O documento discute o exame do estado mental e as funções psíquicas. Descreve como o exame avalia a psicomotricidade, fala, humor, afeto, sensopercepção, pensamento, cognição e julgamento do paciente. Detalha possíveis alterações em cada função e como isso pode indicar problemas de saúde mental.
O documento discute o exame do estado mental e as funções psíquicas. Descreve como o exame avalia a psicomotricidade, fala, humor, afeto, sensopercepção, pensamento, cognição e julgamento do paciente. Detalha possíveis alterações em cada função e como isso pode indicar problemas de saúde mental.
O documento discute o exame do estado mental e as funções psíquicas. Descreve como o exame avalia a psicomotricidade, fala, humor, afeto, sensopercepção, pensamento, cognição e julgamento do paciente. Detalha possíveis alterações em cada função e como isso pode indicar problemas de saúde mental.
Exame do Estado Mental • Também denominado Exame Psíquico; • Representa o roteiro de sondagem psiquiátrica em saúde mental; • Os dados são coletados via observação, ao longo da entrevista e com perguntas diretivas; • Visa obter dados que permitam reconstruir as vivências psíquicas do paciente de forma global e contextual; Funções Psíquicas e suas Alterações • Os critérios de identificação das funções psíquicas se apóia nos estudos das neurociências e áreas afins; • Deve-se partir da descrição geral do paciente destacando-se aspectos observados acerca da aparência, comportamento e atitudes frente ao profissional de saúde; • Observa-se a idade aparente, postura física, marcha, olhar, expressão facial, vestimentas, autocuidado, higiene, etc; • Deve-se evitar julgamentos e priorizar aspectos descritivos; PSICOMOTRICIDADE • Atividade motora permite a comunicação não- verbal e a expressão de emoções, sentimentos, desejos, etc; • As alterações mais comuns são: – Lentificação Motora (bradicinesia): redução na expressividade dos comportamentos motores; – Agitação Psicomotora (hipercinesia): agitação psicomotora improdutiva mas que expressa estados emocionais/afetivos; – Ecopraxia: imitação das atividades motoras de outra pessoa de forma patológica; • Catalepsia: imobilidade física mantida ao longo do tempo; • Cataplexia: perda temporária do tônus muscular e da expressão de estados emocionais; • Excitação Catatônica: agitação motora sem finalidade e sem causas externas; • Estupor Catatônico: lentificação motora até a imobilidade com aparente falta de consciência; • Rigidez Catatônica: produção de postura rígida e imóvel não respondendo a esforços ou estímulos de movimentação; • Flexibilidade Cérea ou Cerácea: a pessoa deixa-se moldar como se fosse uma massa e se mantém na posição em que for colocada; • Negativismo: resistência a qualquer tipo de movimentação mesmo que instruído a se movimentar; • Estereotipia: repetições automáticas e constantes de determinados atos motores ou falas; • Maneirismo: movimentação involuntária de movimentos bizarros, repetitivos e complexos; • Automatismo: movimentação automática de comportamentos ou atos que indicam expressão de atividade inconsciente; • Tique: movimentação involuntária e espasmódicas; • Compulsão: comportamentos repetitivos frutos de impulsos incontroláveis; FALA • A observação da fala envolve identificar como se dá a fluência, quantidade de fala, ritmo, tom e volume; • As alterações mais comuns são: • Pobreza de fala: fala monossilábica ou bem restrita; • Logorreia: intensificação da velocidade ao falar; • Pressão da fala: fala acelerada e difícil de se interromper; • Bradilalia: diminuição da expressão verbal; • Mutismo: ausência da fala apesar de não haver limitações físicas; HUMOR • O humor representa o estado emocional interno continuado do paciente. São as emoções predominantes e constantes, de “pano de fundo”; • Observa-se a espontaneidade (ou não) da pessoa falar sobre seus sentimentos, a intensidade, a duração e as flutuações; • As perturbações mais comuns são: • Eutímico: faixa normal de comportamento; • Disfórico: experiências desagradáveis de humor; • Irritável: suscetibilidade à raiva ou irritabilidade frente a experiências vividas como perturbadoras; • Lábil: alterações súbitas e imotivadas no estado de humor; • Expansivo:expressão intensa de sentimentos com recorrente supervalorização emocional; • Exaltado:estado de animação e confiança anormais; • Eufórico: estado de alegria exagerada e sem motivos ou de forma desproporcional; • Deprimido: sentimento intenso de tristeza; • Anedonia: perda do interesse e motivação por atividades habituais ou prazerosas, seguida de afastamentos ou isolamentos; • Alexitimia: dificuldade ou incapacidade de expressar ou explicar as próprias emoções e sentimentos; AFETO • Representa a expressão do estado de humor, a superfície visível dos humores; • Expressa-se por meio da expressão facial, voz ou comportamento; • Pode estar alinhado, ou não, ao estado de humor; • As alterações mais comuns são: • Adequado: estado emocional harmonioso em relação ao humor, pensamentos e ideias da pessoa; • Inadequado: desalinhamento entre a expressão emocional e a ideia que o acompanha; • Lábil: mudanças bruscas e inesperadas do estado emocional sem causas externas; • Constrito ou restrito ou limitado: diminuição na intensidade dos sentimentos pertinentes a uma dada situação; • Embotado: intensa redução na intensidade dos sentimentos externados com diminuição do tônus e da modulação de voz; • Ambivalência afetiva: vivência sincrônica de sentimentos antagônicos; SENSOPERCEPÇÃO • Processo de captação e interpretação de estímulos que nos permitem tomar consciência do corpo e do ambiente; • As alterações podem ser quantitativas ou qualitativas; • São alterações quantitativas: – Hiperestesia: intensificação do impacto sensoperceptual que promove aumento dos estímulos captados e maior tempo de duração – Hipoestesia: diminuição ou indiferença aos estímulos que desencadeiam experiências sensoperceptuais; • São alterações qualitativas: – Ilusão: percepção distorcida de um evento, objeto ou pessoa; – Pseudoalucinação: impressão nítida de se ouvir ou se ver algo/alguém, de ter convicção de estar diante do objeto sem estar de fato; – Alucinose: alucinações sensorialmente nítidas percebida de forma negativa ou causadora de sofrimento;
As alucinações são produções sensoperceptoriais falsas
não relacionadas com estímulos externos. Podem ser de diversas categorias: - Auditiva, visual, tátil, olfativa, gustativa, hipnagógica (falsa percepção quando se está adormecendo), hipnopômpica (fala percepção ao acordar), somática (falsa percepção de eventos que ocorrem no corpo); PENSAMENTO • Processo psicológico que envolve produção/construção de ideias, símbolos ou representações de um objeto/pessoa/situação; • É composto de curso, conteúdo e forma ou processo de pensamento; • Em relação ao curso (fluxo do pensamento que pode ser normal, lentificado ou acelerado) a alteração é a fuga de ideias (verbalização acelerada e ininterrupta que faz mudanças abruptas nas ideias embora possam estar conectadas por uma linha de pensamento; FORMA/PROCESSO DE PENSAMENTO • Trata da maneira como os pensamentos são formulados, organizados e expressos; • O processo de pensamento normal é reconhecível por ser linear, organizado e orientado a um objetivo claro; • São algumas das perturbações: – Ecolalia: repetição de palavras ou frase de outra pessoa de forma cômica ou interrogatória; – Prolixidade: explicação repetitiva de ideias com uso excessivo de frases supérfluas; – Neologismo: invenção de palavras ou combinação de outras palavras para gerar uma nova palavras; – Perseveração: repetição desnecessária e excessiva de uma ou mais ideias; – Bloqueio: interrupção abrupta no curso do pensamento sem lembrança do que a pessoa estava pensando ou expressando; CONTEÚDO DE PENSAMENTO • Trata do teor do pensamento, daquelas ideias em torno das quais o pensamento se ocupa; • São alterações: – Pobreza do conteúdo: pensamento com pouco ou sem conteúdo significativo; – Erotomania (Delírio Erótico): crença, nas mulheres, de que algum homem importante/famoso esteja apaixonado por ela; – Obsessão: pensamentos persistentes que incomodam, fazem sofrer, geram ansiedade, inexplicáveis que a pessoa não consegue deter pela razão; – Coprolalia: necessidade de verbalizar pensamentos ou palavras obscenas ou vulgares; • Delírio: falsa crença, calcada em falsas (ou incorretas) percepções sobre algum aspecto da realidade externa. Não é subjugável pela razão, detém alta significação pessoal e não se alia ao que outra pessoa da mesma cultura percebe; • São tipos de delírios: persecutório, de grandeza, bizarro, referência (crença que eventos negativos isolados tenham relação com a pessoa), místico ou religioso; COGNIÇÃO • Refere-se às capacidades mentais de entendimento, mobilização e integração de dados visando construções intelectuais e suas inter-relações com o aprendizado anterior no confronto com situações novas. Também se refere à capacidade de resolução de problemas. • Obs.: na avaliação devemos levar em conta a formação educacional da pessoa e o contexto socioeconômico. São alterações da cognição: Retardo mental: representa a baixa expressão de habilidades intelectuais em graus que interferem na perfomance social e ocupacional. Pode ser adquirido precocemente ou de ordem congênita. Os diferentes níveis de retardo mental são estimados segundo a faixa de “Quociente de Inteligência (QI). Leve: (QI de 50 a 69) Moderado: (QI de 35 a 59) Grave: (QI 20 a 34) Profundo: (QI abaixo de 20) JULGAMENTO Habilidade de observar, analisar e decidir acerca de uma situação produzindo-se ações apropriadas, conforme o contexto em questão. Está determinada pela idade do paciente. Envolve o estabelecimento de valores ou qualidades atribuídas a objetos, pessoas ou situações. • Podemos subdividi-los em: • Crítico: habilidade de discriminar e optar entre opções distintas em uma dada situação. • Automático: desempenho do julgamento de modo irrefletido e imediato a uma situação. • Prejudicado: diminuição da capacidade compreensiva para decidir e agir corretamente uma situação. INSIGHT Grau de conscientização e entendimento de que se está doente (deve-se determinar, primeiramente, se o paciente aceitava ou negava a existência da doença antes da entrevista em que se avalia o grau de insight). • Abaixo os graus de insight: • Negação completa da doença; • Ligeira conscientização acerca da doença e da necessidade de auxilio, com constante negação. • Consciência de estar doente, culpando outras pessoas, fatores externos ou orgânicos; • Consciência de que a doença é devida a algo desconhecido pelo indivíduo; • Insight intelectual: capacidade de reconhecer o quadro de adoecimento por parte do paciente. Compreensão de que os sintomas ou fracassos na adaptação social são decorrentes de sentimentos irracionais ou perturbações pessoais, sem a aplicação desse conhecimento às experiências futuras. • Verdadeiro insight emocional: capacidade de tomar consciência emocional dos sintomas e suas consequências na vida pessoal,social ou afetiva.
DIETA DASH PARA INICIANTES: Obtenha uma vida saudável perdendo peso de forma rápida, saudável e equilibrada. Reduzir a pressão arterial, inchaço abdominal e inflamação corporal
Como Definir Objetivos com Kaizen & Ikigai: Foque, Cure a Procrastinação & Aumente sua Produtividade Pessoal (Alcance o Sucesso com Disciplina e Bons Hábitos)