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O Prof.

Marcelo Caetano continuou


a política salazarista

1933 1968
Salazarismo Marcelo 1974
Caetano
Na década de 70 o descontentamento da
população era cada vez maior, devido:

 A censura e a falta de liberdade;

 As condições de vida difícil que


conduziram à emigração.

 Guerra colonial.
Em 1974, o Movimento das Forças Armadas (MFA),
constituído por um grupo de militares, decidiu pôr
fim à ditadura através de um golpe militar, preparado
secretamente durante meses…

Foi em pouco mais de doze horas que


os militares passaram a dominar os
pontos estratégicos do país.

Os populares juntaram-se aos


militares, aplaudiram e distribuíram
cravos vermelhos
O Desencadear da Revolução
24 de Abril

O jornal República, em breve notícia, chama a atenção dos

seus leitores para a emissão do programa Limite dessa noite,

na Rádio Renascença .
24 de Abril - 22:00 horas

Otelo Saraiva de Carvalho e outros cinco oficiais ligados ao

MFA (Movimento das Forças Armadas) já estão no Regimento

de Engenharia 1 na Pontinha onde, desde a véspera, fora

clandestinamente preparado o Posto de Comando do

Movimento. Será ele a comandar as operações militares contra

o regime.
O Desencadear da Revolução

24 de Abril - 22:55horas

A transmissão da canção "E depois do Adeus", interpretada

por Paulo de Carvalho, aos microfones dos Emissores

Associados de Lisboa, marca o início das operações militares

contra o regime.
O Desencadear da Revolução

25 de Abril - 00:20 horas

A transmissão da canção "Grândola Vila Morena" de José

Afonso, no programa Limite da Rádio Renascença, é a senha

escolhida pelo MFA, como sinal confirmativo de que as

operações militares estão em marcha e são irreversíveis.


O Desencadear da Revolução
25 de Abril – Das 00:30 às 16:00 horas

 Ocupação de pontos estratégicos considerados fundamentais


(RTP, Emissora Nacional, Rádio Clube Português, Aeroporto de
Lisboa, Quartel General, Estado Maior do Exército, Ministério do
Exército, Banco de Portugal e Marconi).

 Primeiro Comunicado do MFA difundido pelo Rádio Clube Português.

 Forças da Escola Prática de Cavalaria de Santarém estacionam no


Terreiro do Paço.

 As forças paramilitares leais ao regime começam a render-se: a


Legião Portuguesa é a primeira.
25 de Abril – 16:30 horas
Expirado o prazo inicial para a rendição

anunciado por megafone pelo Capitão

Salgueiro Maia, e após algumas

diligências feitas por mediadores civis,

Marcelo Caetano faz saber que está

disposto a render-se e pede a

comparência no Quartel do Carmo de

um oficial do MFA de patente não inferior

a coronel.
25 de Abril – 17:45 horas

O General Spínola, mandatado pelo MFA entra no Quartel


do Carmo para negociar a rendição do Governo.
O Quartel do Carmo hasteia a bandeira branca.

25 de Abril – 19:30 horas

Rendição de Marcelo Caetano. A chaimite (carro de


combate) BULA entra no Quartel do Carmo para retirar o ex-
presidente do Conselho e os ministros que o
acompanhavam, levando-os, à guarda do MFA, para o Posto
de Comando do Movimento no Quartel da Pontinha.
O derrube da ditadura conservadora,
que em 1933 se auto-intitulou "Estado
Novo", por um amplo movimento de
oficiais das Forças Armadas, surge
como consequência inevitável do
esgotamento de um modelo autoritário
ferido de morte pelo impasse do
colonialismo e pelo isolamento
internacional
As tropas foram
comandadas pelo
capitão Salgueiro Maia

Salgueiro Maia nasceu em


Castelo de Vide em 1944. Em
1964 ingressa na Academia
Militar, sendo promovido a
capitão em 1970. Em 25 de Abril
avança sobre Lisboa obrigando
à rendição Marcelo Caetano.
Faleceu prematuramente em
1992.
A Revolução de 25 de Abril trouxe a Liberdade e encheu as paredes e
muros deste país de pinturas garridas.
No dia 25 de Abril
A alegria
estampada nos
rostos
Numa rua de Lisboa
Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo

Sophia de Mello Breyner Andresen


O que disse o
Diário Popular
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
À sombra duma azinheira
Dentro de ti, ó cidade
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Dentro de ti, ó cidade
Grândola a tua vontade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola a tua vontade
Grândola, vila morena
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Em cada esquina um amigo
Que já não sabia a idade
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade

Esta canção tornar-se-á famosa ao ser escolhida como senha para a revolução do
25 de Abril. Houve duas senhas. A primeira, às 23h, foi a música "E depois do
adeus", de Paulo de Carvalho. Grândola, que foi a segunda, passou no programa
"Limite" da Rádio Renascença às 0.20h do dia 25. Foi o sinal para o arranque das
tropas mais afastadas de Lisboa e a confirmação de que a revolução ganhava
terreno.
A revolução saiu à rua,
Num grito sufocado,
Mas libertado
Pelo querer.

A seiva da liberdade,
Na aurora da Primavera,
Jorrou fecunda
E as armas floriram cravos,
De vermelho e verde,
Natureza desfraldada
Com a bandeira,
De novo erguida,
A anunciar
Portugal.
As músicas do 25 de Abril
Na madrugada do dia 26 de
Abril, a “Junta de Salvação
Nacional” apresentou aos
portugueses o “Programa do
MFA”, onde se referiam as
principais orientações
políticas até ser aprovada
uma nova constituição.O
general António de Spínola
era o presidente da Junta
da Salvação nacional
Medidas tomadas pelo MFA

 Extinção da Legião e da Mocidade Portuguesa.


 Extinção imediata da DGS (Direcção Geral de Segurança, nome
dado à PIDE após Marcelo Caetano ter assumido o poder);
 Abolição da censura;
 Libertação de todos os presos políticos;
 Discussão do problema da guerra colonial.

Prisão de membros da PIDE


A reconquista da liberdade permitiu:

 O regresso dos exilados;


 A libertação dos presos políticos;
 Comemoração do 1º de Maio (dia internacional
do trabalhador)

Comemoração do 1º de Maio
A descolonização

Em Julho de 1974, o Presidente da República


reconheceu o direito à independência dos povos
africanos.

Novos países Data da


africanos Independência
Rep. Da Guiné Bissau 10-09-1974
Rep. Pop. de 25-06-1975
Moçambique
Rep. de Cabo Verde 05-07-1975
Rep. de São Tomé e 12-07-1975
Príncipe
Rep. Pop. de Angola 11-11-1975
Timor-Leste

 Timor-Leste foi invadido e


anexado pela Indonésia
em Dezembro de 1975.
Após muitos anos de
lutas e devido à influência
de órgãos internacionais
a Indonésia reconheceu o
direito à sua independên-
 cia em 2002.
Macau
 Voltou a ser território chinês em Dezembro de
1999 conforme um acordo estabelecido entre
Portugal e a China.
Os retornados
A descolonização fez
regressar a Portugal
cerca de 500.000
colonos, obrigando-os
a deixar para trás toda
uma vida.

Chegada de retornados
A Lisboa
A Constituição de 1976
Era agora necessário substituir a Constituição de
1933, por uma nova que incluísse as liberdades
conquistadas para restabelecer a democracia.

 A 25 de Abril de 1975 realizou-se


eleições para a Assembleia
Constituinte. A missão dos
deputados era elaborar e aprovar
uma constituição que substituísse
a do Estado Novo.
Sessão inaugural da
Assembleia Constituinte
 Nessas eleições tiveram direito de
voto todos os cidadãos
recenseados, incluindo as mulheres,
com dezoito anos.
 Vários partidos puderam concorrer
às eleições e fiscalizar o acto
eleitoral.
A Constituição de 1976 garantiu a todos os
Portugueses os “direitos e liberdades
fundamentais

 Liberdade de expressão, de reunião e


associação;
 Liberdade sindical;
 Direito ao trabalho;
 Direito à educação e à saúde.
… o MFA, ALIADO AO POVO, garante as PORTUGAL trata todos
conquistas democráticas e o processo os países por igual!
revolucionário… (art. 3, n.º. 2) (art.º 7, n.º.1)

PELO DESARMAMENTO GERAL…


PORTUGAL É CONTRA O (art.7, n.º. 2)
IMPERIALISMO, O
COLONIALISMO, A AGRESSÃO
TODOS SOMOS NINGUÉM PODE SER
IGUAIS PERANTE A TORTURADO
LEI (art. 13º, n.º. 1) (art. 26º, n.º. 2)

TODOS TEMOS
E à INTIMIDADE (ninguém se
DIREITO A UM NOME
pode meter na vida de ninguém)
(art. (art.33º, n.º.1)
Pela
palavra… Por
qualquer
Pela outro
imagem… meio…

TODOS TEMOS O DIREITO DE DIZER O QUE PENSAMOS (art. 37º, n.º.


1)
A
Aprend
criaçã
A er a
o
religião ensinar
artístic
é livre é livre

(art.º41 (art.43)
livre
º)
/art.42
Todos os E podem º)
portugueses sair de
podem viajar e Portugal e
morar em voltar!
qualquer parte (art. 44º,
de Portugal n.º.2)
(art.44º, n.º. 1)
Os portugueses podem REUNIR-SE E
MANIFESTAR-SE LIVREMENTE (art.45º)

Cooperativa C. Moradores
Sindicatos
OS portugueses são livres de se JUNTAREM PARA DEFENDEREM OS SEUS
INTERESSES (art. 46º, n.º. 1,2 e 3)
MAS NADA
DE GRUPOS
FASCISTAS!
(art. 46º, n.º. 4)

C. Trabalhadores, Ass.Estudantes etc.


Todos os
portugueses E o DEVER de
têm o direito TRABALHAR!
ao
TRABALHO!... (art.31º)

Os trabalhadores podem
(art. 55º e E cada Comissão de
formar COMISSÕES DE
56º) trabalhadores CONTROLA A
TRABALHADORES
SUA EMPRESA!

(art. 57º e
Os trabalhadores têm
59º)
LIBERDADE SINDICAL E claro, o DIREITO À GREVE
Os Portugueses têm direito à SEGURANÇA SOCIAL (art. 63º) e ainda…

SAÚDE (art.
64º)

HABITAÇÃO (art.
65º)

A UM BOM AMBIENTE DE VIDA (art. 66º)


Todos os Portugueses têm direito à EDUCAÇÃO… à CULTURA…
ao DESPORTO

Tudo isto É
PARA
TODOS E
NÃO SÓ
PARA
ALGUNS
(artºs. 73º
a 79º)
O poder central toma as decisões que se destinam a todo o
território e a toda a população portuguesa.

O Presidente da República

O Governo

A Assembleia da República

Os tribunais
Poderes políticos separados
Presidente da Governo Assembleia da
República República
É eleito por 5 anos  O primeiro-ministro  É constituída por
por todos os cidadãos ou chefe do Gover- deputados eleitos por
eleitores. no é nomeado todos os cidadãos
pelo presidente da eleitores por 4 anos.
Principais funções: República. Ele es- Representa todos os
colhe os restantes portugueses.
 nomear e demitir ministros.
o primeiro-ministro. o Principais funções:  Principais funções:
 aprovar e mandar
publicar as leis. • fazer cumprir as Fazer as leis.
leis.

• dirigir a administra-
ção pública.
O Poder Local é exercido pelas autarquias
locais que são duas: os municípios e as
freguesias. Estes órgãos administram e
decidem sobre os problemas que dizem
directamente respeito à vida das populações
órgãos do Poder Local
Do Município Da Freguesia
Assembleia Municipal Assembleia de Freguesia

Câmara Municipal Junta de Freguesia

Conselho Municipal

A Assembleia e a
A Assembleia e a Câmara são junta são eleitas
eleitas pelos cidadãos eleitores pelos cidadãos
do concelho eleitores da
freguesia
A Assembleia Municipal e a Assembleia de
Feguesia têm poder deliberativo (discutem e
apresentam propostas de solução para os
problemas)
A Câmara Municipal e A Junta de Freguesia Tem
poder executivo (põem em prática as medidas
necessárias ao bem-estar das populações)

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