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Diabetes Mellitus

Conceito

O diabetes é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por


hiperglicemia e associadas a complicações, disfunções e insuficiência de
vários órgãos, especialmente olhos, rins, nervos, cérebro, coração e vasos
sanguíneos. Pode resultar de defeitos de secreção e/ou ação da insulina
envolvendo processos patogênicos específicos, por exemplo, destruição das
células beta do pâncreas (produtoras de insulina), resistência à ação da
insulina, distúrbios da secreção da insulina, entre outros. (MINISTÉRIO DA SAÚDE)
Diabetes tipo 1
O diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é uma doença autoimune, poligênica,
decorrente de destruição das células β pancreáticas, ocasionando deficiência
completa na produção de insulina.

O DM1 é bem mais frequente na infância e na adolescência (pico de incidência


entre 10 e 14 anos), mas pode ser diagnosticado em adultos, que podem
desenvolver uma forma lentamente progressiva da doença, denominada latent
autoimmune diabetes in adults (LADA)

A consequente deficiência de insulina é grave e, para sobreviver, o indivíduo com


diabetes tipo I deve aplicar injeções regulares de insulina.
Diabetes tipo 2
O termo tipo 2 é usado para designar uma deficiência relativa de insulina.

A maioria dos casos apresenta excesso de peso ou deposição central de gordura.

O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) corresponde de 90 a 95% de todos os casos de DM.

Possui etiologia complexa e multifatorial, envolvendo componentes genético e ambiental.

Geralmente acomete indivíduos a partir da quarta década de vida.

Hábitos dietéticos e inatividade física, que contribuem para a obesidade, destacam-se como os
principais fatores de risco.

Os consagrados fatores de risco para DM2 são: avançar da idade 45 ANOS, Obesidade - Histórico
familiar de diabetes -Inatividade física habitual -Raça/ etnia (NEGROS/HISPANICOS) - Histórico de
diabetes gestacional - e presença de componentes da síndrome metabólica, tais como
hipertensão arterial e dislipidemia.
Diabetes gestacional
É a hiperglicemia diagnosticada na gravidez, geralmente se resolvendo no período
pós-parto.

A placenta produz hormônios hiperglicemiantes e enzimas placentárias que degradam


a insulina, com consequente aumento compensatório na produção de insulina e na
resistência à insulina, podendo evoluir com disfunção das células β.

O DMG traz riscos tanto para a mãe quanto para o feto e o neonato, sendo geralmente
diagnosticado no segundo ou terceiro trimestres da gestação.

Pode ser transitório ou persistir após o parto.


Incidência e prevalência
• Ano 2000 = 177milhões de portadores (mundialmente)
• Atualmente = 387 milhões
• Em 2000 o Brasil tinha cerca de 6 milhões e atualmente chegou a 13 milhões
• São 4 milhões de mortes por ano relativas ao diabetes e suas complicações
(com muitas ocorrências prematuras), o que representa 9% da mortalidade
mundial total.
• Expectativa de vida reduzida em: 15 anos (diabetes tipo 1), 5 a 7 anos (tipo 2)
• Em mulheres: Partos prematuros e mortalidade materna
• OMS estimou que, após 15 anos de doença, 2% dos indivíduos acometidos
estarão cegos e 10% terão deficiência visual grave. Além disso, estimou que,
no mesmo período de doença, 30 a 45% terão algum grau de retinopatia, 10 a
20%, de nefropatia, 20 a 35%, de neuropatia e 10 a 25% terão desenvolvido
doença cardiovascular.
Orientações
Para obter sucesso no controle do diabetes, necessário estabelecer e desenvolver
ações orientadas para prevenção, detecção e controle dessa doença. Novas
estratégias devem promover um estilo de vida saudável e mudanças de hábitos em
relação ao consumo de certos alimentos, bem como estimular a atividade física. Em
articulação com o setor educacional, essas ações devem priorizar a população de
crianças, adolescentes e adultos jovens. Controle metabólico do diabetes previne o
surgimento (ou retarda a progressão) de suas complicações crônicas, principalmente
as microangiopáticas.

Evitar o fumo e o excesso de álcool e estabelecer metas de controle de peso. O


controle dos níveis glicêmicos é essencial para o tratamento do DM. Com a realização
do controle metabólico o paciente mantém-se assintomático e previne-se das
complicações agudas e crônicas, promovendo a qualidade de vida e reduzindo a
mortalidade.
Orientações
Tenha cuidado! Evite a formação de Úlceras.

• Pessoas com diabetes correm o risco frequente de sofrer lesões nos nervos e
problemas de má circulação. Estes problemas podem gerar complicações como
úlceras nos pés e em outras regiões do corpo, além de feridas que demoram a
cicatrizar. A infecção destas feridas pode levar a amputações.
Papel da fisioterapia
Abordagem preventiva

Prevenção primária: Esta nova concepção é relevante para a prevenção


do DM, sobretudo por meio da promoção da atividade física em escolas,
ambiente de trabalho e nas comunidades.
O fisioterapeuta pode contribuir para a prevenção dessa complicação,
valorizando o autocuidado na busca da promoção da saúde e da melhora
da qualidade de vida. A abordagem pode ser realizada em grupo,
envolvendo atividades de alongamento, caminhada e exercícios.
Papel da fisioterapia
Abordagem nas Complicações Decorrentes do Diabetes Mellitus

Alterações Neurológicas
• O déficit de equilíbrio e o consequente risco de queda é uma
frequente manifestação entre os indivíduos com DM, sobretudo entre
os portadores de DM tipo 2. A Avaliação dos déficits sensório motores
dos pés é fundamental, sendo importante a realização de testes
funcionais e a avaliação da função muscular, amplitude de movimento
e sensibilidade.
Alterações Osteomusculares
• Capsulite adesiva.
Alterações Vasculares
• Doença isquêmica do coração e doença vascular periférica são alguns
dos comprometimentos mais frequentes.
É fundamental que o fisioterapeuta esteja ciente dessas manifestações,
pois para os pacientes, a prescrição e monitoramento de exercício são
relevantes para o tratamento.
Papel da fisioterapia
 Cuidados com os pés e a pele de forma global;

 Monitoramento frequente da pressão arterial;

 Realização de atividades físicas frequentes;

 Exercícios para melhorar a respiração;

 Exercícios para equilíbrio e coordenação;

 Orientações posturais;

 Exercícios em grupo;

 Caminhadas.
Alerta !
Fatores de Risco para o Diabetes Consequências do Diabetes não
Sedentarismo (pouca atividade física) Controlado

Presença de diabéticos na família Cegueira

Excesso de peso Hipertensão arterial Infarto Agudo do miocárdio


Aumento da taxa de colesterol e Derrame cerebral
triglicerídeos Gangrena
Amputações
Doenças nos rins

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