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ROMANTISMO, REALISMO E A

FOTOGRAFIA NA ARTE
ROMANTISMO – 1800-1850
 Idade da sensibilidade x idade da razão.
 Emoção e intuição x objetividade racional.
 Sentimentos nacionalista x razão do Estado.
 Idealização da natureza x exploração.
 Heroísmo medieval x política pragmática.
 “Bom selvagem” x artificialismo civilizatório.
CARACTERÍSTICAS DE ESTILO NAS OBRAS DO ROMANTISMO

 VALORES: intuição,
emoção e imaginação.
 INSPIRAÇÃO: eras
medieval e barroca,
Oriente Médio e Extremo
Oriente.
 TOM: objetivo,
espontâneo,
inconformista.
 COR: rica em tons.
 TEMAS: lendas, exotismo,
natureza, violência.
 GÊNEROS: narrativas de
lutas heróicas, paisagens,
animais selvagens.
 TÉCNICA: pinceladas
rápidas, contrastes fortes
de luz e sombras.
 COMPOSIÇÃO: uso da
diagonal.
A ARQUITETURA NO ROMANTISMO

 O gótico impõe-se não


pelos seus princípios
estruturais, mas pelos
poderes evocativos e pelas
sugestões decorativas.
 Os estilos orientais (chinês,
hindu e árabe),
combinados num
ecletismo, foram fonte de
inspiração para os
arquitetos do romantismo.
 A decoração de interiores
remetia a época medieval.
 Charles Barry é o mais
conhecido a do
romantismo.
A ESCULTURA NO ROMANTISMO

 Os artistas sentem-se atraídos pelo Barroco. O domínio


agora é a massa e não a linha. A composição
desenvolve-se na diagonal, como bem exemplifica “O
Leão e as Serpentes” de Antoine Barye.
A PINTURA NO ROMANTISMO
 A tendência é
exagerar no colorido,
com pinceladas
vigorosas e
pastosas, adquirindo
certa rugosidade e
aspereza. A forma é
representada de
maneira sintética.
Preferência pelo
claro-escuro e pela
gravura. A paisagem
é tema constante. O
artista envolve-se
com acontecimentos
políticos e sociais do
seu tempo.
THEODORE GERICAULT
 Iniciou o romantismo. Rompeu com os preceitos da arte oficial
neoclássica. “A Balsa do Medusa” retrata uma tragédia real. O
Medusa, navio do governo francês, transportava colonos para o
Senegal. Barco salva vidas puxavam uma jangada improvisada com
149 pessoas. Acorda rompeu. A jangada ficou 12 dias a deriva.
Apenas 15 dos seus tripulantes sobreviveram.
EUGENE DELACROIX
 Utilizou em suas obras temas mitológicos e históricos. Realizou
viagens pelo Marrocos e Espanha, detendo-se na representação dos
aspectos exóticos destas populações.Fascinado pelo excesso físico e
emocional, retrata em “A Morte de Sardanapolus” uma cena
selvagem o assassinato das concubinas de um sultão no Marrocos.
EUGENE DELACROIX

 Participou da revolução de 1830, em Paris, quando da


queda do rei Carlos X. este episódio lhe inspirou o
célebre quadro “Liberdade conduzindo o povo pelas ruas
de Paris”.
HONORÉ DAUMIER
 Trabalhou no Tribunal de Justiça, em Paris, circunstância
que lhe permitiu satirizar tipos, hábitos e caracteres da
magistratura. Grande observador da natureza humana, foi
desenhista e ilustrador de jornais e revistas da época.
JOHN CONSTABLE
 Fez da natureza o seu tema. Pintou cenas plácidas do campo real.
Acreditava que as paisagens deveriam ser pintadas com base na
observação. Suas cenas rurais refletem um amo intenso pela
natureza, mas insistia que sua pintura não era idealizada.
WILLIAN TURNER
 Seu estilo tornou-se gradualmente mais abstrato à medida que
tentou fazer com que apenas a cor inspirasse sentimentos. Em
“Chuva, Vapor e Velocidade – A Grande Estrada de Ferro Ocidental”
eliminou o detalhe para se concentrar na forma essencial de uma
locomotiva em velocidade sobre uma ponte, em meio a neblina,
vindo em direção ao espectador.
THOMAS COLE
 Artista autodidata, morava num monte que dava para o rio Hudson.
Entusiasta da pintura ao ar livre, vagava a pé pela região na
primavera, no verão e no outono, escalando picos para fazer
esboços a lápis de cenas da natureza intocada. Durante o inverno,
depois que sua memória de determinados locais se esvanecia e se
transformava em brilho confuso, ele retratava o clima essencial do
lugar em pinturas a óleo.
GEORGE CALEB BINGHAM
 Passou a infância numa fazenda rústica em Missouri e foi aprendiz
de marceneiro antes de tentar pintar tabuletas. Aprendeu sozinho a
pintar. Era criticado pelos temas rústicos. Via-se como um
historiador social, imortalizando a vida dos pioneiros.
REALISMO – 1850-1900
 Com A Segunda Revolução Industrial desenvolveu-se uma tendência
favorável ao rompimento com o passado, assim como exprimir uma
forte individualização decorrente da hegemonia da classe burguesa
na sociedade capitalista. Os artistas passaram a expressar os
acontecimentos do mundo moderno à medida que os
experimentavam pessoalmente.
A ARQUITETURA NO REALISMO
 Não deve evocar o
passado, mas satisfazer
as necessidades
individuais no presente.
Tinha por objetivo
conciliar a criação
artística à produção
industrial, preconizando
a restauração do
artesanato e do trabalho
manual, influenciando o
“desing industrial”. Havia,
também, a preocupação
com o uso de estruturas
metálicas, concreto
armado e vidros na
construção de arranha-
céus.
A ESCULTURA NO REALISMO

 Os temas são sempre


contemporâneos, cheios de
intenções políticas e
propósitos doutrinários. O
maior escultor deste período
foi Auguste Rodin, dono de
um estilo feito de naturalismo
e passionalismo. Suas obras
possuem a sobriedade dos
gregos, sugestões patéticas
góticas e a luminosidade dos
impressionistas.
A PINTURA NO REALISMO

 Recusa do intelectualismo
neoclássico e o
emocionalismo romântico.
 Apego aos métodos
científicos da criação.
 Recusa aos temas
mitológicos, bíblicos e
literários.
 Propagação de idéias
políticas e sociais,
denunciando as injustiças,
a exploração dos humildes
e os contrastes entre a
miséria e a riqueza.
ROSA BONHEUR
 Seus quadros de carneiros, vacas, tigres e lobos refletem sua paixão pelo
mundo animal. Vivia com uma amiga, cortava os cabelos como homem,
fumava cigarros e conseguiu autorização policial par usar calça comprida.
Foi uma das primeiras ativistas a defender os direitos das mulheres.
ROSA BONHEUR
 As imagens verossímeis de Bonheur refletiam sua pesquisa
cuidadosa. Para pintar “A Feira de Cavalos”, fez esboços no mercado
de cavalos de Paris durante um ano e meio, disfarçada de homem,
para não chamar a atenção. Para conseguir um conhecimento
acurado de anatomia, trabalhou num matadouro,”atravessando”,
como ela dizia, “poças de sangue”.
GUSTAVE COURBET
 Revolucionário por natureza, ardente defensor dos pobres,
participou da guerra franco-prussiana e, por causa de suas idéias
libertárias, chegou a ser exilado na Suiça.
GUSTAVE COURBET
Quando um juri de arte recusou-se a exibir o que considerava sua
mais importante obra, “Interior do Meu Atelier”, construiu uma
galeria particular para exposições (na verdade um barracão),
chamado “Pavilhão do Realismo”, onde aconteceu a primeira
exposição individual de uma artista na história da arte.
GUSTAVE COURBET
 Pretendia que seus
quadros fossem um
protesto contra as
convenções aceitas no
seu tempo,
“chocassem a
burguesia”, para
obrigá-las a sair de sua
complacência, e
proclamassem o valor
da intransigente
sinceridade artística
contra a manipulação
hábil de clichês
tradicionais.
JEAN-FRANCOIS MILLET
 Está sempre associado
a retrato de
trabalhadores rurais
arando, semeando a
colheita. Nascido de
uma família camponesa,
disse uma vez que
desejava “fazer com
que o trivial servisse
para exprimir o
sublime”. Antes dele os
camponeses eram
invariavelmente
retratados como
estúpidos. Millet lhes
deu uma dignidade
resoluta.
JAMES WHISTLER
 Antes de ser qualquer outra coisa, dizia, a pintura é, em primeiro
lugar e acima de tudo, uma superfície vazia coberta de cores em
padrões variados. Ele não aspirava qualquer elevação moral da sua
pintura e dizia que “a arte devia ser independente de todo o
falatório”.
JAMES WHISTLER

 Sua obra mais famosa


“Arranjo em Cinza e Preto
nº1” é ironicamente
conhecida como “A Mãe
de Whistler”. O artista
acreditava que a
identidade de quem
posava era irrelevante
para a pintura, chamando-
a de “arranjo” de formas.
Observava a
recomendação do poeta
francês Mallarmé, seu
amigo, para “pintar não a
coisa, mas o efeito que ela
produz”
JOHN SARGENT

 Era descrito como “um norte-


americano nascido na Itália,
educado na França, que
parece alemão, fala como
inglês e pinta como
espanhol”. Sargent fazia seus
modelos prósperos pousarem
de forma natural, e assim
dava-lhes vida. Quando lhe
perguntaram se ele procurava
representar o interior da
pessoa por trás do véu,
sargent respondeu: “Se
houvesse um véu, eu pintaria
o véu. Só consigo pintar o
que vejo”.
HENRI DE TOULOUSE-LAUTREC

 Procurou captar os
mais diversos tipos
humanos. Participou
da vida boêmia de
Paris e, nas noitadas,
pintou inúmeras
mulheres, cantando,
dançando no frenesi
da “belle époque”.
 Pintou inúmeros
cartazes para os
espetáculos dos
cabarés parisienses.
A ARQUITETURA NA ERA INDUSTRIAL
 Joseph Paxton, engenheiro,
projetou a estrutura em
ferro e vidro, cobrindo 85
quilometros quadrados e
envolvendo árvores já
adultas no local. Em seis
meses a estrutura de ferro
pré-moldado foi instalada.
Um verdadeiro esqueleto de
ferro coberto de vidro. O
espaço interior, inundado de
luz, parecia infinito, a
estrutura em si quase que
sem peso. O Palácio de
Cristal (1850-51) abrigou a
primeira Feira Mundial em
Londres.
A ARQUITETURA NA ERA INDUSTRIAL

 A utilização do ferro
fundido se espalhou a
partir da segunda metade
do século XIX, permitindo
que os edifícios fossem
maiores e sua construção
mais econômica. A partir
de 1860, com o aço e a
invenção do elevador, os
edifícios transformaram-
se em arranha-céus.
Muitos deles ainda
continuam de pé como o
projetado por William
Jenney, em Chicago, em
1891.
A ARQUITETURA NA ERA INDUSTRIAL
 A maior maravilha da
engenharia e da
construção no século XIX
foi a Torre Eiffel.
Construída como principal
atração da Exposição
Mundial de Paris de 1889,
com trezentos metros de
altura, era a mais alta
estrutura do mundo. A
torre consistia de 7.300
tonelada de ferro e aço
conectadas por 2,5
milhões de rebites.
Tornou-se um símbolo da
audácia da moderna era
industrial.
ART NOUVEAU

 Final do séc. XIX e início


do séc. XX. Descende do
movimento “Artes e
Ofícios” da Inglaterra,
porém foi essencialmente
estético. Consistiu uma
espécie de reação a
esterelidade criativa da
Era Industrial. Era um
estilo decorativo com
formas retorcidas,
floridas, utilizando os
materiais consagrados
pela nova indústria. Seu
maior destaque foi Louis
Comfort Tiffany com seus
vitrais, vasos e abajures.
A INVENÇÃO DA FOTOGRAFIA
 No início do séc. XIX, as  William Fox Talbot inventou os
descobertas científicas na área calotipos, ou negativos da
da ótica e da química fotografia.
convergiam para a produção  Em 1851, um processo
de uma nova forma de arte: a chamado chapa molhada
fotografia. reduziu o tempo de exposição
 Em 1826, o químico francês para segundos e produziu
Nicéphore Niépce fez a impressões quase tão exatas
primeira imagem fotográfica quanto as de Daguerre.
que sobreviveu, uma vista do  Em 1858, a maquina
pátio de sua casa. Deixou uma fotográfica instantânea
placa de estanho polido em substituiu o daguerreótipo.
exposição durante oito horas.  Nos anos de 1880, as câmeras
 Daguerre captava imagens portáteis de mão e o filme em
através do furo de uma caixa rolo começaram a tomar conta
escura. Para que a imagem da arte da fotografia.
fosse fixada era preciso que o  A fotografia colocou em
retratado ficasse imóvel por cheque o naturalismo na
longo período. pintura.
 Niécephore Niépce fez, em 1826, a primeira
imagem fotográfica que sobreviveu: uma vista
do pátio de sua casa.
 Daguerre em 1837 fez
a sua primeira
fotografia: uma vista
detalhada de um
canto do seu ateliê.
 Daguerre foi o
primeiro fotografo a
retratar um ser
humano. Logo após ,
inúmeras
encomendas se
sucederam.
 Fox Talbot inventou os calotipos ou os negativos da fotografia.
 Matthew Brady deu início ao que podemos denominar de
fotojornalismo. Produziu mais de sete mil fotos sobre os horrores da
Guerra Civil Americana.
 Jacob A. Riis usou a fotografia como meio de denúncia social,
documentando, por volta de 1889, a vida e as condições de trabalho das
populações pobres dos centros urbanos.
 Nadar,
caricaturista
francês,
especializou-se
em fotografar
celebridades da
época, como,
por exemplo, a
atriz Sarah
Bernard.
 Julia
Margaret
Cameron
quis captar o
ideal de
beleza. Sua
fotografia
procura
retratar
aspectos
psicológicos
dos seus
modelos.

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