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Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Disciplina de Ginecologia e Osbtetrícia


Medicina – 4ºano

Raysa Cristina Schmidt


Roberto Arthur Bavaresco
Nacke
 Importância da anticoncepção na sociedade

 Escolher melhor método para cada paciente

 Orientar quanto ao uso e possíveis efeitos


colaterais e falha do método
 Métodos comportamentais
 Métodos não-hormonais (de barreira)
 Métodos hormonais
 Métodos cirúrgicos
Consistem na observação dos sinais do ciclo
menstrual, com consequente abstinência
sexual periódica, ou com ejaculação
extravaginal.

1. Temperatura Basal
2. Ritmo
3. Muco cervical
4. Sintotérmico
5. Coito interrompido
6. Sexo sem penetração vaginal
Vantagens
 Não oneram financeiramente

 Orientação pode ser feita por leigos


treinados

 Estimulam o casal ao aprendizado sobre seu


corpo

 Não tem efeitos iatrogênicos


Desvantagens

 Baixa eficácia
 Dependem da cooperação do casal
 Podem repercutir negativamente sobre a
sexualidade
 Alteram o comportamento sexual do casal
 Não conferem proteção - DST
Temperatura Basal
 Baseia-se no fato da mulher, após a
ovulação, apresentar aumento da
temperatura basal, entre 0,3 e 0,8 °C, devido
à ação da progesterona no centro termorregulador do
hipotálamo.

 Para não engravidar, a mulher deve evitar relações


desde o primeiro dia da menstruação até que a
temperatura se eleve de 0,3 a 0,8 °C por três dias
consecutivos.
 Ritmo/Ogino-Knous/ Tabelinha

Busca encontrar, através de cálculos,


o início e o fim do período fértil.
Para utilizá-lo a mulher deve conhecer
os seus últimos 6 a 12 ciclos menstruais
espontâneos e sua duração.

 PARA CALCULAR

•Início do período fértil - diminuir 18 do ciclo mais


curto;
• final do período fértil - diminuir 11 do ciclo mais
longo
 Muco Cervical/Billings

Baseia-se na ocorrência de modificações


cíclicas no muco cervical, através das quais
a mulheres podem observar se estão no
período fértil permanecer em abstinência por
no mínimo 3 dias a partir pico mucoso,
podendo reiniciar a atividade sexual no
quarto dia.
 Sintotérmico
É utilização de indicadores múltiplos
melhorando a eficácia do método e
diminuindo tempo de abstinência.
 Muco/Billings
 Ritmo
 Temperatura basal.
Coito interrompido
 Baseia-se na capacidade do homem em
pressentir a iminência da ejaculação e neste
momento retirar o pênis da vagina evitando
assim a deposição do esperma.

 Diminuição da libido
 Ejaculação precoce
 Impotência sexual masculina
 Disfunção sexual
 Varizes e dor pélvica na mulher
Sexo sem penetração vaginal
Consiste na busca do prazer, sem risco de
concepção.

 sexo oral
 sexo anal
 masturbação a dois, etc.
 Requerem persistência e aprendizado
 Alto índice de falha
 Não usar nos extremos de idade
ÍNDICE DE FALHA

20%

15%

10%

5%

0%
1
1º ano 20%
adaptadas 9%
barreira 0,01%
FALHAS

1º ano adaptadas barreira


ANTICONCEPCIONAIS ORAIS
COMBINADOS
O principal mecanismo de ação é a inibição
da ovulação por suprimir o mecanismo de
feedback que leva à liberação de LH.
Além disso, muda a consistência do muco
cervical, dificultando a penetração dos
espermatozóides.
Anticoncepção hormonal
Anticoncepcionais Orais Combinados

ETINIL ESTRADIOL + PROGESTÁGENO

MONOFÁSICO

BIFÁSICO

TRIFÁSICO
Anticoncepcionais Orais Combinados
Progestágenos

• levonorgestrel
• norgestrel
• acetato de noretrindone
• norgestimato
• desogestrel
• gestodene
• ciproterona
• drospirenona
 As pílulas devem ser ingeridas sempre no mesmo horário.
 Iniciar a primeira cartela no primeiro dia do ciclo.
 Em caso de esquecimento, a paciente deve ser orientada a
ingerir imediatamente e seguir normalmente as pílulas
subseqüentes.
 No caso de o esquecimento acontecer nos primeiros
comprimidos da cartela, o risco de gravidez é maior. A
paciente deve usar método de barreira por, pelo menos,
uma semana.
 No caso do esquecimento de duas ou mais pílulas é melhor
usar método de barreira, interromper o uso da pílula e
recomeçar nova cartela.
 Interações Medicamentosas: Amoxicilina, Penicilina,
Eritromicina, anticonvulsionantes, Metildopa*,
Guanetidina*

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 1) Neoplasia hormonal dependente;
 2) CA de mama declarado ou suspeito;
 3) Tromboflebite ou doenças tromboembólica;
 4) Doença coronariana, cerebrovascular ou
ocular;
 5)Sangramento uterino anormal não
diagnosticado;
 6) Gravidez confirmada ou suspeita;

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Adesivos Transdérmicos
Equivalente à pílula combinada.

•As substâncias ativas são liberadas diretamente na corrente


sangüínea, a saber: norelgestromina (150 μg/dia) e
etinil estradiol (20 μg/dia)

•Os estudos iniciais mostram que o adesivo resiste bem em


condições de calor, umidade e exercícios físicos.
Tipos e Composição
 Este anticoncepcional contém progestágeno em uma
quantidade muito pequena, encontrado em embalagens com
28 ou 35 pílulas ativas.

 Durante a lactação, iniciar o uso seis semanas após o parto.


 Como esse medicamento não contém estrogênio, pode ser
usado em várias situações em que a pílula combinada está
contra-indicada.
Mecanismo de ação
 Promovem o espessamento do muco cervical, dificultando a penetração
dos espermatozóides;
 Inibem a ovulação em aproximadamente metade dos ciclos menstruais.

Importante:
 Não interferem em uma gravidez em andamento
 São mais eficazes quando tomados à mesma hora todos os dias.

Efeitos secundários
 Não lactantes: alterações no fluxo menstrual, spotting (manchas),
amenorréia que pode ocorrer durante vários meses, fluxo menstrual
abundante ou prolongado;
 Lactantes, as alterações menstruais podem não ser percebidas, porque
essas mulheres habitualmente não têm ciclos regulares; os ACO de
progestógeno podem prolongar a amenorréia durante a amamentação;
 Outros: cefaléia e sensibilidade mamária.
Anticoncepcional Injetável Mensal

 ESTROGÊNIO + PROGESTAGÊNIO
 Mecanismo de Ação: Inibem a ovulação e tornam o muco
cervical espesso, dificultando a passagem dos
espermatozóides.
 Principal diferença com ACO combinados é a presença de
um estrogênio natural na composição dos injetáveis, em
oposição ao estrogênio sintético dos ACO, conferindo
maior segurança em relação a pílula combinada. Além
disso, a apresentação parenteral elimina a primeira
passagem hepática dos hormônios.
 Iniciar o uso nos cinco primeiros dias do ciclo. As injeções
subseqüentes devem ser feitas sempre no mesmo dia do
mês.
 Intramuscular (profunda)
Anticoncepcional Injetável Trimestral
Tipos e Composição
 O anticoncepcional injetável trimestral contém apenas um

progestógeno em frasco-ampola de suspensão microcristalina


de depósito contendo acetato de medroxiprogesterona.

Mecanismo de Ação
 Impede a ovulação;
 Espessa o muco cervical, dificultando a passagem do espermatozóide
através do canal cervical.

Efeitos Secundários
 Alterações do fluxo menstrual: amenorréia mais comum
 Aumento de peso: em média 1 a 2 kg por ano
 Cefaléia, sensibilidade mamária, desconforto abdominal,
 Alterações do humor, náusea, queda de cabelos, diminuição da libido
e/ou acne;
 Atraso no retorno da fertilidade
Mecanismo de Ação
 Inibição da ovulação: estudos realizados mostram
ausência de ciclos ovulatórios nos primeiros 2 anos
de uso, 5% de ciclos ovulatórios no 3º ano de uso e
menos de 2% de ciclos ovulatórios no 4º e 5º ano de
uso.
 Muco cervical: aumenta a viscosidade do muco
cervical, inibindo a penetração do espermatozóide.
 Efeitos endometriais: diminuição da espessura do
endométrio, até espessura média de 4 mm.
Efeitos Secundários
 Sangramento

 Amenorréia

 Acne, dor nas mamas, cefaléia, aumento de peso, dor


abdominal, diminuição da libido, tonturas, dor no local da
injeção, labilidade emocional, sintomas similares aos da
influenza, náuseas.

Duração de Uso
 O implante de etonogestrel está aprovado

para 3 anos de uso.


A efetividade é igual durante todo o período de uso.

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 Libera diariamente 15 μg de etinil
estradiol e 120 μg de etonogestrel.
 Cada anel é usado por um ciclo,
que compreende três semanas de
uso e uma semana sem o anel.
 O anel é introduzido e retirado pela
usuária.
 Ao iniciar o método, deve-se
introduzir o anel no primeiro dia do
ciclo.
 O mecanismo principal de ação é a
anovulação
 Levonorgetrel na dose de 0,75 mg por duas vezes, com
intervalo de 12 horas.
 O medicamento pode ser iniciado até 72 horas após a
relação sexual.
 O principal mecanismo de ação é o retardo na ovulação
associado a modificações no endométrio que impedem a
fertilização.
 Caso a mulher esteja grávida o medicamento não provoca
o abortamento e não tem efeito teratogênico.
 A utilização do levonorgetrel após a relação sexual reduz
em cerca de 85% o número de gestações indesejadas, com
conseqüente impacto positivo na redução do número de
abortametos provocados.
 Efeitos secundários:
Métodos de Barreira
Atuam impedindo a ascenção do espermatozóide ao útero por
atuação mecânica, química ou mista

 Condom masculino
 Condom feminino
 Diafragma
 Espermicida
CONDOM MASCULINO
É uma capa ou luva feita para cobrir e se ajustar ao pênis ereto
do homem e formar uma barreira física entre o pênis e vagina.

EFICÁCIA: Tem maior eficácia para prevenir a gravidez quando usado


corretamente, em todas as relações sexuais: taxa de gravidez de três
em cada 100 mulheres no primeiro ano de uso (uma em cada 33).
CONDOM MASCULINO
Técnicas de uso:
É colocado com o pênis ereto,
deve-se apertar a ponta, para
evitar o ar para prevenir a
ruptura, desenrolar até a base.
Evitar uso de lubrificantes. Deve
ser trocado a cada relação e ao
descartar dar um nó.
CONDOM MASCULINO
Vantagens:

• Protege contra DSTs (HIV, sífilis);

• Seguros, não apresentam efeitos colaterais hormonais;

• Seu uso pode ser interrompido a qualquer momento;

• Oferecem anticoncepção ocasional sem a necessidade de


manutenção diária;

• Fácil acesso;
CONDOM MASCULINO
Riscos:

• Indivíduos alérgicos ao látex podem apresentar vermelhidão,


prurido e edema após o uso do condom;

• Ocorrência de roturas;

• Requer motivação;
CONDOM FEMININO
Consiste em uma bolsa cilíndrica feita de plástico fino,
transparente e suave. Durante a relação, o pênis do homem
penetra no interior do condom feminino.

EFICÁCIA: A taxa de gravidez em 100 mulheres após o


primeiro ano de uso é de 21,usado da maneira mais comum,
e de cinco, quando usado corretamente.
CONDOM FEMININO
Técnicas de uso:
Flexionar o anel interno de modo
que possa ser introduzido na
vagina. Com os dedos indicador e
médio, empurrar o máximo que
puder, de modo que fique sobrando
um pouco para fora (o anel
externo), o que deve permanecer
assim durante a relação. Retirar
logo após a ejaculação, rosqueando
o anel para que não escorra o
líquido seminal para dentro da
vagina
CONDOM FEMININO
Vantagens:
• É controlado pela mulher;

• Parece não haver condições médicas que limitem o seu uso;

• É inserido antes da relação sexual (provoca menos interrupções


do ato sexual);

• Não precisa ser retirado imediatamente após a ejaculação;

• É fácil de remover;

• É mais forte do que o látex;

• Não apresenta efeitos colaterais aparentes, nem reações alérgicas;


CONDOM FEMININO
Desvantagens:

• Caro, pelo menos por enquanto;

• Exige a aprovação do parceiro;

• A mulher precisa tocar nos seus genitais;

• Pode ocorrer penetração inadequada do pênis;

• A inserção correta pode ser difícil; usuárias inexperientes devem


ser orientadas para praticar a inserção antes de usá-lo.

• É mais forte do que o látex;

• Não apresenta efeitos colaterais aparentes, nem reações alérgicas;


DIAFRAGMA
O diafragma é um método vaginal de anticoncepção, que consiste
em um capuz macio de borracha côncavo com borda flexível, que
cobre o colo uterino. Deve ser utilizado com geléia ou creme
espermicida.
EFICÁCIA: a taxa de gravidez é de 6 para cada 100 mulheres no
primeiro ano de uso (uma em cada 17).
DIAFRAGMA
DIAFRAGMA
Vantagens:
• Seguro,é método controlado pela mulher, sendo que quase
todas as mulheres podem usar;

•Contribui para prevenir algumas DST;

•Previne efetivamente a gravidez se utilizado corretamente em


todas as relações sexuais;

•Sem efeitos hormonais;

•Sem efeitos no leite materno;

•Pode ser inserido até seis horas antes da relação sexual, para
evitar a interrupção do coito;
DIAFRAGMA
Desvantagens:

• Pode ocorrer corrimento vaginal intenso e de odor fétido,


caso o diafragma seja deixado por muito tempo no local;

•Pode aumentar o risco para infecção urinária.Previne efetivamente


a gravidez se utilizado corretamente em todas as relações sexuais;

•Excepcionalmente pode causar síndrome do choque tóxico;


ESPERMICIDAS
São métodos químicos de barreira, que consistem em dois
componentes: o espermicida químico e uma base inerte, que é o
meio usado para manter o agente espermaticida aderido ao colo
uterino.

Espermicidas químicos: nonoxinol-9, menfegol e cloreto de


benzalcônio.
Base inerte: creme, geléia, espuma, supositório, comprimido ou
filme.

EFICÁCIA: Em uso rotineiro - taxa de gravidez é de uma em cada quatro


mulheres.
Usados correta e consistentemente - taxa de gravidez é de uma em cada 17
mulheres.
ESPERMICIDAS
Técnicas de uso:

Espuma ou creme - A qualquer momento no período de uma hora antes do


ato sexual, a mulher carrega o aplicador com a espuma ou o creme contidos
no tubo ou lata de espermaticida. Ela então coloca o aplicador na vagina, o
mais fundo possível, e empurra o êmbolo do aplicador.

Comprimido, supositório ou filme - A mulher coloca o comprimido,


supositório ou filme no interior da vagina, o mais fundo possível, com um
aplicador ou com os dedos. O filme deve ser dobrado ao meio e colocado,
com os dedos secos, próximo ao colo uterino.
ESPERMICIDAS
Vantagens:
• Pode ser inserido até uma hora antes da relação sexual para
evitar interrupções no coito;

•Pode aumentar a lubrificação vaginal;

•Pode ser usado imediatamente após o parto;


ESPERMICIDAS
Desvantagens:
• Teoricamente, a irritação causada pelo uso do espermaticida
várias vezes ao dia pode aumentar o risco de HIV/AIDS;

•Podem aumentar o risco para candidíase genital, vaginose


bacteriana e infecções do trato urinário na mulher;
DIU
Dispositivo Intra Uterino
DIU
O dispositivo intra-uterino (DIU) é um dos métodos
anticoncepcionais mais utilizados em todo o mundo, com
aproximadamente 100 milhões de usuárias. É um objeto
pequeno de plástico flexível, freqüentemente com
revestimento ou fios de cobre. O dispositivo é inserido no
útero da mulher através da vagina.
• DIU com Cobre: é feito de plástico, com filamento de cobre enrolado
em sua haste vertical;

• DIU que libera hormônio: é feito de plástico e a haste vertical é


envolvida por uma cápsula que libera continuamente pequenas
quantidades de levonorgestrel;

• DIU inerte ou não medicado: é feito de plástico ou aço inoxidável;


DIU
A B C

A e B = DIU com
cobre
C = DIU que libera
hormônio
DIU COM COBRE
EFICÁCIA : Taxa de gravidez de 3 para 100 mulheres no
primeiro ano de uso (aproximadamente uma em cada 30
mulheres).
DIU COM COBRE
Técnica de Inserção:

• Fazer um exame pélvico cuidadoso (bi-manual e especular), verificando a


posição do útero, para certificar-se de que a mulher pode usar o DIU com
segurança e eficácia;

A técnica de inserção consiste nas seguintes etapas:

 Observar as medidas para prevenção de infecção: limpar cuidadosamente


o colo uterino e a cavidade vaginal com uma solução anti-séptica antes da
inserção do DIU;

 Pinçar o lábio anterior do colo uterino com uma pinça de Pozzi e inserir
delicadamente o histerômetro através do canal cervical até atingir o fundo
uterino.
DIU COM COBRE
Técnica de Inserção:

 Depois da histerometria, carregar o dispositivo no tubo de


inserção sem tirar o DIU do pacote estéril.

 Inserir o dispositivo de inserção carregado através do canal


cervical, lenta e delicadamente, seguindo as instruções do
fabricante. Deve-se cuidar para não tocar as paredes vaginais ou
as lâminas do espéculo, e evitar passar o dispositivo mais de
uma vez pelo canal cervical;

 É recomendável padronizar o comprimento do fio entre 2 e 3


cm.
DIU COM COBRE
Vantagens:
• Método de longa duração. O TCu 380A dura, pelo menos, 10 anos; os DIUs
inertes nunca precisam ser trocados;

•Muito eficaz;

•Não interfere nas relações sexuais;

•Imediatamente reversível. Quando removido, a mulher pode engravidar tão


rapidamente quanto uma mulher que não usou o DIU;

•Pode ser inserido imediatamente após o parto (exceto os DIUs que liberam
hormônios) ou após um aborto induzido (se não há evidência de infecção);

•Não interage com outra medicação;


DIU COM COBRE
Desvantagens:
• Perfuração da parede do útero (muito raro quando a inserção é bem feita);

•Em mulheres usando o DIU, após uma DST, tende a ocorrer com mais freqüência
a doença inflamatória pélvica (DIP). A DIP pode levar à infertilidade;

•Algumas mulheres, ocasionalmente, podem sentir uma sensação de fraqueza e,


excepcionalmente, desmaiar durante o procedimento;

•Pode deslocar-se e sair do útero, às vezes sem que a mulher se dê conta;


DIU QUE LIBERA HORMÔNIO
O SIU-LNG é um endoceptivo, ou seja, um sistema
intrauterino que libera hormônio (levonorgestrel)
diretamente no útero. Pode ser utilizado como método
anticoncepcional, no tratamento de distúrbios menstruais e
na terapia de reposição
hormonal.
DIU QUE LIBERA HORMÔNIO
EFICÁCIA: A taxa de gravidez acumulada até 5 anos é de 0 - 0,2 por
100 mulheres.
Mecanismo de Ação:
Muco cervical: diminui a produção, aumenta a viscosidade (relação
água/mucina), inibição da migração espermática;

Efeitos endometriais: Devido aos níveis elevados de levonorgestrel na


cavidade uterina, ocorre insensibilidade do endométrio ao estradiol circulante
(inibição da síntese do receptor de estradiol e efeito antiproliferativo).

Outros efeitos: efeitos útero-vasculares, inibição da motilidade espermática,


reação de corpo estranho, mecanismos moleculares.
DIU QUE LIBERA HORMÔNIO
DIU QUE LIBERA HORMÔNIO
Técnica de Inserção:

 semelhante à de DIU com cobre;

Momentos Apropriados para iniciar o uso:

 Mulher menstruando regularmente;


 Entre o 1º e o 7º dia do ciclo menstrual;
 Após o parto, durante a amamentação;
 6 a 8 semanas pós-parto;
 Pós-menopausa;
DIU QUE LIBERA HORMÔNIO
Vantagens:

• Método de longa duração. O sistema intra-uterino dura entre 5 e 7


anos;
• Uma única decisão leva a anticoncepção eficaz e duradoura;
• Rapidamente reversível; o retorno da fertilidade no 1º ano é de 75,4%
e no 2º ano, 81%;
• Pode ser usado no tratamento de metrorragia, dismenorréia e miomas;
• Pode ser usado na terapia de reposição hormonal da mulher
menopausada, associado ao estrogênio (oral, implantes ou
transdérmico);
• Pode prevenir infecções genitais. As taxas de infecções genitais são
menores entre usuárias de sistema intra-uterino quando comparado
com o DIU com cobre;
DIU QUE LIBERA HORMÔNIO
Desvantagens:

• perfuração da parede do útero;

• pode deslocar-se e sair do útero, às vezes sem


que a mulher se dê conta;
DIU QUE LIBERA HORMÔNIO
• MIRENA
Ligadura tubária constitui método permanente de
contracepção, operacionalizado através da
obstrução do
lúmen tubário, impedindo assim o transporte e a
união dos
gametas.

 Consequencias a curto, médio e longo prazo


 Responsabilidade médico-legais
 Exige indicação médica.

 Maisde 25 anos ou pelo menos dois filhos e


que já passaram por grupos educativos, pelo
menos 60 dias antes.

A esterilização não poderá ser feita em


momentos de aborto ou parto, a menos que
novas gestações ofereçam risco de vida para
a mulher ou futuros bebês.

A menstruação continua a ocorrer


normalmente após a cirurgia.
Independente da técnica ser utilizada
recomenda-se o
terço proximal da tuba (região ístmica) como o
local
ideal para ligadura.

 Minilaparotomia
 Laparoscopia
 Colpotomia posterior
Técnicas:

 Uchida
 Pomerov
 Madlener
 Eletrocoagulação bipolar
 Anéis de Silástico
 Clipes tubários
Complicações

• Hemorragias;
• Sepse
• IAM
• Embolia pulmonar
• Complicações anestésicas
• Lesões em órgãos abdominais;
• Formação de abscessos;
• Aderências;
• Gravidez ectópica.
Vantagens
-A mulher não precisa mais utilizar outros meios para evitar
a gravidez.
-A possibilidade de falha é muito rara.

Desvantagens

-Risco cirúrgico, exigindo exames pré-operatórios,


internação e anestesia.
-A cirurgia é definitiva e irreversível, pois o retorno
favorece gravidez ectópica .
-Várias mulheres se arrependem de não poder engravidar
anos após o procedimento. 
-Não protege contra as DST/Aids.
Falha contraceptiva

 Falha do equipamento
 Paciente grávida no momento da
esterilização
 Erro Cirúrgico (30-50% das falhas).
 Fistulização
 Reanastomose espontânea
Consiste em: secção e/ou oclusão do canal
deferente,
sendo um método seguro, eficaz e de fácil
execução.

 Indicação - Contracepção cirúrgica masculina.

 Contra-indicações
- Infecção local, distúrbio da
coagulação (hemofilia)

 Precauções - Hérnia inguinal , orquidopexia,


hidrocele, varicocele, neuroses e desajuste
sexual.
 O homem não perde a ereção, nem a ejaculação
e nem a capacidade sexual é afetada.

 As principais complicações incluem epididimite


congestiva, hematoma do escroto e infecção de
ferida operatória.

 Não demonstrou aumento na incidência de


câncer de próstata (como se acreditava
antigamente), câncer de testículo, urolitíase ou
aterosclerose.
Vantagens:

– Este método não altera o desempenho sexual. Favorece a


participação do homem na contracepção.
– A cirurgia é simples, com anestesia local e pode ser
realizada em consultório não havendo necessidade de
internação.
– Não há mais necessidade de uso de outros métodos
contraceptivos.
Desvantagens:

– Risco cirúrgico.
– Há muitos casais que se arrependem ou homens que
casam com novas parceiras que desejariam ter filhos. 
– Este método não protege contra as DST’s.
Falha Contraceptiva

• Coito desprotegido antes da azoospermia;

• Recanalização espontânea do ducto deferente;

• Ligadura de estruturas errôneas pelo cirurgião;

• Duplicidade congênita do ducto deferente


(raramente).
 Bareiro AOG, Wagner HL, Stein AT, Castro Filho ED,Alonso
LG, Melo NR. Esterilização Feminina – Projeto Diretrizes,
2009. Disponível em:
http://www.projetodiretrizes.org.br/8_volume/29-
Esterilizacao.pdf
 Melo NR, Filho ASP. Manual de Orientação Anticoncepção –
Febrasgo,2007.
 Halbe, H., W.; “TRATADO DE GINECOLOGIA”; 3ª Ed.;
Editora Roca LTDA; São Paulo – SP., 2000.
 Conceição, J., C., J.; “GINECOLOGIA FUNDAMENTAL”; 1ª
Ed.; Editora Atheneu; Rio de Janeiro – RJ; 2005.

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