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GESTÃO

EMPRESARIAL
Escola de Ensino Profissionalizante New Infor| Prof.ª: Mirella Reis
MÓDULO I
NOÇÕES EM
ADMINISTRAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO
CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS

A Administração (português brasileiro) ou Gestão (português europeu) é a ciência


social que estuda e sistematiza as práticas usadas para administrar.
O termo "administração" significa direção, gerência. Ou seja, é o ato
de administrar ou gerenciar negócios, pessoas ou recursos, com o
objetivo de alcançar metas definidas.

“ A Administração é a arte
de aplicar as leis sem lesar
os interesses.

— Honoré de Balzac.
Administrar é o processo de dirigir ações que utilizam recursos para atingir
objetivos. Embora seja importante em qualquer escala de aplicação de recursos,
a principal razão para o estudo da Administração é seu impacto sobre o
desempenho das organizações. É a forma como são administradas que torna as
organizações mais ou menos capazes de utilizar corretamente seus recursos para
atingir os objetivos corretos.
Como elo entre os recursos e os objetivos de uma organização, cabe ao
profissional da Administração combinar os meios na proporção adequada, sendo,
para isso, necessário tomar decisões constantemente num contexto de restrições,
pois, nenhuma organização dispõe de todos os recursos e a capacidade de
processamento de informações do ser humano é limitada. Administrar envolve a
elaboração de planos, pareceres, relatórios, projetos, arbitragens e laudos, em
que é exigida a aplicação de conhecimentos inerentes às técnicas de
Administração.
Segundo John W. Riegel, "o êxito do desenvolvimento de executivos em uma
empresa é resultado, em grande parte, da atuação e da capacidade dos seus
Gerentes no seu papel de educadores. Cada superior assume este papel quando
ele procura orientar e facilitar os esforços dos seus subordinados para se
desenvolverem".
HISTÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO
Henri Fayol foi o primeiro a definir as funções básicas do
Administrador: planejar, organizar, coordenar, comandar e controlar(POCCC).
Além de Fayol, Frederick Taylor, Henry Ford e Max Weber contribuíram, com
teorias, nos primórdios da Administração.
Atualmente, sobretudo, com as contribuições da Abordagem Neoclássica da
Administração, em que um dos maiores nomes é Peter Drucker, os princípios
foram retrabalhados e são conhecidos como Planejar, Organizar, Dirigir e
Controlar (PODC).
Destas funções, as que sofreram transformações na forma de abordar foram
"comandar e coordenar" que, atualmente, são chamadas apenas de "dirigir"
(Liderança).
Henry Mintzberg contesta esta visão da atuação do Administrador, dividida em funções
processuais, propondo que este atue, na verdade, exercendo diversos papéis, sendo
estes interpessoais (papel de líder, de contato e aquele ligado à imagem de chefe),
informacionais (papel de monitor, de disseminador e de porta-voz) e decisionais (papel
de empreendedor, de manipulador de distúrbios, de alocador de recursos e de
negociador).

Discute-se se a Administração pode ser considerada uma disciplina científica. Quando


assim considerada, é um ramo das Ciências Sociais, tratando dos agrupamentos
humanos, mas com uma peculiaridade que é o olhar holístico, buscando a perfeita
sinergia entre pessoas, estrutura e recursos. Diferencia-se das ciências puras por possuir
um caráter prático de aplicação nas organizações.

Um dos princípios filosóficos da Administração diz: "A verdadeira administração não visa
lucro, visa bem estar social; o lucro é mera consequência ".
DIA DO ADMINISTRADOR

A profissão de Administrador é, historicamente, recente e foi regulamentada no Brasil


em 9 de setembro de 1965, data em que se comemora o Dia do Administrador.
A Semana do Administrador instituída pelo Adm. Gaston Schwabacher, é
comemorada dos dias 2 a 9 de setembro, onde são homenageados feitos
administrativos éticos.
TEORIA GERAL DA
ADMINISTRAÇÃO
TGO
Também conhecida como TGA, a Teoria Geral da Administração é o conjunto de
conhecimentos a respeito das organizações e do processo de administrá-las, sendo
composta por princípios, proposições e técnicas em permanente elaboração.
A Teoria Geral da Administração começou com a "ênfase nas tarefas", na Administração
Científica de Taylor.
A seguir, a preocupação básica passou para a "ênfase na estrutura" com a Teoria
Clássica de Fayol, e com outros princípios como o Fordismo de Henry Ford e a Teoria
Burocrática de Max Weber, seguindo-se mais tarde a Teoria Estruturalista.
A Relação Humanística surgiu com a "ênfase nas pessoas", por meio da Teoria
Comportamental e pela Teoria do Desenvolvimento Organizacional (DO). A "ênfase no
ambiente" surgiu com a Teoria dos Sistemas, sendo completada pela Teoria da
Contingência. Esta, posteriormente, desenvolveu a "ênfase na tecnologia".
Cada uma dessas cinco variáveis - tarefas, estrutura, pessoas, ambiente e tecnologia -
provocou a seu tempo uma diferente teoria administrativa, marcando um gradativo passo
no desenvolvimento da TGA. Cada teoria procurou privilegiar ou enfatizar uma dessas cinco
variáveis, omitindo ou relegando a um plano secundário todas as demais.
As teorias da Administração podem ser divididas em várias correntes ou abordagens.[13] Dessa
forma, representam uma maneira específica de encarar a tarefa e as características do trabalho
da Administração.

Abordagem Clássica da Administração

Taylorismo ou Administração científica é o modelo de administração desenvolvido


pelo engenheiro norte-americano Frederick Taylor (1856-1915), considerado o pai
da administração científica e um dos primeiros sistematizadores da disciplina
científica da administração de empresas. O taylorismo caracteriza-se pela ênfase
nas tarefas, objetivando o aumento da eficiência ao nível operacional. É
considerado uma das vertentes na perspectiva administrativa clássica. Suas ideias
começaram a ser divulgadas no século XX. Além de Taylor, a administração
científica também tem entre seus fundadores Carl Barth, o casal Frank e Lillian
Gilbreth, Harrington Emerson, Henry Gantt e Hugo Münsterberg; por
analogia, Henry Ford costuma ser tido como um dos criadores deste modelo de
administração, pelas medidas práticas ligadas a concepção teórica semelhante à
de Taylor, que ele adotou em suas fábricas.
Talvez o fato mais marcante da vida de Taylor seja a publicação, em 1911, de Princípios de
Administração Científica. Com esse livro, Taylor propõe que administrar uma empresa deve ser
tido como uma ciência. A ideia principal do livro é a racionalização do trabalho, que envolve
a divisão de funções dos trabalhadores; com isso Taylor critica fortemente a Administração por
incentivo e iniciativa, que acontece quando um trabalhador por iniciativa própria sugere ao
patrão ideias que possam dar lucro à empresa, incentivando seu superior a dar-lhe uma
recompensa ou uma gratificação pelo esforço demonstrado; isso é criticado por Taylor, pois,
uma vez que se recompensa um subordinado por suas ideias ou atos, torna-se dependente
deles.
Taylor concentra seu argumento na eficiência do trabalho, que envolve fazer as tarefas de
modo mais inteligente e com a máxima economia de esforço. Para isso era preciso selecionar
corretamente o operário, e treiná-lo na função específica que iria desenvolver. Também
propunha melhores salários (o que foi aceito por Ford, entre outros) para os operários, com a
concomitante diminuição dos custos unitários de produção, o que idealmente levaria
prosperidade a patrões e empregados.
PRINCÍPIOS
FUNDAMENTAIS
TAYLORISMO
Há uma série de princípios enunciados por Taylor, no que concerne à administração.
Eles são entendidos como máximas pelas quais a organização deve se orientar para
melhorar sua eficiência, a partir de critérios supostamente científicos.
Em seu Principles of Scientific Management, Taylor enuncia[cinco princípios:
•Substituir os métodos empíricos e improvisados (rule-of-thumb method) por métodos
científicos e testados (planejamento)
•Selecionar os trabalhadores para suas melhores aptidões e treiná-los para cada cargo
(seleção ou preparo)
•Supervisionar se o trabalho está sendo executado como foi estabelecido (controle)
•Disciplinar o trabalho (execução)
•Trabalhador fazendo somente uma etapa do processo de montagem do produto
(singularização das funções)
Taylor e outros teóricos da Administração científica adicionaram mais princípios, porém
estes seguem como fundamentais e orientadores. Críticos apontam que estes métodos
incorporam uma ideologia capitalista de redução do saber operário ao cumprimento
de ordens, e seu enunciado como científico faz uma identificação exagerada destas
opções administrativas com uma neutralidade (usualmente emprestada à Ciência).
Mais grave, os estudos carecem de comprovação científica segundo um método
aceito: fundam-se mais em conjecturas a partir de casos isolados e em evidências
concretas, não em abstração.
TEORIA CLÁSSICA
DA
ADMINISTRAÇÃO
Fayolismo
"Administração Industrial e Geral", editado em 1916. Caracteriza-se pela
ênfase na estrutura organizacional, da visão do homem econômico e pela
busca da máxima eficiência organizacional. Também é caracterizada pelo
olhar sobre todas as esferas (operacionais e gerenciais), bem como na
direção de aplicação do topo para baixo (da gerência para a produção).
O modo como Fayol encarava a organização da empresa à Teoria
Clássica a impostação de abordagem anatômica e estrutural.
Paralelamente aos estudos de Frederick Winslow Taylor, Henri
Fayol defendia princípios semelhantes na Europa, baseado em sua
experiência na alta administração. Enquanto os métodos de Taylor eram
estudados por executivos Europeus, os seguidores da Administração
Científica só deixaram de ignorar a obra de Fayol quando foi publicada
nos Estados Unidos. O atraso na difusão generalizada das ideias de Fayol
fez com que grandes contribuintes do pensamento administrativo
desconhecessem seus princípios.
Sofreu críticas como a manipulação dos trabalhadores através dos
incentivos materiais e salariais e a excessiva unidade de comando e
responsabilidade.
Henri era engenheiro de minas e dedicou sua vida a empresas no
setor de mineração. Chegou a recuperar a Compagnie
Commantry Fourchambault et Decazeville da falência, quando
assumiu o seu cargo de diretor geral.
Creditava seu sucesso como administrador a um sistema de
administração que é descrito em Administration Industrialle et
Genéralle (Administração industrial e geral), publicado
em 1916.[2] Este sistema repousa sobre uma distinção das funções
essenciais da empresa em seis categorias e as funções do
administrador em cinco elementos. Além disso, enuncia 14
princípios gerais da administração, que refletem orientações gerais
embutidas nele.
14 PRINCÍPIOS
GERAIS DA
ADMINISTRAÇÃO
•Divisão do trabalho - Especialização dos funcionários desde o topo
da hierarquia até os operários da fábrica, assim, favorecendo a
eficiência da produção aumentando a produtividade.
•Autoridade e responsabilidade - Autoridade é dar ordens que
teoricamente serão obedecidas. Responsabilidade é a
contrapartida da autoridade. Deve-se levar em conta o direito de
dar ordens e exigir obediência, chegando a um bom equilíbrio entre
autoridade e responsabilidade.
•Disciplina - Necessidade de estabelecer regras de conduta e de
trabalho válidas para todos os funcionários. A ausência de disciplina
gera o caos na organização.
•Unidade de comando - Um funcionário deve receber ordens de
apenas um chefe, evitando contra-ordens.
•Unidade de direção - O controle único é possibilitado com a
aplicação de um plano para grupo de atividades com os mesmos
objetivos.
•Subordinação dos interesses individuais ao bem comum - O interesse
de todos os funcionários da empresa não deve prevalecer sobre os
interesses da organização como um todo.
•Remuneração - Remuneração de trabalho deve ser justa para ambos,
empregados e empregadores.
•Centralização - Fayol acreditava que os gerentes devem manter a
responsabilidade final, mas eles também precisam de dar autoridade a seus
subordinados que eles possam realizar seu trabalho adequadamente. O
problema é encontrar o melhor grau de centralização em cada caso.
•Linha de Comando (Hierarquia) - Defesa incondicional da estrutura
hierárquica, respeitando à risca uma linha de autoridade fixa.
•Ordem - Deve ser mantida em toda organização, preservando um lugar
para cada coisa e cada coisa em seu lugar.
•Equidade - A justiça deve prevalecer em toda organização, justificando a
lealdade e a devoção de cada funcionário à empresa. Direitos iguais.
•Estabilidade dos funcionários - Uma rotatividade alta tem consequências
negativas sobre desempenho da empresa e o moral dos funcionários.
•Iniciativa - Deve ser entendida como a capacidade de estabelecer um
plano e cumpri-lo.
•Espírito de equipe - O trabalho deve ser conjunto, facilitado pela
comunicação dentro da equipe. Os integrantes de um mesmo grupo
precisam ter consciência de classe, para que defendam seus propósitos.
FUNÇÕES BÁSICAS
ADMINISTRATIVAS
Segundo Idalberto Chiavenato, Fayol procurou dividir qualquer empresa em seis funções
básicas:

1.Técnicas, relacionadas com a produção de bens ou de serviços da empresa;

2.Comerciais, relacionadas com a compra, venda e permutação;

3.Financeiras, relacionadas com a procura e gerência;

4. Segurança, relacionadas com a proteção e preservação dos bens e das pessoas;

5.Contábeis, relacionadas com inventários, registros, balanços, custos e estatísticas;

6.Administrativas, relacionadas com a integração das outras cinco funções.

As funções administrativas coordenam as demais funções da empresa.


CRÍTICAS SOBRE A
TEORIA CLÁSSICA
•Obsessão pelo comando →Tendo como ótica a visão da empresa a partir da gerência
administrativa, Fayol focou seus estudos na unidade do comando, autoridade e na
responsabilidade. Em função disso, é visto como obcecado pelo comando.

•A empresa como sistema fechado → A partir do momento em que o planejamento é


definido como sendo a pedra angular da gestão empresarial, é difícil imaginar que a
organização seja vista como uma parte isolada do ambiente.

•Manipulação dos trabalhadores → Bem como a Administração Científica, fora tachada de


tendenciosa, desenvolvendo princípios que buscavam explorar os trabalhadores.

•A inexistência de fundamentação científica das concepções → Não existe fundamentação


experimental dos métodos e técnicas estudados por Fayol. Os princípios que este apresenta
carecem de uma efetiva investigação, não resistindo ao teste de aplicação prática.
PRODUÇÃO EM
MASSA
Fordismo
Fordismo, termo criado por Henry Ford, em 1914, refere-se aos sistemas de produção em
massa ( linha de produção ) e gestão idealizados em 1913 pelo empresário
estadunidense Henry Ford (1863-1947), autor do livro "Minha filosofia e indústria", fundador
da Ford Motor Company, em Highland Park, Detroit. Trata-se de uma forma de
racionalização da produção capitalista baseada em inovações técnicas e organizacionais
que se articulam tendo em vista, de um lado a produção em massa e, do outro,
o consumo em massa. Ou seja, esse "conjunto de mudanças nos processos de trabalho
(semi-automatização, linhas de montagem)" é intimamente vinculado as novas formas de
consumo social.

Esse modelo revolucionou a indústria automobilística a partir de janeiro de 1914, quando


Ford introduziu a primeira linha de montagem automatizada. Ele seguiu à risca os princípios
de padronização e simplificação de Frederick Taylor e desenvolveu outras técnicas
avançadas para a época. Suas fábricas eram totalmente verticalizadas. Ele possuía desde
a fábrica de vidros, a plantação de seringueiras, até a siderúrgica.
De fato, Ford criou o mercado de massa para os automóveis. Sua obsessão era tornar o
automóvel tão barato que todos poderiam comprá-lo.
Uma das principais características do fordismo foi o aperfeiçoamento da linha de
montagem. Os veículos eram montados em esteiras rolantes, que se movimentavam
enquanto o operário ficava praticamente parado. Buscava-se assim a eliminação do
movimento inútil: o objeto de trabalho era entregue ao operário, em vez de ele ir buscá-
lo. Cada operário realizava apenas uma operação simples ou uma pequena etapa da
produção. Desta forma não era necessária quase nenhuma qualificação dos
trabalhadores.
O método de produção fordista exigia vultosos investimentos em máquinas e instalações,
mas permitiu que a Ford produzisse mais de 2 milhões de carros por ano, durante
a década de 1920. O veículo pioneiro produzido segundo o sistema fordista foi o
mítico Ford Modelo T, mais conhecido no Brasil como "Ford Bigode".
Juntamente com o sucesso das vendas do modelo "T" e do fordismo, criou-se o
chamado ciclo da prosperidade que mudaria a economia dos Estados Unidos e a vida
de muitos americanos da época. Muitos outros setores, como o têxtil, siderúrgico,
energético (combustível), entre tantos outros, foram afetados direta ou indiretamente
pelo desenvolvimento da indústria automobilística e tiveram um crescimento substancial.
Mais rodovias foram construídas, propiciando maior facilidade de locomoção da
população e dando lugar ao surgimento de novos polos comerciais ao longo de sua
extensão.
O fordismo teve seu ápice no segundo pós-guerra (1945-1968), que ficaram
conhecidas na história do capitalismo como os anos dourados.

Entretanto, a rigidez deste modelo de gestão industrial foi a causa do seu declínio.
Ficou famosa a frase de Ford, que dizia que poderiam ser produzidos automóveis de
qualquer cor, desde que fossem pretos. Isto porque a tinta preta secava mais
rapidamente, e os carros poderiam ser montados em menos tempo.

A partir da década de 1970, o fordismo entra em declínio. A General Motors


flexibiliza sua produção e seu modelo de gestão. Lança diversos modelos de
veículos, várias cores e adota um sistema de gestão profissionalizado, baseado em
colegiados. Com isto a GM ultrapassa a Ford, como a maior montadora do mundo.

Na década de 1970, após os choques do petróleo e a entrada de competidores


japoneses no mercado automobilístico, o fordismo e a produção em massa entram
em crise e começam gradativamente, sendo substituídos pela produção enxuta,
modelo de produção baseado no Sistema Toyota de Produção ou toyotismo.
Em 2007 a Toyota torna-se a maior montadora de veículos do mundo e extingue
definitivamente o Fordismo.
SISTEMA TOYOTA DE
PRODUÇÃO
Toyotismo
O Sistema Toyota de Produção, também conhecido como Toyotismo, é um sistema de
produção desenvolvido pela Toyotaentre 1948 e 1975, que aumenta a produtividade
e a eficiência, evitando o desperdício sem criar estoque, como tempo de espera,
superprodução, gargalos de transporte, inventário desnecessário, entre outros. Foi
desenvolvido por Taiichi Ohno.

O sistema integra o Lean Manufacturing, o Just-in-time,[1] o Kanban e o Nivelamento


de Produção ou Heijunka.[2]

Os conceitos do Sistema Toyota de Produção, embora já fossem estudados há anos


por vários pesquisadores da área de gestão de produção, foram analisados de forma
detalhada pelo livro A máquina que mudou o mundo, escrito por Womack e Jones,
que criaram a denominação "produção enxuta" (lean manufacturing).
O Sistema Toyota de Produção utiliza várias ferramentas e técnicas, como kanban,
círculos de qualidade, QFD, células de trabalho ou de produção, entre outras.
AS QUATRO REGRAS
O sistema de produção da Toyota é formado por quatro regras
implícitas:

1.Todo trabalho deve ser altamente especificado no seu


conteúdo, sequência, tempo e resultado.

2.Toda relação cliente-fornecedor (interno e externo) deve ser


direta, com um canal definido e claro para enviar pedidos e
receber respostas.

3.O fluxo de trabalho e processo para todos os produtos e


serviços deve ser simples e direto.

4.Qualquer melhoria deve ser feita pelo método científico, sob a


coordenação de um orientador e no nível mais baixo da
organização.
ORIGEM
Taiichi Ohno (1912-1990), Shingeo Shingo (1909-1990) e Eiji Toyoda (1913-2013)
inicialmente desenvolveram o sistema entre 1948 e 1975, a medida que o sistema se
espalhou pelo Japão até o Ocidente, o sistema foi adquirindo outros nomes; até 1970,
a Toyota não tinha um nome específico para sua estratégia de produção.
Os fundadores da Toyota estudaram o trabalho de Deming o que constitui como
fundamento do sistema Toyota e o roteiro da Ford, então quando visitaram os Estados
Unidos para estudar a linha de montagem de produção em massa eles não se
surpreenderam.

Taiichi Ohno que continuou a melhorar o processo posto em prática por Toyota,
credita suas contribuições ao STP a dois conceitos principais, o primeiro conceito do
livro de Henry Ford Today and Tomorrow, era a linha de montagem em movimento que
providencia as bases para a produção e os sistemas de montagem usadas na STP. O
segundo conceito eras as opções de supermercado que observou durante sua visita
aos Estados Unidos em 1956 que providenciava alimentação contínua.

O supermercado deu a Ohno a ideia de um sistema de tração onde cada processo


de produção provê para o processo seguinte de forma ininterrupta.
O Sistema Toyota de Produção foi ser reconhecido internacionalmente apenas em
1990, com um estudo realizado por pesquisadores do MIT a cerca da indústria
automobilística.
PRINCÍPIOS
Os princípios subjacentes, chamados a Toyota Way, foram delineadas pela Toyota como
segue:
• Melhora contínua
Os princípios de melhorias contínuas incluem o estabelecimento de uma visão a longo prazo
objetivando o confronto com desafios, a inovação contínua e a procura da causa dos
problemas:
•Desafio (Formamos uma visão de longo prazo, enfrentamos os desafios com coragem e
criatividade para realizar nossos sonhos.)
•Kaizen (Melhoramos nossas operações de negócios de forma contínua, motivados pela
inovação e evolução.)
•Genchi Genbutsu ("Vá e veja", vamos até a fonte para encontrar os fatos e tomar decisões
corretas.)
• Respeito às pessoas
Os princípios relacionados ao respeito às pessoas incluem modos de desenvolver o respeito
e o trabalho em grupo:
•Respeito (Respeitamos o outro, fazemos todos os esforços para entender um ao outro,
assumimos a responsabilidade e fazemos o nosso melhor para construir confiança mútua.)
•Trabalho em equipe (Estimulamos o crescimento pessoal e profissional, compartilhamos
oportunidades de desenvolvimento e maximizamos o desempenho individual e da equipe)
EMPRESAS:
CONCEITOS E
CARACTERÍSTICAS
Uma empresa é uma unidade económico-social, integrada por
elementos humanos, materiais e técnicos, que tem o objetivo de
obter utilidades através da sua participação no mercado de bens e
serviços. Nesse sentido, faz uso dos fatores produtivos (trabalho, terra
e capital).
As empresas podem ser classificadas de acordo com a atividade
económica que desenvolvem. Deste modo, deparamo-nos com as
empresas do sector primário (que obtêm os recursos a partir da
natureza, como é o caso das agrícolas, pesqueiras ou pecuárias), as
empresas do sector secundário (dedicadas à transformação de
matérias-primas, como acontece com as industriais e as da
construção civil) e as empresas do sector terciário (empresas que se
dedicam à prestação de serviços ou ao comércio).
Outra classificação igualmente possível para as empresas é de acordo com a sua
constituição jurídica.
Existem empresas individuais (que pertencem a uma única pessoa) e societárias
(constituídas por várias pessoas). Neste último grupo, as sociedades, por sua vez, podem
ser anónimas, de responsabilidade limitada e de economia social (as chamadas
cooperativas), entre outras.

As empresas também podem ser definidas de acordo com a respectiva titularidade do


capital. Assim, mencionaremos as empresas privadas (cujo capital está nas mãos de
particulares), as públicas (controladas pelo Estado), as mistas (o capital é partilhado por
particulares e pelo Estado) e as empresas de autogestão (o capital é propriedade dos
trabalhadores).

A gestão de empresas, no que lhe diz respeito, é uma ciência social que se dedica ao
estudo da organização destas entidades, analisando a forma como são geridos os seus
recursos, processos e os resultados das suas atividades.
MISSÃO, VISÃO,
VALORES E OBJETIVOS
EMPRESARIAIS
Missão
Segundo Peter Harazim, diretor da Hicon Consultoria, a missão da
organização é a razão da sua existência e objetivos a serem
alcançados pela mesma.
Definir a missão de uma empresa é definir sua Identidade
Organizacional, já que, em uma empresa existem
diversos stakeholders, que precisam conhecer o propósito, qual o
motivo da existência daquela organização e o que dela podem
esperar.
A missão faz parte do plano estratégico da empresa e pode assim
como a estratégia, mudar com o passar do tempo.
Exemplo de Missão do Grupo Pão de Açucar: “Garantir a melhor
experiência de compra para todos os nossos clientes, em cada uma
de nossas lojas”.
Visão
Louis Jacques Filion define visão como "a imagem projetada no futuro do
espaço de mercado futuro a ser ocupado pelos produtos e o tipo de
organização necessária para se alcançar isso", ou seja, a visão pode ser
definida como a direção que a organização desejada seguir, o caminho
que se pretende percorrer, uma proposta do que a organização espera
e deseja ser a médio e longo prazo e, ainda, de como ela espera ser vista
por todos.

Exemplo de Visão da empresa Chocolates Brasil Cacau: “Ser uma marca


com espírito de liderança, que promete um forte e arrojado crescimento
para atender com originalidade e de forma democrática todos os
brasileiros, oferecendo produtos de qualidade a preços acessíveis"
Valores
Valores são as “normas” de uma empresa, é aquilo que ela
acredita ser correto, ético, moral, aquilo que ela preza como
convicção e fundamento para seu modo de agir, são princípios
que guiam a vida da organização. Valores podem ser considerados
como a filosofia de uma organização.

Exemplo de Valores da empresa Fiat: “Satisfação do cliente, ele é a


razão da existência de qualquer negócio. Valorização e respeito às
pessoas, são as pessoas o grande diferencial que torna tudo
possível”.
Objetivos
Os objetivos são os resultados que a empresa pretende realizar. No
processo de definição, é importante definir objetivos com critérios
quantificáveis como, fatia de mercado, faturamento total ou número de
clientes por exemplo. Devem ser objetivos que possam depois ser medidos
por indicadores, pois assim os resultados podem ser avaliados na etapa de
controle.

Os objetivos podem ser estratégicos, táticos ou operacionais.


Thomas Watson Jr, Presidente da Computing-Tabulating-Recording
Company, empresa que deu origem à IBM, acreditava que a diferença
vital entre o sucesso e o fracasso de uma organização, era a questão de
até que ponto a organização aproveitava bem o talento de seu pessoal e
como ela mantinha e direcionava a sua equipe em torno dos objetivos da
empresa.
Ao traçar os objetivos, observe se eles são claros, alcançáveis e
ao mesmo tempo desafiadores, que sejam conhecidos e
acreditados por todos na empresa.
Exemplo de objetivo: “Aumentar a satisfação dos clientes em
15%” ou "Firmar parceria com universidades para capacitação
dos colaboradores".
É importante que missão, visão, valor e objetivos, sejam de fato
aquilo que a empresa representa e onde ela quer chegar. Não
adianta ser algo simplesmente da boca pra fora ou algo bonito
para fazer uma boa imagem. É preciso ser algo que de fato
seja cuprido e que esteja dentro da capacidade empresarial.
NÍVEIS
HIERÁRQUICOS
Dentro dos atuais contextos organizacionais da
administração, os níveis hierárquicos são uma
importante forma de definição de escopo
administrativo, ou seja, os níveis hierárquicos
são os responsáveis pela definição estratégica
do administrador dentro da instituição.

Os administradores são classificados em três


níveis hierárquicos: estratégico, tático e
operacional.
ESTRATÉGICO
É o nível mais elevado da hierarquia,
compreende presidentes, diretores e demais
gestores da alta cúpula e decidem os objetivos
globais da empresa.

As tendências do mercado, a situação financeira


do mesmo e a sua influência na organização,
analisam as mudanças de comportamento do
consumidor e qual serão as estratégias políticas
e financeiras para adaptar-se as adversidades
encontradas.
TÁTICO
Nesse nível estão inclusos os chefes de cada
sessão e os gerentes. Nessa posição as tarefas
a serem desempenhadas são todas da área
organizacional (financeiro, recursos humanos,
linhas diferenciadas de produtos e etc).

Esse nível administrativo é também


responsável pela implementação das
decisões estratégicas tomadas pelo nível
acima.
OPERACIONAL
Nesse nível os administradores devem extrair o máximo das
potencialidades do colaborador através das ferramentas
administrativas que lhe são concedidas, seu papel é aperfeiçoar a
produção de bens e serviços de maneiras satisfatórias em curto prazo,
sempre seguindo as diretrizes estabelecidas no nível tático. Dentre os
cargos inerentes a essa posição podemos citar os chefes de equipe e
supervisores.

É importante reconhecer o papel estratégico de cada um dos níveis


administrativos, pois se não houver competências correlacionadas
entre os setores, a chance de que as decisões tomadas não sejam
repassadas ou cumpridas de maneira eficiente são grandes. Os níveis
hierárquicos da administração são importantes definições para o
contexto organizacional da empresa.
TECNOLOGIA NA
ADMINISTRAÇÃO
É inevitável que a tecnologia tem o papel muito importante dentro das
organizações. Seja uma mudança de paradigma ou não, o fato é que muitos
processos decisórios e estratégicos são apoiados por tecnologias diversas. Cito
neste artigo a importância da TI - Tecnologia da Informação, se não for a mais
importante das tecnologias que apoiam as empresas, é sem dúvida uma das
maiores.
Em tempos, muitas empresas jogavam na lata do lixo grande quantidade de
dinheiro para organizar seus processos internos e aumentar os lucros. Hoje, com o
apoio dos sistemas inteligentes de gestão, as organizações puderam dar um
grande salto em produtividade e focar as suas estratégias em competitividade.

A informatização de inúmeros processos impulsionaram as atividades diárias das


empresas em seu dia-a-dia. Todas as atividades passaram a ser de alguma forma
relacionadas e integradas entre os divresos setores. Isso possibilita agilidade e
eficiência nas operações. Todo esse aspecto criado pela utilização da TI nas
empresas não foram adotados do dia para a noite. Muitas foram as fases de testes
e mais testes para a adoção de uma determinada tecnologia. O fato é de que a
tecnologia da informação é uma realidade e quem se afastar dela está fadado a
fracassar.
PESQUISAR
ESTRATÉGIA

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