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Prof. Dr. Eliezer Santurbano Gervásio - Engenharia de Água na Agricultura - CEAGRO/UNIVASF
1 Irrigação por aspersão
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Fixo permanente
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Aspersores
Aspersor canhão
Aspersor escamoteável
Fixos temporários: as linhas laterais, secundárias e principal
permanecem fixas em suas respectivas posições durante a realização
das irrigações, cobrindo toda a área. Diferem dos sistemas
permanentes no aspecto de que apresentam as tubulações dispostas
sobre a superfície do terreno, podendo ser removidas quando
desejado.
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Portáteis: todas as linhas que compõem o sistema são móveis,
deslocando-se progressivamente na área irrigada. Até mesmo a
unidade de bombeamento pode ser deslocada. São casos típicos em
que se procura substituir o custo inicial de aquisição do equipamento
por custo operacional, em função da maior quantidade de mão-de-obra
requerida no deslocamento das tubulações. São normalmente
projetados com até quatro linhas laterais e com tempo diário de
operação variando de 8 a 18 horas.
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Linhas laterais autopropelidas
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Lateral rolante: trata-se de um sistema com movimentação
intermitente, sendo constituído basicamente por uma linha lateral
contendo os aspersores, operando como um eixo com rodas metálicas
regularmente espaçadas. Na parte central dessa linha suportada por
rodas, encontra-se a unidade propulsora, geralmente constituída por
um motor a gasolina com potência entre 5 e 7 CV, um sistema redutor
composto de engrenagens e um sistema de transmissão por
correntes.
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Aspersores autopropelidos: este sistema irriga faixas longas, de
largura variável, deslocando-se de forma contínua e linear no sentido
do eixo da faixa. O aspersor funciona setorialmente, de maneira que o
seu deslocamento se faz em solo seco. Em geral, o aspersor utilizado
é do tipo canhão, com alcance superior a 30 m e o setor angular de
cobertura superior a 180o. Os equipamentos mais comuns no mercado
são aparelhos tracionados à cabo e por mangueira.
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IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO CONVENCIONAL
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SISTEMA DE ASPERSÃO CONVENCIONAL FIXO PERMANENTE
Aspersor
Hidrante ou válvula
Linha principal
Moto-bomba
Linha secundária
Linha lateral
SISTEMA DE ASPERSÃO CONVENCIONAL FIXO PERMANENTE
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SISTEMA DE ASPERSÃO CONVENCIONAL SEMIFIXO
Aspersor
Linha principal
Hidrante ou válvula
Linha lateral
Moto-bomba
Portáteis: todas as linhas que compõem o sistema são móveis,
deslocando-se progressivamente na área irrigada. Até mesmo a
unidade de bombeamento pode ser deslocada. São casos
típicos em que se procura substituir o custo inicial de aquisição
do equipamento por custo operacional, em função da maior
quantidade de mão-de-obra requerida no deslocamento das
tubulações. São normalmente projetados com até quatro linhas
laterais e com tempo diário de operação variando de 8 a 18
horas.
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Prof. Dr. Eliezer Santurbano Gervásio - Engenharia de Água na Agricultura - CEAGRO/UNIVASF
COMPONENTES DE UM SISTEMA DE ASPERSÃO CONVENCIONAL
Aspersores
Braço oscilante
Mola de controle
Bocal
Bocal
Defletor
Corpo
ASPERSORES
CLASSIFICAÇÃO DOS ASPERSORES
Acessórios
Existem duas categorias de bocais: uma para longo alcance e outro para
espalhar o jato. Nos aspersores com três bocais, há um para longo alcance
e outros dois são espalhadores. Naqueles com dois bocais, há um de cada
tipo, e nos de um bocal, este terá a função dupla.
FATORES QUE AFETAM O DESEMPENHO DOS ASPERSORES
Aspersores
E1 E1 E1
E2 E2
E2
A B C
DISPOSIÇÃO DO EQUIPAMENTO NO CAMPO
E1 E 2 R 2
sendo:
R = raio de alcance do jato, m.
DISPOSIÇÃO DO EQUIPAMENTO NO CAMPO
E1 E 2 R 2 14,5 2 20,5 m
R 2
E1 E2 R
2 3
sendo:
R = raio de alcance do jato, m.
DISPOSIÇÃO DO EQUIPAMENTO NO CAMPO
R 18 2 2
E1 9m E 2 R 18 12 m
2 2 3 3
E1 1,5 R E2 R 3
sendo:
R = raio de alcance do jato, m.
DISPOSIÇÃO DO EQUIPAMENTO NO CAMPO
Tubulações
Esta etapa tem por finalidade garantir que o sistema de irrigação seja capaz de
distribuir a água de forma eficiente, com um controle efetivo dos sais e uma boa
uniformidade de distribuição. Nesta etapa é feita a seleção dos aspersores e a
determinação dos parâmetros de irrigação (lâmina de irrigação, turno de rega,
período de irrigação, número de linhas laterais operando simultaneamente e
disposição das mesmas no campo).
Linha principal
Moto-bomba Moto-bomba
α=1 α=2
CRITÉRIOS AGRONÔMICOS DE DIMENSIONAMENTO
L P 150 LP
8,3 . 8.2 16 posições
E2 18 E2
Solo:
Ucc = 25%
UPMP = 15%
ds = 1,2 g/cm3
VIB = 18 mm/h
Cultura:
Prof. efetiva do sistema radicular = 60 cm
Evapotranspiração máxima (Etc) = 6 mm/dia
Fator de disponibilidade de água (f) = 0,8
Sistema de Irrigação:
Tipo: Aspersão convencional
Aspersor: Fabrimar (A1823M-1F)
Vazão do aspersor = 5,38 m3/h (30 m.c.a)
Pressão de serviço = 30 m.c.a
Espaçamento = 18 x 18 m
Comprimento inicial da linha principal dentro da área irrigada = 360 m
Número de horas de funcionamento do sistema = 12 h/dia
Eficiência de aplicação (Ea) = 72%
O sistema contempla linhas laterais de espera
A linha principal passará no centro da área irrigada.
a). Seleção do aspersor
q 5,38
IA .1000 .1000 16,6 mm/h
E1.E2 18.18
LL 57,6
LB 80 mm
Ea 0,72
d). Turno de rega
LL 57,6
TR 9,6 dias
ETc 6
LL TR.ETc 9.6 54 mm
LL 54
LB 75 mm
Ea 0,72
PI TR Folga 9 1 8 dias
f). Tempo de irrigação por posição da linha lateral
LB 75
TI 4,5 h
IA 16,6
NH 12
n 2,7 posições/lateral/dia
TI TM 4,5
LP 360
N .α .2 40 posições
Linha lateral Linha lateral
E2 18 Linha principal
Moto-bomba Moto-bomba
α=1 α=2
i). Número de posições irrigadas diariamente
N 40
Nd 5 posições por dia
PI 8
Nd 5
NL 2,5 laterais
n 2
Como não existe 2,5 laterais operando devemos considerar 3 laterais.
Assim, será preciso recalcular o número de posições a serem irrigadas
por dia e o novo período de irrigação.
q k.H x
sendo:
q = vazão do aspersor, m3 h-1;
k = coeficiente de descarga do aspersor (representa a vazão à pressão unitária);
H = pressão na entrada do aspersor, m.c.a;
x = expoente de descarga
As variações de vazão com a pressão podem ser obtidas derivando a equação 30,
resultando:
q k.H x
x
dq x 1 d q H dq dH
k.x.H k.x. x.
dH dH H q H
b). Variação máxima de vazão entre dois aspersores quaisquer em uma linha
lateral
No dimensionamento de uma linha lateral de aspersão, utiliza-se o critério baseado em
uma variação máxima de vazão entre dois aspersores quaisquer presentes na linha.
Com o intuito de garantir uma boa uniformidade de distribuição de água pelos
aspersores, estabelece-se que a máxima variação de vazão entre dois aspersores
quaisquer de uma mesma linha lateral deve ser inferior a 10% da vazão nominal do
aspersor, ou seja:
dq
__
0,1
__ q
q= vazão nominal do aspersor.
c). Variação máxima de pressão entre dois aspersores quaisquer em uma
linha lateral
dq dH dH dH
__
x. __
0,1 0,5. __
__
0,2
q H H H
__
H = pressão nominal ou pressão de serviço do aspersor.
d). Perda de carga máxima permitida ao longo da lateral
1 2
__
Nível
H1 Hf ' H2
0,1 H
Q
H1 H2 Hf ' Hf '
Δz = 0
dH Hf ' x
2
H1 Hf ' Δz H2 __
Aclive
H1 H2 Δz Hf ' 0,1 H
Hf ' Δz
1
Q Δz
dH Δz Hf ' x
__
Declive H1 Hf ' Δz H2
2
0,1 H
Q
H1 H2 Δz Hf ' Hf ' Δz
Δz
dH Δz Hf ' x
e). Perfil de pressão ao longo da linha lateral
O aspersor que opera à pressão de serviço (Ps) está situado a 0,377L. Até
esse ponto ocorre 74% da perda de carga na lateral. Essa situação ocorre
quando se usa a equação de Hazen-Willians para cálculo da perda de carga
(m = 1,85).
Lateral em nível (Δz = 0)
3
Pi Ps Hf ' Aa Pf Pi Hf ' Pj Pi Hf '(i j) Aa
4
Lateral em aclive
3 1
Pi Ps Hf ' Δz Aa Pf Pi Hf ' Δz
4 2
Lateral em declive
3 1
Pi Ps Hf ' Δz Aa Pf Pi Hf ' Δz
4 2
f). Cálculo da perda de carga
1,85
Q
Hf 10,64 1,85 4,87
L Equação de Hazen-Willians
C D
1,85
Q
Hf´ 10,64 1,85 4,87
LF
C D
m = expoente da vazão da equação de
perda de carga utilizada;
N = número de aspersores na linha
lateral.
I0 = distância do início da lateral até o
primeiro aspersor
1 1 m 1
F I0 E1
m 1 2N 6N 2
2N 1 m 1
0,5
E1
F I0
2N 1 m 1 6N 2
2
g). Dimensionamento da linha lateral
1
Q 1,85 4,87
D 10,64 1,85 LF
C Hf
Exemplo 1: Calcular a perda de carga em uma linha lateral de alumínio,
com 89 mm de diâmetro interno, contendo 10 aspersores, com diâmetro
dos bocais de 5,0 x 5,6 mm, Cd = 0,90, operando á pressão média de 30
m.c.a e espaçados de 18 m. O primeiro aspersor se encontra instalado na
metade do espaçamento.
q Cd.A. 2.g.Ps
. 0,005 . 0,0056
2 2
A 0,0000443 m2
4 4
q 0,90.0,0000443. 2.9,81.30 0,0009673 m3 /s 3,482 m3 /h
Q 10.0,0009673 0,009673 m3 /s
Comprimento da lateral
L 9 9.18 171 m
2N 1 m 1
2.10 1 1,85 1
0,5 0,5
F 0,371
2N 1 m 1 6N2
2.10 1 1,85 1 6.10 2
0,0096731,85
Hf´ 10,64. 1,85 4,87
.171.0,371 2,03 m
130 .0,089
Exemplo 2: Considere que a lateral do exercício 1 esteja em nível e que o
aspersor que opera à pressão de serviço é o 4º (63 m do início). Considere
que nesse trecho ocorra aproximadamente 73% da perda de carga total. Qual
a pressão no início da lateral, no final, no primeiro e décimo aspersores,
considerando que sua altura é de 1,5 m.
L 9 9.18 171 m
2N 1
2.10 1
0,5 0,5
m 1 1,85 1
F 0,371
2N 1 m 1 6N 2
2.10 1 1,85 1 6.10 2
Q 10.0,0009673 0,009673 m3 /s
1 1
Q1,85 4,87 0,0096731,85 4,87
D 10,64 1,85 LF 10,64. .171.0,371 0,073 m
1,85
C Hf 120 .6
Para linha lateral em aclive de 2,5%:
__
0,1 H 0,1.30 2,5.171
Hf ' Δz 1,725 m
x 0,5 100
L 9 9.18 171 m
2N 1
2.10 1
0,5 0,5
m 1 1,85 1
F 0,371
2N 1 m 1 6N 2
2.10 1 1,85 1 6.10 2
Q 10.0,0009673 0,009673 m3 /s
1 1
Q1,85 4,87 0,0096731,85 4,87
D 10,64 1,85 LF 10,64. .171.0,371 0,095 m
1,85
C Hf 120 .1,725
Para linha lateral em declive de 2,5%:
__
0,1 H 0,1.30 2,5.171
Hf ' Δz 10,275 m
x 0,5 100
L 9 9.18 171 m
2N 1
2.10 1
0,5 0,5
m 1 1,85 1
F 0,371
2N 1 m 1 6N 2
2.10 1 1,85 1 6.10 2
Q 10.0,0009673 0,009673 m3 /s
1 1
Q1,85 4,87 0,0096731,85 4,87
D 10,64 1,85 LF 10,64. .171.0,371 0,066 m
1,85
C Hf 120 .10,275
h). Dimensionamento da linha principal
São dois os critérios utilizados para dimensionar uma linha principal: Critério
Técnico e Critério Econômico
CRITÉRIO TÉCNICO
Consiste em limitar a velocidade média da água na tubulação entre 1 e 2 m/s.
4.Q
D 1,128 Q
.1,0
D2
Q A.V Q .V
4
4.Q
D 0,798 Q
.2,0
sendo:
D = diâmetro interno da tubulação, m;
Q = vazão, m3/s
Exemplo: Um sistema de irrigação possui duas laterais operando
simultaneamente, segundo esquema abaixo:
Aclive de 4%
Situação 1 Situação 2
C C
B B
A A
PA PC HfAB HfBC Δz AC
PC 40,14 m
4.360
Δz AC 14,4 m
100
0,0163751,85
HfAB 10,64. 1,85 4,87
.168 0,32 m
120 .0,2
0,0163751,85
HfBC 10,64. 1,85 4,87
.192 3,61 m
120 .0,125
0,0163751,85
HfBB´ 10,64. 1,85 4,87
.24 0,45 m
120 .0,125
Dados da cultura:
Dados do solo:
Dados do aspersor:
Características da área:
Nível
4%
400 m
50 m
Rio
Disposição do sistema:
SOLUÇÃO
a). Seleção do aspersor
q 3,93
I 1000 1000 9,1 mm/h < VIB OK
E1 x E2 18 x 24
LL 36
LB 50 mm
Ea 0,72
LL 36
TR 7,2 dias 7 dias
ETc 5
LL TR.ETc 7.5 35 mm
LL 35
LB 48,6 mm
Ea 0,72
e). Período de Irrigação
PI TR Folga 7 1 6 dias
LB 48,6
TI 5,34 h
IA 9,1
g). Número de posições irrigadas por lateral diariamente
NH 12
n 2,25 2 posições irrigadas por lateral diariamente
TI TM 5,34 0
h). Número total de posições a serem irrigadas na área
LP 400
N .α 16,6 16.2 32 posições na área
E2 24
i). Número de posições irrigadas diariamente
N 32
Nd 5,3 6 posições irrigadas diariamente
PI 6
j). Número de linhas laterais operando simultaneamente
Nd 6
NL 3 linhas laterais operando simultaneamente
n 2