Engenharia Ambiental
Escoamento Superficial
• Desenvolvimento de pesquisas
O QUE SE ESTIMA?
A
Tipos de escoamento: A Seção AA
Seção do rio Qs
Qss
Qb Seção do
Riacho
Seção AA
Q = Qs + Qss + Qb
Qs = escoamento superficial,
Qss = escoamento sub-superficial
Qb = escoamento de base (ou subterrâneo)
Escoamento em áreas
de solo saturado
Precipitação
Infiltração
Escoamento em áreas
de solo saturado
Precipitação
Solo saturado
Escoamento em áreas
de solo saturado
Precipitação
Escoamento
Solo saturado
Geração de Escoamento
• Intensidade da precipitação é
maior do que a capacidade de
infiltração do solo
I (mm/h)
Q (mm/h)
INF (mm/h)
Q = I – INF
Tipos de escoamento bacia
• Superficial
• Sub-superficial ??
• Subterrâneo
• Chuva, infiltração,
escoamento superficial
• Chuva, infiltração,
escoamento superficial,
escoamento subterrâneo
Camada saturada
• Escoamento sub-superficial
• Depois da chuva: Escoamento sub-superficial e
escoamento subterrâneo
Camada saturada
• Estiagem: apenas escoamento subterrâneo
Camada saturada
• Estiagem: apenas escoamento subterrâneo
Camada saturada
• Estiagem: apenas escoamento subterrâneo
Camada saturada
• Estiagem muito longa = rio seco
Rios intermitentes
Camada saturada
Escoamento
Subterrâneo
Escoamento
Superficial
20
Ganho de água no rio
22
Escoamento Sub-superficial
•Geração do escoamento sub-superficial: componente da infiltração devido ao
gradiente topográfico
Esc. Sub-superficial
Percolação
Efêmero P Qs
Qss
Lençol
►Umidade antecedente:
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Coeficiente de escoamento superficial (C):
É a razão entre o volume de água escoado superficialmente e
o volume de água precipitado.
C = Vs / V = (A . Pe) / (A . P)
Vescoado
C C = Pe / P
Vprecipitado
Onde:
Vescoado é o volume do escoamento superficial da bacia;
32
33
QUADRO 1- Valores de “C” recomendados por
Williams, citado por Goldenfum e Tucci (1996),
para áreas agrícolas
34
QUADRO 3- Valores do
coeficiente de escoamento
propostos pelo Colorado
Highway Departament
FIM
35
Valor do coeficiente de escoamento superficial (C)
36
Grandezas associadas ao
escoamento superficial
37
Equação de chuvas intensas
a TR b
Im
td c d
3420 TR 0 , 26
Im
td 351,020
Equações para estimativa do Tempo de
concentração (tc)
Equação de Kirpich
Foi desenvolvida com base em 7 pequenas bacias agrícolas do Tennessee, com declividades variando
entre 3 e 10% e áreas de, no máximo, 0,5 km2, e é expressa pela equação
tc 57 L0, 77 S 0,385
Em que tc é o tempo de concentração (minutos), L é o comprimento do talvegue principal
(aproximadamente igual ao comprimento do curso d’água principal) (km) e S a declividade de L (m/km).
Equação de Giandotti
Em que
4 A 1,5L tc = tempo de concentração (h),
tc A = área da bacia, km2
0,8 H L =comprimento do talvegue principal (km),
H =diferença de nível entre a nascente e a foz
(m).
Equações para estimativa do Tempo de
concentração (tc)
Equação SCS Lag
Em que:
tc = tempo de concentração (h),
0, 7
0 ,8 1000 0,5
L =comprimento do talvegue principal (km),
tc 3,42 L 9 .S o S0 =declividade média do talvegue, m km-1.
CN CN = número da curva
Lt
tc 16,67 Em que:
Vt Lt =comprimento de cada trecho constituído por uma
cobertura vegetal distinta (km)
Vt = velocidade da água em cada trecho (m s-1).
Equação SCS –método cinemático
Declividade (%)
Escoamento Cobertura
0 -3 4 -7 8 -11 >12
Florestas 0 –0,5 0,5 –0,8 0,8 –1,0 >1,0
Sobre a superfície Pastos 0 –0,8 0,8 –1,1 1,1 –1,3 >1,3
do terreno Áreas cultivadas 0 –0,9 0,9 –1,4 1,4 –1,7 >1,7
Pavimentos 0 –2,6 2,6 –4,0 4,0 –5,2 >5,2
Mal definidos 0 –0,6 0,6 –1,2 1,2 –2,1 >2 ,1
Em canais
Bem definidos Equação de Manning
Fonte: Chow et al. (1988).
Equação de Dodge
Em que
0,17 tc = tempo de concentração (minutos),
tc 21,88 A0,41So
A = área da bacia, km2
S0 =declividade média do talvegue, m m-1.
EXERCICIO 1:
Determine a vazão máxima de escoamento superficial o tempo de
concentração, considerando-se as condições de precipitação
típicas de Patos de Minas, MG, e os seguintes parâmetros de uma
bacia hidrográfica:
• área da bacia: 100 ha;
• período de retorno: 10 anos;
• cobertura: 30% cultura de milho (cultivo em fileiras retas); 20% cultura de
soja (cultivo em fileiras retas); 25% floresta; 25% pastagem;
• condição hidrológica boa;
• solo muito argiloso (Tie = 1 mm h-1);
• declividade média da área da bacia: 5 – 10%; e
• o perfil do talvegue foi dividido segundo os trechos descritos no Quadro 5.8.
Quando há variação do coeficiente de escoamento superficial na bacia
analisada, este poderá ser determinado pela seguinte equação:
ESTIMATIVA DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL
MÉTODO RACIONAL
C. im . A
Q max =
360
Em que:
C.im . A
Q max
360
Em que:
Qmax = vazão máxima de escoamento superficial , m3/s
Im= intensidade máxima média de precipitação para uma duração igual ao tempo
de concentração da bacia, mm/h
Ø = coeficiente de retardamento, adimensional
0,278 0,00034. A
Em que:
A = área da bacia em Km2, 48
MÉTODO RACIONAL MODIFICADO
Método de McMath
Este método é semelhante ao método Racional, constituindo-se numa modificação
do mesmo. Tem sido aplicado aos países andinos, onde o clima, em algumas regiões,
por ser semi-árido, é semelhante ao Nordeste brasileiro. A fórmula geral é
50
ESTIMATIVA DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL
O coeficiente C deve ser obtido pela soma de 3 coeficientes (C1, C2, C3), correspondentes às
características de vegetação, solo e topografia. Na Tabela 3, apresentam-se os coeficientes
utilizados para determinação do fator C
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MÉTODO DO NÚMERO DA CURVA
(SCS – Soil Conservacion Service)
I ES
(eq.1)
S Pe
Em que:
I = infiltração acumulada após o início do escoamento superficial, mm;
S= infiltração potencial, mm;
ES = escoamento superficial total , mm;
Pe = escoamento potencial ou excesso de precipitação, mm.
Pe PT I a (eq.2)
Em que:
PT = precipitação total, mm;
Ia = abstrações iniciais, mm;
As abstrações iniciais correspondem a toda precipitação que ocorre antes do início do escoamento
superficial englobando a interceptação pela folhas e troncos de árvores e armazenamento superficial,
ou seja, toda a infiltração ocorrida durante todos esses 2 processos.
MÉTODO DO NÚMERO DA CURVA
(SCS – Soil Conservacion Service)
Pe ES I ou I Pe ES (eq.3)
I ES 2
Ou ES
Pe
S Pe (eq.4)
Pe S
Ao estudar o comportamento das bacias experimentais do SCS-USDA, observou-se:
I a 0,2.S (eq.5)
PT 0,8.S
MÉTODO DO NÚMERO DA CURVA
(SCS – Soil Conservacion Service)
MÉTODO DO NÚMERO DA CURVA
(SCS – Soil Conservacion Service)
25400 ES
PT 0,2.S
2
S 254
CN PT 0,8.S
em curvas de nível 60 72 81 84
terraceamento em nível 57 70 78 89
pobres 68 79 86 89
Plantações de legumes normais 49 69 79 94
boas 39 61 74 80
pobres, em nível 47 67 81 88
normais, em nível 25 59 75 83
Pastagens
boas, em nível 6 35 70 79
normais 30 58 71 78
esparsos, baixa transpiração 45 66 77 83
Campos permanentes normais 36 60 73 79
densas, alta transpiração 25 55 70 77
QUADRO 15- Valores do CN para
bacias com ocupação agrícola
para condições de umidade
antecedente AMC II
Condição de umidade
antecedente (AMC II): solo
úmido (umidade média)
60
Quadro 16– Valores de CN para
bacias com ocupação urbana para
condições de umidade antecedente
AMC II
Condição de umidade
antecedente (AMC II): solo
úmido (umidade média)
61
Valores de CN corrigidas conforme situação de umidade do solo antecedente
Valores médios Valores corrigidos Valores corrigidos
(situação 2) (situação 1) (situação 3)
INFORMAÇÕES DO EXERCÍCIO 1
• área da bacia: 100 ha;
• período de retorno: 10 anos;
• comprimento do talvegue: 2.000 m;
• diferença de elevação entre a seção de deságüe e o ponto mais remoto da bacia: 35 m;
• cobertura: 30% cultura de milho (cultivo em fileiras retas); 20% cultura de soja (cultivo
em fileiras retas); 25% floresta; 25% pastagem;
• condição hidrológica boa;
• solo muito argiloso (Tie = 1 mm h-1);
• declividade média da área da bacia: 5 – 10%; e
EXERCICIO 3:
Solução:
25400 25400
S 254 254 31,4 mm
CN 89
Substituindo o valor em S, e considerando PT = 130 mm, tem-se:
ES
PT 0,2.S
2
130 0,2.31,4
2
98,7 mm
PT 0,8.S 130 0,8.31,4
QUADRO 15- Valores do CN para
bacias com ocupação agrícola
para condições de umidade
antecedente AMC II
Condição de umidade
antecedente (AMC II): solo
úmido (umidade média)
65
EXERCÍCIO 3:
25400
S 254 149,2 mm
CN
A partir do valor de S obtém-se o valor de Ia= 29,8. Como P >
Ia, o escoamento superficial é dado por:
( P Ia )2
Q 8,5 mm
( P Ia S)