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BULLYING NO CONTEXTO

EDUCATIVO

Profa. Ms. Rita de Cássia A. Marinho


ritaamarinho@hotmail.com
BULLYING ESCOLAR
DEFINIÇÃO DO TERMO

 Bullying: palavra de origem inglesa, adotada em


muitos países para definir o desejo consciente e
deliberado de maltratar uma pessoa e colocá-la
sob tensão.

 Termo que conceitua os comportamentos


agressivos e anti-sociais, utilizado pela literatura
psicológica anglo-saxônica nos estudos sobre o
problema da violência escolar.
BULLYING

 Conjuntode atitudes agressivas,


intencionais e repetidas que ocorrem
sem motivação evidente, adotado por
um ou mais alunos contra outro (s),
causando dor, angústia e
sofrimento.
 Insultos,
apelido cruéis,
intimidações, gozações que
magoam profundamente,
acusações injustas, atuação de
grupos que hostilizam,
ridicularizam e infernizam a
vida de outros alunos levando-os
a exclusão, além de danos físicos,
morais e materiais, são algumas
das manifestações do
comportamento bullying.
BULLYING

 Comportamento cruel intrínseco nas


relações interpessoais, em que os
mais fortes convertem os mais
frágeis em objetos de diversão e
prazer, através de “brincadeira” que
disfarçam o propósito de maltratar e
intimidar.
 As vítimas do bullying tornam-se incapazes de se
defender.

 As vítimas não conseguem motivar outras


pessoas a agirem em sua defesa.

 Bullying apresenta características específicas,


que não se deixa confundir com outras formas de
violência, dentre a mais grave, a propriedade de
causar traumas ao psiquismo das vítimas.
OS PERSONAGENS DESTA TRAGÉDIA:
QUEM MALTRATA, QUEM SOFRE, QUEM ASSISTE

1. As vítimas:

 Vítima típica: alunos que apresentam pouca


habilidade de socialização.

 Em geral são tímidas ou reservadas, e não


conseguem reagir aos comportamentos
provocadores e agressivos dirigidos contra elas.

 Normalmente são mais frágeis fisicamente, ou


apresentam alguma “marca” que as destaca da
maioria dos alunos.
 Vítima provocadora: são as capazes de insuflar
em seus colegas reações agressivas contra si
mesmas.

 Não conseguem responder aos revides de forma


satisfatória, em geral, discutem ou brigam
quando são insultadas.

 Nesse grupo geralmente encontramos as crianças


ou adolescentes hiperativos e/ou imaturos, que
criam sem intenção explícita, um ambiente tenso
na escola.
 Vítima Agressora: faz valer os velhos ditos
populares “Bateu, levou” e “Tudo que vem tem
volta”.

 Ela reproduz os maus-tratos sofridos como forma


de compensação, ela procura outra vítima ainda
mais frágil e vulnerável e comete contra esta
todas as agressões sofridas.
2. Os agressores: podem ser de ambos os sexos.
Possuem em sua personalidade traços de
desrespeito e maldade, muitas vezes associadas
ao poder de liderança, em geral, obtido através da
força física ou de intenso assédio psicológico.

 Apresentam, desde muito cedo, aversão às


normas, não aceitam serem contrariados ou
frustrados.

 Seu desempenho escolar costuma ser regular ou


deficitário.

 Geralmente vêm de lares desestruturados.


3. Os espectadores: são os alunos que
testemunham as ações dos agressores contra as
vítimas, mas não tomam qualquer atitude em
relação a isso: não saem em defesa do agredido,
tampouco se juntam aos agressores.

 Podemos dividir os agressores em três grupos:

1. Espectadores passivos;
2. Espectadores ativos;
3. Espectadores neutros.
ESTRATÉGIAS DE SOBREVIVÊNCIA

“Eu poderia pegar uma arma e atirar em todos os meninos,


mas não sou uma pessoa má. Também não vou dizer quem
são os bullies. Você sabe quem eles são. Eu ria por fora e
chorava por dentro. Mãe, depois da minha morte, vá até a
escola e fale com os meninos. Diga para que eles parem com
o bullying uns sobre os outros, pois isso machuca
profundamente. Estou tirando a minha vida para provar o
quanto isso machuca”
(Moharid, 2000).
ABORDAGEM DE QUATRO PASSOS
PARA PREVENIR OS PREJUÍZOS AO AMOR PRÓPRIO
CAUSADOS PELA CONDIÇÃO DE VÍTIMA DE UM BULLIE

1. Rompa as correntes da negação que lhe mantiverem


cativos;

2. Aprenda a não personalizar o mau comportamento do


bully. Fortaleça a si mesmo com autoconsciência e busque
apoio dos outros;

3. Aprenda a reconhecer os estilos e as táticas dos bullies, da


mesma maneira com que nos familiarizamos com os sinais
de risco em nossas estradas.

4. Aprenda as estratégias e as habilidades necessárias para


lidar com eficácia com os bullies em nossas vidas.
Aprenda ferramentas que venham a impedir que sejamos
abocanhados e feitos cativos emocionais do bully.
IDENTIFICANDO OS PERSONAGENS DO
BULLYING

 Identificar os alunos que são as vítimas,


agressores ou espectadores é de suma
importância para que as escolas e as famílias dos
envolvidos possam elaborar estratégias e traçar
ações efetivas contra o bullying.

 Cada personagem nesta história apresenta um


comportamento típico, tanto na escola como em
seu lares.
AS VÍTIMAS
 Encontram frequentemente isoladas ou próximas a
um adulto;
 Apresentam postura retraída, mostram-se inseguras e
ansiosas;
 Apresentam faltas frequentes;
 Mostram-se comumente tristes, deprimidas ou aflitas;
 Em jogos ou atividades em grupos, sempre são as
últimas a serem escolhidas;
 Aos poucos vão se desinteressando pelas tarefas e
atividades escolares;
 Nos casos mais drásticos, apresentam hematomas,
arranhões, cortes, ferimentos, roupas rasgadas ou
danificadas.
OS AGRESSORES (BULLIES)
 Começam com brincadeiras de mau gosto, que evoluem
para gozações, risos provocativos, hostis e desdenhosos;
 Colocam apelido pejorativos e ridicularizantes, com
explícito propósito maldoso;
 Insultam, difamam, ameaçam, constrangem e
menosprezam alguns alunos;
 Fazem ameaças diretas ou indiretas, dão ordens, dominam
e subjugam seus pares;
 Perturbam e intimidam, utilizando-se de empurrões, socos,
pontapés, tapas, beliscões, puxadas de cabelos e de roupas;
 Estão sempre se envolvendo, de forma direta ou velada, em
desentendimentos e discussões entre alunos, ou entre
alunos e professores;
 Pegam materiais, dinheiro, lanches e quaisquer pertences
de outros estudantes, sem consentimento ou até mesmo sob
coação.
OS ESPECTADORES
 Os espectadores não costumam ter um
comportamento tão marcante.

 A identificação deles depende de observação mais


frequente e cuidadosa, pois seu comportamento
não costuma apresentar sinais explícitos que
denunciem a situação que estão vivendo.

 Tendem a ser manterem calados sobre o que


sabem e presenciam.
OS DIVERSOS COMPORTAMENTOS FRENTE
AO BULLYING

 Quem adoece

 Quem supera
AS REAÇÕES INDIVIDUAIS DAS VÍTIMAS DE
BULLYING
AS REAÇÕES INDIVIDUAIS DAS VÍTIMAS DE
BULLYING

 Algumas vítimas buscam ajuda em profissionais


da área da saúde mental, visando adquirir
habilidades específicas no trato com o outro.

 Essas habilidades incluem:


 uma postura mais assertiva diante das
provocações,
 na resolução dos conflitos,

 melhoria da autoestima e

 autosuperação dos medos perante o


estabelecimento de novas relações interpessoais.
AS REAÇÕES INDIVIDUAIS DAS VÍTIMAS DE
BULLYING

 Muitos revelam um traço que até então não


tinham consciência: a capacidade de serem
resilientes (propriedade pela qual a energia
armazenada em um corpo deformado é
desenvolvida quando cessa a tensão causadora da
deformidade), em termos de comportamento
humano, resiliência pode ser entendida como a
capacidade de um indivíduo de transmutar
sofrimento, dor, rancor, mágoa ou raiva em
aprendizado.

 “Aquilo que não me mata só me fortalece” (Nietzsche)


BULLYING
SITES ÚTEIS

 www.abrapia.com.br

 www.bullying.com.br

 www.observatoriodainfancia.com.br

 www.aprendersemmedo.org.br
FILMES

 Bullying, provocações sem limite (Filme


espanhol)

 As melhores coisas do mundo (Filme


brasileiro)
REFERÊNCIAS
 FANTE, C. Fenômeno Bullying: como prevenir a
violência nas escolas e educar para a paz. 2.ed.
Campinas: Verus Editora, 2005.

 MIDDELTON-MOZ, J; ZAWADSKI, M. L.
Bullying: estratégias de sobrevivência para
crianças e adultos. Porto Alegre: Artmed, 2007.

 SILVA, A. B. B. Bullying: mentes perigosas nas


escolas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010.

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