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Conhecimentos prévios
- vingança
- política
- loucura
- sexualidade
- meta-teatro
- filosofia
Condições da primeira recepção
As companhias teatrais
- Papéis distribuídos aos pedaços:
desconhecimento do conjunto do
texto.
- Atores analfabetos.
- Rapazes nos papéis femininos
(conseqüentemente pouco
numerosos).
Seu caráter itinerante fez com que fossem confundidas com os vagabundos, os
quais eram passíveis de serem submetidos ao açoite e ao trabalho forçado. Para
evitar isso, as companhias profissionais de meados do XVI procuraram ser
admitidas entre os servidores de grandes senhores, que lhes asseguravam proteção
em troca de representações particulares em serões privados à noite.
Sua sorte melhorou quando o Conselho Privado considerou seu trabalho como um
comércio (1581), uma profissão (1582), um emprego (1583), com a condição de
ter uma licença para representar em um teatro e observar restrições de horário e
calendário.
As troupes eram compostas por uma dúzia de acionistas (7 ou 8 possuíam
também partes da propriedade da sala), por pensionistas muito mal pagos (6 ou 7
libras por semana – equivalente ao salário de um pedreiro), e por figurantes mais
mal pagos ainda. Contavam também com músicos e maquinistas, bem como com
um ponto e um figurinista.
Condições da primeira recepção
- Autores não gostavam de publicar seus textos. O único
contrato conhecido entre um autor e uma companhia teatral
do XVI estipulava que Richard Brome, o autor:
“não consentirá que nenhuma peça feita ou a ser feita por ele para
vossos súditos ou seus sucessores desta companhia em Salisbury
Court seja impressa com seu assentimento, conhecimento,
participação ou direção sem licença da dita companhia ou da
maioria dos sócios.”
Os estatutos do Whitefriars Theatre previam que:
“Nenhum membro da dita Companhia publicará doravante, ou fará
publicar sob qualquer forma, cadernos de peças ora em uso ou que
venham a ser por ela adquiridos, sob pena de multa de quarenta
libras.”
[Irvin Matus / Tom Bethel. Em busca de Shakespeare – quem foi o autor. SP. Paz
e Terra, 1993]
Publicação
A publicação não dava dinheiro, nem prestígio para o autor –
os nobres não assinavam seus textos, recorrendo a
pseudônimos:
“Entre a grande e a pequena nobreza, vê-se que muitos
cultivam as ciências louváveis, sobretudo a poesia, mas
sucede que não têm coragem de escrever e, se o fazem,
não gostam que se saiba de sua habilidade. Conheço
inúmeros cavalheiros notáveis na corte que produziam
boas obras, mas acabaram por suprimi-las ou tiveram de
contentar-se em vê-las editadas sem menção de seus
nomes – como se desdouro fosse para um fidalgo ser
considerado letrado.”
[Puttenham, 1589.]
Publicação
-http://www.folger.edu/template.cfm?cid=865