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A integração de Portugal na CEE

Passados cerca de 10 anos da Revolução de


Abril, as crispações políticas e as dificuldades
económicas e financeiras ainda se faziam sentir
em Portugal.
Faltava…
• emprego
• dinamismo empresarial
• desenvolvimento tecnológico
• uma satisfatória rede de comunicações…
A inflação consumia os baixos salários e o nível
de vida era baixo.

A integração de Portugal na CEE trazia mais


dúvidas do que certezas, como adiantava o
Diário de Lisboa, de 2 de janeiro de 1986.

Estaria Portugal no rumo certo?


A evolução económica
• Os fundos comunitários
Repartição por área de intervenção do Fundo Social Europeu aplicado em
Portugal 1989 a 2011

Fonte: Augusto Mateus (Coord.), 25 anos de Portugal europeu, FFMS, 2013.

A injeção de capitais (Fundos Estruturais e Fundos de Coesão) e de apoios técnicos europeus promoveu o crescimento e
desenvolvimento económico de Portugal, esbatendo-se algumas assimetrias relativamente a outros países da Comunidade.
Entre 1986 e 1992, pese embora um défice orçamental crónico e a hegemonia do Estado, Portugal registou níveis de crescimento
superiores aos da média europeia.
A evolução económica
• Os setores económicos

 Investimento em
infraestruturas

 Incremento das obras


públicas

 Modernização do setor
produtivo

Construção da Ponte Vasco da Gama, em Lisboa, anos 90. Mecanização da agricultura, anos 90.  Redução do peso dos
setores económicos
tradicionais

 Crescimento do setor
terciário

Entre 1993 e 1995, o crescimento económico


português abrandou, em grande parte reflexo
do desmoronamento do Bloco de Leste.
Mesmo assim, nos últimos anos do milénio
retomou-se o caminho da modernização, de
que emergiu um novo quadro económico sem
comparação com o país de há 30 anos.

Centro Comercial das Amoreiras, anos 90. Sistema eletrónico de Multibanco, em


funcionamento a partir de 1987.
A evolução económica
• Os setores económicos  Abertura ao investimento
estrangeiro

 Aposta nas telecomunicações,


nos audiovisuais e na
informatização

 Crescimento do comércio com a


Comunidade Europeia

 Privatizações empresariais;
expansão do crédito e das
Robôs de montagem automóvel na fábrica AutoEuropa operações em bolsa
(multinacional Ford-Volkswagen), em Palmela.
 Adesão à moeda única

Publicidade ao crédito à habitação do


Banco Pinto & Sotto Mayor, Banco Totta
& Açores e Crédito Predial, revista
Pública, 11 de outubro de 1998.
O euro.

O cartão de crédito Entre 1993 e 1995, o crescimento económico português abrandou, em grande parte
telefónico, anos 90. reflexo do desmoronamento do Bloco de Leste. Mesmo assim, nos últimos anos do
milénio retomou-se o caminho da modernização, de que emergiu um novo quadro
económico sem comparação com o país de há 30 anos.
A evolução demográfica
Indicadores de envelhecimento segundo População estrangeira com estatuto legal de residente:
os Censos total e por algumas nacionalidades
Rácio - %
Nacionalidade
Anos Índice de
envelhecimento Anos Total Europa África América Ásia
1970 24 703 Total Total Total Total
1981 50 750
1960 20 514 18 092 96 X X
1991 107 767
1970 24 703 18 709 221 X X
2001 207 587
1980 50 750 15 380 24 788 9 405 911
2011 443 055 Fonte: PORDATA
1990 107 767 31 412 45 255 26 369 4 152

2000 207 587 61 678 98 769 37 590 8 745

2010 443 055 176 834 107 079 127 872 30 961

 Redução da natalidade /envelhecimento da população

 Desertificação do interior

 Imigração
A evolução social e cultural

 Democratização das relações familiares

 Melhoria generalizada do nível de vida

 Crescimento do consumo

 Consolidação das instituições democráticas

Assinatura do Tratado de Lisboa, durante a Presidência


Portuguesa do Conselho da União Europeia, dezembro de 2007.

Partilha das tarefas domésticas. Clima familiar aberto e tolerante. Consumo de bens culturais.
Pontos fracos da integração de Portugal na União

Mensagem de estudantes universitários num jogo de futebol da Associação Manifestação de Bolseiros de Investigação Científica, RTP Notícias, 2014.
Académica de Coimbra. Foto de Nuno Ferreira Santos, Jornal Público, 2012
.

 Fraca competitividade empresarial


 Insuficiente investimento em Investigação e Desenvolvimento
O “Jornal i” escreve hoje que "os europeus estão em
 Défice da balança comercial
crise ou é a Europa que está em crise? Uma coisa leva
a outra e os portugueses, mais do que os outros, são os  Desemprego elevado
que melhor servem de exemplo: 90% sentem-se
 Acumulação de défices orçamentais
diretamente afetados pela crise económica. […] Mais de
metade dos portugueses (55%) desaprova a forma como  Declínio da agricultura, pescas, indústria
a Europa tem sido gerida".
 Crescimento da dívida pública
Revista de Imprensa do Diário de Notícias, 19 setembro 2013
 Necessidade de maiores cuidados ambientais e de um exercício
mais responsável da cidadania
As relações externas de Portugal
Mundo lusófono

PALOP CPLP

Área Iberoamericana União Europeia

CIA
As relações com os países lusófonos

Apresentações culturais por ocasião da X Cimeira da CPLP em Dili.

 Cooperação económica e financeira

 Cooperação cultural, científica, técnica, educacional e jurídica

Os PALOP são uma comunidade formada por cinco Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (Angola, Guiné Bissau,
Moçambique, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe), que acabou por evoluir para uma comunidade maior, com a integração do
Brasil e de Timor-Leste, dando origem à CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa). A lusofonia constitui, assim, o
fundamento para a cooperação bilateral e multilateral em vários domínios, consolidando-se a presença da Língua Portuguesa no
mundo. As ligações entre Portugal e o Brasil têm assumido um carácter mais económico, dado o crescimento económico deste
país na viragem do milénio.
As relações com países ibero-americanos

Cimeira Iberoamericana, em Cádis, Espanha, em 2012.


Estiveram presentes os Chefes de Estado e de
Governo de Portugal, de Espanha e dos Países da
América Latina

OEI ─ Organização de Estados Ibero-americanos para a


Educação, a Ciência e a Cultura
OISS ─ Organização Ibero-Americana de Segurança Social
OIJ ─ Organização Ibero-Americana de Juventude
COMJIB ─ Conferência de Ministros da Justiça dos Países
Ibero-Americanos

Portugal é também membro da Comunidade Ibero-Americana, ao lado da Espanha e de países da América Latina. Os objetivos
desta comunidade passam pelo intercâmbio económico-empresarial, educativo, cultural, científico e técnico. Desta forma,
Portugal diversifica as suas relações internacionais para além do espaço europeu e do espaço lusófono, posicionando-se como o
elo de ligação económica entre a “velha” Europa e a América do Sul.

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