HISTÓRICA ESPACIAL
DAS BIOTAS
BIOGEOGRAFIA
Distribuição espacial: algumas espécies são mais restritas, com o status de relíquias
biogeográficas, enquanto que outras apresentam ampla distribuição, sendo quase
cosmopolitas.
Isto indica maior ou menor grau de endemicidade. Mas, afirmar que esta ou aquela
espécie é endêmica não esclarece o fato dela estar onde está.
Ou seja
Ou o grupo de organismos
(populações, espécies, taxa
supra-específicos) surgiu ali ou
veio de outro lugar.
No primeiro caso, se for uma
espécie, implica em dizer que a
especiação ocorreu lá.
No segundo caso, houve
dispersão e conseqüente
colonização.
BIOGEOGRAFIA HISTÓRICA
Centro de origem, um local pontual na superfície terrestre no qual uma espécie ou taxon supra-específico
supostamente teria se originado e posteriormente dispersado.
George Gaylord Simpson (1902-1984) reconheceu três tipos de rotas de dispersão para grupos de espécies com base
no grau de similaridade faunística
a) corredor: onde as condições ecológicas de cada extremidade da área de distribuição seriam similares, de forma que
o livre fluxo seria favorecido ao longo dessa área, contribuindo para uma maior homogeneidade (alta similaridade);
b) filtro: onde a mescla de condições ecológicas favoráveis e desfavoráveis restringiria o livre fluxo e somente formas
bem adaptadas teriam condições de alcançar os extremos, contribuindo para uma baixa similaridade;
c) páreo (sweepstake route): onde a distância e as condições ecológicas nas regiões intermediárias seriam muito
restritivas, de modo que a chance de cruzar a(s) barreira(s) seria muito rara
DISPERSÃO
b) dispersão específica (expansão da área de distribuição da espécie influenciada por eventos históricos de
grande escala espacial, particularmente flutuações eustáticas, mudanças climáticas globais ou tectônica de placas);
c) dispersão da biota (ultrapassagem de extensas barreiras pré-existentes por elementos da biota). Com
relação a este último item, muitos pesquisadores (por exemplo, Darlington Jr., 1957; George, 1962; Simpson, 1965),
por não admitirem cientificamente e a deriva continental, adotaram a dispersão saltatória como o único modo de
explicar padrões biogeográficos de espécies e biotas a longa distância
TROCAS BIÓTICAS
Padrões:
Marsupiais e uma diversidade
de mamíferos placentários
edentados (preguiças, tatus,
tamanduás)
Processos geológicos/climáticos:
Pangea, Gondwana e ilha isolada
Soerguimento do Istmo do Panamá (Vários contatos com América Central até ponte efetiva)
Soerguimento dos Andes e lago amazônico Alterações climáticas do Pleistoceno
BIOTA NEOTROPICAL
SOERGUIMENTO DO ISTMO DO PANAMÁ
SOERGUIMENTO DO ISTMO DO PANAMÁ
Antilhas se originaram em uma cadeia de vulcões na borda da Placa Caribe que derivou para leste no final do
Cretáceo (pode ter servido de ponte).
Formaram Cadeias de montanhas da Venezuela. Pequenos fragmentos podem ter formado as Pequenas
Antilhas. Atingiu a posição atual a 58 maa (Eoceno)
Pelo menos duas pontes com Am. Sul (11,5 e 3,5 maa) e proximidade dos continentes (Am.Central emergiu 80-65
maa como grupo de ilhas)
SOERGUIMENTO DO ISTMO DO PANAMÁ
140-75 M.A. – A Am. Do Sul se torna isolada, e sua biota evolui em isolamento total;
10-5 M.A. – Arquipélago da Am. Central serve como rota de passagem transitória;
3,5 M.A. – Emergência da ponte continental da Am. Central. Rota de dispersão de filtro para espécies terrestres
2 M.A. – Abaixamento do mar e extensão da savana durante a glaciação abrem um corredor para o filtro biótico.
Invasões subsequentes;
GRANDE TROCA
INTERAMERICANA
Isolamento total: um monotremado, vários grupos de marsupiais e pelo menos uma linhagem de mamíferos
placentários sofreram especiação e se diferenciaram.
Fauna diversificada com grandes carnívoros (tigre dente de sabre marsupial), e herbívoros gigantes;
Colonizações esporádicas: através das proto-antilhas (120 M.A) e Am. Central (10-5 M.A.) – recebeu o ancestral
dos primatas, e dos edentados.
A fauna trocada entre os dois continentes era adaptada à savana e a ambientes de campo
aberto,
Na América do Sul, 85 (50%) dos gêneros de mamíferos terrestres vivos são descendentes
de imigrantes sul-americanos, enquanto o número correspondente para a América do Norte
é de apenas 29 (21%).
CONSEQUÊNCIAS
Era do Gelo no Hemisfério Norte e suas mudanças bióticas associadas também ocasionou extinções na
América do Sul.
Estas incluíram a última preguiça gigante, o gliptodonte, semelhante a um tatu gigante, e o Toxodon.
Elefantes mastodontes e zebróides, que haviam imigrado a partir da América do Norte, morreram tanto lá
quanto na América do Sul - embora tenham sobrevivido no Velho Mundo
Na Am. Do Norte a diversidade dos “sulista” apenas decresceu, visto que a especiação
não acompanhou a extinção.
HIPÓTESES
Fauna da Am. Do Norte era mais diversa, evoluiu em massa territorial maior, e possuía
intercâmbio frequente com a Ásia e Europa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS E EMERGÊNCIA DOS PADRÕES