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APOSENTADORIA POR

IDADE

DIREITO PREVIDENCIÁRIO
PROFª: MÁRCIA CARVALHO PEREIRA
DIREITO 10 B

ANGELITA ALVES PORTELLA CHYBIAK


DÉBORA SCHAFER DE OLIVEIRA
MARIA VITÓRIA SABINO L. DOS SANTOS
PATRICKSON
O QUE É APOSENTADORIA POR IDADE?

 A aposentadoria por idade é o benefício que visa


garantir proteção previdenciária à velhice,
concedido aos segurados do INSS que atingiram
determinada faixa etária.
QUEM TEM DIREITO À APOSENTADORIA
POR IDADE?

 Segurados urbanos que, cumprida a carência,


completarem 65 anos de idade, se homem, e 60
anos de idade se mulher.

 A idade mínima é reduzida em cinco anos para os


trabalhadores rurais de ambos os sexos e para
aqueles que exerçam suas atividades
individualmente ou em regime de economia
familiar, nestes incluídos o pequeno produtor
rural, pescador artesanal, extrativistas, os
indígenas entre outros.
 No entanto, este não é o único fator a ser
considerado, somado a faixa etária mínima, o
período de carência de 180 contribuições
também consiste em requisito indispensável para
o contribuinte ter a prerrogativa de se aposentar.
COMO FUNCIONA A APOSENTADORIA POR
IDADE PARA SEGURADO ESPECIAL?

 Dentre outros fatores, há uma redução de 5 anos


na idade mínima para os trabalhadores
segurados especiais conseguirem a
aposentadoria por idade, e isso se justifica pelo
fato de que eles não têm direito a aposentadoria
por tempo de contribuição.
TRABALHADOR RURAL

 Produtor que exerça sua atividade


individualmente ou em regime de economia
familiar, com o objetivo de própria
subsistência. Outro aspecto importante é a
proibição do auxílio de empregados permanentes.
Ou seja, ele não pode contratar funcionários.
 Ademais, não é obrigatório o trabalho rural
seja prestado de forma contínua. A exigência
da legislação é que o segurado esteja efetuando
esse tipo de trabalho no momento em que for
requerer aposentadoria — conforme preceitua o
art. 48, § 2º da Lei 8.213/91.
 Assim, são considerados membros do núcleo de
regime de economia familiar:

 · os cônjuges ou companheiros;
 · os filhos maiores de 16 anos;

 · as pessoas equiparadas aos filhos, desde que


trabalhem em conjunto com os parentes.
PESCADOR ARTESANAL
 Pode se aposentar cinco anos mais cedo;
 Não obrigatoriedade de contribuir com a
Previdência;
 Necessidade de comprovar que o indivíduo
trabalhou como pescador, catador de caranguejo,
limpador de pescado, marisqueiro ou pescador de
camarão durante um período de 15 anos.
 Indispensável apresentação de documentos que
comprovem a sua condição, bem como três
testemunhas.
 Se em alguma oportunidade o pescador trabalhou
com carteira assinada, exerceu alguma atividade
na área urbana, deverá apresentar novas provas
comprovando o seu retorno a zona rural ou a
pesca.
 Importante ressaltar que o fato do pescador ser
proprietário de peixaria, ter um CNPJ registrado
nessa qualidade, não descaracteriza sua condição
de segurado especial na referida modalidade.
INDÍGENA
 Indispensável a presença dos seguintes
elementos:
 · ser reconhecido como indígena pela Fundação
Nacional do Índio — FUNAI;
 · estar trabalhando como artesão, utilizando
como matéria-prima, produtos provenientes do
extrativismo vegetal;
 · exercer atividade rural, seja individualmente ou
em regime de economia familiar, e que tais
atividades não configurem o seu principal meio
de sustento.
 Ainda sobre a classificação dos indígenas vale
ressaltar que, para fins de concessão do benefício,
independe o local onde ele reside ou exerça sua
atividade. Para efeitos previdenciários também é
irrelevante a distinção entre indígena aldeado ou
não aldeado, em vias de integração, isolado ou
integrado.
APOSENTADORIA POR IDADE PARA PESSOA
COM DEFICIÊNCIA
 Concedido ao cidadão com idade mínima de 60 anos,
se do sexo masculino, e 55 anos se feminino, desde
que também seja comprovado o mínimo de 180 meses
de trabalhado na condição de pessoas com deficiência.
 Os esclarecimentos sobre o que é considerado pessoa
com deficiência que faz jus aos benefícios
previdenciários estão presentes na Lei Complementar
nº 142/2013. Especificando como tal aquelas que têm
impedimentos para a participação em iguais condições
de uma vida plena e efetiva em sociedade; seja por
barreiras de ordem física, intelectual ou sensorial.
 Além das peculiaridades mencionadas, o segurado
portador de deficiência também deverá comprovar sua
condição se submetendo a uma perícia médica, que é
realizada pelo Instituto Nacional da Seguridade
Social — INSS.
APOSENTADORIA POR IDADE HÍBRIDA
 A aposentadoria híbrida é uma inovação trazida pela Lei
11.718/2008, que possibilitou aos trabalhadores rurais a
soma dos períodos de trabalho no campo e na cidade, a fim
de contar o tempo de carência para concessão do benefício
de aposentadoria por idade.
 Mas, por esse sistema, o trabalhador rural perde a redução
da idade mínima dos segurados especiais, — passando a
valer a faixa etária determinada ao trabalhador urbano, de
65 e 60 anos para homens e mulheres respectivamente.
 Outra informação muito interessante acerca da
aposentadoria por idade híbrida é que nessa modalidade
não se exige a qualidade de segurado — em tempo do
requerimento administrativo, ou seja, quando o
trabalhador completa a idade mínima e tem o período de
carência, pouco importa que ele esteja exercendo atividade
urbana ou rural, nem tipo de trabalho que foi
predominante.
APOSENTADORIA POR IDADE COMPULSÓRIA
 A regra dos benefícios previdenciários é que,
cumpridas etapas de exigências legais, o segurado
faça um requerimento voluntário do seu direito e
aposentar. Entretanto, na modalidade aposentadoria
por idade existe uma exceção: o trabalhador encerra a
sua participação ativa no mercado de trabalho a
partir de um requerimento do próprio empregador: a
chamada aposentadoria compulsória por idade.
 Essa previsão permite que uma empresa ou patrão
solicite a aposentadoria dos seus funcionários que
completarem 70 anos, se homem e 65 anos, se mulher;
respeitando, por óbvio, a carência dos 180 meses de
contribuição.
 Isto posto, esse empregado também terá direito de
receber todas as verbas trabalhistas equivalentes a
demissão sem justa causa. Senão vejamos as
orientações do art. 54, do Decreto 3.048/99.
QUAL A DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA PARA
FORMALIZAR O REQUERIMENTO DA
APOSENTADORIA?

 O requerimento de qualquer espécie de aposentadoria deve


ser acompanhado dos documentos que comprovem o direito
do segurado. Dentre eles, podemos citar:
 · documento pessoal de identificação válido e com foto
(preferencialmente o RG);
 · Cadastro de Pessoa Física — CPF;
 · Carteira de Trabalho e Previdência Social — CTPS;
 · carnê de contribuição e outros documentos hábeis para
comprovar a quitação das parcelas perante o INSS;
 Com relação aos segurados especiais, é fundamental a
apresentação de documentos adicionais que comprovem a
sua condição, a exemplo de contratos de arrendamento,
declaração do sindicato, documentos que deixem claro à
época da sua ocupação, dentre outros.
QUAIS SÃO OS PERÍODOS DE CARÊNCIA?
EMPREGADO OU TRABALHADOR AVULSO

 Em ambas as modalidades, o início da contagem


do tempo de carência é o momento em que o
trabalhador começa a exercer atividade, ou seja,
no ato da filiação ao INSS.
 Cabe ressaltar ainda que, pelo fato da
contribuição não ser recolhida diretamente pelo
segurado, a sua prestação é presumida. Todavia,
se a época do requerimento do benefício conste a
falta de seus recolhimentos, o indivíduo deve
comprovar mediante documentos o exercício da
atividade.
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL OU
FACULTATIVO

 Nessas hipóteses, o tempo de carência passa a ser


contado a partir do momento em que o
trabalhador decide iniciar o pagamento da
contribuição do INSS por conta própria, isto é, a
partir do primeiro pagamento realizado em dia.
 O cenário aqui é um pouco diferente, pois a
responsabilidade pagamento é do segurado, e
como mencionado, enquanto não houver essa
primeira prestação em dia, não há a contagem do
prazo de carência.
EMPREGADO DOMÉSTICO
 Para esses empregados, o cômputo da carência
também ocorre a partir do primeiro pagamento
efetuado até a data de vencimento. Contudo, se
no momento de requerer aposentadoria ele não
conseguir comprovar quando efetuou o primeiro
pagamento em dia, existe a possibilidade de
contar como marco inicial o dia em que essa
pessoa começou a exercer atividade de empregado
doméstico.
 Além disso, nessa situação específica, o benefício
será concedido no valor de um salário-mínimo. E
se, posteriormente, conseguir a prova do primeiro
recolhimento dentro do prazo, poderá requerer
um novo cálculo do benefício.
SEGURADO ESPECIAL
 A carência de segurado é contada a partir do mês
de novembro de 1991, mediante apresentação
documentos comprovando período em se atuou
nessa condição. Ainda há a chance do segurado
especial pela adesão ao INSS por conta própria, e,
nesse caso, serão aplicados as mesmas regras do
trabalhador facultativo.
 O que se destaca nessa modalidade, entretanto, é
que comprovado o exercício da atividade de
apenas um dia, para efeitos de carência serão
válidos um mês completo.
COMO FUNCIONA A CARÊNCIA REDUZIDA?
 O período de carência diz respeito ao número mínimo de prestações
que deverão estar pagas ao INSS no momento em que o segurado ou
seus dependentes requeiram o benefício. Ela também pode estar
relacionada com o tempo obrigatório para o exercício de uma
atividade, como no caso dos trabalhadores rurais.
 O marco inicial de contagem da carência dependerá do tipo e
atividade exercida, e igualmente do período em que ocorreu: a filiação,
a inscrição ou a contribuição.
 Como mencionado, a carência das aposentadorias, via de regra, é 180
contribuições. Contudo, uma exceção foi prevista no art. 142, da lei
8.213/91. O texto legal prevê uma redução no tempo de carência para
os cidadãos que se filiaram à Previdência Social até a data de 24/07
de 1991, e tenha contado o tempo de carência a partir da sua filiação.
Vale ressaltar que, enquadram-se nessa hipótese os trabalhadores
urbanos e rurais, desde que não sejam segurados especiais. Aqui, o
número de meses exigidos varia de acordo com o ano que o
beneficiário reune todas as condições necessárias para a
aposentadoria.
COMO CALCULAR O BENEFÍCIO?
 O primeiro cálculo referente a qualquer aposentadoria procura
determinar valor do “salário de benefício” do segurado,
independentemente da espécie de aposentadoria que ele se enquadra.
Para tanto, o sistema leva em consideração o número de meses de
recolhimento, ou seja, o período contributivo, e define quantos serão
 usados para apuração da média (mínimo de 80% o máximo de 100%
dos meses).
 Sobre os contribuintes que recaem a regra transitória, serão levados
em consideração os meses decorridos a partir de julho de 1994, até no
mês anterior de requerimento do benefício.
 Há também a verificação do índice de fator previdenciário e, só então,
passa para a etapa de cálculo da renda mensal inicial (RMI).
 O cálculo da aposentadoria por idade está previsto no art. 50 da Lei
8.213/91 e também no art. 7 da Lei 9.876/99, que se refere aplicação
fator previdenciário.
 Art.50. A aposentadoria por idade, observado o disposto na Seção III
deste Capítulo, especialmente no art. 33, consistirá numa renda
mensal de 70% (setenta por cento) do salário de benefício, mais 1%
(um por cento) deste, por grupo de 12 (doze) contribuições, não
podendo ultrapassar 100% (cem por cento) do salário de benefício
 Quanto aos requerimentos de aposentadoria na modalidade de deficiente físico,
utiliza como norma orientadora a Lei Complementar 142/2013, cabendo nessa
hipótese a aplicação facultativa do fator previdenciário.
 No geral, o valor da aposentadoria por idade corresponde a 70% do salário de
benefício, somado a 1% para cada ano completo de trabalho, limitando-se ao
percentual de 100% do salário de benefício.
 Dessa forma, um indivíduo do sexo masculino que com 65 anos de idade atingiu
o tempo de 30 anos de contribuição e possui o salário de benefício no valor de
R$ 2000, e deixa de aplicar o fator previdenciário, a sua renda mensal será
encontrada pelo pela equação: alíquota de 70% somados aos anos trabalhados,
e multiplicando esse resultado pelo salário de benefício. Assim teremos: 0,70 +
0,30 = 1,00; Renda mensal = 2.000,00 X 1,000 = R$ 2.000,00.
 Agora, levamos em consideração uma pessoa o sexo feminino, que tem 15 anos
de contribuição e 60 anos de idade. O salário de benefício de R$ 2.000, excluída
a aplicação do fator previdenciário, não é vantajoso.
 Seguindo o mesmo raciocínio, o cálculo seria 0,70 + 0,15 = 0,85; logo, para
encontrar a renda mensal inicial deveríamos multiplicar os R$ 2000 pela
alíquota de 0,85, sua renda mensal será: 2.000,00 X 0,85 = R$ 1.700,00.
 Se em algum desses exemplos fosse vantajosa a incidência do fator
previdenciário, essa alíquota seria multiplicada ao valor do salário de benefício.
Já na modalidade de aposentadoria especial, o valor da renda inicial
corresponde a 100% do salário de benefício, é o que dispõe os arts. 29 e 57 da
Lei 8.213/91. Para esses segurados, não haverá aplicação do fator
previdenciário, nem o cálculo de qualquer adicional.
QUAIS AS CONDIÇÕES PARA OBTER
ACRÉSCIMO NO VALOR DO BENEFÍCIO?
 Existe um ponto muito interessante em relação
aposentadoria por idade que nem sempre é de
conhecimento de todos os aposentados — o acréscimo de
benefício.
 Legalmente, é previsto um adicional de 25% sobre valor
percebido aposentadoria por invalidez, quando houver a
necessidade
 do segurado receber de assistência permanente de terceiros
para os atos da vida civil.
 Contudo, em observação ao princípio isonomia, os tribunais
superiores vêm adotando a tese de que o referido acréscimo
deve ser estendido às demais categorias de aposentadoria.
Sendo assim, se existe a circunstância para se enquadrar
nessa complementação, mas o beneficiário é aposentado por
idade e por isso teve o seu requerimento negado, vale a
pena procurar a orientação de um profissional da sua
confiança para tomar doenças cabíveis, como ingressar com
uma ação judicial.
É PERMITIDO O TRABALHO APÓS A
APOSENTADORIA POR IDADE?
 Quando se pensa em aposentadoria, a primeira coisa que vem à
mente é que a pessoa deixará de atuar no mercado de trabalho ou ao
menos perderá o seu vínculo de emprego.
 Pois bem, talvez não seja do conhecimento de todos, mas é importante
saber que o trabalhador que se aposenta não está obrigado deixar o
seu cargo ou função, e mais, os direitos continuam os mesmos que de
qualquer outro empregado; nem mesmo comunicar ao empregador a
sua aposentadoria lhe é exigido.
 A única circunstância em que um trabalhador aposentado é impedido
e voltar a exercer uma atividade remunerada é na aposentadoria por
invalidez, concedida a pessoas que, em virtude de alguma lesão ou
enfermidade, não tem condições de continuar com a prestação do
serviço.
 Nesse contexto, é preciso ponderar sobre a real vantagem continuar
trabalhando ou não, pois a contribuição previdenciária de quem já é
aposentado e voltou a trabalhar continua sendo obrigatória. Além
disso, o trabalhador não ganha nenhuma retribuição por isso. Outro
ponto bem relevante para o seu conhecimento é que, o empregado não
pode ser dispensado com base exclusivamente na sua aposentadoria,
caso isso ocorra, ele poderá requerer na justiça a sua reintegração ao
emprego e também indenização por danos morais.
O ACÚMULO DE BENEFÍCIOS É PERMITIDO?
 O acúmulo de benefícios ocorre quando o cidadão possui um
benefício ativo e adquire direitos para requerer um
segundo; situação perfeitamente possível na Previdência
Social.
 Isso acontece, por exemplo, quando uma pessoa já recebe
pensão por morte e adquire os requisitos da aposentadoria
por idade ou tempo de contribuição; hipótese em que serão
mantidos ambos os benefícios.
 Porém, é importante estar atento a qual dos tipos que
poderão ser acumulados, haja vista que a legislação em
vigor classifica vários deles como não acumuláveis. São
proibidos os acúmulos de:
 · salário-maternidade com aposentadoria por invalidez;
 · auxílio-acidente com outro auxílio-acidente;
 · aposentadoria com auxílio-acidente;
 · salário-maternidade com auxílio-doença, dentre outros.

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