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A MEDIUNIDADE.

UMA VISÃO
CIENTÍFICA E
ESPIRITUAL
MOYSÉS ARAUJO
A MEDIUNIDADE. UMA VISÃO CIENTÍFICA E ESPIRITUAL (2ª
PARTE).
 Como a Doutrina Espírita define, classifica e esclarece os fenômenos
mediúnicos? O que significa ser um bom médium? Qualquer pessoa
pode se tornar médium? E as crianças tem mais mediunidade que os
adultos? Mediunidade favorece a obsessão espiritual? Vamos conhecer
melhor esse 6° sentido…
MEDIUNIDADE
 No artigo anterior abordei o tema sob o ponto de vista científico e
psicológico, e pudemos conceituar de forma imparcial e não-religiosa
o fenômeno mediúnico, segundo grandes pesquisadores do assunto.
Agora, darei prosseguimento ao artigo, trazendo explicações mais
profundas, não abrangidas pelas ciências, mas iluminadas pela ciência
espírita.
 Um pouco de história…
Os egípcios sempre tiveram uma forte ligação com o chamado mundo dos mortos.
Além de toda uma relação com deuses e seus emissários, havia uma grande
preocupação com a vida após morte.
A
MEDIUNIDADE
Para os antigos gregos; que também se comunicavam com deuses através de oráculos,
NA HISTÓRIA sonhos e mensagens; o mundo dos mortos e de seres, que viveriam em um mundo
diferente do nosso, sempre esteve presente. Assim como os egípcios, este povo
DA também tinha um Deus que governava o mundo dos mortos, Hades.

HUMANIDADE
Os próprios hebreus e os cristãos, ao escreverem as páginas do livro sagrado mais
famoso e influente de todos os tempos—a Bíblia, descrevem vários incidentes em que
não seria possível uma explicação baseada em evidências científicas mais tradicionais
como o empirismo e o positivismo. Encontros com anjos, aparições de pessoas, mortos
ressuscitados, levitações, adivinhações, precognições e luzes que parecem surgir do
nada demonstram que a Bíblia é um verdadeiro catálogo de fenômenos paranormais.
 Na antiguidade então, o sobrenatural era o responsável por
transtornos mentais. A grande diferença era de que nesta época os
exorcismos eram realizados de forma brutal e violenta.
MEDIUNIDADE Apedrejamentos e torturas das mais cruéis eram realizados pelos
membros da igreja, que chegaram a queimar vivas pessoas que eram
NA consideradas possuídas.

ANTIGUIDADE  Além de tantos eventos descritos na Bíblia, os católicos acreditam que


os santos, que são pessoas já falecidas, são capazes de escutar e
atender seus apelos. Isso sem contar os anjos, que seriam seres mais
elevados, imateriais, mas que poderiam ser vistos, ouvidos e sentidos
quando quisessem.
São Justino, Apologética, I, 18 (edição dos Beneditinos de 1742, pág. 54),
escreve o seguinte a respeito das manifestações dos mortos:

 “A necromancia, as evocações das almas humanas… vos demonstrarão que as


almas, mesmo depois da morte, são dotadas de sentimento; os que se acham
possessos dos espíritos dos mortos são por todos chamados demoníacos e
MEDIUNIDADE furiosos (et qui ab animabus mortuorum correpti projiciuntur daemoniaci et
furiosi ab omnibus appellati).”

NA
Nesse enunciado, depreende-se que a Igreja reconhecia a imortalidade dos
espíritos, a possibilidade de uma dimensão espiritual paralela, sensível por algumas
pessoas, que poderiam estar momentaneamente sob suas influências, e que
vulgarmente eram associadas demônios ou a loucura.
ANTIGUIDADE As religiões orientais como o hinduísmo, o budismo, o taoismo e o xintoísmo
possuem também conceitos, com outros nomes e até com outras finalidades, mas
que podem ser verificados como comunicação entre vivos e mortos e
reencarnação.
E também as culturas e religiões originadas da África acreditam plenamente na
vida após a morte e no contato de espíritos, através de todas as possibilidades
mediúnicas como a visão, a audição e a incorporação.
 Para alguns autores, a história do espiritismo teve início em 1848, na
cidade de Hydesville, no Estado de Nova York, nos Estados Unidos,
quando pela primeira vez se pesquisou “oficialmente” um caso
considerado paranormal.
 Três irmãs, Kate, Lia e Margareth Fox teriam feito contato com o
espírito de Charles B. Rosma através de pancadas ouvidas nas paredes
MEDIUNIDADE de casa. À época esta prova de existência de vida após a morte foi
aceita como verdadeira. Este caso teve grande repercussão na
EO imprensa, principalmente porque as irmãs se dispuseram a fazer testes
em várias comissões de análise, e todas atestaram a veracidade dos
ESPIRITISMO eventos. A partir disso começou-se a buscar outros fenômenos
parecidos, e esta busca acabou chegando na Europa. O fenômeno mais
popular naquela época, sem dúvida, eram as chamadas mesas girantes,
que ocorria quando um grupo de pessoas se sentava em volta de uma
mesa com as mãos sobre a mesma e repentinamente o móvel
começava a se movimentar, independentemente da vontade dos
participantes. Este fenômeno chegou a ser pesquisado nos Estados
Unidos, Canadá, Alemanha, Itália, Inglaterra e principalmente na França.
 Em 1855, em Paris, o professor Hyppollite Leon Denizard Rivail (Allan
Kardec) foi chamado a assistir a uma destas reuniões das mesas
girantes. Intrigado com o que viu, o professor se lançou na busca pela
resposta sobre o que estaria originando aqueles eventos. Cerca de
dois anos após aquela primeira reunião, ele chegou a conclusão de que
a mesa giratória era um instrumento de comunicação entre um
espírito, uma pessoa já morta, e pessoas ainda vivas. Em 18 de abril de
MEDIUNIDADE 1857, este professor lançou um livro chamado “O Livro dos Espíritos”,
sob o pseudônimo de Allan Kardec, pelo qual ficou conhecido até os
EO dias de hoje. Este livro é considerado, até os nossos tempos, o livro
base do espiritismo, ou, da doutrina espírita, como chamou o próprio
ESPIRITISMO Kardec.
 Em seguida vieram os livros “O Livro dos Médiuns” em 1861,“O
Evangelho Segundo o Espiritismo” em 1864,“O Céu e o Inferno” em
1865 e “A Gênese” em 1868. Estes cinco livros são a essência de tudo
aquilo em que se acredita sobre espiritismo até hoje, e seu autor é
também, até o presente momento, reverenciado como a mais
importante figura deste movimento.
 Para Kardec, todas as faltas em vidas passadas tem que ser expiadas, mais
cedo ou mais tarde. Assim, segundo ele, cada existência é uma
oportunidade de progresso espiritual, sendo que as vicissitudes da vida
podem ser provas impostas por Deus, ou escolhidas pelos indivíduos,
antes de reencarnar, exatamente para expiação das faltas cometidas, como
reajustes às leis divinas.
 Allan Kardec (1804 ¿ 1869) assim definiu a mediunidade:“todo aquele que
MEDIUNIDADE sente em um grau qualquer influência dos espíritos é, por esse fato,
médium”.

EO  Questão 459 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec: “Os espíritos


influem sobre nossos pensamentos e ações? A este respeito, sua influência é
ESPIRITISMO maior do que podeis imaginar. Muitas vezes, são eles que vos dirigem”.
 Estamos cercados por espíritos e sua influência oculta sobre os nossos
pensamentos e atos se faz sentir pelo grau de afinidade que mantivermos
com eles.
 Não será objeto deste artigo, o estudo das Obsessões e Possessões
Espirituais, que se trata de um fenômeno mediúnico específico já estudado
num artigo anterior.
Mediunidade:

ALGUNS Lamartine Palhano Jr. em seu “Dicionário de Filosofia Espírita”, conceitua mediunidade como sendo
uma faculdade inerente ao homem que permite a ele a percepção, em um grau qualquer, da influência
CONCEITOS dos Espíritos. Não constitui privilégio exclusivo de uma ou outra pessoa, pois, sendo uma
possibilidade orgânica, depende de um organismo mais ou menos sensitivo.
DA DOUTRINA
ESPÍRITA Mediunismo:

SOBRE Alexander Aksakof, em 1.890, empregou o termo mediunismo para designar o uso das faculdades
mediúnicas. A prática do mediunismo não significa que haja prática de Espiritismo propriamente dito,

MEDIUNIDADE visto que a mediunidade não é propriedade do Espiritismo.

Mediunato:
Missão mediúnica da qual está investido um médium. Esta expressão foi criada pelos próprios
AQUI Espíritos:“Deus me encarregou de desempenhar uma missão junto aos crentes a quem ele favorece
com o mediunato”—Joana d’Arc (Capítulo XXXI, comunicação XII, em “O Livro dos Médiuns” de
Allan Kardec).
Médium:

(Do latim: médium = meio; intermediário; medianeiro). Pessoa que pode servir de intermediário entre os
ALGUNS Espíritos e os homens; aquele que em um grau qualquer sente a influência dos Espíritos de modo ostensivo.

CONCEITOS
A Predisposição Mediúnica:
DA DOUTRINA
A predisposição mediúnica independe do sexo, da idade e do temperamento, bem como da condição social,
ESPÍRITA da raça, da cultura, da religião, da inteligência e até mesmo das qualidades morais. Todavia, quanto mais elevado
for moralmente o médium, melhor instrumento este se tornará à Espiritualidade. (Já no tocante ao

SOBRE desenvolvimento intelectual do médium, quanto maior for o seu grau, mais os espíritos superiores poderão
aproveitar de seu conteúdo para expressar suas comunicações).

MEDIUNIDADE O Desenvolvimento da Faculdade Mediúnica:

O desenvolvimento da faculdade mediúnica depende da natureza mais ou menos expansiva do perispírito do


médium e da maior ou menor facilidade da sua assimilação pelo dos Espíritos; depende, portanto, do
organismo e pode ser desenvolvida quando exista o princípio; não podendo, consequentemente, quando o
princípio não existe.
Classificação dos Médiuns:
 Voluntários:
Inicialmente, podemos classificar os médiuns em Médiuns Facultativos ou
Voluntários, e Médiuns Naturais ou Involuntários. Os Voluntários são
aqueles que conhecedores de suas faculdades conseguem ter o controle
de suas manifestações; os Involuntários são aqueles que desconhecendo
suas faculdades, sofrem suas influências sem controle ou de mal grado.
MEDIUNIDADE No Livro “Desafios da Mediunidade”, o Espírito Camilo (mentor do
E ESPIRITISMO médium e conferencista José Raul Teixeira), examina o termo
“incorporação”:
Questão 28: “É correto falar-se em “incorporação”?”
R: “Não se trata bem da questão de certo ou errado. Trata-se de
uma utilização tradicional, uma vez que nenhum estudioso do Espiritismo,
hoje em dia, irá supor que um desencarnado possa “penetrar” o corpo de
um médium, como se poderia admitir num passado não muito distante”.
 ·De efeitos físicos: este tipo pode ser dividido em dois grupos, ou
seja, os facultativos—que têm consciência dos fenômenos por eles
produzidos—e os involuntários ou naturais, que são inconscientes de
suas faculdades, mas são usados pelos espíritos para promoverem
MEDIUNIDADE manifestações fenomênicas sem que o saibam.

E ESPIRITISMO
 ·Dos médiuns sensitivos ou impressionáveis: são pessoas
(TIPOS DE suscetíveis de sentirem a presença dos espíritos por uma vaga
MEDIUNIDADE) impressão. Esta faculdade se desenvolve pelo hábito e pode adquirir
tal sutileza, que aquele que a possui reconhece, pela impressão que
experimenta, não só a natureza, boa ou má, do espírito que se
aproxima, mas até a sua individualidade.
 ·Médiuns audientes ou clariaudientes: neste caso os médiuns
ouvem a voz dos espíritos. O fenômeno manifesta-se algumas vezes
como uma voz interior, que se faz ouvir no foro íntimo. Outras vezes,
MEDIUNIDADE dá-se como uma voz exterior, clara e distinta, semelhante a de uma
pessoa viva. Os médiuns audientes podem, assim, estabelecer
E ESPIRITISMO conversação com os espíritos.

(TIPOS DE
 ·Médiuns videntes ou clarividentes: são dotados da faculdade de
MEDIUNIDADE) ver os espíritos. Cabe salientar que o médium não vê com os olhos,
mas é a alma quem vê e por isso é que eles tanto veem com os olhos
fechados, como com os olhos abertos.
 ·Médiuns psicofônicos: neste tipo o médium serve como um
instrumento pelo qual o espírito se comunica pela fala; assim, há a
acoplação do perispírito do espírito comunicante no perispírito do
médium, permitindo, assim, que o espírito utilize o aparelho fonador
MEDIUNIDADE do médium para fazer uso da fala.

E ESPIRITISMO
 ·Médiuns de cura: Este gênero de mediunidade consiste,
(TIPOS DE principalmente, no dom que possuem certas pessoas de curar pelo
MEDIUNIDADE) simples toque, pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o concurso de
qualquer medicação. Dir-se-á, sem dúvida, que isso mais não é do que
magnetismo. Evidentemente, o fluido magnético desempenha aí
importante papel.
 Médiuns mecânicos: Quem examinar certos efeitos que se
produzem nos movimentos da mesa, da cesta, ou da prancheta que
escreve não poderá duvidar de uma ação diretamente exercida pelo
MEDIUNIDADE Espírito sobre esses objetos. A cesta se agita por vezes com tanta
violência, que escapa das mãos do médium e não raro se dirige a
E ESPIRITISMO certas pessoas da assistência para nelas bater. Digamos, de passagem,
que tais efeitos demonstram sempre a presença de Espíritos
(TIPOS DE imperfeitos; os Espíritos superiores são constantemente calmos,
dignos e benévolos;
MEDIUNIDADE)  Médiuns semi-mecânicos: No médium puramente mecânico, o
movimento da mão independe da vontade; no médium intuitivo, o
movimento é voluntário e facultativo. O médium semi-mecânico
participa de ambos esses gêneros.
 Médiuns inspirados: Todo aquele que, tanto no estado normal,
como no de êxtase, recebe, pelo pensamento, comunicações estranhas
às suas ideias preconcebidas, pode ser incluído na categoria dos
MEDIUNIDADE médiuns inspirados.
 Médiuns de pressentimentos: O pressentimento é uma intuição
E ESPIRITISMO vaga das coisas futuras. Algumas pessoas têm essa faculdade mais ou
(TIPOS DE menos desenvolvida.
 Médiuns psicógrafos: Transmitem as comunicações dos espíritos
MEDIUNIDADE) através da escrita. São subdivididos em mecânicos, semi-mecânicos e
intuitivos. Os mecânicos não têm consciência do que escrevem e a
influência do pensamento do médium na comunicação é quase
nenhuma.
MÉDIUNS PSICÓGRAFOS

Como há um grande domínio da entidade sobre a faculdade mediúnica a ideia do espírito comunicante se expressa com
maior clareza. Há casos em que o médium psicografa mensagens complexas conversando com outras pessoas,
totalmente distraído do que escreve. Já nos semimecânicos, a influência da entidade comunicante sobre as faculdades
mediúnicas não é tão intensa, pois a comunicação sofre uma influência do pensamento do médium. Isso ocorre com a
maioria dos médiuns psicógrafos.
· Com relação os intuitivos, estes recebem a ideia do espírito comunicante e a interpretam, desenvolvendo-a com os
recursos de suas próprias possibilidades morais e intelectuais.

“Concebe-se que deve ser bastante raro que a faculdade de um médium seja rigorosamente circunscrita a um só
gênero; o mesmo médium pode, sem dúvida, ter várias aptidões, mas há sempre uma que domina e é a que deve se
interessar em cultivar, se for útil.” (O Livro dos Médiuns, 11ª parte, Kardec).
 “Mediunidade espírita, porém, é a que faculta o intercâmbio
consciente, responsável, entre o mundo físico e o espiritual, facultando
a sublimação das provas pela superação da dor e pela renúncia às
paixões, ao mesmo tempo abrindo à criatura os horizontes luminosos
MEDIUNIDADE para a libertação total, mediante o serviço aos companheiros do
caminho humano, gerando amor com os instrumentos da caridade
E ESPIRITISMO redentora de que ninguém pode prescindir”. Joanna de Ângelis
(espírito), livro Oferenda—pág. 130/131 -, psicografado por Divaldo
(TIPOS DE Franco.

MEDIUNIDADE)  No Brasil, no que se refere à mediunidade e à espiritualidade, tem-se


como ensinamento:“dê de graça o que de graça recebeste” (Muito
embora alguns aproveitem oportunidades em benefício próprio).
 Os médiuns de “incorporação” são classificados em conscientes,
semiconscientes e inconscientes.
 Médiuns Conscientes:

Pode-se dizer que um médium consciente é aquele que durante o


MEDIUNIDADE transcurso do fenômeno tem consciência plena do que está
ocorrendo. O Espírito comunicante entra em contato com as
E ESPIRITISMO irradiações perispirituais do médium, e, emitindo também suas
irradiações perispirituais, forma a atmosfera fluídica capaz de permitir
(TIPOS DE a transmissão de seu pensamento ao médium, que, ao captá-lo,
transmitirá com as suas possibilidades, em termos de capacidade
MEDIUNIDADE) intelectual, vocabulário, gestos, etc.
O médium age como se fosse um intérprete da ideia sugerida pelo
Espírito, exprimindo-a conforme sua capacidade própria de
entendimento.
 Médiuns SemiConscientes:
É a forma de mediunidade psicofônica em que o médium sofre uma
semi-exteriorização perispíritica, permitindo que esse fenômeno
MEDIUNIDADE ocorra.
E ESPIRITISMO O médium vai tendo consciência do que o Espírito transmite à
medida que os pensamentos daquele vão passando pelo seu cérebro,
(TIPOS DE todavia o médium deverá identificar o padrão vibratório e a
intencionalidade o Espírito comunicante, tolhendo-lhe qualquer
MEDIUNIDADE) possibilidade de procedimentos que firam as normas da boa
disciplina mediúnica.
 Médiuns Inconscientes:
Esta forma de mediunidade de incorporação caracteriza-se pela inconsciência do
médium quanto a mensagem que por seu intermédio é transmitida. Isto se verifica
por se dar uma exteriorização perispiritual total do médium.

MEDIUNIDADE O fenômeno se dá como nas formas anteriores, somente que numa gradação mais
intensa. Exteriorização perispiritual, afinização com a entidade que se comunicará,
E ESPIRITISMO emissão e assimilação de fluidos, formação da atmosfera necessária para que a
mensagem se canalize por intermédio dos órgãos do médium, são indispensáveis.

(TIPOS DE Embora inconsciente da mensagem, o médium é consciente do fenômeno que está


se verificando, permanecendo, muitas vezes, junto da entidade comunicante,

MEDIUNIDADE) auxiliando-a na difícil empreitada, ou, quando tem plena confiança no Espírito que
se comunica, poderá afastar-se em outras atividades.
Geralmente, o médium, ao recobrar sua consciência, nada ou bem pouco recordará
do ocorrido ou da mensagem transmitida. Fica uma sensação vaga, comparável ao
despertar de um sonho pouco nítido em que fica uma vaga impressão, mas que a
pessoa não saberá afirmar com certeza do que se tratou.
MEDIUNIDADE E O Espírito Camilo no já citado livro
“Desafios da Mediunidade”, analisa alguns
ESPIRITISMO aspectos importantes relacionados com o
(TIPOS DE tema:
Questão 15: “É possível para o médium inconsciente, Questão 14: “O fato de a mediunidade manifestar-se
MEDIUNIDADE) após o transe, lembrar-se das sensações que teve
durante a comunicação mediúnica?”
consciente ou inconscientemente guarda relação com o
adiantamento moral do médium?”
Resposta: “Tendo-se em conta que o médium, em Resposta: “De modo nenhum”. A manifestação
estado de transe inconsciente, não se acha desligado do mediúnica, de aspecto consciente ou inconsciente, nada
seu corpo físico, mas somente desprendido, podem tem a ver com o grau evolutivo do médium, mas está
remanescer em seus registros cerebrais certas relacionada com aspectos fisiológicos ou psico-
impressões, ou sensações, obtidas durante o transe, fisiológicos desse mesmo sensitivo.
podendo mencioná-las quando retorne a sua
normalidade”.
MEDIUNIDADE E
ESPIRITISMO
(TIPOS DE
MEDIUNIDADE) Muito embora não seja um dado oficial, muitos autores
consideram Jung o primeiro psicólogo transpessoal, e
tantos outros ainda o mencionam como a maior
Na explicação de Guimarães (2005) a abordagem
transpessoal estuda as possibilidades psíquicas, sejam
mentais, emocionais, intuitivas e somato-sensoriais, do
influência para o surgimento desta vertente da ser humano através dos diferentes estados ou graus de
psicologia. De acordo com o artigo “Carl Rogers and consciência pelos quais passa uma pessoa.
Transpersonal Psychology” de J. K. Wood (1997), o
termo transpessoal foi criado por Jung quando escrevia
sobre o inconsciente coletivo, querendo se referir a algo
além do pessoal.
Não há que se confundir médiuns
inconscientes com médiuns sonambúlicos,
visto que estes em seu estado de
sonambulismo comum, contatam os
desencarnados e transmitem as mensagens
que receba, podendo vê-los e com eles
confabular.
 Animismo:
Quando Kardec, ainda em “O Livro dos Médiuns”, pergunta aos espíritos
MEDIUNIDADE se “o espírito do médium influi nas comunicações de outros espíritos que
ele deve transmitir”, recebe a seguinte resposta:“Sim, pois se não há
E ESPIRITISMO afinidade entre eles, o espírito do médium pode alterar as respostas,
adaptando-as às suas próprias ideias e às suas tendências.” Em seguida,
(TIPOS DE Kardec lhes pergunta se “é essa a causa da preferência dos espíritos por
certos médiuns”, ao que os espíritos respondem:“Não existe outro
MEDIUNIDADE) motivo. Procuram intérprete que melhor simpatize com eles e transmita
com maior exatidão o seu pensamento.”
 Animismo:
No fenômeno anímico, que não se confunda com mediunidade
consciente, é o espírito do próprio médium que se comunica e dá a
MEDIUNIDADE mensagem através de seu próprio corpo em transe, na maioria das vezes
E ESPIRITISMO sem que tenha consciência de que é ele mesmo que está passando a
mensagem, mesmo que esteja consciente do fenômeno e durante o
(TIPOS DE fenômeno. Ou seja, ele pode até estar consciente de tudo, mas não tem
consciência de que é ele mesmo que está se comunicando e transmitindo
MEDIUNIDADE) uma mensagem. Ele pode acompanhar o desenrolar da comunicação, mas
não sabe que o comunicante é ele mesmo, ou uma porção inconsciente
de sua própria consciência ou espírito (em alguns casos pode estar
trazendo um conteúdo dele próprio)…
 Mediunidade em crianças:
MEDIUNIDADE E Herculano Pires, no livro “Mediunidade”, esclarece que as crianças
ESPIRITISMO possuem a mediunidade, por assim dizer, à flor da pele, porém são
resguardadas pela influência benéfica dos espíritos protetores. Nessa fase
(TIPOS DE infantil, as manifestações, em sua maioria são mais de caráter anímico; a
criança projeta a sua alma nas coisas e nos seres que a rodeiam, recebem
MEDIUNIDADE) inspirações de amigos espirituais, às vezes vêem e denunciam a presença
de espíritos.
 Mediunidade em crianças:
No “Livro dos Médiuns”, capítulo XVIII, a questão da mediunidade em
crianças também é abordada e os Espíritos superiores nos dão—em
MEDIUNIDADE linhas gerais—duas orientações fundamentais: 1) se a mediunidade não se
apresenta espontaneamente, tentar fazer com que a criança a desenvolva
E ESPIRITISMO precocemente é perigoso e, portanto, não recomendado e; 2) se a
mediunidade se apresenta espontaneamente não há perigo para a criança,
(TIPOS DE visto que se é espontâneo faz parte de sua natureza.

MEDIUNIDADE) Ou seja, não se deve forçar o aflorar mediúnico sob o risco de prejudicar
a criança, mas se a mediunidade aparecer espontaneamente devemos lidar
com esse fenômeno orientando o pequeno médium a conhecer e exercer
a base da doutrina dos espíritos para que ele possa crescer, tornar-se um
jovem do bem e esclarecido sobre o dom que possui.
 Mediunidade em desarmonia:
Existem alguns sinais mais frequentes do aparecimento da mediunidade
em desarmonia, que são: cérebro perturbado, sensação de peso na cabeça
e ombros, nervosismo (ficamos irritados por motivos sem importância),
MEDIUNIDADE desassossego, insônia, arrepios (como se percebêssemos passar alguma
coisa fria), sensação de cansaço geral, calor (como se encostássemos em
E ESPIRITISMO algo quente), falta de ânimo para o trabalho e profunda tristeza.
Precisamos usar nosso bom senso para percebermos com clareza se os
(TIPOS DE sintomas acima citados são frutos de uma obsessão espiritual, indicando
uma mediunidade desequilibrada, ou o resultado de uma auto-obsessão,
MEDIUNIDADE) um desequilíbrio nosso mesmo, gerando neuroses e outros tipos de
distúrbios.
Em alguns casos médiuns não esclarecidos ou não diagnosticados como
tal, são tratados como esquizofrênicos por ouvirem vozes, ou
perceberem coisas que outros não veem e não creem.
 Sintonia Mental:

Nos esclarece o Espírito André Luiz, no seu livro “Nos domínios da
Mediunidade”, psicografado por Francisco Cândido Xavier:
MEDIUNIDADE E “Mediunidade não basta só por si”. É impossível saber que tipo de
ESPIRITISMO onda mental assimilamos, para conhecer da qualidade de nosso
trabalho e o ajuizar de nossa direção.
(TIPOS DE
Em Mediunidade, portanto, não podemos olvidar o problema da
MEDIUNIDADE) sintonia. Atraímos os Espíritos que se afinam conosco, tanto quanto
somos por eles atraídos; e se é verdade que cada um de nós
somente pode dar conforme o que tem, é indiscutível que cada um
recebe de acordo com aquilo que dá.
 Sintonia Mental:

Achando-se a mente na base de todas as manifestações mediúnicas,
MEDIUNIDADE E quaisquer que sejam as características em que se expressem, é
imprescindível enriquecer o pensamento, incorporando-lhe os
ESPIRITISMO tesouros morais e culturais, os únicos que nos possibilitam fixar a luz
(TIPOS DE que jorra para nós, das esferas mais altas, através dos gênios da
MEDIUNIDADE) sabedoria e do amor que supervisionam nossas experiências.
Procederam acertadamente aqueles que compararam nosso mundo
mental a um espelho. Refletimos as imagens que criamos.
“E, como não podemos fugir ao imperativo da atração, somente
retrataremos a claridade e a beleza se instalarmos a beleza e a
claridade no espelho de nossa vida íntima”.
Uma mente invigilante atrairá entidades infelizes, vampirizadoras,
porque certos Espíritos profundamente materializados, arraigados,
MEDIUNIDADE E ainda, às paixões inferiores, nutrem-se, alimentam-se dessas
substâncias produzidas pela mente irresponsável ou deseducada.
ESPIRITISMO
O médium não evangelizado, irresponsável, será, via de regra, um
(TIPOS DE permanente criador de imagens deprimentes, a constituírem
MEDIUNIDADE) verdadeira “ponte magnética”, pela qual terão acesso as entidades
perturbadoras.
Em verdade, porém, médiuns somos todos nós que registramos,
consciente ou inconscientemente, ideias ou sugestões dos Espíritos,
externando-as, muita vez, como se fossem nossas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao discutirmos tema elevado, em qualquer lugar e hora, somos, algumas vezes, intérpretes de Espíritos sérios, que de
nós se aproximam atraídos pela seriedade da conversação.
Contrariamente, em momentos de invigilância vocabular, no trato com problemas humanos (xingamentos e ofensas),
atraímos Espíritos desajustados que, sintonizados conosco, nos fazem porta-voz de suas induções.
O aprimoramento moral contribui para que, na condição de médiuns, de receptores da Espiritualidade, afinizemos
com princípios elevados.
O estudo da Doutrina Espírita, participação em reuniões mediúnicas, os passes, um comportamento de elevação
moral e a ação na caridade, são elementos fortificantes para todos os que desejam ser bons médiuns a serviço da
humanidade.
A MEDIUNIDADE.
UMA VISÃO Espero que tenha sido esclarecedor.

CIENTÍFICA E Por favor deixem seus comentários e suas


dúvidas que ficarei feliz em respondê-las.
ESPIRITUAL Gratidão!!!

 www.moysesaraujo.com.br/blog

“Ser médium é algo de sublime, determinando o imperativo da realização interior, a necessidade de o indivíduo
conquistar a si mesmo pela superação das qualidades negativas.” Emmanuel –Chico Xavier.

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