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Panorama da Divulgação

Científica no Brasil.

Doutorando: Ulysses do Nascimento Varela


Ulysses.varela@gmail.com

Maputo, outubro, 2018


Sistema Nacional de
Pós-Graduação -Tripé
Uma universidade é avaliada, basicamente,
a partir de seu desempenho em pelo
menos três áreas ou competências:
.
Sistema Nacional de
Pós-Graduação -Tripé

Ensino: diz respeito à oferta de cursos de


graduação e pós-graduação e à realização de
eventos que promovam a difusão do
conhecimento (palestras, seminários,
congressos, workshops etc.) e tem o objetivo de
formar profissionais para atuar no mercado ou
docentes e pesquisadores.

Inclui: Universidades, institutos de pesquisa e na iniciativa privada.


Mapa das Universidades e Ifes
Sistema Nacional de
Pós-Graduação -Tripé
Pesquisa: abrande a investigação de
docentes e pesquisadores, de pós-graduação,
(mestrado e doutorado), e graduandos em
projetos de iniciação científica. E toda a
atividade regular dos grupos de pesquisa
certificados pelas instituições universitárias e
cadastrados no CNPq.

(MEC – CAPES – CNPq – UF – INSTITUTOS)


Funcionamento em redes/sistema
Sistema Nacional de
Pós-Graduação -Tripé
Extensão: ações e projetos institucionais
voltados para a inserção social, à prestação de
serviços à comunidade e, inclusive, ao trabalho
de disseminação para o público não
especializado da produção científica.

Essas três competências estão articuladas, se


realimentam permanentemente sempre de
forma integrada e orgânica.
Importância da Pesquisa
As atividades de pesquisa são indispensáveis aos
professores universitários, sem as quais seriam meros
repassadores de informações livrescas, de antemão
ultrapassadas e que rapidamente se tornam inúteis com
o avanço da fronteira do conhecimento. Portanto,
mesmo que as atividades de pesquisa não tragam
benefícios diretos e imediatos à comunidade, elas são
atividades acadêmicas essenciais em uma
universidade, para o bom desempenho de sua função
privativa de ensino.
JANKEVICIUS (1995, p. 330):
Crescimento da pesquisa
O número de pesquisadores e doutores em grandes
áreas de pesquisa, cresceu significativamente, na
primeira década deste século:

 O número de pesquisadores todas as áreas, passou


de 48.781 para 128.892
 O de doutores passou de 27.662 para 81.726.
 O número de grupos de pesquisa aumentou de
11.760 para 27.523

Fonte: indicadores do CNPq relativos aos censos de 2000 a 2010


Crescimento da produção
científica
A produção científica também vem crescendo ao longo
dos anos: comparativo entre os períodos de:
1998 e 2001 -- 2007 e 2010
 Artigos completos publicados em periódicos
especializados passou de 187.284, para 677.680.
 Trabalhos publicados em anais nos períodos foi de
139.761 para 412.850
 Número de livros e capítulos de livros de subiu de
50.767 para 251.032.

Fonte: indicadores do CNPq relativos aos censos de 2000 a 2010


Crescimento da produção
científica

Esse crescimento foi, proporcionalmente, maior do que


o do número de autores nesse intervalo de tempo
(32.839 para 88.761) isso significa que a produção
média do pesquisador brasileiro efetivamente tem
sofrido um incremento positivo neste século.

Mais artigos por pesquisadores.

Fonte: indicadores do CNPq relativos aos censos de 2000 a 2010


Crescimento da produção
científica
Dados da Agência Brasil mostram que a produção dos
pesquisadores brasileiros (artigos científicos em
periódicos) em 2012, num total de 46.700, ocupou o 14.º
lugar no ranking mundial de pesquisas, equivalente a
2,2% do total publicado no mundo.

Dentre as quatro maiores detentoras de patentes em


nosso país estão três universidades, pela ordem:
Unicamp (395), USP (284) e UFMG (163).
Petrobras(450)

Fonte: indicadores do CNPq relativos aos censos de 2000 a 2010


Ranking 2014-1017

13º Lugar

Em 2018
14º Lugar

Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior
Investimentos privados em pesq.
Segundo dados mundiais sobre investimentos privados
em pesquisa e desenvolvimento em 2012, constaram
apenas oito empresas brasileiras no ranking das duas
mil que mais utilizaram recursos para esse fim.
A situação brasileira nesse sentido é absolutamente
desfavorável no ranking :
 a China compareceu com 93 empresas,
 a Coréia do Sul com 56 e
 a Índia com 22

A falta de pessoal qualificado e a existência de uma complexa e


custosa burocracia contribuem para dificultar o processo de
desenvolvimento de pesquisa e inovação no Brasil.
Resposta: Disseminação
Foco na Difusão e Divulgação
Segundo um estudo feito pela Unicamp em 2012 os
investimentos não devem se ater apenas a indicadores
meramente quantitativos, mas deve incluir uma
perspectiva mais abrangente que contemple a criação
de uma verdadeira cultura científica, que não seja
compartilhada apenas pelos elementos da chamada
comunidade científica.
Uma das alternativas para a criação desta cultura
voltada para a valorização da ciência, da tecnologia e da
inovação é a difusão ampla e competente da pesquisa
científica e tecnológica, com destaque à divulgação
científica em suas múltiplas possibilidades.
Foco na Qualidade

“Temos que pensar em estratégias para


desenvolver a qualidade da produção
científica e o SNPG, entre elas, a revisão
do modelo de avaliação dos programas de
pós-graduação, que são um dos grandes
responsáveis pelo crescimento da
produção científica no país”,
Diretora de Avaliação da CAPES, Sônia Nair Báo SBPC.
Quatro pilares para melhorar
Quatro pilares considerados para a
reformulação da Avaliação:
1 - A manutenção da qualidade do SNPG,

2 - O foco da formação de recursos humanos,

3 - O controle do impacto dos PPG e

4 - A adequação do processo ao tamanho do


sistema.
Conceitos Difusão Científica

A divulgação científica, “é entendida, de


modo genérico, como uma atividade de
difusão” de informações científicas.

Como gênero, a difusão científica engloba a


disseminação, voltada para especialistas, e
a divulgação, voltada para o público em
geral. (Bueno apud Zamboni, 2001; Loureiro, 2003)
Mapa conceitual da Difusão
científica
intrapares (entre especialistas de
Disseminação uma área ou de áreas conexas)
científica extrapares (para especialistas que
(formal) se situam fora da área-objeto da
disseminação)

Difusão
Jornalismo científico
científica
Divulgação Livros didáticos e folhetos
científica Aulas de ciências
todas as Cursos de extensão
formas Suplementos infantis
didáticas Campanhas de educação
(informal) Fascículos de C&T
Programas audiovisuais,
Novas mídias
Fonte: Schmitt (2006: 51)
Rotina de aplicação de recursos

Fluxograma da
rotina de
aplicação de
recursos por
uma Diretoria
de Pesquisa
Fluxograma revisão
ZAMBONI, Lilian Márcia Simões. Cientistas, jornalistas e a divulgação científica: subjetividade e heterogeneidade no discurso da
divulgação científica. Campinas, SP: Autores Associados, 2001.

SCHMITT, Valdenise. A infografia jornalística na ciência e tecnologia: um experimento com estudantes de jornalismo da
Universidade Federal de Santa Catarina, 2006, 105 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia e Gestão do Conhecimento) -
Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento, Ufsc, Florianópolis.

BUENO, Wilson da Costa. A Divulgação da Produção Científi ca no Brasil: A Visibilidade da Pesquisa nos Portais das
Universidades Brasileiras, Revista Ação Midiática – Estudos em Comunicação, Sociedade e Cultura, publicação, 7ª Edição,
Paraná, 2014

BUENO, Wilson da Costa. Jornalismo Científico, ciência e cidadania. In: SOUZA, C. de M. Comunicação, Ciência e Sociedade:
Diálogos de Fronteira. Taubaté – SP: Cabral Editora e Livraria Universitária, 2004a. 3564 p.

BUENO, Wilson da Costa. Jornalismo Científico, resgate de uma trajetória. In: DINIZ, Augusto. Comunicação da Ciência: análise
e gestão. Taubaté – SP: Cabral Editora e Livraria Universitária, 2004b. 11-23 p.

JANKEVICIUS, José Vitor. A pesquisa científi ca e as funções da Universidade. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde. UEL.
Londrina/PR. Vol 16, No 2, p. 328-330, jun. 1995. Disponível em:
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/view/7056. Acesso em: 03/04/2014.

UNICAMP. Jornal Unicamp. Caderno Temático. Campinas/SP. Ano I, No 12, fev. 2002. Disponível em:
http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/jornalPDF/ju170tema_p01. pdf. Acesso em: 23/11/2013

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