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AS TEORIAS DO CONHECIMENTO
GNOSIOLOGIA
TEORIA DO
CONHECIMENTO
O que é o conhecimento?
Que tipos de conhecimento existem?
Quais as fontes do conhecimento?
Qual a origem do conhecimento?
Será que o conhecimento é possível?
Qual o fundamento do conhecimento?
Como se dá
O CONHECIMENTO
REALIDADE
PENSAMENTO SENTIDOS
OU RAZÃO (EXPERIÊNCIA SENSÍVEL)
Juízos cuja verdade pode ser conhecida Juízos cuja verdade só pode ser
independentemente de qualquer experiência, conhecida através da experiência
tendo origem no pensamento ou razão. sensível.
Baseia-se em juízos a priori, tendo a sua fonte Baseia-se em juízos a posteriori, tendo a
ou origem apenas no pensamento ou na razão. sua origem na experiência. É o
É justificado pela razão e não pela experiência. conhecimento empírico, justificado pela
experiência.
EMPIRISMO
RACIONALISMO (Empirismo inglês do século
(Racionalismo do século XVII) XVIII)
Filósofos: Filósofos:
René Descartes David Hume
(1596-1650)
(1711-1776)
RACIONALISMO
Desconfiança dos
A razão (entendimento) é a sentidos:
fonte principal do Eles são fonte de
Ideias inatas: conhecimento. crenças confusas e,
As ideias muitas vezes,
fundamentais já incertas.
nascem connosco.
A razão é fonte de um
conhecimento totalmente
independente da experiência
sensível – a priori, necessário
e universal. A matemática
constitui o modelo do Otimismo
Intuição e dedução: racionalista:
conhecimento.
As ideias Há uma
fundamentais correspondência
descobrem-se por entre pensamento e
intuição intelectual. O sujeito impõe-se ao realidade. Toda a
O conhecimento realidade pode ser
objeto através das noções
constrói-se de forma conhecida.
e princípios evidentes que
dedutiva. traz em si.
O RACIONALISMO
DE
RENÉ DECARTES
Vida e obra
1596 - 1650
René Descartes (nasceu a 31 de Março de 1596, La Haye en Touraine, França e
faleceu em 11 de Fevereiro de 1650, Estocolmo, Suécia).
Também conhecido como Cartesius, foi um filósofo, um físico e matemático francês.
• Foi contemporâneo de Galileu.
• O seu pai era juiz da Alta Corte de Justiça.
• Estudou no mais prestigioso colégio jesuíta de França e
na Universidade de Poitiers, a mesma onde estudou Francis
Bacon.
• Em 1618, entrou ao serviço de Maurício de Nassau durante
a Guerra dos Trinta Anos para conhecer o Mundo e a
verdade.
Filósofo racionalista
Descartes duvida:
CARACTERÍSTICAS
DA DÚVIDA
(Cartesiana)
É um meio para atingir Rejeita como se fosse falso Incide não só sobre o
a certeza e a verdade,
não constituindo um tudo aquilo em que se note conhecimento em
fim em si mesma. geral, como também
a mínima suspeita de
Duvidar tem por
sobre os seus
finalidade alcançar incerteza.
uma verdade que fundamentos e as suas
resista à dúvida –
raízes.
cogito.
DÚVIDA
(Cartesiana)
EFEITOS
Intuição Dedução
CLAREZA DISTINÇÃO
EVIDÊNCIA
Separação de uma
Presença ideia relativamente
da a outras.
Às ideias não lhe
ideia
estão associados
ao elementos que não
espírito. lhe pertençam.
Mas após atingir a 1ª verdade, Descartes ainda não afastou a hipótese do Deus
enganador. Isto é:
- Descartes necessita de demonstrar a existência de um Deus que não nos engane.
Descartes encontra-se agora na posse de uma verdade
inabalável que lhe pode servir de modelo para o
conhecimento futuro.
- De onde lhe veio esta ideia de perfeito, que tem dentro de si?
- De si mesmo? (= ateísmo) Não!
ARGUMENTO DA CAUSALIDADE:
- Deus é a causa de ter dentro de si a ideia de Perfeito.
3.ª certeza:
- Logo, existe!
ARGUMENTO ONTOLÓGICO:
- Existencial.
IDEIA DE SER PERFEITO : noção de um ser
omnisciente, omnipotente e sumamente bom.
- Deus é perfeito.
- Temos, então, a ideia de um ser perfeito (Deus).
Qualidades subjetivas
Ser humano (não estão presentes nos
corpos)
Resumo de Descartes
Ideias inatas
– conhecimento claro e distinto -
Principais verdades:
- A existência do pensamento (alma), traduzida no cogito;
- A existência de Deus, ser perfeito, com os atributos respetivos;
- A existência de corpos extensos em comprimento, largura e altura.
CÍRCULO CARTESIANO:
(o facto de a ideia que temos de Deus ser clara e distinta, garante-nos que Deus existe;
Pois é Deus quem garante a verdade e a objetividade das ideias claras e distintas.
O EMPIRISMO
DE
DAVID HUME
Vida e obra
1711 - 1776
Filósofo empirista
É na experiência
que deve ser procurado o fundamento do conhecimento.
DAVID HUME
(1711-1776)
A origem do conhecimento:
- Todo o conhecimento, diz-nos Hume, tem origem na experiência.
- O sujeito relaciona-se com o objeto através dos sentidos.
- A mente que capta as percepções é uma tábua rasa, não possui formas inatas capazes
de tratar, de enformar, o conhecimento.
Origem do conhecimento
Grau de Ideias
Impressões maior menor (pensamentos)
força e
vivacidade
- Estes dois últimos processos do entendimento aplicam-se aos objetos da mente e dão
origem às ciências formais (matemática, geometria, etc.).
- A indução aplica-se aos objectos exteriores ao ser humano e está na base das ciências
naturais.
DAVID HUME
(1711-1776)
Origem do conhecimento
Grau de Ideias
Impressões maior menor (pensamentos)
força e
vivacidade
Tipos de conhecimento
Não estão
dependentes A sua
RELAÇÕES DE QUESTÕES DE
do confronto IDEIAS FACTO justificação
com a encontra-se na
experiência. Conhecimento experiência
Conheciment a posteriori
o a priori (traduzido em sensível.
São sempre
(traduzido em proposições
proposições contingentes).
verdadeiras, em necessárias)
Poderiam ter
quaisquer sido falsas.
Verdades Verdades
circunstâncias. necessárias. contingentes. Negá-las não
Ex.º: Ex.º:
São os «5+5 = 10.» «o Sol brilha.» implica
conhecimentos contradição.
da lógica e da
O conhecimento a priori nada nos diz de importante sobre o mundo.
matemática.
A distinção entre relações de ideias e questões de facto é, de certa maneira,
equivalente à distinção entre juízos analíticos e juízos sintéticos (a posteriori).
DAVID HUME
(1711-1776)
CAUSALIDADE E INDUÇÃO
Ex.º:
Até hoje, o calor evaporou a água. Logo, isso irá igualmente
verificar-se amanhã.
DAVID HUME
(1711-1776)
Problemas de causalidade
MUNDO (REALIDADE
EU EXTERIOR)
DEUS
Empirismo de Hume
A crença na
Só conhecemos as Mitigado ou
existência de algo
perceções, moderado:
para lá dos
pelo que a Hume
fenómenos carece
realidade acaba reconhece as
de fundamento. A
por se reduzir limitações
capacidade
aos fenómenos. das nossas
cognitiva do
capacidades
entendimento
cognitivas e a
humano limita-se
nossa
ao âmbito do
propensão para
provável.
o erro.
Baseiam-se nas
impressões dos sentidos.
DAVID HUME
(1711-1776)
- A causalidade, a relação entre uma causa e um efeito não pode ser determinada por
- Se colocarmos um ser humano perante um objeto nunca visto, ele não será capaz
de descobrir os seus efeitos sem os experienciar. Por outro lado, não havendo
conhecimentos prováveis.
DAVID HUME
(1711-1776)
A crítica da causalidade e da indução:
- Não há qualquer razão para pensar numa entidade metafísica que confira unidade e
fundamento ao conhecimento humano.
- Uma vez que o processo de conhecer é indutivo, todo o conhecimento é uma mera
probalidade.
Análise comparativa das teorias de
Descartes e Hume