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TÓPICOS
1. O QUE É UM ARGUMENTO?
2. Argumento Valido e Invalido
3. Solidez
4. Argumentos Dedutivos e Indutivos
5. Validade Modal
6. Validade Modal e a Natureza das Premissas
7. SIMBOLOS FORMAIS
8. Constates Individuais
9. Constantes de Predicado
10. Negação
11. Conjunção
12. Disjunção
13. Implicação (Material)
14. Bi-Implicação
15. LOGICA PROPOSICIONAL
1 O QUE É UM ARGUMENTO?
• Essa [oposição à pesquisa embrionária] é míope e teimosa. O fato é que os fetos estão sendo abortados, quer os
conservadores gostem ou não. Após o aborto, os embriões estão sendo literalmente jogados fora quando poderiam
ser usados em pesquisas médicas que salvam vidas. Tornou-se uma questão de crenças religiosas e pessoais, e
outras equivocadas. Vidas poderiam ser salvas e melhoradas muito se apenas os cientistas pudessem usar embriões
que seriam jogados no lixo.
1 O QUE É UM ARGUMENTO?
Quando construímos nossos argumentos, devemos procurar construir um que não seja
apenas válido, mas sólido. Um argumento sólido é aquele que não é apenas válido, mas
começa com premissas que são realmente verdadeiras. O exemplo dado sobre as
geladeiras é válido, mas não é sólido. No entanto, o seguinte argumento é válido e sólido:
• Em alguns estados, nenhum criminoso é eleitor elegível, ou seja, elegível para votar.
• Nesses estados, alguns atletas profissionais são criminosos.
• Portanto, em alguns estados, alguns atletas profissionais não são eleitores elegíveis.
1.2 Solidez
Aqui, não apenas as premissas fornecem o tipo certo de suporte para a conclusão, mas as
premissas são realmente verdadeiras. Portanto, assim é a conclusão. Embora não faça parte
da definição de um argumento sólido, porque os argumentos sólidos começam com premissas
verdadeiras e têm uma forma que garante que a conclusão deva ser verdadeira se as
premissas forem, argumentos sólidos sempre terminam com conclusões verdadeiras.
Deve-se notar que tanto argumentos inválidos quanto válidos, mas não sólidos, podem,
no entanto, ter conclusões verdadeiras. Não se pode rejeitar a conclusão de um argumento
simplesmente descobrindo um dado argumento para que essa conclusão seja falha.
1.3 Argumentos dedutivos e indutivos
Até agora, temos lidado apenas com argumentos dedutivos. Porém, além desses, há também
os argumentos indutivos. A diferença se constitui no seguinte: Um argumento dedutivo é um
argumento que o argumentador pretende ser dedutivamente válido, ou seja, fornecer uma
garantia da verdade da conclusão, desde que as premissas do argumento sejam verdadeiras. Esse
ponto pode ser expresso também dizendo que, em um argumento dedutivo, as premissas
pretendem fornecer um apoio tão forte à conclusão de que, se as premissas forem verdadeiras,
seria impossível que a conclusão fosse falsa. Um argumento no qual as premissas conseguem
garantir a conclusão é chamado de argumento (dedutivamente) válido. Esse é o tipo de argumento
que temos lidado até agora, e que continuaremos a lidar logo mais.
1.3 Argumentos dedutivos e indutivos
Um argumento indutivo pode ser afetado pela aquisição de novas premissas (evidência),
mas um argumento dedutivo não pode ser. Por exemplo, este é um argumento indutivo
razoavelmente forte:
• João disse a Paulo hoje que ele realmente não gostava da Maria.
1.4 Validade Modal
Vamos agora nos mover para falar sobre validade modal. UM ARGUMENTO é modalmente
válido apenas em caso de, necessariamente, se suas premissas forem verdadeiras, então sua
conclusão é verdadeira. Dado o que falei anteriormente, quando falei sobre validade, parece
que estou indo tratar da mesma coisa. Porém, não é verdade. Todo argumento que é
modalmente valido, também é logicamente valido, porém, nem todo argumento logicamente
valido é modalmente valido. Argumentos logicamente validos implicam na verdade da
conclusão como uma implicação LÓGICA da verdade das premissas, porém, diferentes dos
argumentos modalmente validos, a verdade da conclusão não é uma implicação
NECESSÁRIA\MODAL das premissas.
1.4 Validade Modal
Uma vez que existem argumentos modalmente válidos, existem, igualmente, premissas e
conclusões de argumentos válidos modalmente. Essas premissas e conclusões têm certas
características. Por exemplo, elas existem necessariamente, têm suas condições de verdade
essencialmente e são os portadores fundamentais de verdade e de falsidade. Considere o
seguinte exemplo de um argumento modalmente valido:
A primeira premissa é verdadeira apenas no caso de todos os homens serem mortais. A segunda
é verdadeira apenas no caso de Sócrates ser um homem. E a terceira é verdadeira apenas no
caso de Sócrates ser mortal. A primeira, segunda e terceira premissa têm as condições de
verdade que acabamos de observar. Para ficar claro o porquê esse argumento é modalmente
valido, suponha que seja possível que elas, as premissas, tenham condições de verdade
diferentes. Ainda mais, suponha, por reductio, que todas sejam conjuntamente possíveis: A
primeira é verdadeira se e somente se cães latirem e a segunda é verdadeira se e somente se o
céu estiver azul e a terceira é verdadeira se e somente se os porcos voarem; os cães latem, o
céu está azul e os porcos não voam.
1.4 Validade Modal
Nossa suposição de reductio implica que é possível que a primeira e a segunda premissas sejam
verdadeiras e terceira falsa. Portanto, isso implica que o argumento acima não é modalmente válido.
Mas esse argumento é modalmente válido. Então, o que supomos para reductio é falso. Portanto,
existem certas condições de verdade que as premissas e conclusões do argumento acima não
poderiam ter. A primeira, a segunda e terceira premissa, no caso, a conclusão, têm suas condições
de verdade essencialmente. No caso, não é possível que as premissas e a conclusão desse argumento
existam e tenham condições de verdade diferentes daquelas que elas realmente têm. Esse raciocínio
pode ser adaptado às premissas e conclusões de outros argumentos válidos modalmente. As premissas
e conclusões de argumentos modalmente válidos têm suas condições de verdade essencialmente.
1.5 Validade Modal e a Natureza das
Premissas
Dado tudo o que foi dito até agora, podemos deduzir que uma premissa é uma
proposição na qual um argumento se baseia ou a partir da qual é tirada uma
conclusão. Em outras palavras, uma premissa inclui as razões e as evidências por trás
de uma conclusão. Até aí tudo bem, porém, o bicho pega quando consideramos as
implicações da validade modal para a natureza das premissas. Isso é assim, porque,
geralmente, fala-se que proposições são sentenças declarativas, ou seja, com
frequência, diz-se que uma proposição se constitui quando enunciamos uma
constatação sobre o mundo.
1.5 Validade Modal e a Natureza das
Premissas
Fala-se que apenas proposições podem ser premissas porque é acreditado que apenas
proposições podem possuir valor de verdade, isto é, ser verdadeiro ou falso. No caso, sentenças
interrogativas ou imperativas não possuem valor de verdade. O valor de verdade está ligado a
uma correspondência entre a sentença\enunciado e uma porção da realidade\mundo.
Todavia, muitos lógicos\filósofos acreditam que sentenças declarativas não são proposições,
mas expressam proposições. Para ficar mais claro, considere a seguinte sentença declarativa:
Nas terceira e quarta linhas temos símbolos que representam constantes de predicados. As
constantes de predicados servem para representar os predicados que são ligados aos sujeitos em frases
como:
Cleo é um sapo
O predicado “é um sapo” designa uma propriedade particular possuída por um indivíduo particular, a
saber, Cleo. Cleo possui a propriedade de ser um sapo. Esse predicado\propriedade é demonstrado
formalmente através do uso de uma das constantes do alfabeto acima. Digamos que a constante S
designe “ser um sapo”.
3.2 Constantes de Predicado
Sc
Esse tipo de símbolo de predicado recebe o nome de unário. Mas um segundo tipo que designa
relações, é o símbolo conhecido como binário. Considere a seguinte sentença:
Podemos usar a seguinte notação, tomando j para João, m para Maria e A para “mais alto
que”:
Ajm
A quinta linha diz respeito aos símbolos lógicos usado nas formulas que são construídas a
partir de formulas mais simples. As formulas mais simples, expostas acima, são conhecidas
como formulas atômicas, e elas podem ser usadas, como de fato são, para formar outras
formulas, a saber, formulas moleculares. Considere a seguinte sentença exemplo:
Veja que essa sentença difere da sentença com predicado binário. Aqui temos dois predicados, a saber “ser um
sapo” e “ser um gato”. Aqui não há qualquer contraste entre ambos os indivíduos, Cleo e Miau, como acontece no
exemplo do João e da Maria. Temos apenas que Cleo é um sapo e Miau é um gato. Para ambos temos as seguintes
formulas lógicas:
Sc e Gm
Mas necessitamos também de uma representação lógica para a conjunção ‘e’. Aí é onde entra os símbolos da
quinta linha do alfabeto. Temos então:
(Sc ∧ Gm)
3.3 Conjunção\3.4 Negação
Essa sentença é chamada de molecular porque ela é a união de duas sentenças – Cleo é
um sapo\Miau é um gato. As sentenças não moleculares são conhecidas como atômicas, e
possuem apenas um predicado. Existe o operador de negação, que prefixado a uma formula
lógica ele serve para negar o que essa formula lógica está dizendo. Considere a sentença:
No caso, temos a seguinte notação lógica, P para peixe, c para Cleo e ¬ para não\negação:
¬Pc
3.4 Negação
Aqui temos mais uma formula molecular, considere a notação lógica dada
mais acima para essa sentença quando ela estava com forma de conjunção, agora,
no lugar da conjunção considere o símbolo lógico para disjunção “ou”, temos o
seguinte:
(Sc v Gm)
3.5 Implicação Material
(N F)
Através da verdade das formulas que a constitui, podemos chegar ao seu valor
de verdade. A titulo de exemplo, considere a sentença “João é músico”,
representada pela letra sentencial S, que é verdadeira. Qual seria o valor da sua
negação, isto é, “João NÃO é músico”? Dado o valor da formula atômica, S,
podemos concluir que ¬S é falsa, pois, o que temos, em ¬S, é a negação de S,
porém, S é verdadeira, o que faz com que ¬S seja falsa. Podemos construir uma
tabela, o que é similar a uma tabuada, na realidade, é um método muito útil para
saber o valor de verdade de uma dada formula. Considere a seguinte tabela:
4 UMA BREVE INTRODUÇÃO À LÓGICA
PROPOSICIONAL