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Novas fronteiras: engenharia genética

• A engenharia genética é a área de maior


crescimento na pesquisa científica;

• Envolve a manipulação de genes intra ou inter-


espécies para produzir “animais transgênicos”;

• Ex.: Reino Unido (2000) de ~ 500 mil de práticas de


modificação genética, mais de 80% destinou-se
simplesmente a animais criados ou usados para
criar mais animais geneticamente modificados.
Novas fronteiras: engenharia genética
• Alguns membros da comunidade científica
apresentam estes animais ao público como se os
mesmos sofressem menos que outros animais.

• Animais também podem sofrer impactos


inesperados da modificação. Há uma alta taxa de
fracasso nas técnicas de modificação genética.

• Animais que não incorporam o gene desejado são


sacrificados em grande número (somente 1 a 10%
da prole incorpora o gene desejado, o que significa
uma perda de 90%).
NOVAS FRONTEIRAS: ENGENHARIA GENÉTICA
• O processo da engenharia genética pode
envolver:

 Matar fêmeas para colher ovos;


 Intervenção cirúrgica para implantação de ovos
modificados;
 Gestação mais longa;
 Maior peso dos neonatos (até filhotes incapazes
de se manter em pé);
 Mais mortes no parto;
 Tempo de vida mais curto (o gene estranho pode
causar mutações resultando em morte
prematura) e problemas de saúde graves.
NOVAS FRONTEIRAS: ENGENHARIA GENÉTICA
• Há a preocupação:

 Modificação genética esteja indo longe demais;

 Que existem questões éticas mais amplas;

 Se nos cabe construir ou destruir animais conforme o


nosso desejo, representando um passo muito além da
criação seletiva de animais.

 Com o impacto não intencional que organismos


geneticamente modificados podem exercer sobre o
meio ambiente.
Aplicações da engenharia genética em animais

• “Biorreatores”: produção de proteínas


terapêuticas no leite.

 Proteína chamada AAT usada no tratamento do enfisema e da


fibrose cística no leite de cabra - é feita através da introdução de
genes de origem humana nestes animais.

 A técnica usada para produzir um animal que sirva para isso


envolve intervenções cirúrgicas em vários animais doadores e
recipientes, apesar de que os carneiros transgênicos, uma vez
produzidos, parecem saudáveis.
Aplicações da engenharia genética em animais

• Pecuária/agricultura:

 Animais foram geneticamente modificados para os fazer crescer


mais rápido, produzir carne mais magra e em maior quantidade,
mais ovos, mais leite ou mais lã de melhor qualidade.
 A intenção, às vezes, é aumentar a resistência contra doenças;
Aplicações da engenharia genética em animais

• Animais transgênicos como modelos para doença humana:


 Produção de camundongos transgênicos como modelos para
doenças humanas;
 testar possíveis terapias: o caso mais famoso é o “oncomouse”
(oncocamundongo), que foi geneticamente construído para
apresentar uma predisposição ao câncer.

Este animal foi o primeiro animal transgênico a ser patenteado.

https://paginabrazil.com/cien

partir-de-celulas-tronco-de-
tistas-criam-ovulos-ferteis-

camundongos/
Fonte:
Aplicações da engenharia genética em animais

• Os críticos ainda consideram estes modelos falhos devido às


diferenças entre as espécies.

• Além disso, a experimentação animal não é o único caminho


para o progresso.

• Existem outras metodologias como culturas de células ou


tecidos.
Aplicações da engenharia genética em animais

• Xenotransplante: qualquer procedimento que envolva o uso


de células vivas, tecidos e órgãos de uma fonte animal não
humana, transplantados ou implantados em humanos ou
usados para perfusão clínica ex-vivo.

• Ex1: Genética de porcos para produzir órgãos que não serão


rejeitados pelos receptores humanos.

“ENGANAR” o sistema imune do


Órgãos: gene humano
homem.
Aplicações da engenharia genética em animais

 EX1:
 Desenvolvidos em países onde a demanda de órgãos para transplante supera
a oferta.

 Ambiente especial e livre de doenças para estes porcos pode interferir na


qualidade de vida deste animal, inquisitivo por natureza.

 Para se obter leitões gnotobióticos parto é cesariana;

 Os animais são colocados em isoladores e criados em ambientes estéreis;

 As leitegadas também são submetidas a intervenções repetidas; amostras de


sangue e tecido são colhidas.

• Essa tecnologia já foi testada em primatas como recipientes – em experimentos


feitos na Grã-Bretanha, por exemplo, foram usados babuínos capturados na
natureza.
Aplicações da engenharia genética em animais

 EX1: Esta talvez seja a área mais controversa da modificação


genética por envolver sérias questões de saúde...

• Todos os produtos orgânicos gerados pelas células serão não humanos e


migrarão pelo corpo do paciente;

• O órgão do animal continua desenhado para o corpo do animal e está


programado para o tempo de vida deste animal;

• Coração e o pulmão de um porco foram desenhados para um animal


horizontal de tamanho diferente;

• Coração de um porco teria de ser modificado para bombear o volume


certo de sangue na pressão certa para ser usado no homem.
Aplicações da engenharia genética em animais

 EX1: Esta talvez seja a área mais controversa da modificação genética por
envolver sérias questões de saúde...

• Diferenças fisiológicas e metabólicas: entre os órgãos das ≠ espécies e os


órgãos de alguns animais, em especial os rins e o fígado, ser
incompatíveis com o homem.

• Também há a preocupações de que vírus animais não identificados, ex:


retrovírus suínos, possam ser passados para o paciente.

• Um vírus desta maneira forçado através da barreira entre as espécies


pode sofrer mutação e causar uma nova doença no homem.

• Acredita-se que o HIV/AIDS seja um exemplo de uma doença criada por


mutação cruzada entre espécies seja um exemplo de infecção cruzada
entre espécies.
Pesquisa sem animais

• Às vezes, qualquer pesquisa sem animais é chamada de


alternativa para a experimentação animal.

• Este termo, no entanto, está mal aplicado porque algumas


técnicas, como estudos básicos em pacientes, são anteriores
aos experimentos feitos em animais como fonte de
entendimento sobre a doença humana.
Pesquisa sem animais

• O termo “alternativa” é empregado mais


corretamente para técnicas nas quais um
experimento clássico em animais é considerado
a norma;

• Ex.: testes padrões exigidos por lei para avaliar a


segurança de um produto antes que seja
colocado no mercado.

• Em muitos IES, o uso de animais foi substituído


por simulações e modelos feitos em
computador.
Pesquisa sem animais

• Métodos de pesquisa sem animais incluem:

 culturas de células, de tecidos e órgãos;


 estudos epidemiológicos;
pesquisa biotecnológica;
pesquisa clínica;
estudos em voluntários humanos e modelos
de computador e matemáticos.
 Primeira vez que alguém
conseguiu projetar e imprimir
um coração inteiro, repleto de
células, vasos sanguíneos,
ventrículos e câmaras", disse o
professor Tal Dvir, que liderou a
pesquisa, ressaltando que o
coração está completo, vivo e
palpitando.
 Coletaram células tronco humano, reprogramaram para que se
diferenciassem em células cardíacas e células de vasos sanguíneo.
 Converteram em bio-tinta, o que permitiu imprimir com as células;
 Possui cerca de 3 cm, as células podem se contrair, mais o coração não
bombeia...
 O próximo passo é amadurecer essas células e ajudá-las para que se
comuniquem entre elas, de forma que se contraiam juntas.
 Outro desafio, que é conseguir desenvolver um coração maior, com
mais células. Temos que descobrir como criar células suficientes para
produzir um coração humano
Pesquisa sem animais
• Culturas de células, de tecidos e órgãos:

 Técnicas avançaram enormemente.

 O material humano vem de doações de órgãos ou é


obtido durante intervenções cirúrgicas e foram
criados bancos de tecidos humanos.

 Métodos de cultura in vitro são usados para


estudar doenças, inclusive o câncer, vírus, as
atividades enzimáticas e hormonais, a fisiologia de
tecidos como músculos e nervos e em testes de
toxicidade.
Pesquisa sem animais
• Culturas de células, de tecidos e órgãos:

 As novas técnicas de engenharia de tecidos podem se


mostrar mais seguras e eficazes do que os
xenotransplantes.

 Células-tronco humanas colhidas de embriões imaturos,


do sangue, da gordura ou da medula podem ser cultivadas
para se transformar em qualquer tecido.

 Adicionalmente, os próprios tecidos de um paciente


podem ser cultivados em uma “plataforma” e depois
transplantadas de volta para o paciente, evitando os
problemas de rejeição associados aos transplantes.
Pesquisa sem animais

• Epidemiologia e estilo de vida:

• Epidemiologia é o estudo das doenças e de


sua propagação.

• A descoberta dos meios de transmissão e da


prevenção da AIDS, por exemplo, deve-se
integralmente aos estudos epidemiológicos.
Pesquisa sem animais

• Epidemiologia e estilo de vida:

• A epidemiologia revelou ligações entre


determinadas substâncias químicas, fumar,
radiação, dietas ricas de açúcar e gordura e a
probabilidade de vários tipos de câncer.

• Dietas ricas de gordura e sal, estresse e falta


de exercício são todos fatores causadores de
doença coronária.
Pesquisa sem animais
• Biotecnologia:

• Os avanços da biotecnologia (surgindo do projeto genoma


humano) oferecem técnicas alternativas ao uso de
animais para testar a segurança de produtos químicos.

• Quando células humanas são expostas a substâncias


tóxicas in vitro os genes podem ser danificados.

• “Chips” de DNA carregando seqüências curtas de DNA


podem ser usados para identificar genes danificados,
indicando o grau de toxicidade de uma substância.
Pesquisa sem animais

• Biotecnologia:

• Esta tecnologia, chamada de toxicogenômica,


pode não só salvar as vidas de animais mas
também é um método melhor devido ao uso de
material humano, assim evitando o problema
da diferença entre as espécies.

• De modo parecido, os chips de DNA são


aplicados na descoberta de drogas cujo alvo são
genes específicos associados a uma doença.
Pesquisa sem animais
• Pesquisa clínica:
É o estudo de doença no paciente para identificar suas
características, sintomas e possíveis causas. Também
podem ser desenvolvidos novos tratamentos.

• Estudos clínicos da leucemia levaram à


compreensão do mecanismo da atividade anti-
tumoral. Estes estudos muitas vezes resultam na
descoberta de novos usos para drogas.

 A aspirina, por exemplo, hoje tem muitos outros


usos além de analgésico, para o qual foi
desenvolvida.
Pesquisa sem animais

• Estudos com voluntários humanos:

• Voluntários humanos podem ser usados no estudo de


drogas; eles desempenham um papel significativo na
pesquisa psiquiátrica e psicológica;

• Ex: testes de irritabilidade dérmica causada por


ingredientes de cosméticos e exposição a substâncias
tóxicas presentes na atmosfera.

• estudar pessoas é obviamente essencial para o


progresso da medicina e para entender as doenças
humanas.
Pesquisa sem animais

• Recentes avanços no desenvolvimento de técnicas de


imagem do cérebro em funcionamento:

• Positron Emission Tomography (PET), functional


Magnetic Resonance Imagery (fMRI),
Eletroencefalografia (EEG) e Magnetoencefalografia
(MEG) permitem estudar o cérebro humano com
pouco ou nenhum desconforto para o voluntário.

• Diferentes seções do cérebro podem ser localizadas e


sua função identificada. Estas novas tecnologias
permitem estudos em humanos tempos atrás
considerados por demais invasivos.
Pesquisa sem animais

• Modelos virtuais e matemáticos:

• os pesquisadores dispõem hoje de uma série de


programas sofisticados.

• Alguns programas usados para testar produtos são


modelos que simulam o sistema humano até ao nível
molecular, no qual um produto potencial pode ser
checado.

• Outros são bancos de dados de substâncias químicas


conhecidas e seus efeitos, onde novas substâncias podem
ser inseridas para as comparar com dados conhecidos.
Reconstituição da oogênese de camundongos em células-
tronco pluripotentes

Protocolo que descreve a oogênese ocorre in vitro testando


Oócitos gerados a partir de células-tronco embrionárias (CES)
ou células-tronco pluripotentes.
O protocolo é composto principalmente de três diferentes
estágios de cultura: diferenciação in vitro (IVDi), crescimento in
vitro (IVG) e maturação in vitro (IVM), que no total levam ∼ 5
semanas.

A estrutura básica do sistema de cultura deve fornecer uma


ferramenta útil para esclarecer a sequência complicada de
ovogênese em mamíferos.
Descreve o passo-a-passo do método para a produção in vitro
de oócitos a partir de células-tronco pluripotentes. Obs:
pesquisa longa que possui vários artigos anteriores publicados
que complementam esta pesquisa.

Os autores comentam: O principal avanço que esse protocolo


possibilita é a produção de oócitos funcionais a partir de
células-tronco pluripotentes in vitro .
Ao final do trabalho: 0,3-3,5% das células dão origem a filhotes
saudáveis.
Há a necessidade de um refinamento da técnica conforme a
espécie estudada.
Avaliação in vitro da segurança e eficácia de uma mistura botânica
complexa de Eugenia dysenterica DC. (Myrtaceae): Perspectivas para o
desenvolvimento de um novo produto dermocosmético.

• Foram realizadas as avaliações in vitro da eficácia


e segurança de uma mistura botânica complexa
baseada no extrato hidroalcoólico de folhas
de Cagaita, Eugenia dysenterica (EDE) (2,5-
1000 μg / mL).
 Utilizaram: células hepáticas HepG2, fibroblastos de prepúcio
humano HFF-1, queratinócitos humanos imortalizados HaCaT
e células U937 mielóides humanas.

 Testaram: eficácia da EDE, como matéria-prima natural


protetora / funcional para uso em formulações
cosméticas. Vários pontos de extremidade toxicológicos
também foram investigados para determinar seu perfil de
segurança para exposição humana.
 Resultados: Mistura EDE promove fotoproteção e
regeneração celular em fibroblastos HFF-1
 A mistura EDE não tem potencial fototóxico;

A mistura botânica EDE mostrou marcante efeito


regenerativo celular contra os danos induzidos pela
exposição a UVA, e considerável atividade inibitória de
enzimas da pele relacionadas a distúrbios dermatológicos e /
ou estéticos.
Alternativas 1: os 3 Rs

• Experimentos como “mal necessário”

• Um posicionamento ético comumente citado


em relação à experimentação animal é que o
uso de animais.

• Não é de surpreender, portanto, que muitos


estejam ativamente buscando alternativas,
para que menos mal seja necessário.
Alternativas 1: os 3 Rs
• Organização britânica, a
Federação das
Universidades para o Bem-
Estar Animal.

• “Os Princípios da Técnica


de Experimentação
Humanitária”

• O livro: “3 Rs” como base


para que pesquisadores
pudessem avaliar seu
trabalho com animais.
Alternativas 1: os 3 Rs

• O conceito dos 3 Rs foi incorporado à


legislação de alguns países e de organizações
supranacionais, como a União Européia.

• Três Rs para as três palavras-chave originais


Replacement (Substituição), Reduction
(Redução) e Refinement (Refinamento).
Alternativas 2: Substituição (Replacement)

• A substituição de animais sencientes por


alternativas não vivas ou não sencientes.

• A substituição deve ser o ideal em mente para o


cientista:
• Buscar apoio de outros laboratórios quando
preciso;

• Existe uma variedade de possíveis alternativas


para a substituição, algumas delas já abordadas
antes.
Alternativas 2: Substituição (Replacement)

• Uso de organismos não-sencientes: as hidras,


desenvolvem-se de forma anormal na
presença de substâncias químicas que causam
anormalidades em fetos de vertebrado.

• Técnicas in vitro: estudo de células e tecidos


fora do corpo do animal.

• Estes tecidos: derivados do homem, em certos


casos aumentando a aplicabilidade do estudo.
Alternativas 2: Substituição (Replacement)

• Substitutivos não biológicos:


 Modelos de computador ou recursos
audiovisuais;

 Simulações em vídeo ou no computador de


dissecações ou experimentos farmacêuticos;

 O “Resusci-Dog”, por exemplo, é um modelo


computadorizado de cão usado para treinar
médicos veterinários em técnicas de
ressuscitação.
Alternativas 2: Substituição (Replacement)

• Apesar de haver exemplos de abuso na


história, pode-se cogitar o uso de humanos
ao invés de animais.

• Isto pode envolver o uso de tecidos


derivados do ser humano, como a placenta,
ou experimentos não invasivos feitos em
colegas estudantes na educação universitária.
Alternativas 3: Redução

• Redução do número de animais utilizados a um mínimo


absoluto
 Depende de boa organização;

 Criar agrupamentos de recursos e evitar repetições


desnecessárias.

 Boas práticas: revisões bibliográficas e publicação rápida


de resultados podem também ajudar a evitar repetições;

 Bom uso da estatística no delineamento experimental.

 Evitar usar um número pequeno demais de animais: p/


que o experimento não precise ser repetido por resultados
não conclusivos.
Alternativas 3: Redução

• Smith and Boyd (1991) propuseram perguntas que o pesquisador


se deve fazer antes de embarcar em um projeto:

• Os métodos propostos são relevantes para a pergunta científica


em questão?

• O uso de animais é essencial?

• A espécie e o número de animais usados são adequados?

• É necessário utilizar práticas com a severidade proposta?

• A quantidade de informação obtida através dos animais está


maximizada?

• As instalações onde a pesquisa será feita apresentam qualidade


adequada para o trabalho ser bem sucedido?
Alternativas 4: Refinamento

• Redução do sofrimento de animais de


experimentação:

• O refinamento talvez seja a área onde o médico


veterinário pode exercer maior influência.

• Consiste na redução do sofrimento em todas as


circunstâncias que um animal enfrenta enquanto em
um estabelecimento científico.

• refinamento não se refere somente às praticas às


quais o animal é submetido, mas também às
condições nas quais é mantido.
Alternativas 4: Refinamento

• Sofrimento inclui dor mas também outras


experiências adversas:

• Tédio;
• Ansiedade;
• Uso de anestesia ou analgesia;
• Uso de iluminação, temperatura e umidade
adequada;
• Espaço necessário para cada espécie.
Alternativas 4: Refinamento

• Importância das condições de alojamento:


• A redução de estresse no alojamento e durante o
manejo pode ajudar a melhorar a qualidade da
pesquisa por reduzir efeitos sobre a fisiologia do
animal que podem interferir no resultado do
experimento.

• Simples mudança de lugar da gaiola de ratos de


laboratório, por exemplo, é suficiente para alterar
muitos dos seus parâmetros sanguíneos (GARTNER et
al, 1980).

• Animais saudáveis e felizes constituem melhores


indivíduos experimentais.
Alternativas 4: Refinamento

• Altos padrões de bem-estar = altos padrões


de ciência

• Ex: o estabelecimento de um limiar até o qual


se deixaria um tumor crescer em um roedor
antes de se praticar a eutanásia no animal.
Alternativas 4: Refinamento

• Limiares humanitários:

• Na toxicologia também têm a vantagem de


permitir ao pesquisador observar patologias
mais sutis que ao se deixar um animal
aproximar-se mais da morte.
Controle legal da experimentação 1: inspeção centralizada

• Por exemplo, o Decreto de Procedimentos Científicos


(Scientific Procedures Act) para animais do Reino Unido,
administrados pelo governo

• Cobre todos os vertebrados e o polvo;

• Licenças para pesquisadores, projetos e instituições;

• Inspetores avaliam as solicitações de licença;

• inspecionam as instituições para aplicar o decreto e


prestam assessoria técnica;

• Comissões de ética locais organizadas


Controle legal da experimentação 2: auto-
regulamentação fiscalizada

• A Austrália, por exemplo, não tem legislação federal


contra crueldade com animais, somente leis estaduais;

• “Código de práticas para cuidados e uso de animais


para finalidades científicas”;

• O código incorpora os 3Rs;

• Comitês locais, composto de cientistas e membros da


comunidade leiga, fiscalizam o Código
Controle legal da experimentação 3: auto-
regulamentação
• Por exemplo, EUA:

• O Decreto Federal de Bem-Estar Animal exclui aves, ratos,


camundongos e animais de fazenda;

• é fiscalizado pelo Departamento de Agricultura;

• Comitês Institucionais de Cuidados e Uso de Animais (IACUC)


atuam localmente;

• Grandes financiadoras da experimentação animal têm


regulamentos próprios;

• Certificação voluntária a instituições privadas.


Controle legal da experimentação 4: realidade brasileira

• No Brasil já existem, em IES e de pesquisa, comitês de


ética no uso de animais, embora a maioria ainda esteja
em fase inicial de organização e trabalho.

• a Lei Federal nº 9.605/98, denominada Lei de Crimes


Ambientais, estabelece como crime contra a fauna, em
seu artigo 32 § 1º:

“Realizar experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que


para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos
alternativos”.
Pena: detenção de 3 meses à 1 ano, multa, podendo ser aumentada
de 1/6 à 1/3, se ocorre morte do animal.
Controle legal da experimentação 4: realidade brasileira

• Os procedimentos para uso de animais na


ciência e no ensino foram estabelecidos em
2008, com a promulgação da Lei federal
11.794;

• A Lei Arouca,

• a partir disso, o governo federal tem publicado


periodicamente decretos, portarias, diversas
resoluções normativas e orientações técnicas.
Controle legal da experimentação 4: realidade brasileira

• A Lei Arouca determinou também:

• A criação do Conselho Nacional de Controle de


Experimentação Animal, o Concea;

• Órgão federal vinculado ao Ministério da Ciência,


Tecnologia, Inovações e Comunicações;

• Responsável pela publicação e revisão das


normativas relativas à utilização dos animais com
finalidade de ensino e pesquisa científica.
Controle legal da experimentação 4: realidade brasileira

• Ex:
• No estado do Rio de Janeiro foi aprovado lei que
proíbe o uso de animais em testes de produtos
cosméticos...

• Pelo texto, fica proibido o uso de animais para


desenvolvimento, experimento e teste de
produtos cosméticos, higiene pessoal, perfumes,
limpeza e seus componentes e também proibida
a comercialização dos produtos quando
derivados da realização desse tipo de teste.
Considerações finais
• Animais são usados no laboratório para uma variedade de
finalidades, do desenvolvimento de drogas até o ensino;
• Existem inúmeras discussões sobre a ética sobre a
utilizações de animais;
• Questões de bem-estar de animais de laboratório
abrangem fonte, alojamento, procedimentos e eutanásia;
• Implementação dos 3 Rs é amplamente aceita como
caminho pragmático de endereçar questões éticas e de
bem-estar dos animais de laboratório
• Existem diferentes formas legais buscando a proteção dos
animais de laboratório vigentes no mundo inteiro;
• Á ética no Bem- estar Animal em experimentos é
essencial pois garante boas práticas na utilização de
animais.
Bibliografia
Animal Experiments: the Debate. NAVS educational CD Rom

INGLIS, B., 1983: Diseases of Civilization. Granada Publishing,

GREEK, C. R. & GREEK, J. S., 2002: “Sacred Cows and Golden Geese: The Human Cost of Experiments on
Animals”. Continuum International

MELVILLE, A. & JOHNSON, C., 1982: “Cured to Death: The Effects of Prescription Drugs”. Harper &
Collins

MCKEOWN, T., 1979: “The Role of Medicine”. Blackwell

NAVS & L. D. F., 2002: “Monkeys and Men: An assessment of the use of primates and non-animal
techniques in neuroscience research”. National Anti-Vivisection Society and Lord Dowding Fund for
Humane Research/www.navs.org.uk

https://jornal.usp.br/artigos/regulamentacao-do-uso-de-animais-em-pesquisa-e-uma-realidade/

https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2019/04/15/coracao-e-impresso-em-3d-a-partir-de-
tecido-humano.ghtml

https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2019/04/15/coracao-e-impresso-em-3d-a-partir-de-
tecido-humano.ghtml
Obrigada!

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