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Para quê GPI?

Fonte: Getting Started In Project Management (Wiley)


VAL
Modelo dinâmico de API
1. Ligação entre estratégia e análise de PI
2. Desenvolver um sistema de avaliação de projectos
1. Fase 1: Surgimento de novas ideias
2. Fase 2: Avaliação preliminar do projecto
3. Fase 3: Avaliação do negócio
4. Fase 4: Fase de decisão
5. Fase 5: Avaliação ex-post do projecto
• ASPECTOS CULTURAIS (presentes em todas as fases)
Trans-Alasca Pipeline
 Projecto para um pipeline para transporte de gás
 http://en.wikipedia.org/wiki/Trans-
Alaska_Pipeline_System
 Custo estimado: 700 milhões de USD (investimento)
 Custo real: 7000 milhões de USD
Túnel do Canal da Mancha
 http://en.wikipedia.org/wiki/Channel_Tunnel
 Previsão de abertura: 1993
 Custo previsto: 4,8 biliões de GBP. Emitiram-se
acções.
 Abertura: 1996
 Custo real: 8,4 biliões de GBP (1,66 cap proprios,
6,6 por um consórcio de 206 bancos; juros de 2
milhões/dia)
Parâmetros de análise do Cash-Flows

 Cash-flow vs resultado
Cash-flow vs resultado

 “Resultado líquido é uma questão de opinião. Cash-


flow é uma questão de facto”.
Cash-flow vs resultado
 Resultados:
 Conceito fundamentalmente económico
 Sujeito distorções contabilísticas

 Pouca ligação com fluxos financeiros efectivos

 Igualdade com cash-flows apenas no longo prazo


Distorções contabilísticas
 Exemplos:
 Valorização do inventário
 Sub ou sobre avaliação dos stocks
 Absortion vs Variable costing

 Caputalização de custos no activo


 Encargosfinanceiros de investimento
 Despesas de I&D

 Tratamento do Goodwill em aquisições


Distorções contabilísticas
 Evidência
 Teoh,Welsh and Long (1998, Journal of Finance)
mostram que empresas que realizam uma IPO:
 Manipulam os seus resultados
 Consequentemente têm piores performances do que
empresas que não manipulam resultados
Distorções contabilísticas
 Evidência (cont.)
 Perry and Williams (1994, Journal of accounting and
economics) mostram que os gestores tendem a manipular
resultados para baixo em ano anterior a um MBO
(management buy out)
 Healy (1985 Journal of accounting and Economics) mostra
evidência de que os gestores adoptam práticas
contabilisticas destinadas a maximizarem a componente
variável da sua compensação indexada a resultados
Distorções contabilísticas
 Evidência (cont.)
 Erickson e Wang (Journal of Accounting and Economics)
mostram evidência de que empresas aquirentes em fusões
tipo stock-for-stock tendem a manipular resultados para
cima em período que antecede a acordo de fusão.
 Burgstahler e Dichev (1997, Journal of Accouting and
Economics) mostram evidência de que as firmas manipulam
os resultados de forma a evitar quer reduções de lucros
quer lucros negativos
Distorções contabilísticas
 Evidência (cont.)
 Perryand Williams (1994, Journal of accounting and
economics) mostram que os gestores tendem a
manipular resultados para baixo em ano anterior a um
MBO (management buy out)
Importância dos cash-flows em PI

 Não dependem de critérios contabilisticos


 Preocupação dos investidores com fluxos de
tesouraria reais
 Inflows

 outflows
Cash flows Relevantes
 Free cash-flows: podem ser interpretados como:
 (1ª interpretação) Fluxos de tesouraria libertados
por um projecto antes movimentos de caracter
estritamente financeiro:
 Pagamentos de juros
 Reembolsos da divida bancária ou equiparável
 Pagamento de dividendos
 Aumentos de capital/recompra de acções
 Aplicação de activos não afectos à exploração ou
aplicações financeiras de curto prazo
Cash flows Relevantes
 Free cash-flows: podem ser interpretados como:
 (2ª interpretação equivalente à primeira) fluxos de
tesouraria libertados por um projecto financiado
integralmente por capitais próprios e que estão disponíveis
para remunerar os accionistas
 (2ª interpretação equivalente às anteriores) fluxos
financeiros libertados por um projecto que potencialmente
poderão remunerar todos os financiadores do mesmo (seja
por cap proprios ou alheios)
Free Cash-flows
 Lógica
 Determinação dos cash-flows disponíveis para todos os
fornecedores de capital (próprio e alheio) e não
somente para os accionistas
 Cálculo do valor total do projecto (soma de capitais
próprios e alheios)
 Valor total do projecto = valor dos capitais próprios
do projecto (+) valor capitais alheios do projectoS
Free Cash-flows
 Free cash flow
+ resultados antes de impostos e encargos financeiros (RAIEF)
- Impostos sobre RAIEF
= Resultados operacionais após impostos
+ Amortizações do exercício
+ Outros custos que não sejam despesas
= Cash flow bruto
- Variações de stock
- Variações de créditos
+ débitos de crédito a cp (excluindo financiemantos)
- Investimento em capital fixo
- Aumento de outros activos afectos à exploração
= FREE CASH FLOW (origens - entram)
Free Cash-flows
 Fluxo de financiamento
+ despesas de financiemanto (liquidas das receitas
financeiras)
- Economia de imposto das despesas financeiras
- Aumento de empréstimos a cp
- Aumento de empréstimos a mlp
+ dividendos distribuidos
+ aquisição de acções próprias
+ Aumento de disponibilidades e aplicações financeiras
excedentárias
+ variação de O. Activos não afectos à exploração
= FREE CASH-Flow (aplicações - saem)
Free Cash-flows
 Assim,
 Resultados:
 noção ambigua, que é exactamente o LUCRO?
 Conceito económico (nós preocupamo-nos com conceitos
financeiros)
 Depende de critérios contabilisticos
 Posso ter elevados lucros e pouco $$ e vice-versa
 Igualdade com os CF apenas no LP (mas no LP, estamos
todos mortos). Mas o investidor quer sempre ver o seu
dinheiro o mais rápido possível
Free Cash-flows
 Distorções contabilisticas:
 Valorização do Inventário, sub ou sobre avaliação
do stock:
 >CMVMC= EI + Cmpras - < EF
 Tratamento de Goodwill nas aquisições:
 Prazo de amortização impacto nos resultados, mas
nenhum impacto nos FCF.
Outros aspectos ligados à estimativa de CF

 CF incrementais: no sentido dos CF que resultam


directamente da implementação do projecto, não
existiriam se não se implementasse o projecto
 CF do projecto = CF empresa c/projecto - CF empresa
s/projecto
 Caso base: tem que ser bem realizado, para saber que CF
podemos atribuir ao projecto
 Sunk-costs: custos irreversíveis – não há nada a fazer. A
minha decisão não os altera. Logo são irrelevantes para
a nossa decisão de lançar o projecto
Outros aspectos ligados à estimativa de CF

 Custo de oportunidade: todos os recursos têm um


custo de oportunidade. Temos que avaliar a
alternativa que poderíamos dar a todos os recursos
envolvidos no projecto. O custo de oportunidade é
extremamente relevante para a GPI.
 Estruturas de custos do sector
Outros aspectos ligados à estimativa de CF

 Valor residual (hipóteses) – por norma os projectos têm uma vida finita (ex.
A Telecel/Vodafone tinha concessão de 20 anos). Qual será o seu valor
residual?
 Valor contabilistico Liquido (activos fixos e fundo de maneio)
 Valor de mercado dos activos
 Perpetuidade
 Compatibilidade entre o cash-flow perpetualizado e
 Investimentos
 Rentabilidade normalizada

 Múltiplos
 dos resultados
 valor de mercado
 do CF
Vida do projecto
 Vida técnica
 Vida útil dos principais equipamentos do projecto
 Vida económica
 Vida útil do produto ou serviço no mercado
 Considerar sempre o menor dos dois
Impacto da Inflação

 CFs reais (a preços constantes) vs CF nominais


(preços correntes)
 Taxa de actualização real vs nominal
 Kn = tx de actualização nominal
 Ki = tx de inflação
 Kr = tx de actualização real
 (1+Kn) = (1+Ki)*(1+Kr)
 Kn = (1+Ki)*(1+Kr)-1
 Kn = Ki + Kr + Kr * Ki
 Inflações diferenciadas por categoria de custos ou
proveitos (a taxa de inflação é uma média ponderado,
nem todos os preços evoluem da mesma maneira)

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