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TEORIA DA EMPRESA E DA

ESTRUTURA DO MERCADO
PRODUÇÃO
PRODUÇÃO
• É um processo altamente estruturado,
frequentemente mecanizado, através do qual
se transformam as matérias – primas em
produtos finais.
• Qualquer actividade que crie utilidade no
presente ou no futuro (visão do economista).
• Processo que transforma factores produtivos
em produtos.
FUNÇÃO DE PRODUÇÃO
• Factores produtivos
 Terra
 Capital Função de produção Produtos
 Trabalho

• Função produção – relação que descreve a forma como os factores


de produção, como o capital e o trabalho são transformados em
produto.

• Matematicamente pode-se representar a função produção.


Admitindo que o processo de produção utiliza dois factores, o
capital (K) e o trabalho (L), para produzir refeições (Q). A relação
entre K,L e Q pode ser representada da seguinte forma:
Q= F(K,L).
FUNÇÃO DE PRODUÇÃO
• Exemplo:

• Suponha que a função de refeições é dada


pela equação F(K,L)= 2KL, onde K é medido
em equipamento – horas por semana, L é
medido em pessoa - horas por semana , e o
produto é medido em refeições por semana.
Função produção
• Trabalho(L)- pessoas-hora/semana
1 2 3 4 5

1 2 4 6 8 10

• Capital(K) 2 4 8 12 16 20

(equipamento – horas/Se. 3 6 12 18 24 30

4 8 16 24 32 40

5 10 20 30 40 50
A escolha do processo de produção depende de sua
eficiência. A eficiência pode ser avaliada pelo ponto de
vista tecnológico ou pelo ponto de vista económico.
 eficiência técnica (ou tecnológica): entre dois ou mais
processos de produção, é aquele processo que permite
produzir uma mesma quantidade de produto,
utilizando menor quantidade física de fatores de
produção;
 eficiência econômica: entre dois ou mais processos de
produção, é aquele processo que permite produzir
uma mesma quantidade de produto, com menor custo
de produção.
Função produção
• Produtos intermédios – produtos que são transformados através de
um processo de produção em produtos com valor superior.

• FACTORES FIXOS E VARIÁVEIS


 Longo prazo- o menor período de tempo necessário de tempo para
alterar os montantes de todos os factores produtivos utilizados no
processo de produção.
 Factor variável – um factor cuja quantidade pode ser alterado no
curto prazo.
 Factor fixo – um factor cuja quantidade não pode ser alterada no
curto prazo.
 Curto prazo – o maior período de tempo durante o qual pelo menos
um dos factores produtivos utilizados no processo de produção não
pode ser alterado.
Produção no Curto prazo
• Curva do Produto total – uma curva que mostra a
quantidade de produto como função da quantidade do
factor variável.

• Produtividade Marginal - variação no produto total


devida a uma variação unitária no factor variável.
PMgL = ∆Q/ ∆L
• Produtividade média – é definida como o produto
total dividido pela quantidade do factor variável;
• PmedL = Q/L.
Produção no Curto prazo
• Lei dos rendimentos decrescentes – se a
quantidade dos restantes factores
permanecer constante, o aumento na
quantidade provocado por um acréscimo no
factor variável a partir de certa altura começa
a diminuir.
Produção no curto prazo
• RELAÇÃO ENTRE O PRODUTO TOTAL/MARGINAL E
MÉDIO

TRABALHO (L) Produto total PmgL Pmed


0 0 2000
1 2000 1000 2000
2 3000 500 1500
3 3500 300 1167
4 3800 100 950
5 3900 780
PRODUÇÃO NO LONGO PRAZO
• Considerando que o nível de output é fixo,
f(x1, x2) = q
• a função de produção (com dois inputs e um
output) pode ser representada graficamente
como uma linha de nível q sobre o domínio
dos inputs.
PRODUÇÃO NO LONGO PRAZO
• RENDIMENTOS À ESCALA~- é a função técnica da
função produção que é utilizada para descrever a
relação entre a escala e eficiência .
Tipos de rendimentos à escala:
 RENDIMENTOS CRESCENTES À ESCALA –
propriedade de um processo de produção
segundo a qual um aumento proporcional em
todos os factores de produção origina um
aumento mais que proporcional no
produto(transporte aéreo comercial).
• Isoquanta: A linha de igual quantidade de
produção. Contém todas as combinações
possíveis de inputs (i.e., todos os cabazes de
factores) que permitem atingir esse nível de
produção.
• Em termos matemáticos, a isoquanta é uma
relação entre os dois inputs, x2 = g(x1) que se
obtém explicitando f(x1, x2) = q.

• Da mesma forma que se obtém a curva de


indiferença de nível q com U(x,y) = q
• Sendo que a função de produção já traduz os
locais de eficiência, então a isoquanta traduz
as menores quantidades de inputs que
permitem atingir o nível de produção
considerado.
250
Terra

200
Y = 2000kg
150

100
Y = 1000kg
50

0
0 50 100 150 200 Trabalho
250
Propriedades das isoquantas
• São decrescentes, traduz que eu posso
manter um determinado nível de output
substituindo trabalho por capital (um input
por outro input), aumentando a quantidade
de trabalho e diminuindo a quantidade de
capital.
• A inclinação vai diminuindo (têm curvatura
virada para cima) traduz que a proporção de
troca vai diminuindo com a quantidade
utilizada de um input.
• Nunca se intersectam.
• traduz que as isoquantas representam pontos
de eficiência produtiva.
Taxa Marginal de Substituição Técnica
• Taxa Marginal de Substituição Técnica: A
proporção de substituição que permite
manter o mesmo nível de produção.
• Em termos geométricos a TMST é dado pela
tangente à isoquanta.
• Estando o trabalho no eixo das abcissas, a
TMST traduz quantas unidades de capital eu
tenho que aumentar para poder diminuir a
quantidade de trabalho numa unidade e
manter o mesmo nível de produção.
– É equivalente à TMS da Teoria do Consumidor
PRODUÇÃO NO LONGO PRAZO
 RENDIMENTOS CONSTANTES À ESCALA –
propriedade de um processo de produção
segundo a qual um aumento proporcional de
todos os factores produtivos origina um aumento
proporcional no produto.
 RENDIMENTOS DECRESCENTES À ESCALA
– propriedade de um processo de produção
segundo a qual um aumento proporcional de todos
os factores produtivos origina um aumento menos
do que proporcional no produto.
PRODUÇÃO NO LONGO PRAZO
• DIFERENÇA ENTRE OS RENDIMENTOS
DECRESCENTES E RENDIMENTOS
DECRESCENTES À ESCALA.
Progresso tecnológico
• O progresso tecnológico permite produzir
igual quantidade de output com menor
quantidade de inputs.
• Em termos de isoquanta, o progresso técnico
traduz-se por uma deslocação da isoquanta
para a esquerda (no sentido de gastar menos
inputs).
• Como exemplo de inovação tecnológica, apresento o
pescado (“Peixes marinhos” + “Crustáceos” +
“Moluscos”) descarregado nas lotas portuguesas e os
recursos utilizados (barcos e trabalhadores)

Ano pescado Barcos Trabalhadores


2002 148 kt 10548 22025
2007 161 kt 5050 17021
(fonte: www.ine.pt).
EXERCÍCIOS C/PRODUÇÃO
• A tabela seguinte contém informação parcial sobre os produtos total,
médio e marginal de uma função de produção. Preencha as células em
branco usando as relações entre estes conceitos.
Trabalho Produto total Produto médio Produto
marginal

0 0 0 180

1 180 180 140

2 320 160 100

3 420 140 60

4 480 120
EXERCÍCIOS C/PRODUÇÃO
• A produção Q de uma fábrica de aço
pode ser representada por uma
função cúbica do factor capital (K):
Q= 30K+ 3K²- 1/3K³
Determine a expressão analítica das
curvas de produto marginal e médio.
• Tendo a empresa “calce aqui, calça melhor” feito
uma estimativa da sua função de produção
determinou a expressão:
Q = L²K – L³, em Q é o número de sapatos
produzidos, K e L são os factores produtivos.
Sabendo que a empresa se encontra a produzir
na dimensão K=18,
Determine a expressão analítica da Produção total,
produtividade media e da produtividade
marginal.
EXERCÍCIOS C/PRODUÇÃO
• Suponha que na função de produção Q= KL o capital é fixado em 4
unidades. Represente as curvas das produtividades total, marginal e média
do factor produtivo trabalho.
• Considere que na produção de girassol (toneladas) se utilizam, no curto
prazo, um factor fixo(terra medida em hectares) e um factor
variável(trabalho, medido em horas - homem). Admite-se que a respectiva
função de curto prazo é dada pela tabela seguinte:

Terra 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10
Trabalho 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000

Girassol 0 2 5 9 12 14 15 15 14 12
• Calcule a PmedL e PmgL.

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