Você está na página 1de 71

A IMPORTÂNCIA CRESCENTE

DO MUD LOGGING

Perfilagem II
Alunos: Mateus Ventura e Yan Trindade
Professor: Antonio Abel Gonzalez Carrasquilla
Sumário

 Introdução
 Mecanismos do Mud Logging
 Avaliações de Formações
 Monitoramento de Pressão
 Entrando no século 21
 Serviços Avançados
 Referências Bibliográficas

2
Introdução
Mud Log - Passado

 Cabine de mud logging - Comumente encontradas nos


locais de perfuração;
 Inseridas comercialmente em 1939;
 Microscópio para exame dos cascalhos e sensor para
detecção da gás ; Past
 Mud logger - Identificar a profundidade e descrever a
litologia da formação, para assim determinar quais as
formações continham gás ou óleo.

3
Introdução
Mud Log - Passado

 Mud Logger – Do Shale Shaker ao Drill Floor;


 Shale Shaker – fonte de cascalho para a análise ao
microscópio;
 Drill Floor – permite importante troca de informações entre o
Mud Logger e o Driller.
Past
 Condições de perfuração dos poços, características da
formação e trajetória do poço.
 A análise do gás na lama e cascalhos – Primeira e, muitas
vezes, única indicação que uma formação pudesse ser
produtiva.
4
Introdução
Mud Log

 Condições de perfuração dos


poços, características da
formação e trajetória do poço.
 A análise do gás na lama e
cascalhos – Primeira e, muitas
vezes, única indicação que uma
formação pudesse ser produtiva.

5
Introdução
Mud Log - Presente

 LWD é capaz de fornecer as informações das proximidades


do poço em tempo real;
 Condições adversas de poço algumas vezes são
impeditivos de utilizar as ferramentas de fundo de poço;
 Mud Log continua a fornecer informações sobre a
produtividade do poços.

6
Introdução
Mud Log - Funções

 Ferramenta de correlação;
 Identificação de litologia e indicador de
hidrocarbonetos;
 Entendimento das condições de reservatório e
geologia;
 Alerta de segurança durante o drilling break;
 Monitoramento de gás.

7
Introdução
Mud Log - Funções

Figura 1: Esquema representativo da


unidade de Mud Logging, com sua
posição na plataforma de perfuração, e
Mud Loggers, avaliando os resultados dos
perfis.

8
Introdução
Mud Log - Evolução

1950’s: Amostras de gás 1970’s: Registradores Hoje: Infinidade de


analisadas usando automáticos permitem sensores nas unidades
cromatografia o uso de componentes de perfilagem
microeletrônicos

1960’s: Empresas 1980’s: Computadores


oferecem serviços de permitem aos perfis
detecção de organizar e rastrear
geopressão informações
9
Mecanismos do Mud Logging

 Fluido de perfuração é essencial para um projeto de perfuração. Funções de:


 Limpar a broca e resfriar a face da broca;
 Transportar os cascalhos para a superfície, limpando o poço;
 Provem pressão no fundo do poço para evitar o influxo de fluido da formação.
 A prática do Mud Logging depende muito do sistema de circulação de
lama, que carreia o cascalho da formação e fluidos de perfuração para a
superfície.

10
Mecanismos do Mud Logging
Sistema de Circulação de Lama

Fluido de perfuração, Fluido injetado no poço Na superfície, fluidos da


trazida do tanque de lama através de orifícios na formação e cascalhos são
é bombeada através dos broca. Fluido remove o separados e enviados para
tubos de superfície e cascalho e retorna a as peneiras de separação
injetada no poço. superfície. (shale shaker).

A lama flui através das Uma linha de sucção no


peneiras, separando-a dos topo do agitador Um gas trap é posicionado
cascalhos e então esta transporta o gás da lama e na cabeça da shale shaker
retorna para o tanque de o envia para a unidade de para liberar o gás da lama.
lama. mud logging para testes.
11
Mecanismos do Mud Logging
Sistema de Circulação de Lama

Figura 2: Representação gráfica do


sistema de circulação de lama

12
Mecanismos do Mud Logging
Amostra de calha

 À medida que a broca perfura a


superfície, rocha misturada a água e
hidrocarbonetos é carregada para
superfície.
 Esse material é parcialmente separado,
constituindo a amostra de calha,
fundamental para o Mud Logging.
 Essas amostras serão utilizados para
obter informações acerca de litologia
e indícios de hidrocarbonetos.
Figura 3: Amostra de calha após ser limpa e seca,
pronta para ser analisada ao microscópio 13
Mecanismos do Mud Logging
Amostra de calha – Tamanho da amostra

 As amostras de calha são utilizadas para determinar a geologia de


subsuperfície em uma determinada profundidade.
 Grãos devem ser grandes o suficiente para ficarem trapeados nas peneiras.
 Tamanho controlado pelo grau de consolidação da rocha, tamanho do
grão e cimentação da rocha.
 Em folhelhos, a pressão pode ser um fator determinante no tamanho do
cascalho produzido.
 Tipos de Broca também influenciam no tamanho dos grãos da amostra de
calha.

14
Mecanismos do Mud Logging
Amostra de calha – Volume de cascalho

 É função do tamanho da broca e do ROP.


 Tamanho da broca controla a área do poço.
 ROP controla a espessura do intervalo perfurado em um dado período de
tempo.
 ROP por sua vez é função da vazão da bomba, peso na broca, velocidade
de rotação, viscosidade e densidade da lama de perfuração.

15
Mecanismos do Mud Logging
Amostra de calha – Lag time

 Para caracterizar a litologia de um intervalo particular do poço, o mud


logger deve levar em consideração a velocidade de transporte do
cascalho, para assim determinar corretamente o tempo que se leva para os
cascalhos saírem da face da broca até as peneiras vibratórias (lag time).
 O tempo aumenta com a profundidade, sendo pequeno para as seções
iniciais do poço, mas podendo ser de várias horas em seções mais
profundas.
 Uma correta determinação do tempo de retorno é crucial para a correlação
entre o cascalho e as amostras de fluido da formação.

16
Mecanismos do Mud Logging
Amostra de calha – Lag time

 Uma correta determinação do tempo de retorno é crucial para a correlação


entre o cascalho e as amostras de fluido da formação.
 Uma forma de calcular é através do cálculo do tempo necessário para
remover todo o fluido contido no espaço anular. Esse método depende do
comprimento e diâmetro do poço e a capacidade de deslocamento das
tubulações (riser, casing e drillpipe).
 Cálculos tendem a ser otimistas, subestimando o volume total, uma vez que
não leva em consideração rugosidade ou washouts (furos na coluna), que
poderão afetar o volume de lama e velocidade de fluxo.

17
Mecanismos do Mud Logging
Amostra de calha – Lag time

 Uma forma mais confiável de calcular o lag time é através do uso de


traçadores que são bombeados no poço e detectados quando estes retornam a
superfície.
 Muitas substâncias foram testadas como traçadores, como nozes, milho e arroz para
tinta, pepitas de carbeto de cálcio ou gás injetado.
 Alguns desses são descartados por conta dos efeitos nos equipamentos de
subsuperfície.
 Em muitos casos, o traçador é simplesmente um pedaço de papel. Inserido na
coluna de perfuração quando uma conexão é feita. O papel se desintegra ao
longo do caminho e o traçador passa para os jatos da broca.

18
Mecanismos do Mud Logging
Amostra de calha – Lag time

O tempo começa a O tempo para de ser contado Com a vazão da bomba e o


ser contado quando a quando o traçador chega às diâmetro do coluna de perfuração,
bomba é acionada. peneiras vibratórias. o volume de fluido contido no poço
pode ser calculado.

Sabendo a capacidade de deslocamento da bomba, o número de ciclos da bomba


para que o traçador chegue ao fundo do poço pode ser calculado, e assim o lag time 19
pode ser computado.
Mecanismos do Mud Logging
Amostra de calha – Lag time

 Lag time também pode ser determinado pelo número de ciclos da bomba
de lama.
 Sensores posicionados na bomba de lama detectam o movimento do pistão
e transmitem um sinal para o contador de ciclos da bomba na cabine de
mud logging.

Traçador injetado nesse Traçador volta a


momento superfície
Ciclos da Bomba: 0 Ciclos da Bomba: 1000

20
Mecanismos do Mud Logging
Amostra de calha – Lag time

Detectores de gás podem ser utilizados para rastrear o lag.


Gás de conexão são geralmente detectados durante
perfuração próximo à condições de equilíbrio em que a
pressão externa exercida pela lama é mantida próxima a
pressão da formação.
Quando uma conexão é feita no drill floor, as bombas são
paradas e os tubos e a broca são retirados.
21
Mecanismos do Mud Logging
Amostra de calha – Lag time

Com as bombas desligadas, o peso de lama efetivo é


reduzido de densidade equivalente de circulação para
peso de lama estático, e o poço é pistoneado à medida
que os tubos são retirados.
Essas condições poderão criar uma redução na pressão
hidrostática grandes o suficiente para que pequenas
quantidades de gás sejam produzidas pela formação.
Esse evento ocorre um intervalo de lag após a conexão do
tubo. 22
Mecanismos do Mud Logging
Amostra de calha – Lag time

Figura 3: Parte de um mud log básico. Um


registro de mud log geralmente mostra
ROP, profundidade, litologia dos
cascalhos, medições de gás e descrição
dos cascalhos. Também contém
informações sobre a reologia da lama e
parâmetros de perfuração.

23
Avaliação de Formações

Mud Log é um registro da velocidade de perfuração,


litologia dos cascalhos, gás e hidrocarbonetos totais trazidos
à superfície durante operações de perfuração.
Fornece um registro condensado da geologia de
subsuperfície, os hidrocarbonetos encontrados e atividades
importantes quando perfurando um poço.
24
Avaliação de Formações
ROP

A curva de ROP registra quanto tempo a broca leva para


penetrar um determinado comprimento de rocha, podendo
ser determinada por um sensor no drawworks.
Diversos parâmetros influenciam ROP, incluindo tipo de
rocha, porosidade, peso sob a broca (WOB), peso da lama,
velocidade de rotação, tipo, diâmetro e condição da
broca.

25
Avaliação de Formações
ROP

 A curva de ROP é interpretada da mesma forma que o log de raios


gama.
 Uma linha base é estabelecida em um intervalo espesso de,
geralmente, perfuração lenta e consistente (a presença do folhelho
pode ser inferida através da análise dos cascalhos).
 Variações da linha base indicam mudança na litologia ou em alguma
variável de fundo de poço.
 Drilling break e reverse drilling break.

26
Avaliação de Formações
Litologia

 A coluna de litologia é baseada na análise de amostras de


cascalho do mesmo tempo de retorno.
 Tomada a cada 10ft ou 30 ft.
 Coletados quando ROP ou curvas de gás apresentam grandes
desvios de tendência.
 A coluna de litologia apresenta uma estimativa da litologia total
como percentagem dos cascalhos.

27
Avaliação de Formações
Litologia

Figura 4: Exame microscópico


das amostras de calha, já secas
e limpas.
É possível descrever a litologia
da formação seno perfurada e
identificar potenciais zonas
produtivas, minerais incomuns e
marcadores de acamamentos
ou pedaços de metal.

28
Avaliação de Formações
Indicador de Hidrocarbonetos

 A presença de hidrocarbonetos pode não ser óbvia, mesmo após análise ao


microscópio. Alguns testes poderão ser feitos para indicar a presença destes.
Fluorescência
 Amostras devem ser sujeitas à testes sob radiação ultravioleta.
 A fluorescência é uma teste extremamente sensível para a presença de
hidrocarbonetos na lama, cascalhos e testemunhos.
 As amostras de fluorescência é avaliado em termos de cor, intensidade e
distribuição.
 Cor da fluorescência pode indicar o grau API dos óleos.
29
Avaliação de Formações
Indicador de Hidrocarbonetos

Figura 5: Fluorescência e Grau API do óleo. Fonte: Manual de Subsuperfície, 1984


30
Avaliação de Formações
Indicador de Hidrocarbonetos

 A fluorescência pode ser atribuída à diversos fatores, por isso a amostra


para a fluorescência é separada das amostras principais.
 Aditivos de lama, óleo na rocha e tipos de minerais como pirita e calcita
possuem fluorescência.
Corte
 Corte é a difusão que o fluido sofre quando em presença de um solvente
 A difusão é uma forma de determinar a qualidade do óleo de forma
indireta.
31
Avaliação de Formações
Indicador de Hidrocarbonetos

Figura 6 : Fluorescência mineral e de hidrocarbonetos sob luz UV. 32


Avaliação de Formações
Indicador de Hidrocarbonetos

 Difusão pode ser rápida, lenta ou


provocada.
 Velocidade pode ser um indicativo
da permoporosidade das rochas.
 Difusão aureolar é indicativo de
hidrocarboneto leve.
 Difusão radial é indicativo de
hidrocarboneto pesado. Figura 7: Difusão dos hidrocarbonetos frente ao
solvente. Aureolar e Radial. Fonte: Manual de
Subsuperfície, 1984 33
Avaliação de Formações
Indicador de Hidrocarbonetos

Odor
 Se a lama de perfuração apresenta um odor de óleo, então a presença
de hidrocarbonetos deveria ser investigada.
 A ausência de odor não deve ser identificada como ausência de
hidrocarbonetos, especialmente em zonas de gás.
Molhabilidade
 A tendência dos cascalhos de flutuar em água pode indicar a presença
de óleo.
 Amostras de poços perfurados com ar podem não ser molháveis como
resultado de tensões superficiais. 34
Avaliação de Formações
Indicador de Hidrocarbonetos

Reação com ácido


 Reação ao acido pode ser um ótimo
indicador da presença de óleo em rochas
carbonáticas.
 Fluidos à base óleo ou hidrocarbonetos não
podem ter sido adicionados à amostra.
 A presença de óleo é indicada pela presença
de grandes bolhas formadas pela reação do
ácido com a matriz carbonática, liberando o
óleo trapeado. Figura 8: Reação de rocha
carbonática com ácido. 35
Avaliação de Formações
Indicador de Hidrocarbonetos

Um sinal positivo de qualquer um destes testes é


considerado um oil show.
Assim, um representante da companhia de produção e
um geólogo devem ser notificados.

36
Avaliação de Formações
Detector de gás

 O mud logger também busca por indicativos de gás ao monitorar o sistema de


detecção de gás.
 O sistema de detecção de gás fornece leituras em tempo real das leituras.
 Os indicadores utilizados são o FID, que pode perceber concentrações baixas
como 5 a 20 ppm.
 Um indicativo de gás ocorre quando há um significativo aumento do gás
detectado.
 Um gas show geralmente está associado a uma zona e alta permoporosidade.
37
Avaliação de Formações
Cromatógrafo de gás

 O mud logger consulta o cromatógrafo de gás para análises mais detalhadas


durante um oil show ou gas show.
 Pode-se medir a composição dos hidrocarbonetos e assim auxiliar na
caracterização da composição dos fluidos de reservatórios durante a
perfuração.
 Além disso, as proporções entre os componentes poderão ser úteis na
identificação de zonas produzíveis de óleo e gás.

38
Monitoramento de Pressão

Formações altamente pressurizadas – Encontradas em


formações na qual uma camada impermeável, uma falha
selante, diápiros ou outra barreira natural restringe o fluxo e
impede o equilíbrio de pressões.
A detecção de formações altamente pressurizadas é
fundamental, principalmente por questões de segurança.
Usando indicadores de pressão de superfície, mud loggers
poderão identificar condições operacionais perigosas.
39
Monitoramento de Pressão
ROP

Quando a broca se aproxima de formações altamente


pressurizadas, grandes mudanças na compactação e
porosidade poderão ser observadas.
A pressão da formação tende a aumentar e superar a pressão
de fundo do poço.
Se a diferença de pressão diminui, ROP aumenta à medida que
a perfuração overbalanced se converte em underbalanced.

40
Monitoramento de Pressão
Expoente d

Inúmeros fatores influenciam em ROP:


Peso na broca;
Peso da lama ;
Velocidade de rotação;
Tamanho da broca;
Condições da broca.

41
Monitoramento de Pressão
ROP

Após o cálculo de d para normalizar d,


a capacidade de perfuração poderá
ser definida como função da força da
rocha e densidade do fluido de
perfuração.
R = Velocidade de penetração
N = Velocidade de rotação
W = Peso na broca
D = diâmetro da broca 42
Monitoramento de Pressão
Expoente d

Figura 9: Efeitos das pressões


anormalmente altas no ROP e
expoente d.
ROP geralmente diminui com
profundidade e d aumenta.
Mudanças nessas tendências
podem estar relacionadas a zonas
altamente pressurizadas.

43
Entrando no século 21

 Os primeiros mud loggers (geólogos) eram guiados pelos sons dos motores
e freios para detecção de mudanças;
 Hoje, sensores robustos e sofisticados adquirem dados várias vezes por
segundo;
 Geoservices – a Schlumberger company;

44
Entrando no século 21
Sensores de pressão

 Instalados em partes importantes dos equipamentos;


 Weight on hook, weight on bit (WOB), torque rotativo, standpipe pressure
(SPP), pressão no revestimento e pressão da unidade de cimento;

SPP = Panular + Ptperf + PBHA + Pbit

45
Entrando no século 21
Sensor de drawworks

 Sensor de proximidade ligado ao eixo principal da drawworks;


 Mede movimentos no rolo de cabos da drawworks;
 Localização da broca, tubos de perfuração e taxa de perfuração;

Figura 10: Sensor de drawworks – emite campo eletromagnético (EM) e usa indução EM 46
para detectar a passagem de um metal ativador
Entrando no século 21
Sensor de proximidade (sem contato)

 Monitoramento de ciclos de bombas e velocidade de rotação;

Vazão de fluido de perfuração: Velocidade de rotação:

• Otimização na hidráulica de perfuração; • Performance de perfuração;


• Estimativa do tempo de retorno; • Cálculo do expoente d.
• Controle de kick.

47
Entrando no século 21
Sensor de torque rotativo

 Variações no torque rotativo geralmente são os primeiros


indicativos de problemas;
 Aumento gradual de torque rotativo (a um dado rpm)
pode indicar desgaste de broca;
 Mudança de litologia;

 Sensor de torque rotativo utiliza um transdutor acoplado ao


cabo que alimenta o motor que move a mesa rotativa ou
top drive – corrente elétrica é proporcional ao torque; Figura 11: Sensor de torque rotativo
Fonte: PCB Piezotronics
48
Entrando no século 21
Sensor de nível de tanque de lama

 A identificação de variação no nível dos tanques de lama é


imprescindível para a segurança durante a perfuração;

 Sensor de nível de tanque de lama emite ondas


ultrassônicas que refletem na superfície do fluido e retornam;

 Não necessita de partes submersas;

 Combinação de sensores em sondas flutuantes;


Figura 12: Sensor de nível de tanque de lama

49
Entrando no século 21
Sensores de densidade

 Medição rápida e precisa da densidade do fluido de perfuração;


 Detecta pequenas variações;
 Influxo de gases;
 Incorporação de cascalho e adição de sólidos;

 Medição é feita com dois sensores de pressão a profundidades diferentes;

50
Entrando no século 21
Medidores de vazão

 Três tipos de medidores de vazão:

 Paddle: mede a altura do fluido na linha de retorno de fluido de perfuração;

Figura 13: Mud flow paddle 51


Fonte: Netwas Group Oil
Entrando no século 21

 Eletromagnético: utiliza indução magnética para medir vazão volumétrica na linha


de retorno de fluido de perfuração (out) ou no tudo de perfuração (in);

Figura 14: Medidor de vazão eletromagnético


Fonte: Keyence
52
Entrando no século 21

 Coriolis: mede vazão mássica, temperatura e densidade de fluidos, gases ou pasta num
tubo de by-pass adicionado à linha de retorno de fluido de perfuração;
 Utiliza o princípio Coriolis – vazão é proporcional à distorção dos tubos e densidade é
medida com frequência de ressonância de vibração dos tubos.

Figura 15: Medidor de vazão Coriolis


53
Entrando no século 21

 Sensores de temperatura

 Medição da temperatura do fluido de perfuração em circulação;

 Fornece indícios de mudanças em profundidade;

 “Temperature in” – sucção dos tanques de lama;

 “Temperature out” – header do shale shaker;

54
Entrando no século 21

 Sensor de resistividade

 Medição da resistividade do fluido de perfuração – salinidade;

 Detecção de zonas de sal;

 Falhas;

 Zonas de pressão anormal – influxo de água;

55
Serviços Avançados

 A tecnologia de mud logging Geoservices é focada em duas áreas:

Avaliação • Análise de amostras de calha e fluidos;


• Identificação de litologias e pay zones;

de • FLAIR (Fluid Logging Analysis in Real


Time), XRD (X-ray Diffraction) e XRF (X-ray

formação Fluorescence).

• Monitoramento básico de pressão;

Suporte à • PreVue – geopressão em tempo real;


• Thema – mecanismos de perfuração,

perfuração condições de poço e performance.

56
Serviços Avançados
FLAIR (Fluid Logging Analysis in Real Time)

 Fornece informações da composição de fluidos da formação com


antecedência;
 Análise de hidrocarbonetos extraídos em condições termodinâmicas constantes;
 Avaliação quantitativa de C1-C5;
 Avaliação qualitativa de C6-C8;
 Inclui-se metilcicloexano, benzeno, tolueno, He, H, CO2 e H2S;

57
Serviços Avançados
FLEX (Fluid Extractor)

 Coleta na linha de retorno de fluido de perfuração;

 Aquecimento sob condições termodinâmicas constantes;

 Poços Ultra profundos (Fluidos à 10°C – 15°C) – liberação eficiente dos componentes
pesados;

 Calibração com gás reciclado;

58
Serviços Avançados
FLEX (Fluid Extractor)

Figura 16: Arranjo da unidade de extração e análise cromatográfica


59
Serviços Avançados
Análise por CG-EM

 Detecção e diferenciação de picos de coeluição de diferentes íons;

 Tempo de análise: 85 s – até C8 e diferenciação de isômeros;

 Comparação de análises pressure-volume-temperature (PVT) e análise FLAIR


mostram boa aproximação (colaboração entre Shell e Geoservices), enquanto
o sistema tradicional de mud gas logging subestima a quantidade de C2;

 Discriminação entre gás e óleo (razão entre componentes);

Bh (Hydrocarbon Balance) = [(C1+C2)/(C3+iC4+nC4+C5)]


Wt (Wetness) = [(C2+C3+C4+C5)/(C1+C2+C3+C4+C5)]x100 60
Serviços Avançados
Poço exploratório da Hess Corporation, Chevron, DONG Energy e OMV

 Contratação do serviço de FLAIR;

 Objetivo de confirmar volume de hidrocarbonetos e investigar formações acima


e abaixo;

 Análise de 3 zonas ajudaram a dividi-las em diferentes fácies de fluido;

 As fácies foram definidas pela razão de gases num diagrama estrela;

61
Serviços Avançados
Poço exploratório da Hess Corporation, Chevron, DONG Energy e OMV

Mais leve

Mais pesadas

Figura 17: Caracterização de fácies de fluidos em diagrama estrela


62
Serviços Avançados
Poço exploratório da Hess Corporation, Chevron, DONG Energy e OMV

 Utilizou-se o FLAIR para calcular Bh e Wt e identificar zonas de gás e óleo;

 Outro indicador foi a presença de C7H14 (da família dos naftênicos – presente
em líquidos);

 Distinção de fluidos biodegradados e não-biodegradados;

 Comparação de razões de componentes de análises PVT de poços vizinhos


com análise do FLAIR;

63
Serviços Avançados
Poço exploratório da Hess Corporation, Chevron, DONG Energy e OMV

64
Figura18: Famílias de fluidos identificadas pelas razões de
hidrocarbonetos
65
Figura 19: Perfil de fácies de fluidos
Serviços Avançados
PreVue real-time geopressure service

 Prevê pressões de poros e de estabilidade de poço;

 Bem antes da mobilização da sonda, especialistas coletam dados de poços adjacentes


e de sísmica;

 Análise de perfis, testes de pressão e relatórios de fluido de perfuração para criar modelo
correlacionando velocidade (ROP e rpm) e resposta de perfis com anomalias de pressão;

 Após criação de modelo sísmico 3D (local e regional), o especialista calibra o modelo


com perfis acústicos e checkshot surveys de poços adjacentes;

 Leakoff test de poços adjacentes para modelagem da pressão de fratura;


66
Serviços Avançados
PreVue real-time geopressure service

 Esses modelos entram no PreVue e auxiliam na


identificação de zonas de potencial pressão
anormal, tolerância de kicks, mud window e
desenho de revestimento;
 Durante a perfuração, os engenheiros de PreVue
acompanham os parâmetros e ajustam os
modelos iniciais, evitam problemas;
 Objetivo principal: controle da densidade
estática e dinâmica (Equivalent Circulating
Density – ECD);

67
Figura20: Análise pré-perfuração
Serviços Avançados
PreVue real-time geopressure service

68
Figura21: Aplicação do PreVue em um poço HTHP da Petronas Carigali Sdn Bhd
Serviços Avançados
Thema drilling operations support and analysis service

 Condições de poço: estabilidade do poço e eficiência de limpeza de poço – peso da coluna


e vazão de cascalhos;
 Derivação de valores-padrão de torque, içamento, ECD e peso;
 Eficiência de perfuração: vários parâmetros para avaliar desgaste e comportamento da
broca – sensores de vibração;
 Antever enceramento, desgaste e vibração da coluna para otimizar parâmetros;
 Exemplo do operador e testemunho;
 Performance da sonda: coleção de dados de tempo de conexão, tempo de perfuração por
tubo;
 Exemplo na bacia de Campos – baixos ROPs por vibração excessiva e dissipação por causa do
movimento vertical da plataforma SS;
 Ajuste do heave compensator, aumento do ROP em 110% e aplicação em outras plataformas;
69
Serviços Avançados
Thema drilling operations support and analysis service

Figura 22: Aplicação do PreVue em um poço HTHP da Petronas Carigali Sdn Bhd 70
Referências Bibliográficas

 SCHLUMBERGER. Oilfield Review Spring 2012: 24, no. 1


 PETROBRAS. DEPEX. Manual de subsuperfície; roteiro básico para o acompanhamento
geológico de poços. 2. ed. Rio de Janeiro, IBP, 1984
 https://www.pcb.com/fasteningtechnology/fastenertest/RotaryTorqueTransducers.
Acessado em 04/12/2018 às 20:00;
 https://www.netwasgroup.us/well-control/flow-rate-increase.html. Acessado em 04/12/2018
às 21:00;
 https://www.keyence.com/ss/products/process/flowknowledge/types/electromagnetic.jsp.
Acessado em 04/12/2018 às 21:30;

71

Você também pode gostar