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Teatro de Bonecos?

Teatro de Animação?

Teatro de Formas Animadas?

Teatro Visual?
Teatro de Formas Animadas

Entende-se como Teatro de Animação, ou Teatro de


Formas Animadas, todos os espetáculos de teatro que
utilizam bonecos, sombras, máscaras ou objetos. Estes
Espetáculos tiveram as suas origens nas representações
religiosas de povos antigos, como os gregos, os egipcios,
os chineses e os indianos.
EGITO

GRÉCIA
Animar...

Anima (do latim) = Alma

Psy Khé (do grego) = alma, mente


Foi Ana Maria Amaral (Professora
da Escola de Comunicações e
Artes da Universidade de São
Paulo) quem utilizou pela primeira
vez o termo Teatro de Formas
Animadas instituindo este termo
como o mais amplo e coerente a
ser usado para se referir ao teatro
que se utiliza de bonecos,
máscaras, sombras e objetos, e
que surgiu, como a dança, a
música, as artes plásticas e o
teatro convencional, de práticas
rituais que remontam ao início da
civilização humana.
Aristóteles Tragédia

Comédia

Dionísio – Deus do Vinho

Ditirambos - procissões

Pisístrato (560-510a.C.)
Téspis – o primeiro ator
O Teatro de Animação nada mais é do que um jeito de fazer
teatro, com possibilidades infinitas e que nos oferece como
matéria prima da cena, não somente o corpo do ator, mas o
mundo repleto de uma infinidade de formas.
Em seu livro “A Possibilidade do Novo no Teatro de Animação”, Henrique
Sitchin (2009), define que o boneco nasceu no primeiro amanhecer, quando o
primeiro homem viu pela primeira vez a sua sombra.

Descobriu que aquela imagem era ele, mas ao mesmo tempo não era ele. Por
isso o Títere é igual à sombra de um homem; viverá morrerá com ele.
Tanto Sitchin quanto Amaral afirmam
que a magia desta forma de teatro
está nas ilimitadas possibilidades
oferecidas por bonecos e formas –
neste estilo de teatro, tudo é
possível.

Outra característica atrativa nesta forma de teatro é a sua natureza infantil, a


brincadeira do “tudo vira tudo”, o faz-de-conta. Daí o sucesso que atinge entre
crianças. Enquanto o adulto pode ainda identificar algo que trás sufocado
dentro de si e que, muitas vezes, não tem consciência. É algo que escapa ao
realismo e fascina o adulto, mas que a nossa cultura ocidental procura sempre
denegrir ou ignorar.
Para entendemos esta prática teatral, é preciso conhecer as três formas básicas
que o compõem e que servem como base para infinitas experimentações: o
boneco, a máscara e o objeto.

Boneco, termo usado para designar um objeto


que, representando a figura humana, ou
animal é dramaticamente animado diante de
um público.
A máscara é sempre um disfarce,
simula e transforma, amplia conceitos,
exagera fatos, mostra algo além do
que aparenta.
Já os objetos são símbolos. Dramatizar com objetos é a arte de transformá-los.
Esta arte depende diretamente da figura do ator/manipulador.
Numa cena de teatro
de ator, este se mostra
e, assim, sua imagem
é vista e se confunde
com a do personagem.
No caso do Teatro de
Animação, o
ator/manipulador
interpreta e se
expressa com outra
imagem que não a sua,
transferindo sua
energia para o objeto
manipulado.
Formas – Máscara, Boneco,
Objeto, Corpo do Ator

Símbolos
Teatro de Animação

Os bonecos variam quanto à forma e a maneira de manipulá-los:

Marionete – Boneco primeiramente fabricado em madeira e que hoje pode


ser feito nos mais variados materiais. Manipula-se por meio de fios.
Um pouco da História…
Boneco de Vara – Confeccionado em material leve, é manipulado por meio
de astes (varas), de tamanhos variados.

Fantoche – Ou Boneco de Luva, pois é vestido como uma luva, onde os


dedos da mão servem para manipular os braços e a cabeça.

Boneco de Objetos – Feito com objetos, como baldes, talheres, vassouras,


legumes e outros itens inusitados.
Teatro de Animação

Puppet – Feito em espuma, possui articulações moles, permitindo


expressões de rosto variadas.

Mamulengo – Típico da cultura popular brasileira, principalmente no


Nordeste. São rústicos e as histórias tratam sempre de temas cotidianos.

Boneco de Sombra – Feito em madeira fina, papel, cartolina, papel couro, ou


outro material leve, são bidimensionais (não possuiem profundidade). São
manipulados atrás de um tecido branco, com uma luz projetando a sombra
dos bonecos neste tecido.

Boneco de Vestir – O manipulador “veste” o boneco, manipulando-o de


dentro. Um exemplo são os Bonecos do Carnaval de Olinda.
Marionetes Indianas
Bonecos de Vara Indonésios
Marionete Africana
Marionete Chinesa
Bonecos de Vestir Americanos
Bonecos de Luva Ingleses
Teatro de Sombras Indiano
Manipulador com Bonecos de Sombra
Bonecos de Vestir
Carnaval de Olinda
Bonecos tipo “Puppet” americano
Cocoricó, TV Cultura.
Mamulengos
Bonecos de Objetos
Referências Bibliográficas
O que é?

SITCHIN, H. A Possibilidade do Novo no Teatro de Animação. Programa Municipal


de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo - São Paulo: Edição do Autor, 2009.

AMARAL, A.M. Teatro de Formas Animadas – Máscaras, Bonecos, Objetos. –


São Paulo: EDUSP, 3ª edição. 1996.

AMARAL, A.M. O Inverso das Coisas. Móin-Móin, Revista de Estudos Sobre o


Teatro de Formas Animadas. Jaraguá do Sul: SCAR/UDESC, 2007.
Disponível em: http://www.ceart.udesc.br/ppgt/revista_moin_moin_1.pdf. Acessado em
05/05/2011.

BELTRAME, Valmor. Teatro de Sombras: Técnica e Linguagem. 2008.


Disponível em: http://www.ceart.udesc.br/pesquisa/Cenicas/Valmor%20B%20-
%20AC.pdf.
Acessado em 05/05/2011

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