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Energia Reativa

Conceitos
Fundamentais
Tensão
Continua e
Alternada
 

 
CORRENTE ALTERNADA

Chamamos de corrente alternada a uma corrente que


muda periodicamente de sentido;

Uma representação gráfica de corrente ou tensão


alternada chamamos de forma de onda;

A forma de onda mostra, as variações da corrente ou


tensão alternada no tempo.
Circuito Resistivo Puro

P at. = V x I x cos φ
Circuito Indutivo Puro

P reat . = V x I x Senφ

P reat . = V(rms) x I(rms) x sen Φ


Circuito Capacitivo Puro

P reat . = V x I x Senφ

P reat . = V(rms) x I(rms) x sen Φ


ANÁLISE DA POTÊNCIA EM C.A.

Em C.A. a Potência aparece sob três formas:

POTÊNCIA ATIVA (P): É a que efetivamente é utilizada para realizar um


determinado trabalho já seja gerando calor, luz, movimento etc. Esta
potência é medida em Kw

POTÊNCIA REATIVA (Q): é a potência usada apenas para criar e


manter os campos eletromagnéticos das cargas indutivas (motores,
transformadores, fornos de indução, etc.). É medida em kVAr. Esta
circula constantemente entre a fonte e as cargas indutivas.
Podem ser:
•Potência Reativa Indutiva ou
•Potência Reativa Capacitiva.

POTÊNCIA APARENTE (S): É a Potência Total de um circuito e engloba


as
duas anteriores expressa em Kva e produto da corrente pela Tensão.

P = POT. ATIVA
Q= POT. REATIVA
S = POT. APARENTE
Triângulo de Potências

Potencia
Potencia
Aparente
Reativa
(Total)
S=P+Q (Magnetização)

Potência ativa

KVA² = (KW)² + (KVAr)²


ENERGIA ATIVA E ENERGIA REATIVA
Alguns equipamentos elétricos precisam de energia ativa (medida
em kWh) e energia reativa (medida em kVArh) para seu
funcionamento.
Apesar de necessária, a utilização da energia reativa deve ser
limitada ao mínimo possível, pois ela não realiza trabalho efetivo,
servindo apenas para magnetizar as bobinas dos equipamentos.
O excesso de energia reativa exige condutores de maior secção e
transformadores de maior capacidade
POTÊNCIA ATIVA

• Potência que efetivamente


realiza trabalho gerando calor,
luz, movimento, etc.
• É medida em kW
POTÊNCIA REATIVA

Potência usada apenas para criar e manter os


campos eletromagnéticos das cargas indutivas.
É medida em kVAR
CARGAS INDUTIVAS

Como exemplo de cargas que


consomem energia reativa
(indutiva) tem - se:

·  Transformadores,
·  Motores de indução,
·  Fornos de indução,
·  Reatores, etc.
CARGAS CAPACITIVAS

Como exemplo de cargas que fornecem


energia reativa (capacitiva)tem - se:

· Capacitores,
· Motores síncronos superexcitados,
· Condensadores síncronos, etc.
Legislação
Legislação

A resolução n° 456, de 29 de novembro de 2000

Fixou o valor de referência para o fator de potência


das instalações como sendo 0,92 indutivo ou
capacitivo. Além disso, estabeleceu as regras para a
medição e o faturamento para as instalações que
apresentam valores de fator de potência abaixo de
0,92.
Em outras palavras estabelece um nível máximo para
utilização de reativo indutivo ou capacitivo, em
função da energia ativa consumida (“kWh”).
Por esse princípio, para cada “ kWh” de energia
ativa consumida, a concessionária permite a
utilização de “ 0,425 kVArh” de energia reativa,
indutiva ou capacitiva, sem acréscimo no custo.
Do mesmo modo estabeleceu os horários nos quais
este tipo de Energia seria condicionada.
Períodos de medição de energia reativa
indutiva e capacitiva
Correção do Fator
de
Potência
Correção do Fator de
Potência

1. Definição
2. Tipos de
Correção
3. Métodos
Fator de Potência

O que é o fator de potência ?


Pode ser entendido como um valor que reflete como a energia
está sendo utilizada.

Para o funcionamento de determinadas cargas, p.ex. motor,


são necessários dois tipos de potência: Ativa e Reativa.
• Ativa para fazer o motor girar;
• Reativa para permitir o giro do motor(magnetizar o
núcleo).
Triângulo de Potências

Potencia
Potencia
Aparente
Reativa
(Total)
S=P+Q (Magnetização)

Potência ativa

KVA² = (KW)² + (KVAr)²


FATOR DE POTÊNCIA
ÍNDICE QUE MOSTRA A RELAÇÃO ENTRE A POTÊNCIA ATIVA E A
POTÊNCIA APARENTE.

Indica a EFICIÊNCIA do uso da energia.

KW
FATOR DE POTÊNCIA = ---------------
KVA

Um alto fator de potência (mais próximo de 1,0) indica alta


eficiência energética;

Um baixo fator de potência (mais distante de 1,0) indica baixa


eficiência energética.
CAUSA DO BAIXO FATOR DE POTÊNCIA

*Motores de indução trabalhando a vazio;

*Motores superdimensionados;

*Transformadores a vazio ou com pouca carga;

*Reatores de baixo fator de potência no sistema


de iluminação;

*Fornos de indução ou a arco;

*Máquinas de tratamento térmico;

*Máquinas de solda; etc.


CONSEQÜÊNCIA DO BAIXO FATOR DE
POTÊNCIA

*Acréscimo na conta de energia elétrica por


estar operando com baixo fator de potência;
*Limitação da capacidade dos transformadores
de alimentação;
*Quedas e flutuações de tensão nos circuitos
de distribuição;
*Sobrecarga nos equipamentos de manobra
limitando sua vida útil;
*Aumento das perdas elétricas na linha de
distribuição pelo efeito Joule;
*Necessidade de aumento do diâmetro dos
condutores;
*Necessidade de aumento da capacidade dos
equipamentos de manobra e proteção.
BANCO DE CAPACITORES

Uma forma econômica e racional de se obter energia reativa


Capacitiva necessária para a operação dos equipamentos é a
instalação de bancos de capacitores próximos a esses
equipamentos. Essa instalação de capacitores, porém,deve ser
precedida de medidas operacionais que levem à diminuição da
necessidade de energia reativa, como, por exemplo, o
dimensionamento correto de motores e outras cargas indutivas
ociosas ou superdimensionadas.
Com os capacitores funcionando como fontes de energia reativa,
a circulação dessa energia fica Circulando entre o Banco de
capacitores e carga. não mais ocupando espaço na rede de
distribuição das concessionárias de energia
Existem várias alternativas para a
instalação de capacitores em uma
instalação, cada uma delas
apresentando vantagens e
desvantagens. Nesse sentido, a
escolha da melhor alternativa
dependerá de
análises técnicas de cada
instalação
Correção localizada: Instalação dos
capacitores junto ao equipamento que se
pretende corrigir o fator de potência.
Representa, do ponto de vista técnico, a melhor
solução, com as seguintes vantagens:

• Reduz as perdas energéticas em toda a


instalação;

• Diminui a carga nos circuitos de alimentação dos


equipamentos;

• Pode-se utilizar em sistema único de


acionamento para a carga e o capacitor,
economizando-se um equipamento de manobra;
Gera potência reativa somente onde é necessário.
 Correção por grupos de cargas:
O capacitor é instalado de forma a
corrigir um setor ou um conjunto
de pequenas máquinas (<10 cv).
 É instalado junto ao quadro de
distribuição que alimenta esses
equipamentos. Tem como
desvantagem não diminuir a corrente
nas alimentadoras de cada
equipamento.
Correção Mista: no ponto de vista
"Conservação de Energia", considerando
aspectos técnicos, práticos e financeiros, torna-
se a melhor solução. Usa-se o seguinte critério
de correção:
• Instala-se um capacitor fixo diretamente no lado
secundário do transformador;

• Motores de aproximadamente 10 cv ou mais, corrige-se


localmente (cuidado com motores de alta inércia, pois
não se deve dispensar o uso de corrente para manobra
dos capacitores sempre que a corrente nominal dos
mesmos for superior a 90% da corrente de excitação do
motor);

• Motores com menos de 10 cv, corrige-se por grupos;

• Redes próprias para iluminação com lâmpadas de


descarga, usando-se reatores de baixo fator de
potência, corrige-se na entrada da rede;

• Na entrada instala-se um banco automático de pequena


potência para equalização final.
MÉTODO: VANTAGENS : DESVANTAGENS:

Capacitores Individuais tecnicamente eficiente e custo alto de instalação


eficaz

Bancos Automáticos melhor para cargas custo mais alto do


variáveis; equipamento
prevenir sobre-tensão;
baixo custo de instalação

Bancos Fixos mais econômico; poucas menos flexível; requer


instalações desligamento manual ou
timer.

Combinação o mais prático para grande menos flexível


número de motores
EFEITO DE UM CAPACITOR EM

UM CIRCUITO ELÉTRICO
2A 40 W
A
W

100 V 100 V
V

1200
Espiras
PAp = V x I = 100 x 2 = 200 VA
PAt = 40 W
0,5 A
40 W

A
W

100 V CAP
100 V V
1200
Espiras

PAp = V x I = 100 x=0,5


50 VA

PAt = 40 W
1a EXPERIÊNCIA 2a EXPERIÊNCIA

PAp = 200 VA PAp = 50 VA

PAt = 40 W PAt = 40 W

COLOCANDO UM CAPACITOR EM PARALELO


COM A BOBINA, A POTÊNCIA ATIVA SE
MANTEM E A POTÊNCIA APARENTE DIMINUI
Conclusão
:
As concessionárias

Estima-se que 10% da energia


produzida é perdida da geração
até o consumo final

Nos cabos de transmissão cerca


de 16% da potência é
considerada reativa, gerando
perdas para a concessionária
Novo apagão???? Racionamento??
O apagão e o racionamento
ocorridos nos anos de 2000 a
2002, mostraram a fragilidade
dos sistemas elétricos do Brasil
Despertou-se uma consciência
de consumir com qualidade e
produtividade.
Novos investimentos no setor
elétrico evitam que tenhamos
novos apagões no Brasil
Muito Obrigado !!

Juan Adolfo
Sistemas Elétricos

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