2019
Lesões por projéteis de arma de fogo
Fonseca, 2015
Lesões fatais e não fatais por arma de fogo
Fonseca, 2015
Fonseca, 2015
Aproximadamente 30 mil tiveram lesões fatais,
entretanto, mais que duas vezes esse número
de pessoas sobreviveram às suas lesões,
muitas com sequelas significativas e deficiências
permanentes.
Fonseca, 2015
Lesões por Armas de Fogo em crianças
Fonseca, 2015
Abuso de Álcool e Drogas
Fonseca, 2015
Outros Fatores de Risco
• Envolvimento prévio ou atual com o sistema judiciário
• Histórico de prisão
• Depressão
• Ideais suicidas ou doença psiquiátrica ativa(Fig. 27-4)
• Presença de armas de fogo em casa
• Status de minoridade étnica (especialmente negros)
• Pobreza ou crise financeira
• Presença de álcool ou drogas.
Fonseca, 2015
Fonseca, 2015
Características das lesões balísticas
maxilofaciais e por projéteis
O tratamento das lesões balísticas na região
craniomaxilofacial se baseia na compreensão
básica de dois mecanismos pelos quais os
projéteis causam danos: esmagamento e
estiramento.
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Fonseca, 2015
Classificação das lesões por arma de fogo
As lesões causadas por disparos de armas de fogo
foram classificadas na literatura como penetrantes,
perfurantes ou avulsivas:
• As lesões penetrantes são provocadas pelo
impacto do projétil na vítima sem que o mesmo
deixe o corpo.
Peterson, 2008
Fonseca, 2015
Forma irregular ou dilacerado
Maior que orifício de entrada
Maior sangramento
Ausência de orlas e zonas
Peterson, 2008
Fonseca, 2015
• As lesões avulsivas apresentam orifícios de
entrada e saída e, em geral, ocorre grande perda
tecidual associada à passagem do projétil através
da vítima. Rifles, armas portáteis e
submetralhadoras têm raias nos canos,
basicamente sulcos espirais ao longo da face
interna cano.
Peterson, 2008
Peterson, 2008
Fonseca, 2015
Quando se referem aos projéteis, os termos alta
velocidade e baixa velocidade podem ser um
tanto confusos.
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Fonseca, 2015
Harvey et al. avaliaram os dois tipos de ondas: A primeira
é a onda de pressão sônica, também conhecida como
onda de choque. Isso se refere ao som do projétil ao
atingir seu alvo.
Fonseca, 2015
WARFARE LIVE BY THE CODE, 2017
Considerações sobre cuidados
emergenciais
Segundo o manual Emergency War Surgery e pelo
curso do Colegiado Americano de Cirurgiões sobre
Advanced Trauma Life Support (ATLS), o foco
primário no pós-trauma imediato é a manutenção das
vias aéreas.
Fonseca, 2015
Manejo das vias aéreas
O comprometimento da via aérea
normalmente decorre do edema próximo a
ela, mas pode também resultar da perda da
integridade estrutural na região anterior da
mandíbula.
Fonseca, 2015
Fonseca, 2015
Após uma bem-sucedida intubação traqueal,
deve-se determinar se será feita a traqueostomia
cirúrgica para minimizar a interferência na
reconstrução da oclusão dentária.
Fonseca, 2015
Manejo da hemorragia
• O controle da hemorragia, especialmente quando
próximo à via aérea, é um passo crítico para
melhorar a patência da mesma.
Fonseca, 2015
• A hemorragia ativa da região de cabeça e
pescoço pode requerer embolização guiada por
imagem ou acesso cirúrgico para sutura de vaso
proximal, buscando controlar o sangramento
que não responde a outras medidas mais
imediatas e menos invasivas.
Fonseca, 2015
Tratamento das lesões balísticas na face
O protocolo de tratamento mais apropriado para esses casos
de lesões balísticas no complexo craniomaxilofacial.
Procedimentos isolados ou de múltiplas intervenções, uma
completa e extensiva reconstrução inicial ou o debridamento
inicial e/ou redução fechada com cirurgias de revisão tardias
subsequentes são muitas das filosofias embasadas de
tratamento.
Fonseca, 2015
Uma vez observada a interrupção na alimentação oral por
qualquer intervalo de tempo após comprometimento da
porção inferior da face, assoalho da boca ou pescoço,
deve-se considerar a passagem de sonda nasogástrica,
geralmente sob anestesia planejada para realização de
debridamento, reconstrução inicial ou traqueostomia
cirúrgica.
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Fonseca, 2015
O principal objetivo do tratamento das vítimas de lesão balística na
face é a restauração da função e estética. Muitos pacientes feridos por
projéteis apresentam defeitos avulsivos significativos nas estruturas
craniomaxilofaciais. Um aspecto de vital importância em se tratar
desses defeitos avulsivos está no uso de exames por imagem
apropriados para desenvolver um plano de reconstrução simulado,
tendo-se em mente o ponto final antes de iniciar qualquer
reconstrução.
Fonseca, 2015
Muitas vezes estão indicados a esses indivíduos
cuidados nas áreas de :
Cirurgia plástica,
Oftalmologia,
Otorrinolaringologia,
Radiologia intervencionista,
Neurocirurgia, trauma,
Prótese geral,
Dentária maxilofacial e na subespecialidade de
microcirurgia, além de outras avaliações e cuidados
baseados nas lesões individuais do paciente. Estes
incluiriam fisioterapia e terapia ocupacional, nutrição
e ciência comportamental. O suporte nutricional
adequado é muitas vezes postergado no tratamento das
lesões balísticas da face.
Fonseca, 2015
Complicações Operatórias
Conforme descrito isoladamente por Manson,
Powers e outros, a complicação mais
comumente associada ao tratamento de
lesões balísticas na região craniomaxilofacial
é:
O atraso na reconstrução definitiva de tecido
mole ou esquelético, com subsequente
desenvolvimento de uma face larga e
achatada enquanto as enormes forças de
formação de cicatrizes faciais e contratura da
ferida alteram seu aspecto.
Fonseca, 2015
• Hollier et al. relataram as seguintes taxas de
complicações pós-operatórias:
• Paralisia de nervo craniano (19%)
• Cegueira (17%)
• Hemiparestesia (12%)
• Distúrbios visuais (12%)
• Deiscência da ferida (4,7%)
• Septicemia generalizada (2,4%)
• Epífora (2,4%).
Fonseca, 2015
Outras complicações isoladas relatadas foram:
• Acidente vascular cerebral (AVC), dificuldade
na fala, rinorreia cerebroespinhal, paralisia do
nervo facial, seroma, insuficiência renal
aguda, coagulação intravascular disseminada
e ptose da pálpebra superior.
Fonseca, 2015
Kassan et al. relataram uma taxa de infecção pós--
operatória, ou septicemia, de 19%, maior do que a
apontada por outros autores, inicialmente associada
a lesões cominutivas por revólveres de baixa
energia.
Fonseca, 2015
Fonseca, 2015
OBRIGADO PELA ATENÇÃO !!
Referências:
FONSECA, R. V. WALKER, H. DEXTER BARBER, M. P. Trauma
Bucomaxilofacial. Volume 1. 4 edição. Elsevier Editora Ltda, 2015.
[pp 1412- 1441]
MILORO, Michael; GHALI, G. E.; LARSEN, P. E.; WAITE, P. D.
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson. Volume 1 e
2. 2º edição. Editora Santos, 2008.
DI MAIO, V. J.M. Gunshot wounds: Practical aspects of firearms,
ballistics, and forensic techniques, ed 2. Washington, DC: CRC
Press; 1999. [pp 16-27].
POWERS, D. B., WILLi, M. J., BOURGEIOS, S. L., HATT, H. D.
Maxillofacial trauma treatment protocol. Oral Maxillofacial Surg Clin
N Am. 2005; 17:341–355.
WARFARE LIVE BY THE CODE. Como funciona a munição de
fuzil. (2017).Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=ISLfmLxBpy8>. Acesso em: 09
set. 2019.