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Fundamentos de

Termodinâmica
Francisco Márcio Braga Freitas
Sumário
 Temperatura
 Pressão
 Conceitos auxiliares
 Pontos relacionados a substâncias puras
 Pontos importantes de Termodinâmica
 1ª lei da Termodinâmica
 2ª lei da Termodinâmica e máquinas térmicas
Temperatura
 Temperatura – Indica o nível de energia,
isto é, o nível de agitação molecular de
um corpo de forma comparativa.
Temperatura
 As escalas mais usadas para medir a
intensidade do calor são:
 Celsius, Fahrenheit e Kelvin.
 Para converter Fahrenheit para Celsius
temos: ° F = TºC x1.8 + 32   
 Para converter Celsius para Kelvin temos:
 TK = T° C + 273
Comparações entre as escalas

 ºC K ºF
 Ponto de Ebulição da água
 100 373 212
 Ponto de fusão do gelo
0 273 32
Pressão

3. Pressão – É a força exercida por unidade


de área, pode ser calculada pela relação:
 p= F/A [p] = N/m2
 Onde: p = pressão, f= Força, a= Área.

A
 . F

P
Pressão
 Tipos de Pressão: Atmosférica, manométrica ou
relativa e absoluta

 Pressão Atmosférica - Como o ar tem peso e


está sujeito a ação da gravidade, exerce uma
pressão, denominada pressão atmosférica.

 Ao nível do mar: 1atm = 1,033 Kg/cm2 = 14,7


lb/in2 = 760 mm Hg de mercúrio
Pressão
 A PRESSÃO EFETIVA, MANOMÉTRICA
OU RELATIVA - é simplesmente o valor
da pressão causada pela altura da coluna
de líquido em uma dada profundidade de
um recipiente.

 Pressão Absoluta = Pressão


Manométrica + Pressão Atmosférica
Manômetros
Conceitos Auxiliares

Estado
Condição do sistema, como descrito por
propriedades
macroscópicas observáveis.

O estado pode ser caracterizado por um


subconjunto
de propriedades.
Conceitos Auxiliares
Processo
É o caminho definido pela sucessão de estados através
dos
quais o sistema percorre. Para ocorrer uma mudança de
estado, é necessário que pelo menos uma propriedade do
sistema se altere.

Ciclo termodinâmico
Seqüência de processos que começam e terminam em um
mesmo estado.
Substâncias
 Substância pura – Possui composição
química invariável, mesmo existindo nos
estados
físicos.
Diagramas de Fase – diagrama PxT
Pontos importantes
Qualidade: é a fração em massa do vapor na mistura deste com
O seu líquido em equilíbrio. X = Mv/Mv+ML

Ponto de orvalho: ponto em que inicia a condensação quando


A temperatura é reduzida a pressão constante, para um sistema
De composição invariável.

Ponto de bolha: temperatura na qual o líquido puro ou uma


solução inicia a evaporação quando é submetido a um
aquecimento a pressão constante.

Temperatura de saturação:temperatura na qual se dá a vaporização de


uma substância pura, a uma determinada pressão.
Ex: a água a 100 ° C entra em ebulição a uma pressão de 1,033 kgf/cm2, então
a temperatura de saturação é 100ºC a pressão de saturação é 1,033
kgf/cm2/cm2.
Pontos importantes
 Líquido saturado: fase líquida de uma
substância na temp. e pressão de sat.
 Líquido subresfriado:líquido abaixo da
temperatura de saturação.
 Vapor saturado:substância na temperatura de
saturação.
 Vapor superaquecido:vapor acima da temperatura
de saturação.
Gás ideal

Grandezas fundamentais de um gás:

P = pressão

V = volume
Equação dos

T = Temperatura
gases ideais

P.V = n.R.T
Gás ideal e gás real
 É um coeficiente que representa o desvio das
propriedades de um gás ideal que um gás real
apresenta.
É designado pela letra Z, sendo que:

Z = PV/RT

 Para os gases ideais, Z = 1.


Trabalho de um gás

Compressão
O volume diminui e o gás “recebe trabalho“
do meio externo.
Z
W=P
(Vf – Vi)

Vf < Vi

W<0
Trabalho de um gás
 Expansão

W = P (Vf – Vi)

Vf > Vi

W>0
Transformações Gasosas
Transformações isotérmicas

P1  V1  P2  V 2
Transformações Gasosas
 Transformações isobáricas

V V
1  2

T T
1 2
Transformações Gasosas
Transformações P1 P2

isométricas T1 T2

Transformações
adiabáticas
 
P1V1  P2 V2
Isolamento
Cp

Cv
1ª Lei da Termodinâmica
Energia interna (U) de um gás:
Está associada à energia cinética de translação e rotação
das moléculas.
Podem também ser consideradas a energia de vibração e
a energia potencial molecular (atração).
No caso dos gases ideais, apenas a energia cinética de
translação é considerada.
Portanto, a variação da energia interna (U) depende
unicamente da variação de temperatura (T).
Proc. Termodinâmicos Diag.P x V
Processo isotérmico
Processo isobárico

P
Tf > Ti

N
A W

Vi Vf
Processos termodinâmicos
Primeira lei da termodinâmica

O sistema recebe
Trabalho realizado pelo gás
calor
(expansão)

O sistema cede Trabalho realizado sobre o


calor gás (compressão)
No processo termodinâmico sofrido por um gás, há dois tipos de
trocas energéticas com o meio exterior:
O trabalho realizado W;
O calor trocado (Q);
Como conseqüência do balanço energético, tem-se a variação
da energia interna (∆U).
Para um sistema constituído de um gás perfeito:

U  Q  W
Consequências da 1ª lei:

Processo adiabático
É o processo que se realiza do modo que o
sistema não receba nem forneça calor.
A variação de energia interna de um sistema,
num processo adiabático, é igual em valor
absoluto ao trabalho.

Q=0
U   W
Processo adiabático
Expansão: ∆V > 0 → W > 0 → ∆ U < 0

Compressão: ∆ V<0→W<0→∆U>0
Transformação isovolumétrica

Ocorre quando o sistema opera de maneira


que o volume permanece constante, ou
seja , não realiza e nem recebe trabalho.

Volume constante = trabalho nulo

W 0 e U  Q
Transformação cíclica

A transformação cíclica corresponde a uma


sequência de transformações na qual o
estado termodinâmico final é igual ao
estado termodinâmico inicial. Ex: na
transformação A-B-C- D-E-A abaixo.
Transformação cíclica
O trabalho num ciclo corresponde à soma dos
trabalhos: W = Wi +...
Ciclo no sentido horário: W>0
Ciclo no sentido anti-horário: W < 0
Assim, se o sistema sai de um estado
inicial,passa por outras etapas evolta ao
mesmo estado, a variação de energia interna
será nula:
U  0 e Q  W
Entalpia
Energia responsável pela formação das subs.
É uma variável de estado termodinâmico, definida
como:
H  U  PV

Sua aplicação é grande em sistemas que


envolvem vapores e
troca de fase, como em balanços energéticos de
ciclos a vapor
d’água.
A segunda lei da termodinâmica
Os processos espontâneos possuem uma direção
definida:
Corpo quente  esfriamento  equilíbrio;
Vaso pressurizado  vazamento  equilíbrio;

A segunda lei e suas deduções propiciam meios para:


predizer a direção dos processos;
estabelecer condições de equilíbrio;
determinar qual o melhor desempenho teórico dos ciclos, motores e outros
dispositivos; e
avaliar quantitativamente os fatores que impedem que esse melhor
desempenho seja atingido.
Enunciados da 2ª lei da termodinâmica

Enunciado de Kelvin-Planck
É impossível para qualquer sistema operar em um
ciclo termodinâmico e fornecer trabalho líquido para
sua vizinhança trocando energia na forma de calor
com um único reservatório térmico.
Reservatório térmico

Classe especial de sistema fechado que mantém constante sua


temperatura mesmo que energia esteja sendo recebida ou
fornecida pelo sistema.

Exemplo:
atmosfera;
grandes massas de água: oceanos, lagos.
Máquina Térmica
O funcionamento de uma máquina térmica
está associado à:
*presença de uma fonte quente (que fornece calor ao
sistema);
*à presença de uma fonte fria (que retira calor do sistema)
*à realização de trabalho.
Princípio da máquina térmica
Máquina Térmica

Q
Do esquema anterior, devido ao

H
balanço energético, conclui-se que:
Caldeira
W b
W
QH = W + Q L
t
Turbina
Bomba

Sendo W, o trabalho líquido do Condensador


sistema e igual a: Q Fronteira do sistema
L

W = W t – Wb

O rendimento da máquina térmica é


dado por:
Trabalho líquido W QH  QL
  
Calor consumido Q H QH
Enunciados da 2ª lei da termodinâmica

Clausius:
“é impossível um sistema operar de modo que o
único efeito resultante seja a transferência de
energia na forma de calor, de um corpo frio para
um corpo quente.”
Refrigeradores
O funcionamento de um refrigerador está
associado à:
fornecimento de trabalho;
presença de uma fonte quente (à qual o calor é
fornecido);
à presença de uma fonte fria (da qual o calor é retirado).
Eficiência de um refrigerador

A eficiência de um refrigerador é dado pelo coeficiente de


performance K, definido como:

Q QL
K L 
W QH  QL
Ciclo de Carnot
É um ciclo reversível que proporciona a uma
máquina térmica o rendimento máximo possível.
ab: expansão isotérmica com o recebimento do
calor QH da fonte quente;
bc: expansão adiabática (Q = 0 );
cd: compressão isotérmica com fornecimento de
calor QL à fonte fria;
da: compressão adiabática (Q = 0).
Ciclo de Carnot
Rendimento do Ciclo de Carnot
É função exclusiva das Fonte quente
temperaturas
absolutas das fontes quente e fria, TH
não dependendo do fluido
operante (substância de trabalho) Máquina
utilizado. térmica W

TL

Fonte fria

W QH  QL
 
QH QH

TL
  1 Este é o máximo rendimento que se pode obter de
uma máquina ideal operando em um ciclo de Carnot.
TH
Entropia
É uma propriedade extensiva de um sistema
termodinâmico
(depende apenas do estado inicial e final) que aponta a
espontaneidade dos processos.
Processos ditos espontâneos ou
irreversíveis são aqueles que tendem a um
aumento de entropia.
Para processos reversíveis, define-se como:

QH QL
S  
TH TL
Parada para o chá.
Até amanhã!

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