As características da Educação do nosso tempo, coerentes com
a formação de um cidadão futuro instrumentalizado para protagonizar o seu tempo podem se resumir nas seguintes: autonomia, seletividade, planejamento, interação social, coletividade, flexibilidade e criatividade. Há evidências de que estas são as condições básicas para se atingir o sucesso nesse novo século. Novo Modelo
O modelo de aprendizagem que embasa as
necessidades de nosso tempo não é mais o modelo tradicional que acredita que o aluno deve receber informação prontas e ter, como única tarefa, repeti-las na íntegra. A promoção da aprendizagem significativa se fundamenta num modelo dinâmico, no qual o aluno é levado em conta, com todos os seus saberes e interconexões mentais. A verdadeira aprendizagem se dá quando o aluno (re)constrói o conhecimento e forma conceitos sólidos sobre o mundo, o que vai possibilitá-lo agir e reagir diante da realidade. Cremos, com convicção e com o respaldo do mundo que nos cerca, que não há mais espaço para a repetição automática, para a falta de contextualização e para a aprendizagem que não seja significativa. Sete passos da (re)construção do conhecimento 1. O sentir – toda aprendizagem parte de um significado contextual e emocional. 2. O perceber – após contextualizar o educando precisa ser levado a perceber as características específicas do que está sendo estudado.. 3. O compreender – é quando se dá a construção do conceito, o que garante a possibilidade de utilização do conhecimento em diversos contextos. 4. O definir – significa esclarecer um conceito. O aluno deve definir com suas palavras, de forma que o conceito lhe seja claro. 5. O argumentar – após definir, o aluno precisa relacionar logicamente vários conceitos e isso ocorre através do texto falado, escrito, verbal e não verbal. 6. O discutir – nesse passo, o aluno deve formular uma cadeia de raciocínio através da argumentação. 7. O transformar – o sétimo e último passo da (re)construção do conhecimento é a transformação. O fim último da aprendizagem significativa é a intervenção na realidade. Sem esse propósito, qualquer aprendizagem é inócua. Teoria da Aprendizagem Significativa Proposta por David Ausubel (1978); Teoria Cognitivista – construtivista; Valoriza o que o aluno já sabe;
Cabe ao professor investigar os
conhecimentos que o aluno tem, que para Ausubel atuam como “subsunçores” ou ancoradouros dos novos conhecimentos. Aprendizagem a partir do que o aluno já sabe? •Paulo Freire: Proposta de alfabetização e conscientização, a partir do universo do aluno/estudante/sujeito.
•TI –JO –LO;
•Leitura do mundo e leitura da
palavra. Da palavra própria. Aprendizagem Significativa
As idéias de Paulo Freire vão até o mais
íntimo da sala de aula. Os professores preparam suas aulas levando em conta o que os alunos já sabem. Eles não são mais elementos vazios, tornam-se um ponto de partida de toda a aprendizagem. Os exemplos, os problemas, a finalidade da aprendizagem nascem do que é o aluno concreto. (Almeida, 2009, p. 82) Aprendizagem significativa Princípios 1. Princípio do conhecimento prévio: Aprender que aprendemos a partir do que já sabemos;
2. Princípio da interação social e do questionamento: Aprender e
ensinar perguntas e não respostas;
3. Princípio da não centralidade do livro texto: Aprender a partir de
diferentes materiais educativos, potencialmente significativos; Aprendizagem significativa crítica: Princípios 4. Princípio do aprendiz como perceptor/representador: Aprender que somos perceptores e representadores do mundo;
5. Princípio do conhecimento como linguagem: Aprender que a
linguagem está totalmente implicada em qualquer e em todas as tentativas humanas de perceber a realidade;
6. Princípio da consciência semântica: Aprender que o significado
está nas pessoas não nas palavras; Aprendizagem significativa crítica: Princípios 7. Princípio da aprendizagem pelo erro: Aprender que o ser humano aprende corrigindo os seus erros;
8. Princípio da desaprendizagem: Aprender a desaprender, a não usar
conceitos e estratégias irrelevantes para a sobrevivência;
9. Princípio da incerteza do conhecimento: Aprender que as
perguntas são instrumentos de percepção e que definições e metáforas são instrumentos para pensar; Aprendizagem significativa crítica: Princípios 10. Princípio da aprendizagem pelo erro: Aprender que o ser humano aprende corrigindo os seus erros;
11. Princípio da não utilização do quadro de giz: Aprender a partir de
distintas estratégias de ensino;
12. Princípio do abandono da narrativa: Aprender que simplesmente
repetir a narrativa de outra pessoa não estimula a compreensão. Princípios comuns de Aprendizagem 1. Toda aprendizagem para que realmente aconteça, precisa ser significativa. Isto exige que a aprendizagem Se relacione com o seu universo de conhecimentos, experiências, vivências. Lhe permita formular problemas e questões que o interessem, o envolvam. Lhe permita entrar em confronto experiencial com problemas práticos de natureza social, ética, profissional que lhe sejam relevantes. Lhe permita participar com responsabilidade do processo de aprendizagem. Lhe permita transferir o que aprendeu na escola para as circunstâncias da vida. Suscite modificações no comportamento e eventualmente na personalidade do aprendiz. Princípios comuns de Aprendizagem
2. Toda aprendizagem é pessoal.
A aprendizagem envolve mudança de comportamento, isso só acontece na pessoa do aprendiz e pela pessoa do aprendiz.
3. Toda aprendizagem precisa visar objetivos realísticos.
Que possam de fato ser significativos para aqueles alunos. Princípios comuns de Aprendizagem 4. Toda aprendizagem precisa ser acompanhada de feedback imediato. A aprendizagem se faz em um processo contínuo e o feedback é parte integrante deste processo, pois deverá fornecer ao aluno e ao professor dados para corrigir e reiniciar a aprendizagem.
5. Toda aprendizagem precisa ser embasada em um bom
relacionamento pessoal. Características do relacionamento: comportamento de diálogo, colaboração, participação, trabalho em conjunto, clima de confiança, o professor não sendo um obstáculo a consecução dos objetivos. Referencias: Abreu, M. c & Masetto, M. T. (1990). O professor universitário em aula. São Paulo, MG Editores Associados.130p. Ausubel, David P. (1963). The psychology of meaningful verbal learning. New York: Grune and Stratton. 685p. Ausubel, David P., Novak, Joseph D. & Hanesian, Helen (1980). Psicologia educacional. Rio de Janeiro: Interamericana. Tradução para o português do original Educational psychology: a cognitive view. 625 p. Moreira, M.A. (2005). Aprendizaje Significativo Crítico. Indivisa, Boletín de Estúdios e Investigación, nº 6. Postman, Neil & Weingartner, Charles (1969). Teaching as a subversive activity. New York: Dell Publishing Co. 219p.