Prontuário de

Instalações Elétricas
Segurança em
Instalações e Serviços
em Eletricidade
NR 10

Nelson A. Burille – CREARS 12039

Luiz P.Vallandro – CREARS 32672
1
 PANORAMA NACIONAL

A IMPORTÂNCIA DA NR 10, DIZ

RESPEITO AO QUE REPRESENTA HOJE
O RISCO ELÉTRICO NAS ESTATÍSTICAS
DE ACIDENTES DO TRABALHO,
ESPECIALMENTE OS FATAIS,
ENVOLVENDO TODOS OS SETORES
PRODUTIVOS DO PAÍS, TORNANDO-SE
UM DOS RAMOS DE ATIVIDADE MAIS
2 PREOCUPANTES
 10. 2 – MEDIDAS DE CONTROLE

10.2.2 As medidas de controle

adotadas devem integrar-se às
demais iniciativas da empresa, no
âmbito da preservação da segurança,
da saúde e do meio ambiente do
trabalho.

10.2.3 Todas as empresas estão

obrigadas a manter esquemas
unifilares atualizados das instalações
elétricas dos seus estabelecimentos
com as especificações do sistema de
aterramento e demais equipamentos
e dispositivos de proteção.
3 9 MESES
 10. 2 – MEDIDAS DE CONTROLE

10.2.4 Os estabelecimentos com

carga instalada superior a 75 kW
devem construir e manter o
PRONTUÁRIO DE INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS, contendo além do
disposto no subitem 10.2.3, no
mínimo:

18 MESES
4
 10. 2 – MEDIDAS DE CONTROLE

a) conjunto de procedimentos e instruções

técnicas e administrativas de segurança e saúde,
implantadas e relacionadas a esta NR e descrição
das medidas de controle existentes;
b) documentação das inspeções e medições do
sistema de proteção contra descargas atmosféricas
e aterramentos elétricos;
c) especificação dos equipamentos de proteção
coletiva e individual e o ferramental, aplicáveis,
conforme determina esta NR;
d) documentação comprobatória da
qualificação, habilitação, capacitação, autorização
dos trabalhadores e dos treinamentos realizados;
e) resultados dos testes de isolação elétrica
realizados em equipamentos de proteção individual e
coletiva;
f) certificações dos equipamentos e materiais
elétricos em áreas classificadas;
g) relatório técnico das inspeções atualizadas
com recomendações, cronogramas de adequações,
5 contemplando as alíneas de “a” a “f”.
 Prontuário de Instalações Elétricas
Introdução
1. Características da Empresa
2. Prestadores de Serviços
3. Esquemas unifilares
4. Projeto elétrico
5. Metodologia
6. Procedimentos e Instruções
7. Inspeções e medições
8. Laudo técnico
9. Relatório técnico
10. Especificação dos equipamentos
11. Testes de isolação elétrica
12. Certificações
13. Documentos comprobatórios
14. Riscos adicionais
15. Proteção contra riscos de incêndio e explosão
16. Medidas de controle
17. Responsabilidade
18. Bibliografia
19. Responsável técnico
6 20. Estudo
 Introdução

Avaliar as condições físicas e de

segurança das instalações
elétricas em atendimento a
legislação e normas vigentes, em
especial a NR 10.

7
 1. Características da Empresa

• Identificação (nome, CNPJ, endereço)

• Atividade principal
• Organograma e estrutura
• Quantidade total de trabalhadores
• Quantidade total de empregados (empresa)
• Quantidade de trabalhadores expostos a eletricidade
• Carga instalada (em kW)
• Tesão de alimentação
• Número de subestações internas
• Setores chaves (SESMT, Manutenção, etc.)
• Responsável (geral e técnico)
8 • Localização
 2. Prestadores de Serviços

Descrição dos prestadores de serviço nas

dependências da empresa:
• Nome das contratadas
• Local de trabalho
• Quantidade e função dos empregados
• Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
• Responsável (geral e técnico)

9
 3. Esquemas unifilares

Independente da carga instalada – para TODAS as empresas

Diagramas:

 Unifilar
 Trifilar
 Sistemas de aterramento
 Funcional de Proteção
(compatibilidade dos dispositivos)

10
 4. Projeto elétrico
Deve induzir conceitos de segurança
O memorial descritivo do projeto deverá conter:

 Especificação das características de proteção contra

choque elétrico, queimaduras e outros riscos
adicionais;
 Indicação dos dispositivos de manobra;
 Descrição do sistema de identificação, incluindo
dispositivos de manobra, controle, intertravamento,
condutores,equipamentos e estrutura;
 Recomendação quanto ao acesso de pessoas;
 Influências externas;
 Compatibilidade e princípio funcional dos
dispositivos de proteção
11
 4. Projeto elétrico

Requisitos essenciais:

 deve prever condições para a adoção de aterramento

provisório
 Conter informações sobre segurança
 inter-travamento
 plano de manutenção
 acessibilidade aos componentes e partes vivas
 Possibilidade de travamento para não energização acidental
 Proteção face a influências externas
 Restrição ao acesso
 Compatibilidade dos dispositivos de proteção
 Pontos de bloqueio e aterramento
 Proteção contra choque elétrico
12  Sinalização de segurança e Identificação.
 5. Metodologia

 Consulta de legislação
 Consulta de normas técnicas
 Inspeção das instalações
 Entrevistas e reuniões
 Acompanhamento das atividades
 Registros fotográficos
 Conhecimento do processo produtivo
 Ensaios e testes de equipamentos elétricos
 Seleção e análise de documentos
 Diagramas
 Instruções de operação e manutenção
13  Ordens de serviço
 6. Procedimentos e Instruções

Administrativos – ordens de serviço

 Operação: passo a passo de todas atividades

 Segurança do trabalho – SESMT
 Manutenção
 Aquisição de materiais e instrumentos
 Inspeções, ensaios e testes
 Emergência
 Autorização para trabalhos com eletricidade
 Trabalhos em locais especiais
 Contratação de terceiros
 Programa para Controle de Energias
Perigosas em Serviços e Manutenção – PCEP
14  PRRA, LTCAT, PCMSO e outros.
 7. Inspeções e medições

10.4.4

 As instalações elétricas devem ser mantidas em

condições seguras de funcionamento e seus
sistemas de proteção devem ser inspecionados e
regulados periodicamente.
 Os locais de serviços elétricos, compartimento e
invólucros de equipamentos elétricos são
exclusivos para esta finalidade.
 O atendimento deste item recai sobre o plano de
manutenção preventiva, corretiva e plano de
calibração de relés e equipamentos de proteção
(somente por pessoal autorizado e habilitado
15 BA5).
 7. Inspeções e medições

Erros freqüentes em medições

 Medir tensão com as pontas de prova no borne

de
corrente: curto-circuito!
 Conectar fontes de energia AC ou DC com o
multímetro na função Ohms.
 Usar o DMM acima da relação de tensão,
ex: em circuitos de média tensão.

MULTÍMETROS devem ter fusíveis de alta energia e

overload protection, além de proteção Divina.
16
 8. Laudo técnico

Das instalações elétricas

 Proteção contra contatos diretos e indiretos (10.2.8.2)

 Sinalização, identificação e advertência (10.3.9, 10.10 e NR 26)
 Proteção conta choques elétricos através de dispositivos de
seccionamento automático com impedimento de reenergização
(10.3.2)
 Adequação de componentes frentes a influências externas: calor,
campos elétricos e magnéticos, poeiras, umidade, fauna, flora,
objetos estranhos e outros agravantes (10.4.2)
 Modo de operação e manutenção, inclusive equipamentos, planos
de manutenção com periodicidade determinada e comprovação da
sua execução (10.3.9, 10.4.3.1, 10.4.4)
 Não conformidades
17
 8. Laudo técnico

Das instalações elétricas

Ordens de serviço e procedimentos (10.2.1, 10.11)

Avaliação das condições para determinação dos EPI e
EPC (10.2.9.1, 10.2.9.2, 10.3.9a, 10.11 e NR 6)
Aterramento e SPDA - Sistema de Proteção de
Descargas Atmosféricas (10.2.8.3, 10.3.4)
Proteções contra surtos (10.2.3, 10.4.2)
Ergonomia (10.3.10, NR 17 e NBR 5413,)
Situações de Emergência (10.12)
Qualificação de trabalhadores (10.8.1, 10.8.2 e 10.8.3)
Conclusão
Anotação de Responsabilidade Técnica – ART
18
 9. Relatório Técnico

10.2.4, alínea “g”

Relatório técnico das inspeções existentes

atualizadas com recomendações, cronogramas
de adequações, contemplando:
 Conjunto de procedimentos, instruções técnicas
e administrativas de segurança e saúde,
implantadas com esta NR, e descrição das
medidas de controle existentes (a)
 Certificações dos equipamentos e materiais
elétricos em áreas classificadas (f)
19
 10. Especificação dos equipamentos

10.1 – de Proteção Coletiva (EPC)

10.2 – de Proteção Individual (EPI)
10.3 – de Ferramentas e Instrumentos

20
 10. Especificação dos equipamentos

10.1 – de Proteção Coletiva (EPC)

 Desenergização
 Emprego de tensão de segurança (EBT)
 Aterramento temporário
 Barreiras
 Obstáculos
 Anteparos
 isolamento de partes vivas
 Sinalização
 Seccionamento automático de alimentação
 Bloqueio de religamento automático
21
 10. Especificação dos equipamentos
10.2 – de Proteção Individual (EPI)
Na impossibilidade de desenergização

 Adequado (NR 6, 9 e 10)

 Certificado de Aprovação MTE
 Observar normas da ABNT
 Observar normas internacionais
 Treinamento
 Características de vestimentas de proteção
 Vedação de adornos

22
 10. Especificação dos equipamentos

10.3 – de Ferramentas e instrumentos:

a) Classe de proteção quanto ao choque elétricos

(NBR 6151):

 Classe 0: somente isolação básica

 Classe I: isolação básica + PE
 Classe II: isolação básica + dupla ou reforçada
 Classe III: SELV (antiga extra-baixa tensão de
segurança)

23
 10. Especificação dos equipamentos

10.3 – de Ferramentas e instrumentos:

b) Requisitos para Instrumentos de Medição:

 Orientação
 Choque elétrico com contato acidental em
 circuitos “vivos”;
 Proteção: dupla isolação, pontas encapsuladas
 Ergonômicos
 dentro do meter, anel protetor nas pontas.
 Transiente de alta energia na iluminação,
chaveamento de cargas (desligamento de
motores, capacitores, etc.)
 Instrumentos certificados, conforme IEC 61010-1
24
 10. Especificação dos equipamentos

10.3 – de Ferramentas e instrumentos:

c) Catetorias para Instrumentos de Medição:

Nível de energia de impulsos de tensão são dependentes da
localização. Quanto mais próximo a fonte de energia, maior o
risco de ocorrências perigosas e maior deve ser a categoria.

IEC 61010 define 4 localizações ou Categorias:

 CAT IV Origem da instalação - cabines de entrada e

outros cabeamentos externos
 CAT III Distribuição da instalação, incluindo barramentos
principais, alimentadores e demais circuitos; cargas
permanentemente instaladas.
 CAT II Tomadas ou plugues; cargas removíveis.
25  CAT I Circuitos eletrônicos protegidos.
 10. Especificação dos equipamentos

10.3 – de Ferramentas e instrumentos:

26
 11. Testes de isolação elétrica

Ensaios

 EPI
 Ferramental
 Equipamentos
 Materiais
 Componentes da instalação

Observação:
 Atender periodicidade
 Instituições reconhecidas
27
 12. Certificações

10.9.2

Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos

e sistemas destinados à aplicação em
instalações elétricas de ambientes com
atmosferas potencialmente explosivas devem ser
avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito
do Sistema Brasileiro de Certificação.

 Os equipamentos, ferramentas e instrumento

devem ser certificados por instituições oficiais,
credenciadas e capacitadas.
28
 13. Documentos comprobatórios

 Projeto das instalações

 Laudos técnicos (aterrramento, SPDA, instalações
e outros)
 Resultados de ensaios e testes
 Certificação de componentes em áreas
classificadas
 Certificados de Aprovação de EPI
 Certidão do conselho de classe dos profissionais
habilitados
 Comprovação de qualificação e treinamento dos
trabalhadores capacitados e habilitados
29  Programas e ou planos de manutenção
 14. Proteção contra riscos de
incêndio e explosão

 Administrativos
 Segurança do trabalho
 Operação
 Manutenção
 Aquisição de materiais e instrumentos
 Inspeções, ensaios e testes
 Emergência
 Autorização para trabalhos com eletricidade
 Trabalhos em locais especiais
 PPCI – Plano de Prevenção de Combate a Incêndio
 Contratação de terceiros
30  PRRA, LTCAT, PCMSO e outros
 15. Riscos adicionais

Potencial de danos

 Acidentes com trabalhadores

 Meio ambiente
 Perdas materiais
 Acessibilidade aos componentes da instalação

31
 15. Riscos adicionais

Os riscos adicionais devem ser considerados

como os de influências externas (10.4.2):
 Altura
 Confinamento
 Campo Elétrico
 Campo Magnético-
 Explosividade
 Umidade
 Poeiras
 Fauna e flora.
32
 15. Riscos adicionais

LOCAL
 Estrutura padronizada
 Áreas classificadas
 Delimitações de áreas e sinalizações
 Locais especiais
 espaços confinados
 trabalho em altura

33
 16. Medidas de controle

Deve visar extinguir o risco existente, porém

na impossibilidade adotar medidas para torná-lo controlável

 Administrativos (ordens de serviço – CLT 157, II)

 Proteção contra choque elétrico por:

a) contato direto b) contato indireto

Isolar partes vivas Dispositivos de
Colocar fora de alcance Seccionamento
Barreiras Automático
Obstáculos Eqüipotencialização
invólucros Condutor Terra
34
 16. Medidas de controle

Deve visar extinguir o risco existente, porém

na impossibilidade adotar medidas para torná-lo controlável

 PPRA e PCMSO
 Priorização de EPC e na impossibilidade EPI adequado
 Treinamento e avaliação dos trabalhadores
 Conhecimento do projeto de máquinas e equipamentos
 Divulgação de informações sobre os riscos ambientais
 Priorização de EPC e na impossibilidade EPI adequado
 Instalação de sistemas de proteção em equipamentos
 Substituição de produtos químicos e inflamáveis
 Limitação do tempo de exposição aos riscos
 Análise de riscos e inspeção de segurança
 Inspeção de confiabilidade e segurança do trabalho
 Mapeamento e sinalização dos riscos nas áreas
35 operacionais
 17. Responsabilidade

1. Responsável legal da empresa: NOME,

CARGO
2. Responsável técnico: NOME, CARGO, registro
no conselho de classe
3. Responsável pelo SESMT: NOME, CARGO,
registro no conselho de classe
4. Responsável pela MANUNTENÇÃO: NOME,
CARGO, registro no conselho de classe
5. Responsável pela BRIGADA DE INCÊNDIO:
NOME e CARGO.
36
 17. Responsabilidade

 Administrativos
 Segurança do trabalho
 Operação
 Manutenção
 Aquisição de materiais e instrumentos
 Inspeções, ensaios e testes
 Emergência
 Autorização para trabalhos com eletricidade
 Trabalhos em locais especiais
 Contratação de terceiros
37  PRRA, LTCAT, PCMSO e outros
 18. Bibliografia

 Obras (literatura)
 CLT
 Lei 7.369/85 e decreto 93.412/86
 Portaria MTb no 3.214/78 (NR)
 Portaria MTE no 598/04 (NR 10, 23 e 26)

38
 18. Bibliografia

Normas Técnicas ABNT – NBR

 5410 – Instalações elétricas em baixa tensão

 5418 – Instalações elétricas em atmosferas explosivas
 5419 – Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas
 6146 –
 6533 – Segurança aos efeitos da corrente elétrica no corpo
humano
 6979 – Conjunto de manobra e controle em média tensão
 13534 – Instalações elétricas em estabelecimentos de saúde
 13570 – Instalações elétricas em locais com afluência de
Público
 14039 – Instalações elétricas em média tensão
 14639 – Instalações elétricas em postos de serviços
39 60439 – Conjuntos de manobra e controle em baixa tensão (IEC)
 18. Bibliografia
Normas Internacionais
(IEC – International Electrotechnical Commission)

 NFPA 70E – Electrical Safety Requirements for

Employee Workplaces
 NEC 110.16 – Flash Protection
 ANSI Z535.4-1998 – Product Safety Signs and Labels
 IEEE 1584 – risco à arco elétrico
 OHSAS 18.001 – Occupational Health and Safety
 IEC 79.10 – Classification of hazardous areas
IEC 61010 é o novo padrão para baixa tensão “equipamentos de
controle, e de teste e medição”.
• IEC 61010 define uma proteção bastante melhorada e atual contra
“transientes de sobre tensão”- spikes de tensão.
• IEC 61010 é a base das normas: ANSI/ISA-S82.01-94 (US), CAN C22.2
1010.1-92 (CAN) e EN61010-1:1993 (EUR).
40
 19. Responsável técnico

10.8

Profissional legalmente habilitado:

trabalhador previamente qualificado e
com registro no competente Conselho
de classe – CREA
 Autorizado
 ART

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 20. Estudo

 Auditoria periódica das instalações

 Propostas de melhoria das instalações
 Plano de ação
 Ações de controle permanente de riscos
 Documentos à disposição das autoridades
 Documentos à disposição dos
trabalhadores da área elétrica

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 Parceiros:

Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Goiás – CREA

Associação de Peritos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos do RS – APEA
Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul – SERGS
Associação Goiânia de Engenheiros de Segurança do Trabalho – AGEST

Nelson A. Burille – lexburille@via-rs.net

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