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FORMAÇÃO: Resistência de Materiais 1

FORMADOR: ENG.º LUCELINO BARBOSA VICENTE


PÚBLICO-ALVO: ALUNOS DO CURSO DE ENGENHARIA CONSTRUÇÃO CIVIL
E ALUNOS DO CURSO ARQUITETURA
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2. Esforços em peças estruturais


2.1. Noção de esforços e os seus efeitos
Viu-se, anteriormente, os esforços que atuam numa estrutura em equilíbrio.
Veremos agora os esforços que atuam numa seção qualquer da estrutura,
provocados por forças ativas e reativas. Numa seção qualquer, para manter
o equilíbrio, as forças da esquerda devem ser iguais às da direita.
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2. Esforços em peças estruturais


2.1. Noção de esforços e os seus efeitos
Uma seção S de uma estrutura em equilíbrio está submetida a um par de
forças R e –R e um par de momentos M e –M aplicados no seu centro de
gravidade, resultantes das forças atuantes à direita e à esquerda da seção.
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2. Esforços em peças estruturais


2.2. Tipos de esforços
Decompondo a força resultante e o momento em duas componentes, uma
perpendicular e a outra paralela à seção, teremos:
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2. Esforços em peças estruturais


2.2. Tipos de esforços

Assim, têm-se os seguintes esforços solicitantes:


N = força normal (força perpendicular à seção S);
Q = esforço transverso (força pertencente à seção S);
T = momento torsor (momento perpendicular à seção S);
M = momento fletor (momento pertencente à seção S).
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2. Esforços em peças estruturais


2.2. Tipos de esforços
Esforço Normal (N): tende a promover variação da distância que separa as
seções, permanecendo as mesmas paralelas uma à outra.. Por convenção,
o esforço normal é positivo quando determina tração e negativo quando
determina compressão.
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2. Esforços em peças estruturais


2.2. Tipos de esforços
Esforço Transverso (Q): tende a promover o deslizamento relativo de uma
seção em relação à outra (tendência de corte). Dizemos que o esforço
transverso é positivo quando, calculado pelas forças situadas do lado
esquerdo da seção, tiver o sentido positivo do eixo y e quando calculado
pelas forças situadas do lado direito da seção, tiver o sentido oposto ao
sentido positivo do eixo y.
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2. Esforços em peças estruturais


2.2. Tipos de esforços
Momento Fletor (M): tende a provocar uma rotação da seção em torno de
um eixo situado em seu próprio plano. provoca uma tendência de
alongamento em uma das partes da seção e uma tendência de
encurtamento na outra parte, deixando a peça fletida.
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2. Esforços em peças estruturais


2.2. Tipos de esforços
No caso de momento fletor, o sinal positivo ou negativo é irrelevante,
importante é determinar o seu módulo e verificar onde ocorre compressão e
tração.
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2.2.2. Momento fletor e Momento torsor


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2.2.2. Momento fletor e Momento torsor


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2.2.2. Momento fletor e Momento torsor


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2.3. Solicitações simples e compostas


2.3.1. Esforço axial simples; Flexão pura e Torsão simples
A palavra Flexão é utilizada para designar o comportamento das barras
submetidas a diferentes tipos de combinação de esforços − i.e., existem vários
tipos de flexão. Assim, tem-se
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2.3. Solicitações simples e compostas


2.3.1. Esforço axial simples; Flexão pura e Torsão simples
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2.3. Solicitações simples e compostas


2.3.1. Esforço axial simples; Flexão pura e Torsão simples
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2.3. Solicitações simples e compostas


2.3.1. Esforço axial simples; Flexão pura e Torsão simples
Esforço axial simples - De acordo com a Figura 1, o sólido gerado por uma
área A que se move no espaço de modo que, durante o seu movimento, o
centro de gravidade G descreve uma trajectória AB à qual a área gerada é
perpendicular em cada ponto, pode ser considerado uma peça linear. A
principal característica de uma peça linear consiste na relação entre
comprimento e a área da secção transversal que deve ter valores elevados.
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2.3. Solicitações simples e compostas


2.3.1. Esforço axial simples; Flexão pura e Torsão simples
Esforço axial simples
O cálculo das tensões normais em compressão pura assenta em duas
hipóteses fundamentais, nomeadamente a hipótese de Bernoulli e hipótese
de Saint-Venant.
A hipótese de Bernoulli diz respeito à lei das secções planas, isto é, uma
secção plana de uma peça linear não deformada mantém-se plana e
perpendicular ao eixo após a deformação. Isto significa que as diferentes
secções transversais sofrem apenas translações e os alongamentos ou
encurtamentos das diferentes fibras são iguais, ver Figura 2.
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2.3. Solicitações simples e compostas


2.3.1. Esforço axial simples; Flexão pura e Torsão simples
Esforço axial simples
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2.3. Solicitações simples e compostas


2.3.1. Esforço axial simples; Flexão pura e Torsão simples
Esforço axial simples
Relativamente à hipótese de Saint-Venant, esta refere que as tensões e
deformações em secções afastadas dos pontos de aplicação das cargas
exteriores não dependem da forma como são aplicadas mas apenas da sua
resultante. De acordo com a Figura 3, a distribuição de tensões é variável na
zona de aplicação das cargas mas uniformiza-se a partir de uma dada
distância da extremidade onde as cargas são aplicadas. Na prática esta
hipótese verifica-se desde que a distância da secção em estudo à força
concentrada mais próxima seja superior à maior dimensão da secção
transversal da barra. Esta hipótese é muito útil dado que permite tratar
sistemas de forças apenas pela sua resultante.
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2.3. Solicitações simples e compostas


2.3.1. Esforço axial simples; Flexão pura e Torsão simples
Esforço axial simples
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2.3. Solicitações simples e compostas


2.3.1. Esforço axial simples; Flexão pura e Torsão simples
Torsão simples - O termo torção faz referência ao giro de
uma barra retilínea que está sujeita a momentos conhecidos
como torques, que irão gerar rotação sobre o eixo
longitudinal da barra.
Logo, o torque é definido como o momento que tende a
torcer um elemento em torno de seu eixo longitudinal.
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2.3. Solicitações simples e compostas


2.3.1. Esforço axial simples; Flexão pura e Torsão simples

Torsão simples:
A torção faz os círculos permanecerem como círculos e cada reta longitudinal
da grelha deforma-se em hélice que intercepta os círculos em ângulos iguais.
Além disso, as seções transversais do eixo permanecem planas e as retas
radiais dessas seções permanecem retas durante a deformação (Figura 39b).
A partir dessas observações, podemos supor que, se o ângulo de rotação for
pequeno, o comprimento do eixo e seu raio permanecerão inalterados.
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2.3. Solicitações simples e compostas


Torsão simples
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2.3. Solicitações simples e compostas


Torsão simples
Para um eixo travado em uma extremidade e que se aplica um torque na
extremidade oposta, como mostrado na Figura 39c, a região sombreada
sofrerá distorção e passará a ter uma forma oblíqua. Segundo Hibbeler, forma-
se então, na seção transversal, uma linha radial localizada a uma distância x
da extremidade fixa do eixo e girará por meio de um ângulo φ(x), ou ângulo
de torção. E depende da posição x e varia ao longo do eixo.
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2.3. Solicitações simples e


compostas
Torsão simples
A convenção de sinais segue a
regra da mão direita, pela qual o
torque e o ângulo serão positivos
se a direção indicada pelo
polegar for no sentido de afastar-
se do elemento considerado
quando os dedos são fechados
para indicar a tendência da
rotação.
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2.3. Solicitações simples e compostas

Flexão pura
As peças longas, quando submetidas à flexão, apresentam tensões
normais elevadas (por exemplo, para se quebrar um lápis, com as mãos,
jamais se cogitaria tracioná-lo, comprimi-lo, torcê-lo ou cisalhá-lo; um
momento fletor de pequeno valor seria suficiente para produzir tensões
de ruptura no material). Daí a importância do presente estudo.
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2.3. Solicitações simples e compostas


Flexão pura
A flexão de uma barra pode ser classificada em três tipos: flexão pura, simples
e composta.
A flexão pura é um caso particular da flexão simples onde corpos flexionados
somente estão solicitados por um momento fletor, não existindo assim o
carregamento transversal, ou seja, na seção de uma barra onde ocorre a
flexão pura o esforço cortante e esforço normal são nulos. É uma condição
considerada idealizada, mas com a consideração das hipóteses
simplificadoras, essa condição pode ser acoplada, posteriormente, aos efeitos
das cargas transversais para se definir a deformada e as tensões na flexão
simples.
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2.3. Solicitações simples e compostas


Flexão pura
As condições de equilíbrio requerem que os esforços internos sejam
equivalentes às solicitações externas. Como a solicitação na barra, no caso da
flexão pura, é um momento constante M, em qualquer seção da barra a
distribuição de tensões deve ser igual ao momento M.
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2.3. Solicitações simples e compostas


Flexão e esforço transverso, Flexão composta e Flexão desviada

Flexão composta
Uma secção está sujeita a flexão composta se actuarem simultaneamente
momentos flectores e esforço axial. Se for aplicado um esforço axial e um
momento flector em torno de um eixo central principal de inércia a secção
fica sujeita a flexão composta plana. Se for aplicado um momento com uma
orientação qualquer e um esforço axial, a secção fica submetida a flexão
composta desviada.
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2.3. Solicitações simples e


compostas
Flexão e esforço transverso, Flexão
composta e Flexão desviada
Flexão composta
Na Figura 28, está representado um
caso de flexão composta desviada
(N, Mz, My). A flexão composta
desviada ou composta plana
pode ser representada por um
esforço axial excêntrico
relativamente a cada um dos eixos
da secção.
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2.3. Solicitações simples e compostas


Flexão e esforço transverso, Flexão composta e Flexão desviada
Flexão desviada
No caso geral de uma secção não simétrica, o eixo de solicitação deixa de
coincidir com um eixo central principal de inércia, pelo que o eixo neutro deixa
de ser conhecido. Neste caso o plano da deformada não coincide com o
plano de solicitação e por a secção está sujeita a flexão desviada.
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Procedimento para o traçado de diagramas
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Procedimento para o traçado de diagramas
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Procedimento para o traçado de diagramas
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Procedimento para o traçado de diagramas
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Procedimento para o traçado de diagramas
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Procedimento para o traçado de diagramas
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Procedimento para o traçado de diagramas
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Procedimento para o traçado de diagramas
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Procedimento para o traçado de diagramas
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Procedimento para o traçado de diagramas
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Procedimento para o traçado de diagramas
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Procedimento para o traçado de diagramas
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Procedimento para o traçado de diagramas
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Procedimento para o traçado de diagramas
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Procedimento para o traçado de diagramas
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Procedimento para o traçado de diagramas
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Procedimento para o traçado de diagramas
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Procedimento para o traçado de diagramas
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Procedimento para o traçado de diagramas
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Procedimento para o traçado de diagramas
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Procedimento para o traçado de diagramas
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Procedimento para o traçado de diagramas
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Procedimento para o traçado de diagramas
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Procedimento para o traçado de diagramas
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Procedimento para o traçado de diagramas
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Procedimento para o traçado de diagramas
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Procedimento para o traçado de diagramas
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Procedimento para o traçado de diagramas
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Procedimento para o traçado de diagramas
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Procedimento para o traçado de diagramas
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Procedimento para o traçado de diagramas
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Relações matemáticas entre os diagramas de esforços e a carga
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Relações matemáticas entre os diagramas de esforços e a carga
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Relações matemáticas entre os diagramas de esforços e a carga
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Procedimento para o traçado de diagramas
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Procedimento para o traçado de diagramas
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Procedimento para o traçado de diagramas
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Convenções de sinais para “N”, “V” e “M”

A convenção dos sinais é um conceito de extrema importância para o estudo


dos esforços solicitantes, pois é a partir da referência destes dados que se inicia
todo o processo de cálculo. Deve-se ter muita atenção quanto a estas
convenções.
Para facilitar os cálculos, recomenda-se adotar as seguintes convenções:
• Esforço Normal: É positivo quando de tração (alongamento da barra) ou
negativo quando de compressão (comprimindo a barra). Lembrar de
Treliças.
• Esforço Cortante: É positivo quando as projeções se orientam nos sentidos dos
eixos (sentido horário), ou negativo, caso contrário.
• Momento Fletor: É positivo se tracionar as fibras inferiores da barra ou
negativo, caso contrário.
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Relações matemáticas entre os diagramas de esforços e a carga
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Relações matemáticas entre os diagramas de esforços e a carga
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. Relações matemáticas entre os diagramas de esforços e a carga
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. EXERCICIOS
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2.4 Cálculo dos esforços; Traçado de diagramas de esforços
2.4.1. EXERCICIOS

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