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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ

Estágio Curricular Supervisionado – Pediatria II


Curso de Medicina

Doença Nodular da
Tireóide
Por: Gustavo Piccoli
Preceptor: Dr Carlos Menezes

Itabuna – BA, 2013


Doença Nodular da Tireóide

Caracteriza-se pelo crescimento


desordenado das células das células
tireoidianas, com desenvolvimento
gradual de fibrose.

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Doença Nodular da Tireóide

• Representam a principal manifestação clínica de uma série de


doenças tireoidianas;

• Presente em 4% a 7% das mulheres e 1% dos homens; palpáveis

• Estudos de US demonstram que esta prevalência é ainda maior,


variando de 19% a 67%;

• maior incidência em mulheres e idosos;

Apenas em 5 a 10% representam lesões


malignas.
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Doença Nodular da Tireóide

• Diante da detecção de um nódulo...


• História e exame clínico completo: definição das características do
nódulo e à avaliação da presença de linfadenomegalia cervical e da
função tireoidiana.
• Exame clínico não apresenta muita especificidade/sensibilidade.
• Sinais importantes:
O risco de câncer é semelhante em pacientes com nódulos
palpáveis ou incidentalmente detectados por métodos
diagnósticos por imagem.
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Doença Nodular da Tireóide

Bócio Bócio
Nódulo Solitário
Multinodular Multinodular Hiperfuncionante
Atóxico Atóxico

Neoplasias Câncer de
Benignas Tireóide

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Bócio Multinodular Atóxico

• Até 12% dos adultos;


• Mais comum em regiões com deficiência de iodo;
• Histologia: desde regiões hipercelulares até císticas
cheias de colóide;
• TSH normal.

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Bócio Multinodular Atóxico

• Bócio Multinodular Atóxico


• Manifestações clínicas
• Maioria assintomático;
• Desenvolvimento ao longo de anos;
• Presença de bócio;

Dificuldade de deglutição
Angústia respiratória
Pletora

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Bócio Multinodular Atóxico

• Manifestações clínicas
• Os BMN sintomáticos são de grande volume e compressão
importante;
• Dor súbita;
• Hemorragia;
• Rouquidão.

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Bócio Multinodular Atóxico

• Diagnóstico
• Exame clinico
• TSH;
• Exames de imagem;

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Bócio Multinodular Atóxico

• Tratamento
• Levotiroxina em baixas doses (50 μg);
• Evitar substâncias que contêm iodo;
• Iodo radioativo.

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Bócio Multinodular Tóxico

• Semelhante ao BMN atóxico;


• Autonomia funcional no BMN tóxico;
• Hipertireoidismo subclínico
• Tireotoxicose.

Idosos;
Fibrilação atrial;
Taquicardia;
Nervosismo;
Tremor; 11
Bócio Multinodular Tóxico

• Diagnóstico
• TSH ↓;
• T3 > T4;
• Cintilografia;

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Bócio Multinodular Tóxico

• Tratamento
• Desafiador;
• Agentes antitireoidianos + ß-bloqueadores;
• Estímulo ao crescimento do bócio;
• Iodo radioativo.

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Nódulo Solitário Hiperfuncionante

Adenoma Tóxico

• Mutações ativadoras somáticas adquiridas no TRH-R;


• Nódulo volumoso e palpável;
• Não há características de doenças de Graves;
• Cintigrafia: diagnóstico definitivo.

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Nódulo Solitário Hiperfuncionante

• Tratamento
• Ablação com iodo radioativo;
• Hipotireoidismo em 10% em 5 anos;
• Ressecção cirúrgica (enucleação ou lobectomia);
• Agentes antitireoidianos + ß-bloqueadores;
• Sem efeito a longo prazo.

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Neoplasias Benignas

• Representam de 5 a 10%;
• Baixo risco de malignidade:
• Adenomas macrofoliculares e adenomas normofoliculares;
• Lesões císticas/sólidas mistas;
• Recidiva frequente.

O tratamento aos nódulos benignos


é semelhante à adotada para o BMN.

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Câncer de Tireóide

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Doença Nodular - Triagem

• Que exames laboratoriais solicitar?


• TSH, T4 e T3 livres;
• Sugere-se que TSH elevado estão associados a risco maior de
neoplasia maligna;
• Se TSH ↑, a dosagem de anti-TPO deve ser solicitada: tireoidite de
Hashimoto;
• Calcitonina: indicada quando há suspeita clínica de tumor medular
• Tireoglobulina: teste relativamente insensível; não devendo ser
solicitadas na avaliação inicial.
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Doença Nodular - Triagem

• US: qual valor no diagnóstico e seguimento?


• US convencional ou com Doppler é o principal método de imagem
no diagnóstico dos nódulos tireoidianos.
• US deve avaliar todo o pescoço, incluindo o compartimento
visceral e linfático em todas as avaliações e, se possível, com
profissional habilitado.
Permite avaliar textura da glândula; tamanho, extensão,
ecogenicidade, posição e características de nódulos; relação da
glândula e nódulos com as estruturas cervicais; presença de
malformações glandulares.
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Doença Nodular - Triagem

• US: qual valor no diagnóstico e seguimento?


• Deve ser solicitado quando detectado nódulo por outro exame de
imagem;
• Não deve ser utilizado como método de rastreamento de doenças
tireoidianas em paciente assintomático.
↑ Sensibilidade
• Auxilio na realização da PAAF; 91,8 para 97,1%.

• Em nódulo benigno: repunção em 05 anos quando crescimento de


>15%; Seguimento

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Doença Nodular - Triagem

• US convencional x US doppler
• Convencional doppler;
• Avaliação da ecogenicidade do nódulo, presença de halo periférico
e microcalcificações; MALIGNIDADE

• Critério de Chammas ou Lagalla; POR IMAGENS DO ARTIGO


O Doppler não substitui a punção aspirativa.

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Doença Nodular - Triagem

• Classificação ultra-sonografica: graus de I a IV;


• Graus I e II: benignos;
• Grau III: indeterminado;
• Grau V: suspeito para malignidade;

Baseada em
i. Conteúdo
ii. Ecogenicidade
iii. Contorno
iv. Micro calcificações

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• IMAGENS US

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Classificação US

• Classificação ultra-sonográfica dos nódulos


tireóideos: comparação com exame citológico

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Doença Nodular - Triagem

• Seleção dos pacientes a serem submetidos à PAAF


• Pacientes com nódulo > 1 cm e função tireoidiana normal devem
ser puncionados;
• Quando nódulos < 1cm: apenas se suspeitos à US;
• Paciente que na 1ª punção não teve diagnóstico: repetir a PAAF
com biopsia guiada por US;
• Se manter resultado indeterminado: ANATOMOPATOLÓGICO.

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Doença Nodular - Fluxograma

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Doença Nodular - Triagem

• TC na avaliação de doença nodular da tireóide


• Ainda não existe evidencias que a TC ou PET-SCAN acrescente na
identificação de malignidade do nódulo.

• Cintilografia
• Identificação de nódulo Quase sempre benigno;
Não funcionante: 10%
hiperfuncionante (quente); maligno.

Obs.: não tem valor diagnóstico em


distinguir malignidade e benignidade.
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Doença Nodular - Condutas

• Conduta: nódulo < 1 cm:


• Quando fator de risco → PAAF guiada por US;
• Quando não tem fator de risco → US anual + exames de
função tireoidiana;

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Fatores de risco
Sexo masculino
Extremos de idade
Exposição à radiação ionizante
Antecedentes familiares
Dados sugestivos em exame clínico
Dados ultrassonográficos sugestivos
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• Tratamento medicamentoso
• Levotiroxina: não se recomenda seu uso na doença
nodular benigna da tireóide;

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