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Escola de Ciências da Saúde

Curso: Odontologia

OS DESAFIOS DA CRIANÇA SURDA NO


ESPAÇO ODONTOLÓGICO

ANDREZA RACHID
MÔNICA F. ALVES
JÉSSICA FÉLIX

Rio de Janeiro
2018

DISCIPLINA: TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO III 1


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INTRODUÇÃO
Segundo censo realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística -IBGE, 9,8 milhões de brasileiros possuem deficiência auditiva, o que
representa 5,2% da população brasileira. Deste total 2,6 milhões são surdos e
7,2 milhões apresentam grande dificuldade para ouvir.

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OBJETIVO
Promover e explicar os métodos e técnicas utilizados por
profissionais dentistas voltados para o tratamento
odontológico em crianças surdas.

JUSTIFICATIVA
Oferecer estratégias que viabilizem a comunicação entre
profissionais e pacientes .

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Revisão de literatura

• Surdez - características e identidades;


• Libras – Língua Brasileira de Sinais;
• Oralismo , comunicação total e bilinguismo;
• Inclusão de surdos em ambiente de
atendimento a saúde;
• Comportamento de crianças em ambientes
de atendimento odontológico;
• Materiais e procedimentos para a orientação de
crianças surdas no ambiente odontológico.

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Surdez - características e identidades

Parcialmente surdo

Totalmente surdo

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Surdez - características e identidades

De 25 a 40 decibéis surdez leve


De 41 a 55 decibéis surdez moderada
De 56 a 70 decibéis surdez acentuada
De 71 a 90 decibéis surdez séria
Acima de 91 decibéis surdez profunda
Anacusia surdez total, ou seja, a perda
total da capacidade auditiva

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Perlin (2005) destaca diferentes


identidades surdas e suas
categorias.
• Identidade Política;
• Identidade Híbrida;
• Identidade Surda Flutuante;
• Identidade Embaçada;
• Identidade de Transição:;
• Identidade de Diáspora;
• Identidade intermediária.

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Libras – linguagem brasileira de sinais

Libras é a forma de
comunicação e expressão, em
que o sistema linguístico de
natureza visual motora, com
estrutura gramatical própria,
constitui um sistema linguístico
de transmissão de ideias e
fatos, oriundos de comunidades
surdas do Brasil.

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A Libras também pode ser utilizada por pessoas


que não são surdas, mas desejam trabalhar como
intérpretes, profissão já reconhecida através da Lei
nº 12.319/2010.

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Oralismo , comunicação total e bilinguismo

Algumas citações:

Segundo Goldfeld (2002), o oralismo é uma dessas filosofias, onde a


surdez é caracterizada como uma patologia clínica que visa, através
da fala, a leitura orofacial permitindo ao surdo sua inserção na
sociedade ouvinte

Fernandes (2005) afirma que para a pessoa surda toda e qualquer


forma que permita uma comunicação deve ser utilizada, sejam
gestos manuais, alfabeto digital, expressão facial, tudo pode e deve
ser utilizado desde que acompanhado da fala ouvida, com auxilio de
um
Amplificador de som individual.

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Inclusão de surdos em ambiente de


atendimento a saúde
Sagário (2012). Destaca que os profissionais de odontologia devem
estar capacitados para o atendimento de pacientes portadores de surdez,
principalmente a partir do uso da língua brasileira de sinais. Para isso,
trabalhou a elaboração de manual com expressões básicas de tratamento
social e também explicativas de procedimentos básicos executados em
ambiente odontológico, além de treinamento de alunos de graduação na
linguagem de Libras.
Pereira (2015). Ressalta que a comunicação efetiva entre profissionais
de saúde e pacientes é fundamental para uma consulta integral. ainda defende a
importância da Língua Brasileira de Sinais - Libras na formação dos cirurgiões-
dentistas, tendo como base a atenção integral à saúde do surdo, a fim de
aumentar o nível de satisfação desses indivíduos nos serviços de saúde e na
comunicação com a equipe odontológica.

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Comportamento de crianças em ambientes


de atendimento odontológico

Possobon et al (2007) afirma que muitos


pacientes tem relatado a submissão a tratamento
odontológico como uma condição geradora de
estresse e de ansiedade.

Desmistificar o “perigo” da consulta odontológica.

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Materiais e procedimentos para a orientação


de crianças surdas no ambiente odontológico

Faria e Silva (2016) descrevem que a


utilização da tecnologia visual é capaz de
orientar e contribuir para o diálogo dos
surdos, fortalecendo assim a cultura dos
surdos e o fortalecimento de sua identidade.
Os vídeos quando destinados a criança
surda, precisam ter componentes lúdicos e
todo o potencial que esse recurso oferece,
visando atrair a atenção desses pacientes.

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PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Pesquisa de cunho explicativo;


• Fontes secundárias, considerando a
necessidade de soluções práticas para o dia
a dia no consultório de odontopediatria.

Palavras chave: surdez, comunicação e Odontopediatria..

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

• A necessidade de uma abordagem correta por parte do


odontopediatra;
• A importância de formar novos cirurgiões-dentistas
com uma preocupação social de atenção à comunidade
surda de modo geral;
• Ferramentas lúdicas indispensáveis no atendimento;
• Esforço de ambas as partes durante o tratamento.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1.Honora, M. Livro Ilustrativo da Língua Brasileira de Sinais. São Paulo: Ciranda Cultural; 2009.
2.Possobon, R. F., Moraes, A. B. A., Costa Júnior, A. L., & Ambrosano, G. M. B. O comportamento de crianças durante
atendimento odontológico. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 19(1), 59-64; 2007
3.Goldfeld, M. A criança surda: Linguagem e cognição numa perspectiva sóciointeracionista. 2ª ed. São Paulo: Plexus
Editora; 2002.
4.Faria, Ederson. Souza de Vera Lúcia Trevisan de. Sobre o conceito de identidade: apropriações em estudos sobre
formação de professores. Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, SP. Volume 15,
Número 1, Janeiro/Junho de 2011.
5.PImentel FC, Albuquerque PC, Martelli PJL, Souza WV, AciolI RML. Caracterização do processo de trabalho das
equipes de saúde bucal em municípios do Estado de Pernambuco, Brasil, segundo porte populacional: da articulação
comunitária à organização do atendimento clínico. Cad Saúde Pública;2012; V.28 p.57.
6.Chaveiro N, Barbosa M. A. A relação entre pacientes surdos e o médico. Rev Bras Otorrinolaringol; 2010;75(1)2007–
10.
7.Sagário J, Gomes MPV, Botelho MPJ. Uma proposta para melhorar a comunicação entre profissionais de odontologia
e o paciente surdo. In: Anais da 6ª mostra interna de trabalhos de iniciação científica; 2012. p. 1- 14.
8.Pereira RM. Percepção das pessoas surdas sobre o processo de comunicação no atendimento
odontológico.Universidade Federal do Rio Grande do Norte, trabalho de conclusão de curso, Natal;2015
9.Dougall A, Fiske J. Acesso a odontologia de cuidados especiais, parte 2. Communication. Br Dent J. 2008 Jul
12;205(1):11–21.
10.Alsmark SSB, García J, Martínez MRM, López NEG. How to improve communication with deaf children in the dental
clinic. Med Oral Patol Oral Cir Bucal; 2007;12(8):E576–E581.

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Fim.
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