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Doenças reprodutivas em

suínos
Andressa Brito
Carolina Aparecida Augustavo
Gabriel Corrêa Massahud
Gabrielly Bevilaqua Mendonça
Gleiriane Rodrigues Passos
Higor Resende Guimarães
Isabela de Sousa Vaz
Leticia Peixoto Ribeiro
Maria Clara Nogueira
Samanta Escamilha Coelho
Erisipela Suína
• É uma doença infectocontagiosa do tipo hemorrágica, caracterizada
por lesões cutâneas, articulares, cardíacas, septicemia, além de causar
aborto.
Etiologia:
• Causada por bactérias do gênero Erysipelothrix rhusiopathiae :
São bactérias bacilares longas, finas e gram-positivas, são aeróbica,
imóveis, não formadora de esporos.

• Erysipelothrix rhusiopathiae (sorovares


1, 2, 4, 5, 6, 8, 9, 11, 12, 15, 16, 17, 19,
21 e N)
• Erysipelothrix tonsillarum (sorovares 3,
7, 10, 14, 20, 22 e 23)

• Erysipelothrix sp sorovar 13 e 18.


Etiologia:
• Atinge aves, peixes e mamíferos;
• Resiste de 4-5 dias na água;
• Vários dias no solo;
• Resiste em fezes de suínos de 1-6 meses;
• Não resiste aos desinfetantes comuns;
• Não resiste ao calor.
Transmissão:

• Ingestão de água ou alimento contaminados;


• Ferimentos na pele.
Patogenia: Enzima
Neuraminidase

 Septicemia
 Lesões cutâneas
 Poliartrite
 Abortos
 Alteração do tecido
espermiogênico
 Lesões cardíacas
Sinais Clínicos:
• Forma Hiperguda: Morte súbita do animal
• Forma Aguda: Decúbito, relutância em levantar, pernas encolhidas
sob seu corpo, e podem apresentar febre de até 40 a 42,2 ºC,
anorexia, além de lesões na pele. Porcas gestantes podem abortar e
machos apresentam infertilidade temporária.
Sinais Clínicos:
• Forma Subaguda: poucas lesões na pele, febre moderada e
passageira, apetite normal.
• Forma Crônica: caracteriza-se pela ocorrência de artrites e
insuficiência cardíaca.
Lesões:
• Aguda: Lesões cutâneas por danos capilares e vênulas com infiltração
perivascular, pulmões congestionados e edematosos, hemorragias
petequiais no endocárdio e córtex dos rins, esplenomegalia e
linfonodos hemorrágicos.
• Crônica: Artrite proliferativa não supurativa, cápsula articular
espessada, cavidade articular com líquido sero-sanguinolento, pode
progredir resultando em fibrose e anquilose. Há um crescimento de
tecido granular nas válvulas cardíacas.
Diagnóstico:
• Observação dos sinais clínicos;
• Laboratoriais:
Cultivo de bactérias
ELISA
Fixação de complemento
Imunodifusão em gel
PCR
Controle:
• Programa de vacinação
• Programa de desinfecção
• Vazio Sanitário
• Quarentena de novos animais
• Banho e troca de roupas para funcionários e visitantes
Parvovirose

Imagem fonte: http://marphavet.com/en/news/Disease-Treatment/Porcine-Parvovirus-Infection-PPV-1-Etiology-78/


Etiologia
• O PPV pertence à familia Parvoviridae, subfamilia Parvovirinae,
gênero Parvovirus.
• Muito resistente – até 1h a 37°C e ampla faixa de pH
• Não envelopado
• Um sorotipo identificado, embora hajam diferenças entre a
patogenicidade de distintas amostras.
Epidemiologia
• Distribuição mundial
• Transmissão direta ou indireta por contato oronasal com secreções e
excreções infectadas
• Tropismo por células em multiplicação
• Alta concentração de vírus em baias de reprodução
• O manejo utilizado, pode se responsável pela maior ou menos
disseminação do vírus na granja
• A via venérea pode desempenhar um papel significativo na
transmissão da parvovirose.
• No Brasil dados laboratoriais de diagnóstico indicam que
provavelmente não existem granjas comerciais livres de PPV
Patogenia
• O PPV tem particular avidez pelos tecidos embrionários ou pelo feto e
seus envoltórios.
• Após 65-70 dias de gestação os fetos adquirem competência
imunológica.
• A resposta imune ao PPV ainda é pouco conhecida em seus detalhes.
• Em infecções pós-natais, ac anti-PPV são detectadas em torno de 7
dias pós infecção.
• Os leitões podem ser passivamente imunizados pela ingestão
do colostro
• Leitões que sofrem infecções intrauterina após os 70 dias de
idade fetal apresentarão anticorpos ativamente
desenvolvidos.
• Aos cinco meses de idade boa parte das leitoas poderão
encontrar-se susceptíveis
Sinais Clínicos
• Febre
• Moderada panleucopenia
• Alterações reprodutivas
• Atrasado na data de parição
Imagem fonte:

• Mumificação fetal / Natimortos https://www.3tres3.com.pt/tags/sanidade/parvovirus_107/

• Redução do número de fetos e de diferentes tamanhos


• Fêmeas vazias
• Macho é assintomático
Diagnóstico
• Imunofluorescência direta ou PCR
• Pesquisa de anticorpos – ELISA ou Inibição da hemaglutinação
• Isolamento do vírus
• Diferenciais -> Leptospirose, brucelose, doença de Aujesky e
síndrome reprodutiva e respiratória dos suínos
Controle
• Não existe tratamento específico
• Medidas de manejo
• Vacinação (vacina inativada)
• “feedback” (risco sanitário)

http://criacaodeanimais.blogspot.com.br/2015/11/vacinacao-nos-suinos.html
Leptospirose
Etiologia

• É uma doença causada por bactérias espiroquetas, do gênero Leptospira


espécie interrogans, sendo os soravares mais comuns em suínos Pomona,
Icterohaemorrhagiae, Canícola, Gryppotyphosa, Bratislava, Copenhageni e
Hardjo (de bivino mas também acomete suínos);

• São patógenos importante causadores de problemas reprodutivos em suínos


Epidemiologia
• A urina é o fator mais importante na epidemiologia e disseminação da
doença na granja
• Os animais podem ser:
1. Hospedeiros definitivos
• De manutenção: ex -> suínos ( sorovares Pomona e Bratislava)
• Adaptados
2. Hospedeiros Acidentais
• Ex: Ser Humano
3. Portadores
• Roedores, animais silvestres e quaisquer animais doentes
Acidental Definitivo

Portador
Epidemiologia
• A doença se apresenta de forma aguda, crônica ou subclínica

• Resistência das Leptospiras:


• Sobrevivem vários meses em água empoçada, em pH 7,2 a 8,0 , em água
corrente tem sobrevivência mais curta, e em ambientes secos sobrevive por
menos de uma hora
Epidemiologia
• Os suínos são considerados reservatórios devido:

1. Quando infectados pela bactéria apresentam um prolongado período de


leptospiremia, não acompanhado de sinais clínicos (animais com doença
subclínica)
2. A urina dos animais infectados, aos 20 à 30 dias após a infecção contém
grande número de leptospira viáveis
3. Quando infectados pelo sorovar Pomona eliminam leptospiras no urina por
mais de um ano, devido as bactérias se alojarem nos túbulos renais

• Transmitem a doença por via venérea quando infectados pelo sorovar Bratislava
Epidemiologia

Monta Natural x Inseminação artificial


Patogenia
• Fontes de infecção transmitem a doença aos suínos:

• Urina contaminada advinda de animal doente


• Água e alimentos contaminados
• Fetos abortados ou descargas uterinas
• Ambiente contaminado

• As vias de infecção:
1. Oral 3. Pele lesada
2. Venérea 4. Conjuntiva ou mucosas
Patogenia
Patogenia
• Animal adulto( Machos e Fêmeas não prenhas)

1. Infecção adquirida-> 2.Vão para o fígado através dos


vasos linfáticos e se multiplicam durante 5 dias ->
3.Leptospiremia (estágio febril)-> 4. Bactérias infectam
vários órgãos principalmente fígado e rins -> 5. 10 dias
após a infecção começa a produção de anticorpos-> 6.
As bactérias são eliminadas dos tecidos principalmente
por fagocitose, exceto nos rins
Patogenia
• Femêas prenhas

1. Infecção adquirida-> 2.Vão para o fígado através


dos vasos linfáticos e se multiplicam durante 5 dias ->
3.Leptospiremia (estágio febril)-> 4. Bactérias
infectam vários órgãos principalmente fígado e rins ->
5. Aborto e demais complicações reprodutivas
Patogenia
• Leitões e Fetos

1 .Infecção adquirida-> 2.Vão para o fígado através


dos vasos linfáticos e se multiplicam durante 5
dias -> 3.Leptospiremia (estágio febril)-> 4.
Bactérias infectam vários órgãos principalmente
fígado e rins -> 5. Septicemia e morte desses
animais
Sinais Clínicos
• Doença aguda:
• Prostação, anorexia, aumento da temperatura corporal, icterícia em leitões(
sorovar Icterohaemorrhagiae)

• Esses sinais clínicos podem passar despercebidos na granja, e em uma ou


duas semanas os animais se recuperam espontaneamente da doença
Sinais Clínicos
• Doença Crônica:

• transtornos reprodutivos que ocorrem no terço final da gestação, tais como


abortos, natimortos em excesso, parição de leitões fracos que morrem poucas
horas após o nascimento

• Além dos transtornos mencionados o sorovar Bratislava pode causar retornos ao


cio nas primeiras semanas de gestação e infertilidade
Lesões encontradas na necropsia
• Nos fetos abortados, natimortos e leitões doentes:

• edema generalizado e liquído sanguinolento em cavidades devido autólise


intra-uterina após a morte;

• Focos de necrose de hepatócitos e infiltração de células inflamatórias;

• Pode haver lesões renais, porém é mais frequente em animais adultos;

• Icterícia( infectados com sorovar Icterohaemorrhagiae, Canícola e Ballum)


Lesões encontradas na necropsia
Lesões encontradas na necropsia
• Animais com a doença crônica pode ocorrer:

• Lesões renais principalmente nefrite intersticial;

• Lesões macroscópicas nos rins: focos branco-acizentados de 1 a 3 mm de


diâmetro, predominantemente corticais;

• Anel de congestão em volta dos focos iniciais;

• Gânglio renal pode estar edematoso e hemorrágico


Diagnóstico
• Laboratorial
- Microscopia de campo
escuro: sangue e urina.

- Cultura de leptospira de
fluidos corporais.
Leptospiras coradas pela prata em
- Histopatologia e colorações fragmento de fígado.
especiais: sais de prata.
Diagnóstico
• Sorológico

- Aglutinação microscópica.

- Teste de ELISA de captura, com


anticorpos fluorescentes
dirigidos a uma proteína de
membrana a LipL32, bactéria e Microscopia de campo escuro do
específica de sorovares Teste de micro-aglutinação.
patogênicos.
Diagnóstico
• Imunoflorescência
direta.

• Molecular
-Reação em cadeia de
polimerase – PCR.
Leptospira na pelvis renal,
prova de imunoflorescência.
Controle
• Adoção de medidas higiênicas e de manejo:
- Controle de roedores
-Fazer uma aplicação de dihidroestreptomicina (25mg/kg) nas matrizes duas semanas antes da
cobertura e/ou duas semanas antes do parto.
- Adicionar oxitetraciclina á ração, 1kg por tonelada e fornecê-la as porcas um mês antes do
parto.
- Desinfecção das instalações
- Os cachaços a serem incorporados no plantel devem ser procedentes de rebanhos
sorologicamente negativos e parecer em quarentena por no mínimo 30 dias.
- isolamento animais infectados
- evitar que haja contaminação das fontes de água por animais portadores
- tratamento dos animais infectados
- Vacinação
Controle
• Esquema de imunização contra a leptospirose

Leitões 1º dose aos 21 dias de idade


2º dose aos 42 dias de idade (em casos
de surtos na granja)

Leitoas de reposição 1º dose: 40 dias antes da cobertura


2º dose: 20 dias antes da cobertura

Porcas Uma dose, 10 a 15 dias após o parto

Machos (cachaços) Uma dose a cada 6 meses


Controle
Vacinação
• Excelente prática de controle para
a leptospirose em suínos.
• As granjas de reprodutores
suídeos certificadas devem estar
livres ou controlar a leptospirose
por vacinação.
• Devem fornecer proteção
específica contra o sorovares
predominantes da região.
• Deve ser usada, aliada a outras
medidas preventivas.
Brucelose em Suínos
Etiologia:
• Agente etiológico: Brucella suis;

1. Sensíveis ao desinfetantes comuns, a luz e a dessecação;

2. Podem resistir por um ou dois meses em cadáveres no período do


inverno, se for em regiões mais quentes morrem em 24 horas;

3. Pode sobreviver em fezes, urina e água por quatro a seis semanas


Epidemiologia

• Suínos de quatro a cinco meses de idade são mais susceptíveis;


• Morbidade: 50 a 80%
• Mortalidade e letalidade em animais adultos são insignificantes;
• Fonte de infecção: água, alimentos e fômites;
• Transimissão: via genital é a principal, contato direto entre as fêmeas,
inseminação;
• Reservatório: suíno doméstico, lebre europeia e suíno selvagem
Patogenia:

Brucelas penetram no epitélio da mucosa Transporte Gânglios Linfáticos Regionais

Invasão
Bacteriemia intermitente por várias semanas Gânglios Linfáticos Regionais

(Bacteriemia ocorre de uma a

sete semanas após a infecção) Invasão das bactérias no feto Aborto

Nos machos a infecção pode persistir por toda a vida


Sinais Clínicos
Nas fêmeas:

• Aborto;

• Repetição de cio;

• Descargas vaginais purulentas ou com sangue;

• Endometrite em leitoas não gestantes;


Sinais Clínicos

Nos machos:
• Orquite;

Nos leitões:
• Espondilite associada paralisia dos membros posteriores;
• Claudicação
Diagnóstico

• Isolamento de Brucella suis;

• Cultivo de Brucella suis;

• Provas rápida de aglutinação em placa com antígeno de Huddleson;

• Prova do Card-Test
Controle
• Submeter os animais a provas sorológicas com intervalo de seis meses;

• Sacrificar todos os animais da granja infectada;

• Posteriormente fazer desinfecção e vazio sanitário;

• Eliminar suínos positivos;

• Quarentena e testes sorológicos nos reprodutores que serão introduzidos


na granja
PSEUDORAIVA
DOENÇA DE AUJESZKY
Etiologia
• Suid herpesvirus 1

• Família: Herpesviridae

• Subfamília: Alphaherpesvirinae

• DNA cadeia dupla, envelope

• Replicação rápida

• Latência
Epidemiologia
• Hospedeiros naturais e reservatório -> Suínos

• Ruminantes, caninos, felinos, ovinos, caprinos

• Animais silvestres

• Equinos e aves

• Felinos = “gato empalhado”

• Movimentação de suínos e capacidade de latência = principais causas da


disseminação
Epidemiologia

• Surto -> Restringe ao plantel de reprodução

• Segregação de setores da granja -> reduz disseminação

• Introdução de animais novos no plantel;


Epidemiologia

• Estado de Latência = sem expressão gênica, replicação ou sinais


clínicos. Há transmissão!

• Reativação = situações de estresse (manejo, doenças,


corticosteroides)

• MAIOR DESAFIO -> LATÊNCIA


Transmissão
• Via aerógena (500m)

• Via oral – contato direto com saliva e secreções nasais

• Lesões de pele e/ou mucosas

• Reprodução

• Animais silvestres (roedores, gambás);


• Insetos e gatos;
Patogenia
• Depende da amostra e dose viral, idade do animal, sistema imonológico e
rota de infecção;

• Sinais: neurológicos, respiratórios e reprodutivos;

REPLICAÇÃO SECUNDÁRIA
REPLICAÇÃO AXÔNIOS OU
PRIMÁRIA PARA GÂNGLIOS LATÊNCIA
Pode chegar aos pulmões e útero também, dependendo do tropismo da
cepa viral
Sinais Clínicos
• Primeiro contato:
- alta mortalidade;
- abortos/natimortos;
- sinais respiratórios e neurológicos;

• Hipotermia, inapetência, depressão, pêlos eriçados e salivação espumosa ATÉ


convulsões, movimentos de pedalagem e ato de mascar;

• Recém paridos podem escapar da infecção;

• Suínos = “mascar” = principal sinal clínico;

• Bovinos = “Peste de coçar” = automutilação.


Lesões
• Não se observam lesões macroscópicas muito características.
• Eventualmente:
• Meninges congestas;
• ↑vol. Liquor;
• Hemorragias;
• Congestão/Foco necrótico em amigdalas e laringes;
• Rinite fibrinosa;
• Edema pulmonar e lóbulos consolidados;
• Focos necróticos no fígado, adrenais e miocárdio.
• Microscopicamente:
• Lesões do SNC  não-patognomônicas:
• Meningoencefalite não supurativa envolvendo matéria cinzenta;
• Ganglioneurite;
• Mielite;
• Infiltração perivascular intensa;
• Necrose neural intensa;
• Gliose;
• Neuronofagia
• Outros tecidos:
• Pneumonia intersticial
• Espessamento de tabiques alveolares
• Necrose do epitélio bronquial
• + raramente: inclusões virais típicas de Herpesvirus
Diagnóstico
• Exames  identificação do vírus em tecidos ou secreções:
• Material refrigerado  não congelar:
• Virus é sensível a -20°C;
• Se for inevitável  utilizar GELO SECO.
• Animais sintomáticos Tecidos de preferência:
• Gânglio trigeminal;
• Gânglio olfatório;
• Amígdalas.
• Animais latentes Tecidos “aceitáveis”:
• Pulmão;
• Baço;
• Fígado;
• Outros tecidos.
• Detecção em animais latentes  apenas tecido neural:
• Domésticos  gânglio trigeminal;
• Silvestres  gânglio sacral.
• Detecção de anticorpos séricos  indica contato com o vírus:
• Via vacinal, infecciosa ou transmissão passiva;
• Doença clínica  Pareamento de amostras:
• 1 durante/após fase aguda;
• 1 de 3-4 semanas após a primeira amostra;
• Aumento superior a 4 vezes  infecção recente.
• Principais indicações dos testes sorológicos:
• Detectar infecção ativa;
• Identificar portadores assintomáticos;
• Identificar animais soronegativos p/ inserção em granjas livres.
• Teste ELISA  + sensível:
• Detecta Ac vacinais  diferencia animal imunizado do infectado
• Infecção latente pode ou não ser detectada  confirmação por PCR:
• PCR quantitativa;
• PCR em tempo real.
• Observação: pode-se utilizar outros fluidos (suco de carne, fluidos
orais, etc), desde que tenham sido padronizados.
Tratamento
• Não existe um tratamento específico para a doença.
• Suspeita  Acionar autoridades sanitárias  medidas padrão:
• Método considerado ideal  erradicação nas criações:
• Alternativo  vacinação p/ controle de mortalidade e sinais clínicos
• Vacinas disponíveis  matéria prima:
• Vírus vivo atenuado;
• Vírus inativado;
• Subunidades virais.

• Quanto ao tipo de anticorpo:


• Tradicional;
• Deletada/Diferencial  + utilizada:
• Separação entre Ac vacinal e Ac proveniente de infecção.
• No Brasil: vacina de vírus inativado, deletada para Glicoproteína gE do
envelope viral
• Utilização controlada  mediante diagnóstico oficial (exceto SC):
• SC: vacinação de suínos destinados ao abate (vírus vivo atenuado).
• Outros métodos de controle:
• Eliminação total do rebanho;
• Testagem e remoção dos animais positivos.
Programa de Erradicação da Pseudoraiva - SC
• Iniciativa da Embrapa Suinos e Aves
• Programa em 3 etapas
• Concluído em 2004
• Último caso registrado: junho de 2004
• 1ª Etapa:
• Cadastro de rebanhos infectados;
• Elaboração/aplicação de questionário epidemiológico (localizando granjas)
• Confecção de material educativo;
• Treinamento de veterinários de campo;
• Inquérito soroepidemiológico  taxas de infecção;
• Início dos procedimentos de erradicação:
• Despovoamento gradativo e indenização;
• 40 granjas 100% soronegativas para reprodutores (6293 matrizes)
• 35 granjas  erradicação por sorologia e vacinação diferencial
• Testes 2-3x em intervalos de 60 dias (100% de reprodutores e amostra de terminadores);
• Maior parte teve pouca ou nenhuma infecção detectada na última sorologia.
• Novas infecções/ persistência de alta prevalência  despovoadas até 2004
• 201 granjas (23266 matrizes).
• 2ª Etapa:
• Sorologia das áreas de risco (raio de 2,5km dos focos):
• Identificação e eliminação de rebanhos latentes.
• 574 rebanhos reprodutores investigados:
• 521 negativos;
• 26 com baixa taxa de infecção  erradicação por sorologia;
• 27 com altas taxas  despovoamento
• 15 rebanhos terminadores  todos negativos.
• 3ª Etapa:
• Vigilância epidemiológica dos rebanhos repovoados:
• Evitar reinfecção por reprodutores de mini-integrações não certificadas.
• Ao final do processo:
• 238 rebanhos c/ erradicação por despovoamento
• 80 rebanhos c/ erradicação por sorologia
• 36 rebanhos terminadores  apenas 1 positivo
• 2004  OIE concedeu o status de provisoriamente livre de Pseudoraiva
• Certificado permanente  esforços ainda sendo feitos
• Fortalecimento da competitividade e do poder de barganha do setor no
mercado internacional.
Perguntas:
• Qual o principal desafio para a erradicação da Doença de Aujeszky?
Por que?
. A habilidade de latência, porque uma vez que o vírus em latência não provoca sinais
clínicos, dificilmente o proprietário fará sorologia nos animais para o controle da doença,
então o vírus permanece em transmissão, dificultando a erradicação.

• Qual a forma de conservação do material remetido para exame


laboratorial caso você suspeite de Pseudoraiva?
. Preferencialmente resfriado, pois o vírus é sensível ao congelamento a -20°C. Se o
congelamento for inevitável, utilizar gelo seco.

• Qual a vacina para Pseudoraiva temos disponível no Brasil para a


maioria dos estados? Sua utilização é controlada?
. Vacina de vírus inativado, deletado para glicoproteína gE. Sua utilização é controlada
pelo MAPA, sendo liberada apenas em caso de diagnóstico oficial da doença.
Síndrome Reprodutiva e
Respiratória dos Suínos - PRRS
*Apesar de exótica no Brasil, a PRRS e
uma das doenças de maior impacto na
suinocultura, estima-se uma perde de
RS 600.000.000,00 de dólares por ano
nos EUA.
*Há relatos de casos na América do sul
(Colômbia, Venezuela, Chile, Bolívia e
Peru), entretanto o Brasil continua livre
da doença graças as ações estratégicas
do Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (MAPA) além da
consciência das empresas de genética.
Contudo é importante ressaltar, que
mesmo que baixa, ainda há risco de
introdução de PRRSv.
Etiologia:
• vírus da PRRSv, de RNA envelopado (maior taxa de substituição de
nucleotideos já reportada), pertencente a família Arterivirus
• 2 genótipos (Tipo I - “Leilytad”/Europeu e Tipo II – Americano)
• Estável em baixas temperaturas.
Transmissão:

• Horizontal e Vertical
• Fluidos seminais (compra para
IA), orais, fecais e de
secreções.
• Aerossois (principal causa em
granjas com alta densidade –
importância da filtragem de
ar)
• Fomites e vetores mecânicos
Patogenia e Sinais Clinicos:
Diferentes sinais clínicos de acordo com a idade:

• MATRIZES: abortos, partos


prematuros e leitões fracos,
natimortos e fetos autolisados
• LEITÕES NEONATAIS: pneumonia,
refugagem e alta mortalidade
• LEITÕES EM CRESCIMENTO:
pneumonia infecções secundarias,
e mortalidade
• MACHOS: febre e mudanças
morfológicas no sêmen
Diagnostico:
• Clinico
• PCR
• Sorologia (ELISA)
Controle e eliminação:
-Não há droga capaz de cessar a replicação viral
-Uma vez infectada, a granja tem duas opções 1- manter-se positiva a
PRRS e controlar as manifestações clinicas ou ainda, 2- Eliminar o vírus
da granja
Estratégias de controle:

• Aclimatação de Leitoa
• Depopulação parcial
• Manejo para minimizar a transmissão horizontal da PRRS
• Imunização dos suínos
• Fechamento do rebalho “herd closure”
Métodos de eliminação da PRRS:

• Depopulação completa e repopulação


• Teste e Remoção
• Desmame precoce
• Fechamento de rebanhos
Técnica de CRISPR (Edição de genoma)
Conclusão
• Importância econômica
 Perda de matrizes
 Dificuldade de manter o numero de animais
 Surtos
OBRIGADO!

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