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FORMAS DE

INFERÊNCIA VÁLIDA
FORMAS DE INFERÊNCIA VÁLIDA

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FORMAS DE INFERÊNCIA VÁLIDA

Conectivas ou operadores verofuncionais

Na lógica proposicional há uma correspondência entre fórmulas e proposições, de tal


modo que umas e outras têm um valor de verdade, que pode ser o verdadeiro (V) ou
o falso (F). A ideia básica é, por vezes, a de que assim se representam factos e
combinações de factos através de operações lógicas. Deste ponto de vista, uma
conectiva corresponde a uma operação lógica – e introduzem-se símbolos diferentes
das anteriores letras proposicionais.
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São seis as conectivas ou operadores verofuncionais de que nos ocuparemos.


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Negação
A negação de uma frase tem o valor de verdade oposto ao da frase de partida.

A expressão «não é verdade que» ou «é falso que» é uma conectiva de formação de


frases. Chamamos negação à função de verdade e «não P» à proposição que se obtém
pela negação de P. Usamos o símbolo para substituir a expressão «não é verdade
que» ou «é falso que» e, por consequência, «não P» denota-se por meio da seguinte
expressão: P
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Negação
A negação de uma frase tem o valor de verdade oposto ao da frase de partida.

Admitamos que P representa a proposição «Os direitos humanos são universalmente


respeitados». Assim, poderemos escrever P em vez de:

→ Os direitos humanos não são universalmente respeitados.


→ Não é verdade que os direitos humanos sejam universalmente respeitados.
→ É falso que os direitos humanos sejam universalmente respeitados.
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Negação
A negação de uma frase tem o valor de verdade oposto ao da frase de partida.

A negação de uma frase tem o valor de verdade oposto ao da frase de partida. A situação
pode ser representada por meio de uma tabela de verdade como a que se segue.

A negação é uma função unária porque se aplica a uma única proposição. Todas as demais
funções de verdade são binárias por se aplicarem a duas proposições.
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1. Considere a proposição «É falso que a pena de morte tenha sido abolida em todos
os países europeus».
a) Se a proposição supra for falsa, qual o valor de verdade da proposição «A pena de
morte foi abolida em todos os países europeus»?
b) Se a proposição dada for verdadeira, qual o valor de verdade da proposição «A
pena de morte foi abolida em todos os países europeus»?

2. Apresente a negação da proposição «É verdade que chove».

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Conjunção
A conjunção é verdadeira se, e apenas se, todas as proposições
que a compõem forem verdadeiras.

Uma proposição composta por duas proposições simples unidas por e é uma conjunção:
P e Q. Usamos o símbolo para substituir a expressão e. Por consequência, a função P e
Q simboliza-se do seguinte modo: P Q
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Conjunção
A conjunção é verdadeira se, e apenas se, todas as proposições
que a compõem forem verdadeiras.

Se P representar a proposição «Estamos no século XXI» e Q a proposição «A


escravatura existe», então poderemos escrever P Q em vez de:

→ Estamos no século XXI e a escravatura existe.


→ Estamos no século XXI, mas a escravatura existe.
→ Apesar de estarmos no século XXI, a escravatura existe.
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Conjunção
A conjunção é verdadeira se, e apenas se, todas as proposições
que a compõem forem verdadeiras.

A conjunção é verdadeira se, e somente se, todas as proposições conjuntas forem


também elas verdadeiras. Basta, pois, que uma das proposições conjuntas seja falsa
para que a conjunção também o seja.
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1. Considere a proposição «Ainda que goste de filosofia, não aprecio lógica».


a) Transforme a proposição numa conjunção.
b) Se soubermos que a proposição «Gosto de filosofia» é falsa, o que podemos dizer
sobre o valor de verdade da proposição composta?
c) Se a proposição «Não aprecio lógica» for verdadeira, será possível determinar o
valor de verdade da conjunção? Porquê?

2. Considere as proposições P «O livro tem muitas páginas» e Q «O livro é muito


bom».
Passe para linguagem simbólica as proposições seguintes:
a) O livro tem muitas páginas, mas é muito bom.
b) O livro é muito bom, apesar de ter muitas páginas.
c) O livro é muito bom e é falso que o livro tenha muitas páginas.
d) É falso que o livro tenha muitas páginas, mas é certo que é muito bom.

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Disjunção inclusiva
Uma disjunção inclusiva é verdadeira se, e apenas se, pelo menos
uma das frases disjuntas for verdadeira.

A expressão ou é também muito frequente na nossa língua. Trata-se da disjunção, que


pode assumir duas formas: a inclusiva a exclusiva.
Uma disjunção inclusiva (e/ou) é a proposição complexa que se forma quando colocamos
proposições (denominadas frases disjuntas) antes e depois de um P ou de um Q. Usamos o
símbolo para substituir a expressão ou e, portanto, a função P ou Q escreve-se do
seguinte modo: P Q
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Disjunção inclusiva
Uma disjunção inclusiva é verdadeira se, e apenas se, pelo menos
uma das frases disjuntas for verdadeira.

Daqui decorre que se P representar a proposição «As mulheres conquistaram direitos» e


Q a proposição «A violência de género persiste», então poderemos escrever P Q em
vez de:

→ As mulheres conquistaram direitos ou a violência de género persiste.


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Disjunção inclusiva
Uma disjunção inclusiva é verdadeira se, e apenas se, pelo menos
uma das frases disjuntas for verdadeira.

Uma disjunção inclusiva é verdadeira se, e somente se, pelo menos um dos seus
componentes – ou frase disjunta – o for. A tabela de verdade da disjunção inclusiva
elabora-se como se apresenta de imediato.
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1. Considere a proposição «Procuram-se gatos ou cães para adoção».


a) Adotando o dicionário P «Procuram-se gatos para adoção» e Q «Procuram-se cães
para adoção», formalize a proposição complexa.
b) Se soubermos que a proposição P é verdadeira, o que poderemos concluir sobre a
proposição complexa? Porquê?
c) Se a proposição «Procuram-se cães para adotar» for falsa, será possível determinar
o valor de verdade da disjunção inclusiva? Porquê?

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Disjunção exclusiva
Uma disjunção exclusiva é verdadeira se, e só se, apenas uma
das suas frases disjuntas for verdadeira.

A maior parte das vezes que usamos a expressão ou usamo-la no sentido exclusivo. Se
dissermos «ou vou dormir ou vou estudar», significa que planeamos fazer uma das duas
coisas – ou dormir ou estudar –, mas não ambas.
Uma disjunção exclusiva lê-se ou P ou Q. Usamos o símbolo para substituir a
expressão ou… ou e, portanto, a função ou P ou Q escreve-se do seguinte modo: P Q
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Disjunção exclusiva
Uma disjunção exclusiva é verdadeira se, e só se, apenas uma
das suas frases disjuntas for verdadeira.

Daqui decorre que se P representar a proposição simples «Irei pescar» e Q a


proposição simples «Irei nadar», então poderemos escrever P Q em vez de:

→ Ou irei pescar ou irei nadar.


→ Só penso fazer uma de duas coisas: pescar ou nadar.
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Disjunção exclusiva
Uma disjunção exclusiva é verdadeira se, e só se, apenas uma
das suas frases disjuntas for verdadeira.

Uma disjunção exclusiva é verdadeira quando apenas um dos seus componentes o


for. A tabela de verdade da disjunção elabora-se como se apresenta de imediato.
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1. Considere a proposição «A Presidência da República será ocupada nas próximas


eleições ou por um homem ou por uma mulher».
a) Adotando o dicionário P «A Presidência da República será ocupada nas próximas
eleições por um homem» e Q «A Presidência da República será ocupada nas próximas
eleições por uma mulher», formalize a proposição complexa.
b) Se soubermos que a proposição P é verdadeira, o que podemos concluir sobre o
valor de verdade da proposição composta? Porquê?
c) Se soubermos que nenhuma das proposições é falsa, o que podemos concluir sobre
o valor de verdade da proposição composta?

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Condicionalização (ou implicação)


Uma proposição condicional é falsa se, e apenas se,
a antecedente (condição) for verdadeira e a consequente falsa.

Uma proposição condicional é uma frase formada a partir da expressão se… então. À
frase que se segue a se chamamos antecedente e à que se segue a então chamamos
consequente: se P então Q.
Usamos o símbolo para substituir a expressão se… então e, por conseguinte, a
função de verdade se P então Q denota-se do seguinte modo: P Q
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Condicionalização (ou implicação)


Uma proposição condicional é falsa se, e apenas se,
a antecedente (condição) for verdadeira e a consequente falsa.

Seja P a representação da proposição simples «A discriminação étnica existe» e Q da


proposição simples «Os direitos humanos são violados». Assim, poderemos escrever P Q
em vez de:

→ Se a discriminação étnica existe, então os direitos humanos são violados.


→ Basta que exista discriminação étnica, para que os direitos humanos sejam violados.
→ A discriminação étnica é condição para que os direitos humanos sejam violados.
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Condicionalização (ou implicação)


Uma proposição condicional é falsa se, e apenas se,
a antecedente (condição) for verdadeira e a consequente falsa.

Uma proposição condicional é falsa quando a antecedente (condição) é verdadeira e a


consequente falsa. Em todos os outros casos é verdadeira. A tabela de verdade da
condicional elabora-se como se segue.
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1. Considere a afirmação «Os brincos serão muito caros se forem de ouro».


a) Atribua uma letra precisa a cada uma das proposições simples.
b) Escreva a proposição complexa em linguagem simbólica. c) Que valor de verdade
deve ser atribuído a Q→P, sendo ¬Q falsa e P falsa?

2. Sejam as proposições P «Negligenciamos os trabalhos de casa» e Q «Sofremos as


consequências», passe para linguagem simbólica as proposições seguintes.
a) Sofreremos as consequências se negligenciarmos os trabalhos de casa.
b) Se não negligenciarmos os trabalhos de casa, então não sofreremos as
consequências.

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Bicondicionalização (ou equivalência)


Uma proposição bicondicional é verdadeira quando, e só quando, as proposições
que a compõem assumem em simultâneo o mesmo valor de verdade.

A função de verdade que corresponde ao operador verofuncional se e somente se chama-


se bicondicionalização ou equivalência. Uma equivalência é, assim, a proposição complexa
que se forma quando colocamos proposições antes e depois de se e somente se: P se e
somente se Q. Usamos o símbolo para substituir a expressão se e somente se e,
portanto, P se e somente se Q denota-se do seguinte modo: P Q
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Bicondicionalização (ou equivalência)


Uma proposição bicondicional é verdadeira quando, e só quando, as proposições
que a compõem assumem em simultâneo o mesmo valor de verdade.

Seja P a representação da proposição simples «A dignidade humana existe» e Q da


proposição simples «Os direitos humanos são respeitados». Assim, poderemos escrever
P Q em vez de:

→ A dignidade humana existe se e somente se os direitos humanos forem respeitados.


→ O respeito pelos direitos humanos é condição necessária e suficiente para que a
dignidade humana exista.
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Bicondicionalização (ou equivalência)


Uma proposição bicondicional é verdadeira quando, e só quando, as
proposições que a compõem assumem em simultâneo o mesmo valor de
verdade.

Uma proposição bicondicional é verdadeira quando, e só quando, as proposições que


a compõem assumem em simultâneo o mesmo valor de verdade, isto é, são ambas
verdadeiras ou ambas falsas. Assim, a sua tabela de verdade constrói-se como se
mostra abaixo.
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Considere a proposição «Recebemos salário se tivermos emprego e vice-versa».


a) Adotando o dicionário P «Recebemos salário» e Q «Temos emprego», escreva em
linguagem simbólica a proposição supra.
b) Que valor ou valores de verdade pode assumir a proposição complexa se for
verdade que recebemos salário?
c) Que valor ou valores de verdade pode assumir a proposição complexa se tanto P
como Q forem falsas?

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Em síntese:
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Tabelas de verdade e avaliação de proposições

O modo como cada operador verofuncional determina o valor de verdade das


proposições em que ocorre é representado numa tabela de verdade, ou seja, num
diagrama que mostra todos os valores de verdade possíveis para uma determinada
fórmula proposicional.

Há um padrão relativamente fixo para elaborar tabelas de verdade. Se seguirmos


esse padrão, elas serão de fácil leitura; se não o seguirmos, serão caóticas. Ao
construirmos uma tabela de verdade, para que todas as combinações possíveis
(circunstâncias ou casos) sejam tidas em consideração, importa saber:
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Tabelas de verdade e avaliação de proposições

→ Se a fórmula for constituída por uma única proposição simples,


teremos duas combinações possíveis (2¹, isto é, dois valores de
verdade – V e F – e uma proposição).

→ Para as fórmulas constituídas por duas proposições simples,


teremos
quatro combinações possíveis (2²).
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Tabelas de verdade e avaliação de proposições

→ Quando a fórmula incluir três proposições simples,


teremos oito combinações possíveis (2³).

→ E assim sucessivamente (2ⁿ).

O método das tabelas de verdade permite estabelecer se uma dada proposição


complexa é uma tautologia, uma contradição ou uma contingência.
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Tautologia

Uma fórmula diz-se tautológica se, e apenas se, resultar verdadeira em


todas as atribuições de valores de verdade às suas letras.

Chamam-se tautológicas as fórmulas em que a proposição composta é verdadeira


para todas e cada uma das circunstâncias possíveis, independentemente do valor de
verdade atribuído às frases atómicas. Trata-se de uma proposição verdadeira, cuja
verdade depende inteiramente da sua forma lógica. Exemplo:

→ A Etiópia é um país africano ou a Etiópia não é um país africano (P V ¬P).


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Contradição

Uma fórmula diz-se contraditória se, e apenas se, resultar falsa em todas
as atribuições de valores de verdade às suas letras.

Designam-se contraditórias as fórmulas em que a proposição composta é falsa para


todas e cada uma das circunstâncias possíveis, independentemente do valor de
verdade atribuído às frases atómicas. Ou seja, uma fórmula é contraditória
unicamente no caso de não existir nenhuma circunstância possível que a torne
verdadeira. Trata-se de uma falsidade lógica, isto é, de uma proposição cuja falsidade
se pode determinar exclusivamente por meios lógicos. Exemplo:

→ A Etiópia é um país africano e não é um país africano (P V ¬P).


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Contingência

Uma fórmula diz-se contingente se, e apenas se, existem atribuições de


valores de verdade às letras que a tornam verdadeira e outras atribuições
que a tornam falsa.

Denominam-se contingentes as fórmulas que tenham o valor V em pelo menos uma


circunstância e, simultaneamente, o valor F em pelo menos uma circunstância.
Exemplo:

→ A Etiópia é um país africano e o Nepal é um país asiático (P^Q).


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Um raciocínio é válido quando é impossível que as premissas
sejam verdadeiras e a conclusão falsa.

Desde Aristóteles que sabemos que a validade é uma propriedade que pode ser
captada recorrendo apenas à estrutura do raciocínio ou argumento. Se a estrutura
de um raciocínio tiver certas características, isto é, se possuir uma determinada
forma lógica, qualquer outro raciocínio com a mesma forma ou estrutura será
igualmente válido.

É esta precisamente a tarefa da lógica formal: estudar exaustivamente as formas


lógicas distinguindo aquelas que são válidas das que são inválidas.

Muitas são as formas de inferências válida já identificadas pelos lógicos. Analisemos


algumas das mais frequentes.
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Modus ponens ou afirmação da antecedente
Se A, então B. A. Logo, B.

A regra do modus ponens - «o modo de pôr» - permite inferir a consequente de uma


implicação, da afirmação conjunta dessa implicação e da sua antecedente. Esta regra
pode ser representada pela seguinte formalização:

A antecedente é então A e a consequente é B.


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Modus ponens ou afirmação da antecedente
Se A, então B. A. Logo B.

Consideremos um exemplo. Suponhamos que extraímos a conclusão «O ano tem 366


dias» da afirmação conjunta das seguintes premissas:

→ Se estamos em ano bissexto, então o ano tem 366 dias.


→ Estamos em ano bissexto.

Podemos usar a regra do modus ponens para validar, desde logo, a conclusão – «O
ano tem 366 dias» - a partir das premissas dadas, sem necessidade de recorrer à
construção de uma tabela de verdade.
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Considerando os argumentos, selecione o único que obedece rigorosamente à regra
do modus ponens:

(A) Se defendemos valores democráticos, então não somos a favor da discriminação


das minorias étnicas. Somos a favor da discriminação das minorias étnicas. Portanto,
não defendemos valores democráticos.

(B) Se não defendemos valores democráticos, então somos a favor da discriminação


de minorias étnicas. É certo que não defendemos valores democráticos. Sendo assim,
somos a favor da discriminação de minorias étnicas.

(C) Ou defendemos valores democráticos ou não somos a favor da discriminação das


minorias étnicas. Defendemos valores democráticos. Portanto, somos a favor da
discriminação das minorias étnicas.

(D) Se defendemos valores democráticos, então não somos a favor da discriminação


das minorias étnicas. Não somos a favor da discriminação das minorias étnicas. Logo,
defendemos valores democráticos.
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Modus tollens ou negação da consequente
Se A, então B. Não-B. Logo, não A.

A regra do modus tollens – «o modo de tirar» – permite inferir a negação da


antecedente de uma implicação, da afirmação conjunta dessa implicação e da
negação da sua consequente. Esta regra pode ser representada pela seguinte
formalização:

Recordemos que A é a antecedente e B a consequente. Consideremos o exemplo


anterior.
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Modus tollens ou negação da consequente
Se A, então B. Não-B. Logo, não A.

Consideremos o exemplo anterior. Suponhamos que extraímos a conclusão «Não


estamos em ano bissexto» da afirmação conjunta das seguintes premissas:

→ Se estamos em ano bissexto, então o ano tem 366 dias.


→ O ano não tem 366 dias.

Podemos usar a regra do modus tollens para validar desde logo a conclusão – «Não
estamos em ano bissexto» – a partir das premissas dadas sem necessidade de recorrer
à elaboração de uma tabela de verdade.
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1. Considerando as premissas abaixo, escreva a conclusão dos argumentos usando
uma das formas válidas de inferência. Em cada um dos casos, indique a regra
utilizada.
a) Se eu mantiver a cabeça fria, não falharei este conjunto de exercícios. É certo que
mantenho a cabeça fria.
b) Não é possível ouvir música sem sentir emoção. Neste momento, a verdade é que
não sinto qualquer emoção.
c) Para ser galo, basta ter crista. Eu não sou certamente um galo.
d) Se é açoriano, não é natural do Porto Santo.
e) Ou falho este exercício ou é verdade que a lógica é uma disciplina fácil. Não falho
de forma alguma este exercício.
f) Se chove, o caracol sai.
g) Se o preço da gasolina subir, as pessoas tenderão a usar menos o automóvel. Se as
pessoas usarem menos o automóvel, os níveis de dióxido de carbono na atmosfera
diminuem.

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