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SISTEMA DE NORMALIZAÇÃO

CONTABILÍSTICA
TAG Sines UFCD 6214
Formadora: Sandra Coelho
OBJETIVOS E CONTEÚDOS
Objetivos
 Identificar e interpretar os conceitos fundamentais da contabilidade.

Conteúdos
 O contexto contabilístico;

 Organização formal do SNC;

 Conceitos contabilísticos.
NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA
Assenta num conjunto de critérios e princípios a seguir pelos agentes
económicos (empresas) que permitem, seguindo as mesmas orientações:

 Adotar um quadro de contas utilizando a mesma nomenclatura


(terminologia);

 Utilizar contas cujo conteúdo seja semelhante;

 Utilizar Demonstrações Financeiras comuns quer na sua estrutura quer


no seu conteúdo;

 Efetuar a movimentação das contas de acordo com regras e critérios


comuns de mensuração e avaliação dos elementos patrimoniais.
NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA

Deste modo a normalização permite que:

 No tempo: a empresa utilize os mesmos critérios de valorimetria


durante vários exercícios económicos, o que permite a análise da sua
evolução no tempo;

 No espaço: empresas diferentes utilizem os mesmos métodos e


terminologia no tratamento do seu património, o que permite a
comparação entre empresas, fundamentalmente, do mesmo ramo de
atividade.
NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA

A Normalização Contabilística, surgiu para criar


normas gerais, contidas num sistema contabilístico
comum a todas as empresas.
SISTEMA DE NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA (SNC)

O Sistema de Normalização Contabilística (SNC) é composto pelos


seguintes instrumentos:

 Bases para a Apresentação de Demonstrações Financeiras (BADF);

 Modelos de Demonstrações Financeiras (MDF);

 Código de Contas (CC);

 Norma Contabilística e de Relato Financeiro (NCRF);

 Norma Contabilística e de Relato Financeiro para pequenas entidades


(NCRF-PE);

 Normas interpretativas (NI)

 Estrutura Conceptual
ÂMBITO DE APLICAÇÃO DO SNC
De acordo com o artigo 3º do DL. N.º 158/2009, o Sistema de
Normalização Contabilística (SNC) é obrigatório e aplicável às
seguintes entidades:
 Sociedades abrangidas pelo C.S.C. (Código das sociedades
comerciais);
 Empresas individuais reguladas pelo Código Comercial;
 E.I.R.L. (Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada)
 Empresas públicas;
 Cooperativas;
 Agrupamentos complementares de empresas (ACE);
 Agrupamentos europeus de interesse económico (AEIE);
 Outras entidades que por legislação específica estejam sujeitas ao
POC venham a estar sujeitas ao SNC.
ÂMBITO DE APLICAÇÃO DO SNC

Exceções:

 Entidades cujos valores mobiliários estejam admitidos à negociação


num mercado regulamentado;

 Entidades que estejam sujeitas à supervisão do Banco de Portugal (a


banca) e do Instituto de Seguros de Portugal (atividade das
companhias de seguros);
ÂMBITO DE APLICAÇÃO DO SNC

Outras exceções:

 Pessoas que exercendo a nível individual, qualquer atividade


comercial, industrial ou agrícola, não realizam na média dos últimos 3
anos volume de negócios de valor superior a 150.000 euros.
ENTIDADE NORMALIZADORA
Entidades em Portugal

 CNC - Comissão de Normalização Contabilística

 CNCAP – Comissão de Normalização Contabilística da Administração


Pública

 CMVM – Comissão do Mercado de Valores Mobiliários

 Banco de Portugal

 Instituto de Seguros

 ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (só Contabilidade


Analítica)
ENTIDADE NORMALIZADORA

Entidades do Exterior

 UE (Diretivas) e o IASB (acreditado pela IOSCO - Internacional


Organization of securities Commissions)

 IASB - Internacional Accounting Standards Board


NÍVEIS DE NORMALIZAÇÃO

2005- Empresas cotadas em Bolsa passaram a ser obrigadas a utilizar


as normas internacionais de contabilidade.

2010- restantes empresas passam a adotar um normativo baseado nas


normas internacionais produzidas em cada país.

Em Portugal as normas designam-se por NCRF (Normas


Contabilísticas de Relato Financeiro) e integram o SNC.
NÍVEIS DE NORMALIZAÇÃO
A normalização pode ser apresentada em 3 níveis:

1. Normas internacionais (IAS/IFRS):

 -Entidades com valores mobiliários cotados em bolsa;

 -Entidades individuais não cotadas mas integrantes de um perímetro


de consolidação de uma entidade cotada, desde que as suas
demonstrações financeiras sejam objeto de certificação legal de
contas.

 IAS – International Accounting Standards

 IFRS – International Financial Reporting Standards


NÍVEIS DE NORMALIZAÇÃO

 2. Normas Gerais SNC (NCRF):

 - Generalidade das entidades

 3. Normas para pequenas entidades (NCRF-PE)


 - Entidades que cumpram apenas 2 dos seguintes requisitos:

 Menos de 500.000 euros de total de balanço;

 Menos de 1.000.000€ de vendas líquidas e outros rendimentos;

 Menos de 20 trabalhadores.
NÍVEIS DE NORMALIZAÇÃO

 NIC – Normas Internacionais de Contabilidade


 IAS – International Accounting Standard (em inglês)

 NIRF – Normas Internacionais de Relato Financeiro


 IFRS - International Financial Reporting Standards

 NCRF – Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro.


NÍVEIS DE NORMALIZAÇÃO

As NCRF são propostas pela CNC e publicadas como


Aviso em Diário da República.

As NCRF são adaptações das normas internacionais de contabilidade,


adotadas na UE.

 NCRF-PE são Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro para


Pequenas Entidades
A NECESSIDADE DE NOVO MODELO

O objetivo da normalização contabilística é preconizar


normas de relato financeiro comuns e globais, para que um
investidor ou qualquer outro utente interessado possa avaliar
uma entidade de qualquer parte do mundo.
A NECESSIDADE DE NOVO MODELO

Pretende-se:

 Harmonizar as normas de relato, devido ao facto da necessidade dos


investidores puderem avaliar as entidades independentemente do seu
enquadramento económico, financeiro ou social.

 Harmonizar os critérios de mensuração que advém da necessidade


de uma linguagem universal em que a mensuração dos ativos e
passivos seja efetuada pelos mesmos critérios.
JUSTO VALOR

Conceito

A expressão Justo Valor designa, segundo as Normas Internacionais de


Contabilidade, a quantia pela qual um ativo/passivo podia ser
trocado/liquidado, entre partes conhecedoras e dispostas a isso numa
transação em que não existe relacionamento entre elas.
ATIVIDADE

ATIVIDADE Nº 1
ATIVIDADE

1. Em que consiste a normalização contabilística?

2. O que significam as iniciais SNC?

3. Qual é a lei que aprova o SNC?

4. Quando é que a lei referida na resposta anterior entrou em vigor?

5. O SNC em que tipo de normas se baseia?

6. A que entidades é aplicado o SNC?


NORMALIZAÇÃO

A Contabilidade consiste no processo de sistematização de toda a informação


que afeta a situação financeira da empresa. A informação compilada deverá
ser um dos principais suportes utilizados na gestão de uma empresa.

Como em qualquer grande sistema, na Contabilidade é necessário adotar


procedimentos e seguir métodos quer de recolha de informação quer de
registo perfeitamente estandardizados, de modo a possibilitar a harmonização
da informação das várias unidades económicas e a consequente
comparabilidade da informação.

Deste modo, quando falamos de normalização contabilística, referimo-nos ao


conjunto de regras à metodologia comum e preceitos legais seguidos pelas
empresas no âmbito da sua Contabilidade.
NORMALIZAÇÃO

Deste modo, quando falamos de normalização contabilística, referimo-nos


ao conjunto de regras à metodologia comum e preceitos legais seguidos
pelas empresas no âmbito da sua Contabilidade.
NORMALIZAÇÃO
Vantagens
O Ministério das Finanças ilustra as vantagens da normalização contabilística (no
anteprojeto da normalização contabilística) da seguinte forma:

“As vantagens que se atribuem à adoção de uma normalização contabilística


situam-se em vários planos, designadamente:

 O da Empresa: a normalização, na medida em que se assentar numa


planificação bem aceite e concebida, haverá necessariamente de ser útil às
empresas. Estas virão a colher as vantagens de passar a dispor de estatísticas
de sector que mostrarão a sua posição relativa. Isso incentiva quem colocado
em situação mais desfavorável, tenha de proceder a revisões e alterações para
melhorar a sua posição e produtividade;

 O da Profissão de Contabilista Certificado: que passa assim a dispor de um


código de regras e procedimentos;
NORMALIZAÇÃO
Vantagens

 O da Didática e da Pedagogia: a normalização pode proporcionar orientações


menos discutíveis, evitando perdas de esforços em “descobertas já descobertas”,
transferindo a energia desses esforços para a crítica de remodelação posterior das
normalizações efetuadas no que estas carecem de correções;

 O da Análise Macro Empresarial: para a qual se passa a contar com os critérios


naturalmente mais validos, procedimentos mais convenientes, dados mais exatos,
terminologia uniforme, agregações menos erradas, favorecendo-se estatísticas
setoriais, nacionais e possibilitando-se um melhor conhecimento da economia
nacional. As entidades oficiais e os próprios empresários disporiam assim de mais
corretos instrumentos de análise e previsão.

 O da Tributação: que assentaria em procedimentos mais ortodoxos e certeiros,


possibilitando-se assim, um mais fácil controlo dos elementos que servem de base
ao estabelecimento da tributação das empresas.”
Sistema de Normalização Contabilística
(SNC)
O que é o SNC?

O SNC – Sistema de Normalização Contabilística é um modelo contabilístico,


publicado através Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de julho, que revogou o POC e
legislação complementar, bem como as diretrizes contabilísticas n.ºs 1 a 29, e que
entrou em vigor a partir de 1 de janeiro de 2010.
Sistema de Normalização Contabilística
(SNC
O SNC engloba um corpo de normas coerente com as normas internacionais de
contabilidade em vigor na UE (IAS/IFRS), encontrando-se também em sintonia com as
atuais versões da quarta e sétima diretivas comunitárias sobre contas,
respetivamente, de entidades individuais e grupos de sociedades, aplicando-se
obrigatoriamente às seguintes entidades:

a) Sociedades abrangidas pelo Código das Sociedades Comerciais (CSC)

b) Empresas individuais reguladas pelo Código Comercial (CC)

c) Estabelecimentos individuais de responsabilidade limitada (EIRL)

d) Empresas públicas

e) Cooperativas

f) Agrupamentos complementares de empresas e agrupamentos europeus de


interesse económico
Sistema de Normalização Contabilística
(SNC
O novo referencial contabilístico, construído pela CNC – Comissão de
Normalização Contabilística e aprovado pelo Ministro das Finanças, configura a
adaptação em Portugal das Normas Internacionais de Contabilidade, emitidas pelo
IASB – International Accounting Standards Board, tal como adotadas pela União
Europeia, em obediência ao disposto no Regulamento (CE) n.º 1606/2002, do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de julho.

O POC, pese embora tenha sofrido diversas alterações para acolher instrumentos
jurídicos comunitários, contava já cerca de 32 anos e apresentava, ultimamente,
bastantes lacunas perante as crescentes necessidades e informação e relato
financeiro.
Sistema de Normalização Contabilística
(SNC)
Quais são as principais vantagens decorrentes da entrada em vigor do SNC?
Trata-se de um modelo contabilístico em sintonia com o modelo do IASB –
International Accounting Standards Board, tal como adotado pela União Europeia,
salientando-se o caso da vizinha Espanha, já em vigor desde 2008.

O SNC elege o modelo do justo valor para mensurar a maioria dos ativos, o que
permite, na maioria dos casos, aumentar os capitais próprios das entidades,
conduzindo à apresentação de demonstrações financeiras que traduzam de forma
verdadeira e apropriada a posição financeira e os resultados do período.
BASES DE APRESENTAÇÃO DAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS (BADF)

As bases de apresentação para as demonstrações financeiras


estabelecem os requisitos gerais que permitem assegurar a
comparabilidade quer com a informação de períodos anteriores da
entidade quer com entidades de empresas do mesmo sector de
atividade.
BASES DE APRESENTAÇÃO DAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS (BADF)

As DF gerais são as satisfazer as necessidades de todos os


que se destinam utentes que se relacionam com a entidade;

são uma representação e do desempenho financeiro de uma


estruturada da posição entidade de
financeira

modo a gerar informação útil a uma vasta gama de utentes nas tomadas de
decisões económicas.
BASES DE APRESENTAÇÃO DAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS (BADF)
As DF´s também mostram os resultados da condução por parte dos órgãos de gestão
dos recursos a eles confiados.

As DF´s apresentam informação acerca dos seguintes elementos:


Ativo
Passivo
Capital Próprio
Rendimentos (réditos e ganhos)
Gastos (gastos e perdas)

Estes elementos são as grandes classes que agrupam os efeitos financeiros das
transações e de outros acontecimentos.
BASES DE APRESENTAÇÃO DAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS (BADF)

Um conjunto completo de demonstrações financeiras, obrigatórias, inclui:

a) Balanço;

b) Demonstração de Resultados por Natureza;

c) Demonstração das alterações no capital próprio;

d) Demonstração dos fluxos de caixa;

e) Anexo
BASES DE APRESENTAÇÃO DAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS (BADF)
A apresentação da demonstração dos resultados por funções é
facultativa.

O SNC estipula seis Bases para apresentação de demonstrações financeiras


(BADF):

 Continuidade;
 Regime de acréscimo (periodização económica);
 Consistência de apresentação;
 Materialidade e agregação;
 Compensação;
 Informação comparativa.
BASES DE APRESENTAÇÃO DAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS (BADF)

Continuidade

As D.F. devem ser preparadas no pressuposto de que a empresa é uma


entidade em continuidade; significa que não existem dúvidas significativas
de que a entidade continuará a operar no futuro previsível.

“Quando as demonstrações financeiras não sejam preparadas no


pressuposto da continuidade, esse facto deve ser divulgado, juntamente
com os fundamentos..”
BASES DE APRESENTAÇÃO DAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS (BADF)

Regime de acréscimo (periodização económica)

Significa que os efeitos das transações e de outros acontecimentos são


reconhecidos e relatados nas DF quando ocorrem e não quando o
dinheiro ou o seu equivalente é recebido ou pago. A exceção é a
Demonstração dos fluxos de caixa, que é preparada de acordo com o
regime de caixa (entradas e saídas de dinheiro e seus equivalentes).

“Uma entidade deve preparar as suas demonstrações financeiras…


utilizando o regime contabilístico de periodização económica.”
BASES DE APRESENTAÇÃO DAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS (BADF)

Consistência de apresentação

A apresentação e a classificação de itens nas DF devem ser mantidas de


um período para outro.

Salvo se uma NCRF apresente uma alteração à apresentação já estabelecida.


BASES DE APRESENTAÇÃO DAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS (BADF)

Materialidade e agregação

As quantias devem ser apresentadas de forma agregada, ou


desagregada, por linhas de itens (rubricas), na face das DF ou das notas
do Anexo, de acordo com o conceito de materialidade, um dos requisitos
da relevância da informação. A regra é a agregação, efetuada para itens
de natureza ou função semelhantes.
BASES DE APRESENTAÇÃO DAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS (BADF)

Compensação

Significa que, regra geral, não deve haver compensação entre ativos e
passivos e entre rendimentos e gastos, exceto quando tal for exigido ou
permitido por uma NCRF ou quando a compensação reflita a substância
da operação (válido mais para rendimentos e gastos).
BASES DE APRESENTAÇÃO DAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS (BADF)

Informação comparativa

Deve ser divulgada informação comparativa, com respeito ao período


anterior, para todas as quantias relatadas nas DF, exceto quando uma
NCRF permita ou exija a apresentação de outra forma. Aplica-se também
à informação narrativa e descritiva e não só à informação quantitativa.
MODELOS DAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
MODELOS DAS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
São publicados por portaria do Ministério das Finanças, os
modelos para as seguintes demonstrações financeiras:
 Balanço;
 Demonstração de resultados (por natureza e função);
 Demonstração das alterações de Capital Próprio;
 Demonstração dos fluxos de caixa;
 Anexo.
MODELOS DAS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
São ainda publicadas nas portarias do Ministério das Finanças os modelos
simplificados das demonstrações financeiras a utilizar, pelas entidades que
adotam “Normas Contabilísticas de Relato Financeiro pelas Pequenas
Entidades”.

A preparação e apresentação das demonstrações financeiras deverá ter


como objetivo proporcionar informação útil a diferentes entidades externas e
internas, as quais necessitarão de diferente informação para a tomada de
decisões.
MODELOS DAS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
As entidades que deverão recorrer a estas demonstrações financeiras são os/as:

 Acionistas/Investidores
 Trabalhadores
 Entidades Financeiras
 Fornecedores e Outros Credores
 Clientes
 Governo
 Público
MODELOS DAS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS

Acionistas/Investidores

Acionistas - informação que lhes permita avaliar a capacidade de a empresa


pagar dividendos.

Investidores - informação que os ajude a tomar decisões: O que comprar?


O que manter? O que e quando vender?
MODELOS DAS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS

Trabalhadores
Informação sobre a estabilidade económico - financeira da empresa.

Entidades Financeiras
Informação que lhes permita avaliar a capacidade de cumprimento dos
pagamentos relativos a empréstimos concedidos.
MODELOS DAS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS

Fornecedores e Outros Credores


Informação sobre a liquidez e solvabilidade dos seus clientes.

Liquidez - o conceito liquidez traduz a capacidade ou facilidade de um


determinado ativo de uma empresa ser transformado em meios líquidos.
MODELOS DAS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS

Exemplo: o dinheiro em caixa de uma empresa é um ativo perfeitamente


líquido, uma máquina já o será menos, na medida em que mais difícil ou
pelo menos demoradamente se poderá transformar em dinheiro (através
da sua alienação).
MODELOS DAS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
Solvabilidade
Solvabilidade - Mede a relação entre os capitais próprios e os capitais
alheios de uma sociedade. A solvabilidade de uma instituição será tanto
maior quanto maior for o valor do rácio = Capital próprio/Capital alheio.
Um valor muito baixo pode indiciar uma fraca viabilidade da empresa no
futuro, pois significa uma elevada fragilidade económico-financeira.
MODELOS DAS DEMONSTRAÇÕES
Clientes
FINANCEIRAS
Informação sobre a continuidade da empresa, principalmente se está em
causa a sua própria continuidade.

Governo
Informação sobre a distribuição de recursos e atividade empresarial.

Informação que permita regulamentar a atividade das empresas e a


determinação das políticas de tributação.
MODELOS DAS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS

Público
Informação sobre as tendências e desenvolvimento das atividades
empresariais.
CÓDIGO DE CONTAS

É igualmente publicado por Portaria pelo Ministério das Finanças o


Código de Contas, contendo o essencial:
 O quadro síntese das contas;

 O código das contas (lista codificada das contas);

 Notas de enquadramento.

O C.C. também deverá ser adotado pelas entidades que estejam


abrangidas pelos requisitos das NCRF-PE.
CÓDIGO DE CONTAS

Contas de Balanço

Classe 1 – Meios financeiros líquidos


Classe 2 – Contas a receber e a pagar
Classe 3 – Inventários e ativos biológicos
Classe 4 – Investimentos
Classe 5 – Capital, Reservas e Resultados transitados
CÓDIGO DE CONTAS
Contas de Demonstração dos Resultados
Classe 6 – Gastos
Classe 7 – Rendimentos
Classe 8 –Resultados

Outras Contas
Classe 9 – Contabilidade de custos
Classe 0 - Livre
ESTRUTURA DO BALANÇO
ESTRUTURA DO BALANÇO

Os recursos controlados por uma entidade são também


denominados elementos patrimoniais ativos e o seu conjunto
constitui a massa patrimonial designada por ativo (A).

As obrigações são, também, denominados elementos patrimoniais


Passivos e o seu conjunto constitui a massa patrimonialdesignada
por Passivo (P).
ESTRUTURA DO BALANÇO

Assim temos:

ATIVO (A) = R (recursos)


PASSIVO (P) = O (obrigações)
ESTRUTURA DO BALANÇO

Para sabermos o que a empresa possui, depois de pagar


as suas dívidas, vamos subtrair as (O) obrigações aos R
(recursos), ou seja:

R-O
Ou ainda:
(A – P)
ESTRUTURA DO BALANÇO

E ficamos com o valor do património (VP) da empresa.


Então:

VP= R - O

Ou

VP= A – P
Normas Contabilísticas e de Relato
Financeiro (NCRF):
Quadro de contas [Portaria n.º1011/2009]
(Balanço):
Quadro de contas ( Contas de
resultados e outras):

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