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Historicamente, constatamos que a figura da


criança na humanidade é praticamente nula,
ou, recebedora de algum cuidado ou atenção –
não por ser um infante -, mas, pelo seu status
enquanto filho ou filha de nobre, de castas
especiais, a exemplo do que acontecia na Idade
Antiga
 Na nossa realidade, a situação é ainda mais
complexa
 Camadas populacionais inteiras são excluídas
por um sistema político-econômico, perverso que
resguarda a poucos o direito de tudo possuírem,
ainda que esta posse resulte em fome, doenças,
inabilitação para milhares de cidadãos brasileiros
 Ou, para os quase-cidadãos ou semi-cidadãos,
pois ser cidadãos não está somente no direito e na
obrigação de votar, mas todos os direitos e
deveres inerentes à vivência comunitária, tais
como: trabalho, alimentação, saúde, escola,
moradia, etc.
 Exatamente, nesse contexto, é a criança que
mais sofre
 Primeiro, pelo fato de não ter auto-defesa,
tornando-se vítima fácil de desnutrição e de
todas as doenças
 Depois, é jogada no mundo adulto, sendo
explorada sexualmente, em sua força de
trabalho etc., distante dos bancos escolares,
crescendo um adulto inabilitado para os
requisitos da mão-de-obra especializada que a
globalização exige
 Existem, ainda, outras formas de exclusão (sutis),
no qual o mundo adulto relega à criança um papel
secundário, um submundo de completo descaso
 Este é o momento de redefinirmos nossa concepção
de cidadania, de democracia. Isto, se entendermos
democracia como o governo de todos, em que existe
uma população de crianças, adolescentes e jovens
que, cada vez mais, devem ser preparados para um
modelo de vida mais comunitária, abandonando de
vez os modelos do individualismo dos séculos XVII
e XVIII e se lançando na conquista e reivindicação
de direitos que integram o coletivo
 Nesse sentido, o Estatuto da Criança e do
Adolescente tem a relevante função – ao
regulamentar o texto constitucional -, de fazer
com que este último não se constitua em letra
morta
 Entretanto, a simples existência de leis que
proclamem os direitos sociais por si só não
consegue mudar as estruturas
 Há que se conjugar aos direitos uma política
social eficaz, que de fato assegure
materialmente os direitos já positivados
 A violência contra a criança e o adolescente, embora
repudiada socialmente, pode ser considerada ainda hoje um
fato cotidiano. Tornou-se um tema de preocupação e reflexão
por parte da sociedade civil, leiga e acadêmica, devido às
formas disseminadas e intensificadas com que se tem
caracterizado, especialmente nas últimas décadas nas áreas
urbanas

 A violência estrutural tem sido, consensualmente,


considerada como desencadeante de outras violências mais
específicas, como a violência doméstica ( que vai desde o mal
tratos até a vitimização sexual), conflito com a lei, a
institucionalização, a existências de meninos(as) vivendo nas
ruas.
 Diante da difícil tarefa de enfrentar estruturalmente
essa questão, o que se tem observado é uma freqüente
postura de imobilismo, que perpassa todas as esferas
da vida em sociedade, desde as instâncias
governamentais ao cidadão comum
 Cada vez mais cresce o número de crianças e
adolescentes que, de alguma forma, vivem ou
trabalham nas ruas de nossas cidades
 O aumento do número de crianças nas ruas
representa apenas a ponta do iceberg de um problema
social maior
 As crianças e adolescentes nas ruas são, antes de
tudo, crianças em situação de desespero e fuga de
uma realidade de violência intra-familiar, maus
tratos, abuso sexual, negligência e carência afetiva
quase total
 As oportunidades que a sociedade oferece aos adolescentes
em termos de trabalho, estudo e contribuição social são
limitadas ou não existem

 Natural que eles se sintam frustrados; e, essa insatisfação é


levada para sua família

 A sociedade brasileira não definiu ainda o papel e a esfera


do adolescente

 Enfrentar a violência significa investir na vida e no que ela


exige para que tenha plenitude. Quanto mais violenta uma
sociedade, mais vulneráveis estarão os que mais dependem
do Estado no seu papel insubstituível de regulador das
relações sociais.
 

Prioridade Absoluta, ou seja, a criança e o adolescente deverão estar


em primeiro lugar na escala de preocupação dos governantes.
Primeiro devem ser atendidas todas as necessidades das crianças e
adolescentes, como bem preleciona Gomes da Costa: “o maior
patrimônio de uma nação é o seu povo, e o maior patrimônio de um
povo são suas crianças e jovens.”
 
 
  Na área administrativa, entende-se por prioridade absoluta, a
existência de creches, escolas, postos de saúde, atendimento
preventivo e emergencial às gestantes, dignas moradias e trabalho, e
não, a construção de praças, monumentos, asfaltar ruas, etc., porque
a vida, a saúde, o lar, a prevenção da violência e de doenças são mais
importantes que as obras de concreto que ficam para demonstrar o
poder do governante.
 
 Dessa forma, avaliamos que essas crianças não moram – de fato -,
nas ruas, a maioria mantém vínculos familiares importantes,
retornando para suas casas no final de noite ou nos fins de semana

 São crianças e adolescentes também expostos à violência, à


mendicância e à exploração (nas suas mais variadas formas), e,
que, conseqüentemente se envolvem com o álcool, as drogas mais
fortes e com o ato infracional

 As crianças e adolescentes que se encontram nessa situação,


carregam uma maior carga de revolta. São crianças e adolescentes
que fugiram de casa por causa da violência que sofriam dos pais

 Não freqüentam escola e ainda têm que enfrentar a enorme


violência que encontram na rua, sendo maltratados por quase
todas as pessoas que ainda os consideram apenas “pivetes”
 Violência doméstica (física, psicológica e sexual, que se manifesta de
variadas formas como negligência, abandono, surras, castigos,
xingamentos constantes, abuso sexual, humilhações, etc.);
 Abuso de álcool e o alcoolismo na família, que são fatores
intimamente ligados à violência doméstica;
 Desestruturação do núcleo familiar pela miséria, por gravidez na
adolescência, gestações não desejadas e sem apoio familiar (mães
solteiras, pais solteiros, filhos de presidiários, etc.);
 Sensação de fuga, liberdade e poder que a rua oferece à criança e ao
adolescente;
 Influência do tráfico de drogas e do crime organizado
 
 
 
GERAL
 Inserir essas crianças e adolescentes no meio social adequado,
resgatando sua cidadania

ESPECÍFICOS
 Conscientização e orientação do que vem a ser a violência intra-
familiar, violência sexual, abuso, exploração sexual e pedofilia
 Sensibilizar e orientar os proprietários de bar, restaurante, boates,
hotel, pousadas, etc., do dever de cada um em DENUNCIAR
qualquer tipo de violência contra criança e adolescente (art.70, ECA)
Desenvolver um trabalho de
orientação e conscientização nas
Escolas, junto com o corpo docente
e discente, culminando com o
Concurso de Redação e Desenho
 Crianças e adolescentes nas faixas etárias de 0 a 18 anos
incompletos, alunos das Escolas das zonas urbana e rural
 
 DAS CATEGORIAS

 Mirim – 04 a 06 anos – Desenho


 Infantil – 07 a 11 anos – Desenho
 Infanto-Juvenil – 12 a 18 anos incompletos – Redação
 Portadores de Necessidades Especiais
Criar uma Comissão para coordenar o concurso,
com representantes das instituições do
Município que fazem parte da rede de proteção
da criança e do adolescente, para estabelecer as
metas de ações, criar o regulamento, divulgar o
evento de forma a estimular a participação das
crianças e dos adolescentes da rede escolar e
informar o conteúdo das premiações
  
 Reunir as escolas de forma regionalizada para maior celeridade dos
trabalhos
 
 Abordar a gravidade do problema da Violência contra criança e
adolescente, com ênfase na Violência Sexual
 
 Auxiliar os alunos, indicando a melhor forma de redigir ou desenhar
os casos de Violência Sexual dos quais tenham conhecimento (consigo
ou com ou outros)
 Lançamento: 19/04
 Data de Inscrição: De 22/03 a 06/05
 Capacitação e Orientação: 02/09/16/23/30 Abril
 Data do Concurso:07/05
 Data da Premiação: 22/05
 Cada categoria será premiada com o
primeiro, segundo e terceiro lugares
 Os cinco primeiros lugares
participarão de um passeio na cidade
de Cuiabá
 
 COMISSÃO DA INFÂNCIA E JUVENTUDE
- ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL –
OAB/MT

 MUNICÍPIO ONDE SE DESENCADEARÁ O


PROJETO
 SOS CRIANÇA E ADOLESCENTE –
www.soscriancaeadolescente.com.br
 Departamento de Polícia Rodoviária
Federal
 Escola que Protege – UFMT
 Núcleo de Estudos da Violência e da
Cidadania - NIVEVCI – UFMT

A parceria entre a Sociedade e o Estado é a mais promissora


saída para o futuro
Não visualização de crianças e adolescentes
fora de casa ( perambulando, fazendo uso
dos mais variados tipos de drogas), e,
sobretudo, não sendo objeto de desejo
sexual da perversidade alheia (estupro,
abuso e exploração sexual, pedofilia).
 
  Através dos Conselhos
Tutelares que manterão –
sistematicamente – contato
com as Escolas e vice versa
Embora uma boa parcela das crianças e adolescentes que
vivem nas ruas se envolva em furtos, assaltos, tráfico de
drogas e até homicídios, estes não são ladrões ou pivetes...
Não podemos incriminar e estigmatizar toda uma
população a partir da ação de alguns de seus membros
  Está mais do que na hora de compreendermos a revolta e
o mundo que impulsiona a criança e o adolescente ao
acometimento do Ato Infracional e ao uso de drogas; não
“passando as mãos em suas cabeças”, mas, reconhecendo
nossas responsabilidades pela omissão e negligência...
 
A violência que essas crianças e adolescentes sofreram e
sofrem é grande demais para que qualquer um de nós
possa compreender.
 
A frase “você é mais um menor”, é por demais pesada
para suportarem...

Devemos criar alternativas para recuperação e eliminação


das causas sociais básicas do problema.
 

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