7 8 6
Habitação e despesas
5 9 10 12
de habitação
Saúde 2 3 3 4
Transportes 10 12 15 18
Lazer 5 10 12 15
Outros bens e serviços 7 9 12 15

TOTAL 100 100 100 100


1º ano - Economia 55
Factores económicos do consumo
(Rendimento)

Do quadro anterior podemos retirar as seguintes conclusões:


 as familias de menores rendimentos afectam a maior parte
das suas despesas de consumo à alimentação;
 à medida que o rendimento aumenta, o peso das despesas
em alimentação baixa;
 à medida que o rendimento aumenta, o peso em consumo
em bens e serviços não essenciais cresce.

1º ano - Economia 56
Factores económicos do consumo
(Rendimento)

À medida que o rendimento das familias aumenta, o peso das


despesas em alimentação vai baixando, aumentado por sua vez
o peso das despesas destinadas à cultura, ao lazer e às distrações.

1º ano - Economia 57
Factores económicos do consumo
(Preço dos bens)

O preço dos bens influência a decisão dos consumidores.

1º ano - Economia 58
Factores económicos do consumo
(Preço dos bens)

Et Ceteris Paribus

E tudo o mais permanece constante.

1º ano - Economia 59
Factores económicos do consumo
(Preço dos bens)

Perante o aumento do preço de um bem (mantendo-se os outros


constantes) o consumidor irá procurar consumir o bem que ou
bens que lhe sejam substutuíveis e cujo o preço se mantém. Por
exemplo, se o preço da água engarrafada aumentar, poderei
passar a consumir água canalizada.

1º ano - Economia 60
Factores económicos do consumo
(Preço dos bens)

Se o preço do bem baixar, verifica-se um aumento do poder de


compra do consumidor que passará a ter maior disponibilidade
para comprar mais de todos os outros bens.

1º ano - Economia 61
Factores económicos do consumo
(Preço dos bens)

Efeito rendimento, resulta do aumento do preço de um


bem, que actuando como uma baixa do poder de compra
do consumidor provoca um redução do consumo de todos
os bens.

1º ano - Economia 62
Factores económicos do consumo
(Inovação Tecnológica)

O consumo é ainda influênciado pela constante inovação tecnológica,


através do surgimento de novos produtos e serviços, deslocando a
preferência dos consumidores para novas áreas.

Temos o exemplo do CD que fez diminuir ( e na prática desaparecer) a


comprar de discos de vinil ou ainda a crescente utilização de
telemóveis que está a provocar uma diminuição do uso do telefone
fixo.

1º ano - Economia 63
Factores extra-económicos do
consumo
 Moda
 Publicidade
 Tradição
 Modos de Vida
 Estrutura etária dos agregados familiares

1º ano - Economia 64
Factores extra-económicos do consumo
(Moda)
A rápida renovação dos bens provoca o desejo de adquirir os bens
mais recentes do mercado, ou por outras palavras, o que a moda
implementou.

Mais uma vez os telemóveis são um exemplo perfeito desta


renovação. Adquire-se um novo telemóvel, apesar do antigo funcionar
perfeitamente, porque acabou de surgir um novo modelo com mais
funções e com um design mais atractivo.

Por vezes, o que se procura num bem não é tanto a sua utilidade, mas
sim o que ele representa socialmente, a sua identificação com um
determinado grupo social.

1º ano - Economia 65
Factores extra-económicos do consumo
(Publicidade)

Noção de Publicidade:

Podemos falar na publicidade como sendo uma forma


paga de comunicação através da qual são transmitidas
mensagens com formato visual, auditivo, ou audiovisual
com o objectivo de informar e influenciar determinados
alvos, através dos meios de comunicação social.

1º ano - Economia 66
Factores extra-económicos do consumo
(Publicidade)

A Publicidade:

permite ao consumidor escolher melhor, através da informação que


fornece;
abre espaço para imaginar-mos e sonhar-mos;
é uma forma de arte;
pode provocar novas necessidades e novos desejos de consumo;
é um factor de crescimento económico, permitindo ás empresas
aumentar o seu volume de vendas.

1º ano - Economia 67
Factores extra-económicos do consumo
(Publicidade)

• Conquistar uma quota de mercado.


Marketing • Obter um certo volume de vendas e um certo
nível de margem.

• Fazer conhecer: por exemplo, as


Publicidade características de um produto.
• Fazer gostar: por exemplo, fazer evoluir a
imagem.
• Fazer agir: por exemplo, devolver um cupão.

Os três principais objectivos publicitários


Fazer conhecer

Fazer gostar 1º ano - Economia


Fazer agir
68
Factores extra-económicos do consumo
(Tradição)
A tradição é também um factor de que influência o consumo. Por
exemplo, alguns hábitos alimentares e formas de vestir orientam os
nossos consumos.

O exemplo mais típico é, sem dúvida, os consumos que efectuamos no


Natal. As refeições tradicionais como o bacalhau, o perú, e o bolo-
-rei.Também os enfeites e as prendas que oferecemos aos familiares e
amigos representam o consumo que se realiza na época natalícia.

1º ano - Economia 69
Factores extra-económicos do consumo
(Modos de vida)
Os índivíduos vivem e pertencem a determinados grupos,
estabelecendo-se um conjunto de interacções entre os elementos do
grupo. De certa forma, as decisões de consumo são fortemente
condicionadas pelo grupo ou grupos a que as pessoas pertecem.

Também a influência que os líderes do grupo ou de opinião exercem


sobre as decisões de consumo podem ser importântes. O indivíduo
tentam identificar-se com o líder do grupo.

O consumo pode também constituir uma forma de expressão da classe


social a que pertence o indivíduo. Consumir determinados produtos
pode marcar a diferença entre os vários grupos sociais.

1º ano - Economia 70
Factores extra-económicos do consumo
(Estrutura etária dos agregados familiares)
Outros factores, como o ciclo de vida da familia ou a posíção do
indivíduo no seio da familia, podem influênciar o consumo.

Os consumos de um jovem casal que acaba de adquirir a sua casa ou


que acaba de ter um filho e os consumos de um casal já idoso serão
certamente diferentes.

Também no seio da familia tradicional é habitual os pais terem poder de


decisão em matéria de consumo do que os filhos, aumentando estes a
sua influência com a idade.

1º ano - Economia 71
A Sociedade de Consumo

1º ano - Economia 72
A Sociedade de Consumo

Hoje, um grande número de pessoas, troca, por exemplo, o seu


telemóvel, a sua televisão, ou mesmo o seu automóvel, por que surgiu
um novo modelo que gostavam de ter, e que satisfaçam o seu desejo,
a sua necessidade.

A sociedade de consumo faz assim surgir uma sociedade do


“descartável”, do “usa e deita fora”, com todos os custos ambientais
que esta atitude acarreta.

1º ano - Economia 73
A Sociedade de Consumo

A sociedade de consumo foi-se desenvolvendo graças a todo um


conjunto de actividades ligadas ao marketing e á publicidade, como
sejam:
 Merchandising

 Vitrinismo

 Linhas de crédito para a compra de diversos bens e serviços

 Estudos de mercado

 Técnicas de Vendas

 Etc,.

1º ano - Economia 74
A Sociedade de Consumo

1º ano - Economia 75
A Sociedade de Consumo
O endividamento das familias e dos indivíduos tem vindo a ser um
problema económico e social cada vez mais relevante.

Chega-se à situação de endividamento por impossibilidade de


satisfazer o pagamento de prestações devido nomeadamente a:
desemprego, quebras nos salários, regime de prestações progressivas
do empréstimo para habitação, problemas de saúde, divórcio, etc,.

Segundo dados do INE, em 1996 cerca de 57% das familias recorriam


ao crédito ao consumo. Presume-se que nos últimos anos essa
percentagem tenha aumentado.

1º ano - Economia 76
O consumerismo

O consumerismo designa a organização dos consumidores,


a formação de associações e o desenvolvimento dos respe-
ctivos meios de informação e de acção com a finalidade de
verem reconhecidos os seus direitos.

1º ano - Economia 77
A responsabilidade social do
consumidor

Ecoconsumo é o comportamento responsável e preventivo


que o consumidor adopta quando usa ou elimina um bem ou
serviço, de forma a preservar o ambiente.

1º ano - Economia 78
A responsabilidade social do
consumidor
Direitos dos consumidores:
 Direito á qualidade dos bens e serviços;
 Direito á protecção da saúde e da segurança física;
 Direito á formação e á educação para o consumo;
 Direito á informação sobre o consumo;
 Direito á protecção dos interesses económicos;
 Direito á prevenção e reparação de danos;
 Direito á protecção jurídica e a uma justiça acessível e pronta;
 Direito á participação, por via representativa, na definição legal ou
administrativa dos seus direitos e interesses.

1º ano - Economia 79
A responsabilidade social do
consumidor
Deveres dos consumidores:
 ter consciência dos impactos provocados pelo seu
consumo;
 saber exigir os seus direitos;

 proteger o ambiente;

 preferir produtos reciclados e recicláveis;

 não consumir produtos agressivos ao ambiente;

 proceder á selecção dos lixos;

 defender o ecosistema.

1º ano - Economia 80
Organismos de defesa do
consumidor
 Instituto do Consumidor (IC);
www.ic.pt
 Associação de Defesa do Consumidor (DECO);
www.deco.proteste.pt
 União Geral dos Consumidores (UGC).
 Serviço Municipal de Informação e Apoio ao Consumidor
(SMIAC)
 Agência Europeia de Informação sobre o Consumo
http://citizens.en.int

1º ano - Economia 81
Síntese
 As pessoas sentem necessidades que pretendem ver satisfeitas.
 O acto de utilização dos bens com vista à satisfação das necessidades
designa-se por consumo.
 A forma e a intensidade com se sentem as necessidades varia de pessoa
para pessoa, mas apesar desta diversidade é possível distinguir três
caraterísticas comuns a todas elas, a multiplicidade, a saciabilidade e a
substituibilidade. Estas caracteristicas variam no espaço e no tempo.
 A diversidade apresentada pelas necessidades levam-nos a classifica-las
de acordo com vários critérios – quanto á importância, quanto ao custo e
quanto á vida em colectividade.
 Para satisfazer as diferentes necessidades consomem-se bens e/ou
serviços, distinguindo-se assim vários tipos de consumo: o final, o
intermédio, o colectivo, o essêncial e o supérfulo.

1º ano - Economia 82
Síntese
 O acto de consumo é influênciado por um conjunto de factores de ordem
económica (rendimento, preços e inovação tecnológica) e extra-
económicos (publicidade, moda, tradição, modos de vida e estrutura etária
dos agregados familiares).
 Com o processo de industrialização e produção de massas surge também
o consumo de massas, transformando-se o consumo no objectivo final das
pessoas, que consomem por impulso e sem critério, falando-se assim no
fenómeno do consumismo, o que tem provocado graves danos,
nomeadamente ao nível do ambiente, da saúde e provocando mesmo
situações de dependência como o endividamento.
 Como reação ao consumismo, nasce um movimento de defesa dos direitos
dos consumidores – consumerismo – tendo como principais objectivos a
defesa dos direitos dos cidadãos enquanto consumidores e a sua formação
para um acto de consumo mais reflectido e criterioso.

1º ano - Economia 83
Síntese
 O consumidores portugueses estão representados através das
organizações portuguesas de defesa dos consumidores, como a DECO, o
IC, e a UGC, quer no país, quer ao nível das várias instituições da União
Europeia.

1º ano - Economia 84
Economia
Produção e Mercado

1º ano - Economia 85
Bens – noção e classificação

Bem é tudo o que serve para a satisfação directa ou indirectamente


de uma necessidade humana.

1º ano - Economia 86
Bens – noção e classificação

BENS

Livres Económicos

1º ano - Economia 87
Bens – noção e classificação
Os bens podem existir em quantidades ilimitadas não sendo necessário
despender moeda para os obter. A este tipo de bens designamos por Livres.
Neste caso, podemos referir o sol, a água, o ar que utilizamos num dia de
férias.
Também existem bens que são limitados face ás necessidades existentes
e por não apresentarem as características necessárias á satisfação
imediata de necessidades, necessitam de ser transformados. Os bens
escassos e resultantes de processos de transformação são designados por
bens económicos.

1º ano - Economia 88
Bens – noção e classificação
(Bens Económicos)

Podemos classificar os bens económicos da seguinte


forma:
 quanto á natureza;

 quanto á função desempenhada;

 quanto á duração;

 Quanto ás relações estabelecidas entre os bens.

1º ano - Economia 89
Bens – noção e classificação
(Bens Económicos - natureza)

Quanto á sua natureza, os bens económicos caracterizam-


se por serem:

 Materais – que correspondem aos bens


 Imateriais – que correspondem aos serviços

1º ano - Economia 90
Bens – noção e classificação
(Bens Económicos - função)

Quanto á sua função, os bens económicos caracterizam-


se por serem:

 Bens de produção
 Bens de consumo

1º ano - Economia 91
Bens – noção e classificação
(Bens Económicos - duração)

Quanto á sua duração, os bens económicos caracterizam-


se por serem:

 Bens duradouros
 Bens não duradouros

1º ano - Economia 92
Bens – noção e classificação
(Bens Económicos – relação com outros bens)

Quanto á sua relação com outros bens, os bens


económicos caracterizam-se por serem:

 Bens substituíveis
 Bens complementares

1º ano - Economia 93
Bens – noção e classificação
(Bens Económicos – esquema-síntese)

Bens Económicos

Materiais e Substituíveis e
Serviços Complementares

Produção Duradouros e
e Consumo Não duradouros

1º ano - Economia 94
Produção e processo produtivo

Produção

Bens e Serviços

Satisfação de
Necessidades

1º ano - Economia 95
Produção e processo produtivo

A produção é a actividade de combinação dos factores de


produção, desempenhada pelo Homem, que permite obter
bens para a satisfação das necessidades do Homem.

1º ano - Economia 96
Produção e processo produtivo
Diariamente, utilizamos bens económicos como a manteiga, o doçe, o pão, o
pente e o sabonete, estes bens económicos são obtidos após um processo de
transformação, a produção. A actividade produtiva consiste na combinação
dos diferentes intervenientes no processo, cujo o objectivo é criar bens
necessários á satisfação das necessidades individuais ou colectivas do
Homem.
Exemplo:
• leite
• fermentos lácteos
Para produzir um iogurte é
necessário juntar: • aromas de diferentes frutos
• xarope de glucose

1º ano - Economia 97
Produção e processo produtivo

O processo produtivo envolve o cumprimento de um conjunto de etapas


realizadas pela mesma empresa ou por empresas diferentes, mas todas
conducentes à obtenção de um único bem neste caso, diz-se que o processo
de produção de qualquer bem económico obedece a um ciclo produtivo que
se repete com certa regulariedade.

1º ano - Economia 98
Produção e processo produtivo

O processo de produção é
continuo, mas o perídodo de
repetição depende do tipo de
bem económico a obter e das
exigências dos mercados
consumidores.

1º ano - Economia 99
Produção e processo produtivo
Ao longo do processo produtivo do iogurte constatamos a
participação de vários sectores de actividade económica:

 pastor e agricultor na obtenção do leite e das frutas;


 empresa, na transformação do leite em iogurte;
 vendedor, ao comercializar o iogurte;
 consumidor, que compra e consume o iogurte.

1º ano - Economia 100


Estrutura da Produção
As diferentes actividades de produção de bens e serviços
são agrupadas em três grandes categorias:

 Sector Primário
 Sector Secúndário
 Sector Terceário

1º ano - Economia 101


Estrutura da Produção

Primário Secundário Terceário

Indústrias Indústrias
Extractivas Serviços
Transformadoras

1º ano - Economia 102


Factores de produção – noção e
classificação
Factores de Produção:
A produção de bens e serviços é realizada através da utilização de
determinados recursos como sejam fábricas, caminhos de ferro, lojas,
escritórios, terras, minas, recursos humanos. Na economia, para fins de
análise, recorremos á classificação destes recursos, a que atribuimos a
designação de factores de produção.
Os factores de produção encontram-se divididos em três grupos:
 Terra

 Trabalho

 Capital

1º ano - Economia 103


Factores de produção – noção e
classificação
Factor Terra:
Inclui todos os componentes do processo produtivo que são disponibilizados
pela natureza e como tal, não são objecto de qualquer transformação prévia. O
exemplo anterior permite-nos afirmar que, a terra é um recurso natural utilizado
na produção do iogurte.

1º ano - Economia 104


Factores de produção – noção e
classificação
Factor Trabalho:
Representa a capacidade do Homem para trabalhar. Nos casos anteriores
corresponde ao trabalho do agricultor, do pastor, dos operários fabris.

1º ano - Economia 105


Factores de produção – noção e
classificação
Factor Capital:
É constituído por tudo o que participa no processo produtivo com excepção
dos recursos ligados aos factores Terra e ao Trabalho. O factor Capital é
constituído pelos recursos obtidos pela sociedade noutros processos
produtivos, mas disponibilizados para os novos processos de produção. As
sementes, os adubos, os fertilizantes, o forno, o tractor e a ceifeira forma
obtidos através da produção e destinados a possibilitar a obtenção de novos
poderes.

1º ano - Economia 106


Factores de produção – Terra

Recursos Recursos não


Renováveis Terra Renováveis

• sol • solo
• mar • subsolo
• clima • fauna
• flora

1º ano - Economia 107


Factores de produção – Terra

O recursos naturais não renováveis são aqueles que se esgotarão


um dia enquanto, os recursos naturais renováveis não se esgotam
possibilitando múltiplas utilizações sem que umas condicionem as
outras.

1º ano - Economia 108


Factores de produção – Trabalho
Ao longo dos tempos, o Homem sempre desempenhou diferentes tarefas
relacionadas com a obtenção de bens e serviços, necessários á sua
sobrevivência. A capacidade de trabalho do Homem é constituido pela sua
força física e intelectual despendida num qualquer processo produtivo. O factor
Trabalho representa a capacidade do Homem para trabalhar.

O trabalho compreende todo o esforço físico e intelectual


prestado pelo Homem em qualquer processo produtivo.

1º ano - Economia 109


Factores de produção – Trabalho
O factor Trabalho num país corresponde ao conjunto da população com
condições para participar num processo produtivo. Este conjunto da população
residente num país recebe o nome de população activa. A população activa é
constituida por todos os indivíduos com capacidade para o exercício da
actividade produtora e que, em simultâneo, apresentam idades inferiores aos
65 anos e iguais ou superiores aos 15 anos de idade. A população activa é
constituída por dois grupos da população:

 Empregados
 Desempregados

1º ano - Economia 110


Factores de produção – Trabalho
O conceito de população activa sofre alterações de acordo com os factores
condicionantes do crescimento da população e da evolução social. As
alterações na legislação e a situação política e económica do país provocam
modificações na constituição da população activa. Assim factores como: as
taxas de natalidade, de mortalidade, as migrações externas, a idade da
reforma, o nível de escolariedade obrigatória e a idade mínima para integrar o
mercado de trabalho alteram os valores da população activa de um país.

1º ano - Economia 111


Factores de produção – Trabalho

População
Total

População População
Activa Inactiva

1º ano - Economia 112


Factores de produção – Trabalho
A população inactiva é constituída por todos os indivíduos sem capacidade
para o exercício de uma actividade remunerada, por todos os indivíduos que
exercem uma actividade não remunerada e pelos indivíduos que apresentem
idade superiores a 65 anos ou inferiores a 15 anos. A população incativa á
constituída pelos seguintes grupos:

 Os jovens com menos de 15 anos;


 Os reformados e os idosos;
 Os deficientes;
 As donas de casa e os estudantes.

1º ano - Economia 113


Factores de produção – Trabalho
Taxa de Actividade:
Esta taxa dá-nos a relação percentual entre a população activa e a população
total anual.

Taxa de Actividade Anual = (população activa de um país) X 100


(população total do país)

1º ano - Economia 114


Factores de produção – Trabalho
Numa economia, a população activa representa o factor de produção
Trabalho. Este conjunto da população, é por sua vez, constituída por
indivíduos que tem emprego, e que exercem uma actividade
remunerada, e por indivíduos desempregados, que desejam ter uma
actividade remunerada.

População População
Empregada Desempregada

População Activa

1º ano - Economia 115


Factores de produção – Trabalho
O Banco de Portugal referia que, em 2001, a população empregada apresenta
as seguintes caracteristicas:

 Verificou-se um aumento do nível geral da escolaridade;


 Na última década, manteve-se estável a idade média da população
empregada;
 O tempo ao serviço na mesma empresa tem vindo a reduzir;
 Aumentou a percentagem de mulheres empregadas;
 As mulheres trabalhadoras apresentam níveis de escolariedades
superiores aos dos homens;
 As diferenças salariais entre homens e mulheres ainda se mantêm.

1º ano - Economia 116


Factores de produção – Trabalho
O Instituto Nacional de Estatística define, em sentido restrito, o desemprego,
da seguinte forma:

Os desempregados são os indivíduos que, não estando empregados,


fizeram diligências para encontrar emprego, nos trinta dias anteriores ao
inquérito ao emprego.

1º ano - Economia 117


Factores de produção – Trabalho
A Taxa de Desemprego estabelece a relação entre a população desempregada
e a população activa de um país, num determinado período de tempo e é
calculada através da seguinte formula:

Taxa de Desemprego = população desempregada X 100


população activa

Taxa de desemprego do país Alfa = 900 X 100 = 0,1551 X 100 = 15,51%


5800

1º ano - Economia 118


Factores de Produção - Capital
Vimos atrás que capital é constituido por todo o que participa no
processo produtivo, com a excepção dos recursos naturais e do
trabalho. Podemos afirmar que o capital resulta na utilização conjunta
do trabalho e dos recursos naturais.

No conceito de capital, também devemos diferenciar os termos riqueza


e capital. A riqueza representa a posse e utilização de um determinado
bem; o capital corresponde à aplicação dos meios de produção no
processo produtivo.

1º ano - Economia 119


Factores de Produção - Capital
Tipos de Capital:

 Capital Financeiro
 Capital Técnico
 Capital Natural
 Capital Humano

1º ano - Economia 120


Factores de Produção - Capital
Capital Financeiro:

As empresas dispõem de recursos financeiros como, a moeda, os


depósitos, os juros, as acções, os empréstimos para desenvolver a sua
actividade, aquisição de matérias-primas e pagamentos a fornecedores.
Estes meios financeiros das empresas são o seu capital financeiro.

1º ano - Economia 121


Factores de Produção - Capital
Capital Técnico:

O conjunto dos bens de produção, as matérias-primas, as máquinas,


as ferramentas e os edíficios constituem o capital técnico utilizado no
processo produtivo. O capital técnico é constituido pelo capital
circulante e pelo capital fixo.

Capital
Técnico

Capital Circulante Capital Fixo

1º ano - Economia 122


Factores de Produção - Capital
Capital Técnico:
A) Capital Circulante:
É constituido por todos os bens incorporados nos novos bens como lã, o
algodão na produção de tecido. O capital circulante incluí todos os bens
utilizados no processo produtivo que se extinguem após a sua transformação,
uma vez que, passam a estar incorporados noutros bens.

B) Capital Fixo:
Representa todos os bens utilizados ao longo de vários processos de produção.
O capital fixo é constituido pelas máquinas/ferramentas, instalações, viaturas da
empresa. Estes bens ao longo de cada processo de produção perdem parte das
suas propriedades. O desgaste sofrido pelo capital fixo é representado pelo
valor da amortização.
1º ano - Economia 123
Factores de Produção - Capital
Capital Natural:

Quando falamos em capital natural, estamo-nos a referir a todos os


recursos naturais que a sociedade dispõe e utiliza na satisfação das
suas necessidades. Os recursos do subsolo, as florestas, os cursos de
água são capital natural. Este deve ser utilizado pela sociedade de
forma a salvaguardar a sua utilização futura, daí que: os problemas de
poluíção e de esgotamento dos recursos naturais devam ser
ponderados pelas sociedades actuais a fim de garantirem o usufruto
dos mesmos pelas gerações no futuro.

1º ano - Economia 124


Factores de Produção - Capital
Capital Humano:

Trata-se do conjunto das capacidades produtivas do indivíduo. O


capital humano inclui os conhecimentos, a experiência e o saber fazer
adquiridos ao longo dos tempos pelo trabalhador.
O Homem através da sua formação/educação pessoal e profissional
contribui para o aumento da produção, sendo que neste sentido
podemos falar de capital humano.

1º ano - Economia 125


Factores de Produção
resumo

 Os bens são todas as coisas que servem directa ou indirectamente para a satisfação
das necessidades do indívíduo e/ou da sociedade;

 Os bens podem ser livres e económicos. Os bens económicos podem ser


classificados quanto à natureza dos bens, quanto à função a desempenhada na
actividade económica, quanto à duração e quanto às relações entre os bens;

 A produção consiste na combinação dos diferentes factores de intervinientes no


processo, com o objectivo de obter os bens necessários à satisfação das
necessidades do homem quer sejam indivíduais quer sejam colectivas;

 O processo produtivo è continuo como resposta ao carácter cíclico do consumo;

 O prcesso de produção de um bem ou de prestação de um serviço obedece a um


ciclo produtivo, isto é, ao conjunto de etapas realizadas pela mesma empresa ou por
diferentes empresas a fim de produzir um bem ou prestar um serviço.

1º ano - Economia 126


Factores de Produção
resumo

 O sectores de actividade económica podem ser classificados como sectores


primário, secundário e terceário. Esta classificação é importante para
compreendermos as alterações na estrutura da população activa, do emprego e da
capacidade de produção de cada um dos sectores de actividade económica;

 Os factores de produção são componentes que servem para produzir bens ou


prestar serviços e estes satisfazem as nacessidades do Homem. Os factores de
produção não satisfazem directamente as necessidades do Homem, e podem ser
agrupados e classificados em: recursos naturais, factor trabalho e factor capital;

 Os recursos naturais são constituidos pelos elementos da natureza disponíveis em


cada sociedade e podem ser recursos renováveis e não renovaveis;

 O trabalho compreende todo o esforço físico e intelectual prestado pelo Homem num
processo produtivo. O factor trabalho num país corresponde ao conjunto da
população com condições para participar num processo produtivo, população activa.
O resto da população designa-se por população inactiva.

1º ano - Economia 127


Factores de Produção
resumo

 A população desempregada é a parcela da população activa que não encontra


emprego na sociedade;

 O desemprego resulta da conjungação de vários factores. O desemprego pode ser


técnológico, repetitivo ou de longa duração;

 A evolução tecnológica porporcionou o aparecimento de novo equipamentos e novos


métodos de produção. A inovação cria e destrói empregos;

 Hoje é necessária a formaçáo ao longo da vida para respondermos às necessidades


do mercado de trabalho;

 A expressão tercearização da economia representa a importância crscente das


actividades do sector terceário no conjunto das catividades económicas, o sector
terceário expande-se e torna-se no principal empregador e contribuinte para a
riqueza do país;

1º ano - Economia 128


Factores de Produção
resumo

 O factor capital é constituido por tudo o que participa no processo produtivo com
excepção dos factores naturais e trabalho. Este factor é constituido pelos recursos
obtidos noutros processos produtivos e aplicados na produção de novos bens;

 A riqueza traduz a posse de um bem e a sua utilização para uso privado do


proprietário e o capital correspondente à aplicação dos meios de produção no
prcesso produtivo;

 O capital pode ser financeiro, técnico, natural e humano;

 O capital humano é o conjunto das capacidades produtivas do indivíduo;

 O capital natural representa todos os recursos naturais utilizados nos processos


produtivos.

1º ano - Economia 129


Economia
Moeda, Crédito e Inflação

1º ano - Economia 130


Moeda
(noção de moeda)

Moeda é um bem de aceitação generalizada, que expressa o valor


dos bens funcionando como um intermediário de trocas.

1º ano - Economia 131


Moeda
(noção de moeda)
No início dos tempos, não existia moeda em papel ou em metal. As transações
eram feitas de forma directa, ou seja, eram trocados produtos por outros
produtos.

A economia das sociedades existentes há 2000 e 3000 anos A.C. viviam do


sistema da troca directa de bens e serviços. Este sistema só funcionava se as
trocas fossem poucas e se houvesse «dupla coincidência de necessidades».
Quer isto dizer que, tinha que se um pastor tivesse necessidade ou vontade de
peixe, ele iria trocar com um pescador que tivesse necessidade de carne ou de
leite.

BEM BEM

1º ano - Economia 132


Moeda
(noção de moeda)

Desvantagens da troca directa:


1º - Dulpa coincidência de desejos:
Se alguem possuísse leite e quisesse trocar por arroz, teria que
encontrar uma pessoa que estivesse na situação inversa, isto é que
quisesse leite em troca de arroz. Esta dulpa necessidade de
coincidência de desejos levava a que a troca dos produtos não se
efectuasse.

2º - Atribuição do valor dos bens:


Uma vez ultrapassado o obstáculo da coincidência de desejos, havia
agora que acordar sobre quantos kilos de leite teria que dar em troca
do arroz. Isto era outro problema que surgia com frequência.

1º ano - Economia 133


Moeda
(noção de moeda)

Desvantagens da troca directa:


3º - Divisibilidade ou fraccionamento dos bens:
Se para alguns bens a divisão não constituia um problema, para outros
bens como, por exemplo, os animais a sua divisão era dificil de
efectuar.

4º - Transporte dos bens:


Era dificil o transporte de bens mais pesados, sendo os animais e
grandes quantidades de produtos agricolas os exemplos mais
evidentes nas sociedades primitivas.

1º ano - Economia 134


Moeda
(noção de moeda)

Desvantagens da troca directa:


5º - Elevado número de transacções :
Para que se obtivesse o bem desejado, era necessário, realizar, por
vezes, um grande número de transacções e transporte por longos
percursos.

6º - Perecidade de alguns bens :


Por vezes era dificil conservar alguns bens (o vinho azeda e o cereal
apodrece).

1º ano - Economia 135


Moeda
(evolução da moeda)
Os inconvinientes da troca directa seriam ultrapassados com a introdução de
metais preciosos, principlamente o ouro e a prata como intrumento de troca
com valor. Surgiam, então, as primeiras moedas com forma metálica.

A troca passa a ser indirecta, porque surge um terceiro bem que funciona
como intermediário na troca dos bens e/ou serviços. A moeda é aceite pela
generalidade das populações e termina com as desvantagens da troca
indirecta.

Na evolução da moeda iremos ver os tipos de moeda que foram surgindo ao


longo dos tempos e alguns que ainda hoje existem.

1º ano - Economia 136


Moeda
(evolução da moeda)
Moeda Mercadoria

não cunhada
Moeda Metálica
cunhada
representativa
Moeda Papel
convertível
fiduciária
Papel Moeda
curso forçados
inconvertível

Moeda Escritural ou
Bancária
1º ano - Economia 137
Moeda
(evolução da moeda)

 Moeda Mercadoria:
Tratava-se de bens que, por serem de grande procura na época, foram
inicialmente utilizados para servirem de intermediários nas trocas, como o sal,
os cereais e objectos de adorno como as conchas.

 Moeda Metálica:
Inícialmente constituída por pedaços de metais, normalmente preciosos, como
o ouro e a prata, era pesada aquando das transacções para lhe determinar o
valor. Posteriormente, passou a ser cunhada (trazia inscritos o seu valor e
podia também aparecer com determinados símbolos) com os bordos
serrilhados para evitar a limagem e consequente perda de valor.

1º ano - Economia 138


Moeda
(evolução da moeda)

 Moeda de Papel:
Este tipo de moeda é constituída por certificados correspondentes a um
determinado valor monetário. O seu aparecimento deveu-se ao enorme
desenvolvimento do comércio e consequente aumento da necessidade de
metais, assim como aos incómodos e riscos do seu transporte, por vezes,
em longas viagens. É constituída por três modalidades diferentes que
correspondem a três épocas diferentes:
 Moeda representativa

 Moeda fiduciária

 Papel-moeda

1º ano - Economia 139


Moeda
(formas actuais da moeda)
 Divisionária ou de trocos – constituída pela moeda metálica, utilizada,
sobretudo, para pagamentos de baixo valor;

 Papel-moeda – notas de banco, utilizada principalmente para pagamentos


de valor mais elevado;

 Moeda escritural – constituída por depósitos previamente efectuados nos


bancos e que pode ser movimentada, através de cheque, cartões de
crédito e de débito.

1º ano - Economia 140


Moeda
(importância da moeda)

A utilização da Moeda na economia permite:

 O alargamento das trocas;


 A especialização do trabalho;
 O aumento da quantidade e variedade dos bens;
 O progresso económico, pois permite aplicações futuras.

1º ano - Economia 141


Moeda
(funções da moeda)

A moeda apresenta as seguintes funções:

 Meio de pagamento – qualquer dívida pode ser paga em moeda, já que


esta é de aceitação generalizada pelo que, em consequência, o devedor
fica definitivamente liberto dessa obrigação;

 Medida de valor – serve para exprimir o valor dos bens, ou seja, o preço de
cada bem vem expresso na moeda, permitindo, inclusivamente, comparar o
valor dos bens.

 Reserva de valor – pode ser conservada para posterior utilização, ou seja,


não sendo gasta, permite ao seu detentor a aquisição de bens no futuro.

1º ano - Economia 142


Moeda
(desmaterialização da moeda)

• Multibanco
• Cartões de crédito e de débito
• Transacções bancárias
• Banca on-line
• Comércio electrónico
• Pagamento de serviços via internet

1º ano - Economia 143


Moeda
(O Euro – a moeda única europeia)
O Euro é a moeda que 12 países da União Europeia (U.E.) decidiram adoptar
em comum a 1 de Janeiro de 2002. Os países que adoptaram o euro (até
2004) foram: Portugal, Espanha, França, Itália, Alemanha, Irlanda,
Luxemburgo, Aústria, Holanda, Bélgica, Finlândia e Grécia.

Estes doze países criaram assim um espaço comum onde circula a mesma
moeda, por isso, se designa por Zona Euro.

De fora da Zona Euro ficaram a Dinamarca, a Suécia e o Reino Unido, por não
pretenderem aderir , o que não significa que no futuro o não venham a fazer.

Para fazer parte da Zona Euro, os países tiveram que cumprir com um
conjunto de critérios necessários para convergir das antigas moedas nacionais
para a moeda única europeia.

1º ano - Economia 144


Moeda
(O Euro – a moeda única europeia)
Critérios de convergência nominais:

Estabilidade das taxas de câmbio das moedas nacionais durante pelo


menos dois anos;
Estabilidade dos preços, ou seja, a inflacção não pode exceder em 1,5%
a média da inflacção dos países da UE com menor taxa de inflacção;
Défice orçamental, a diferença entre as despesas e as receitas do
Orçamento do Estado deve ser igual ou inferior a 3% do PIB;
Dívida pública, tem de ser igual ou inferior a 60% do PIB;
Taxa de juro a longo prazo, não podem exceder em 2% a média das
taxas dos três países da UE com inflacção mais baixa.

1º ano - Economia 145


Moeda
(O Euro – a moeda única europeia)
Vantagens do Euro:
A moeda torna-se mais estável, provocando estabilidade nos salários,
poupanças e nas reformas.
Incentiva o investimento, ao estimular os empréstimos, o gera um maior
nível de estabilidade e de confiança.
Facilita o comércio entre os países da UE.
Permite obter empréstimos mais favoráveis, porque os juros tendem a
baixar.
A UE torna-se mais competitiva face aos Estados Unidos e ao Japão,
nomeadamente em relação ás trocas comerciais internacionais.
Facilita a comparação entre os preços dos produtos nos países
comunitários.
Facilita o consumo, o turismo e os negócios, visto que não se torna
necessário realizar câmbios de moedas.

1º ano - Economia 146


Moeda
(O Euro – a moeda única europeia)

Desvantagens do Euro (sobretudo na fase transitória):


Sobrecarga de informação para o consumidor final, devido à dupla fixação
de preços.
Custos de preparação da introdução do euro por parte do sector bancário;
Elevado investimento em caixas automáticas, máquinas de contagem de
moedas e notas, parquímetros, máquinas registadoras, ect,.
Dupla contabilização e utilização de dois sistemas de pagamentos
diferentes.

Os governos perdem a
PRINCIPAL
capacidade de controlar
DESVANTAGEM
a taxa de câmbio.

1º ano - Economia 147


O Preço dos Bens
Vimos anteriormente que a moeda é a unidade de valor utilizada na
troca dos bens, sendo que é em moeda que são fixados os preços dos
bens e dos serviços que compramos.

O preço de um bem ou de um serviço é a quantidade


de moeda que é necessário despender para o obter.

1º ano - Economia 148


O Preço dos Bens
A formação do preço de um bem (pricing) é um processo no qual
intervêm um conjunto de factores dos quais se destacam:
 Os custos de produção;

 O número de compradores e de vendedores;

 O custo do factor trabalho;

 O preço dos outros bens;

 A intervenção do Estado;

 A imagem de marca do bem.

1º ano - Economia 149


A Inflação – noção
Podemos falar de inflação quando se verifica:

 Um subida generalizada do preço de todos os bens e serviços (e


não só de um ou de um grupo de bens e serviços);

 Uma subida sustentada e continuada dos preços (e não uma subida


ocasional ou sazonal).

Inflação é a subida generalizada e sustentada


do nível médio do preço dos bens e serviços.

1º ano - Economia 150


Tipos de Inflação
Existem, genericamente, três tipos de inflação:

 Moderada – quando os preços sobem lentamente, apresentando


taxas anuais de um só digito (inferior a 10%).
 Galopante – quando os preços começam a subir de forma mais
acelarada, a taxas de dois ou mais digitos. Os impactos desta
subida são tão mais graves quanto os preços sobem
descontroladamente, atingindo valores muito elevados da ordem
dos 100% ou 200% ao ano.
 Hiperinflação – quando os preços sobem descontroladamente,
atingindo valores muito elevados, da ordem dos quatro ou mais
digitos.

1º ano - Economia 151


Tipos de Inflação
Um caso recente de hiperinflação, aconteceu com o desmenbramento
da ex-URSS, que em 1992 apresentava uma taxa de inflação 2500%.

1º ano - Economia 152


Causas da Inflação
 Excesso de moeda em circulação – quando a quantidade de moeda em
circulação aumenta sem o correspondente aumento da produção de bens e
serviços, os preços têm tendência a subir em virtude do aumento da
procura.
 Aumento dos custos de produção – provocado quer pelo aumento dos
salários sem o correspondente aumento da produtividade dos mesmos
quer pelo aumento dos preços das matérias-primas essenciais ao processo
produtivo, acaba por se estender à generalidade dos bens e serviços (é o
caso do aumento dos preços do petróleo).
 Expectativas dos agentes económicos – a criação de um clima
inflaccionista contribui, frequentemente, para o agravamento do próprio
processo infláccionário porque leva os agentes económicos a tentarem
antecipar os aumentos de preços, antecipando consumos (no caso dos
consumidores) ou açambarcando produtos, à espera que o se preço
aumente (no caso dos produtores).
1º ano - Economia 153
Consequências da Inflação
 Desvalorização ou depreciação da moeda – se os preços sobem, isso
significa que o consumidor, com o mesmo número de unidades
monetárias vai passar a poder comprar menos bens e serviços porque o
seu preço subiu, logo, a moeda perdeu valor.
 Diminuição do poder de compra – com o seu rendimento mensal, as
famílias têm um determinado poder aquisitivo, isto é, um determinado
poder de compra que se vai deteriorando à medida que os preços vão
subindo. Ela é muito mais gravosa para as famílias com rendimentos
fixos ou cujos os rendimentos aumentam proporcionalmente menos que
o aumento dos preços, como normalmente acontece com os
pensionistas, por exemplo.

1º ano - Economia 154


Inflação – variação dos preços
Para além da inflação propriamente dita, existem outras situações que
explicam a variação dos preços:

 Deflação
 Reflação
 Desinflação
 Estagflação

Gráfico

1º ano - Economia 155


Inflação – variação dos preços
Deflação:

Representa a queda generalizada dos preços para níveis inferiores aos


que vinham sendo praticados. Esta situação encontra-se associada a
períodos de estagnação económica, em que a oferta é superior à
procura não havendo capacidade para escoar a produção, o consumo
baixa consideravelmente bem como o investimento. Foi o que
aconteceu nos EUA, nos anos 30 em que os preços baixaram cerca de
25%.

1º ano - Economia 156


Inflação – variação dos preços
Reflação:

É a situação de retoma dos preços após um período de de deflação.


Os preços sobem, bem como o consumo e o investimento, voltando a
actividade económica ao seu nível anterior.

1º ano - Economia 157


Inflação – variação dos preços
Desinflação:

Traduz-se numa desacelaração do ritmo de crescimento dos preços. É


uma situação em que embora verificando-se inflação, a sua taxa de
crescimento é gradualmente menor.

1º ano - Economia 158


Inflação – variação dos preços
Estagflação:

Corresponde a um período em que se verifica simultâneamente uma


elevada taxa de inflação a par com um elevada taxa de desemprego.

1º ano - Economia 159


Inflação e valor da moeda
Sendo o preço a quantidade de moeda que temos que gastar para
obter um determinado bem ou serviço, se o seu preço aumenta, isso
significa que teremos de dar uma maior quantidade de moeda para o
obter, o mesmo é dizer que o valor da moeda se depreciou pois aquela
quantidade já não é suficiente para pagar o valor desse bem ou
serviço.

1º ano - Economia 160


Inflação e poder de compra
A inflação reflecte-se também directa e indirectamente no poder de
compra das pessoas. Consideremos que o rendimento da população
se mantém constante, logo um aumento generalizado do preço dos
bens e serviços irá traduzir-se numa menor capacidade de adquirir
bens e serviços, ou seja num deterioração do seu poder de compra.

1º ano - Economia 161


A medida da Inflação - IPC
Os preços sofrem alterações, sob a forma de aumentos ou de
diminuições. Para se medir a evolução dos preços existe um indiçe
que explica as alterações ocorridas – o Índice de Preços no
Consumidor (IPC).
Este índice é calculado com base num “cabaz de compras”
suficientemente alargado para conter a maioria dos bens e serviços
utilizados pela generalidade da população, ponderado pela quantidade
consumida, em média, por cada indivíduo.
Calcula-se, então, o preço desse cabaz num determinado ano, que
escolhemos como ano-base, e, depois, no ano que queremos
considerar.

1º ano - Economia 162


A medida da Inflação - IPC
Suponhamos que o dito cabaz, em 2000, custava 2500€, e passou a
custar, em 2001, 2575€.

preço do cabaz no ano 2001


IPC2001/2002 = x 100
preço do cabaz no ano base
IPC2001/2002 = 2575 x 100 = 103
2500
IPC2001/2002 = 103

O valo de 103 para o IPC 2001/2000 significa que aquilo que que no
ano 2000 se podia comprar com 100€ (o índice do ano-base é sempre
100) passa a comprar-se em 2001 com 103€.

1º ano - Economia 163


A medida da Inflação - IPC
Como se calcula o IPC:

1º - Através de inquéritos realizados junto de uma amostra significativa


de familias de várias regiões do país, determinam-se as
quantidades de cada bem que cada família consome durante um
ano e o respectivo peso que ocupam nas despesas familiares,
constituíndo-se assim “um cabaz de bens e serviços”.

2º - Calcule-se o preço desse “cabaz” para um determinado ano


considerado como base (ano base);

3º - Calcula-se o preço do mesmo cabaz para o ano que se pretende


considerar;

4º - Relaciona-se o preço dos dois “cabazes” obtidos.


1º ano - Economia 164
A medida da Inflação - IPC
Exemplo:
Consideremos por hipótese que o preço do cabaz em 2002 era de
750€ e que em 2003 era de 1000€. Procederíamos da seguinte forma:

IPC03/02 = 1000 x 100 = 133,3


750

Este resultado significa que:


 O que se comprava em 2002 por 1€ compra-se em 2003 por 1,33€;

 Os preços aumentaram 33,3%.

1º ano - Economia 165


A medida da Inflação - IPC
Nós podemos analisar a Inflação de duas formas:

 pela média anual;


 através da comparação das taxas de inflação (entre períodos de
anos seguidos).

1º ano - Economia 166


Taxa de Inflação Média Anual

A taxa de inflação média anual, que expressa a média de variação


dos preços dos bens considerados no “cabaz” ao longo do ano.

1º ano - Economia 167


Taxa de Inflação Homóloga

A taxa de inflação homóloga, que compara a variação do preço do


“cabaz” num determinado mês, relativamente ao preço do “cabaz”
no mês do ano anterior.

1º ano - Economia 168

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