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DA SAÚDE DE ALAGOAS
Linguística aplicada à
Fonoaudiologia
AULA 12
DADOS DE ANÁLISE
• (1) testes de gramaticalidade, nos quais
frases são expostas a falantes nativos de uma
língua, que devem utilizar sua intuição e
distinguir as frases gramaticais das
agramaticais, e
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A Sociolinguística firmou-se nos
Estados Unidos, na década de
1960;
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O sociolinguista se interessa por todas as
manifestações verbais nas diferentes
variedades de uma língua.
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Um dos seus objetivos é entender quais são
os principais fatores que motivam a variação
e/ou mudança linguísticas, e qual a
importância de cada um desses fatores na
configuração do quadro que se apresenta.
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O que é Variação Linguística?
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• O estudo dos processos de variação e mudança
permite estabelecer três tipos básicos de
variação:
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• 1) Variação regional: associada a distâncias
espaciais entre cidades, estados, regiões ou
países diferentes; a variável geográfica permite
opor, por exemplo, Brasil e Portugal.
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• 2) Variação social: associada a diferenças
entre grupos socioeconômicos, compreende
variáveis já citadas como: faixa etária, grau de
escolaridade, procedência, etc;
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• 3) Variação de registro: tem como variantes
o grau de formalidade do contexto
interacional ou do meio usado para a
comunicação, como a própria fala, o e-mail, o
jornal, a carta, etc.
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O que é Mudança Linguística?
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Para entender as causas da mudança é
necessário conhecer em que ponto da estrutura
social a mudança se origina, como ela se
espalha para outros grupos sociais e quais os
grupos que se mostram mais resistentes a ela.
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A variação/mudança não é vista como um
efeito do acaso, mas como um fenômeno cultural
motivado por fatores linguísticos (ou fatores
estruturais) e por fatores extralinguísticos.
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FATORES LINGUÍSTICOS
FATORES MORFOSSINTÁTICOS:
SUJEITO, OBJETO DIRETO, OBJETO INDIRETO, TIPO DE ORAÇÃO
FATORES FONÉTICOS/FONOLÓGICOS:
PRESENÇA OU AUSÊNCIA DE DETERMINADO FONEMA
FATORES SEMÂNTICOS:
[+ animado]/ [-animado] [+humano]/[-humano]
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FATORES EXTRALINGUÍSTICOS
• IDADE
• SEXO
• ESCOLARIDADE
• CONTEXTO SITUACIONAL
• RELAÇÕES ASSIMÉTRICAS
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Quando a variação é detectada as principais
perguntas que perpassam ou devem perpassar
a mente do sociolinguista são:
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• Há um contexto específico para o uso de uma
das formas?
• Há diferença nos usos dessas formas de acordo
com a idade?
• Há diferenças ao se comparar a fala de
pessoas escolarizadas com pessoas
analfabetas?
• E quanto a pessoas de nível socioeconômico
distinto?
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METODOLOGIA
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• Graças a sua metodologia de análise da
língua em situação real da comunicação, a
sociolinguística consegue medir o número de
ocorrências de usos de uma variante e,
sobretudo, fazer previsões sobre as principais
tendências de uso em relação a essa variante.
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• Para Labov (2008,[1972]), existiam quatro
aspectos que impossibilitavam a investigação
da fala espontânea e que demonstravam o
motivo pelo qual somente a competência e a
língua eram estudadas anteriormente:
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I) A agramaticalidade da fala cotidiana;
II) A variação na fala e na comunidade;
III) A dificuldade para captar e registrar a fala
real; e
IV) A raridade das formas sintáticas em
variação.
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Com vistas a analisar a heterogeneidade
ordenada presente no uso linguístico, os
pesquisadores que seguem o aporte teórico da
sociolinguística variacionista adotam um
modelo satisfatório que deve incorporar a
análise do perfil social dos falantes de uma
dada comunidade de fala.
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Para isso, a sociedade é estratificada em
grupos de acordo com a idade, com o sexo,
com a escolaridade, com a situação
socioeconômica o que proporciona a
correlação entre o uso de determinadas formas
em variação e a posição em que o falante se
encontra na sociedade.
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Dessa forma, dentro desse método de estudo,
podemos seguir dois caminhos possíveis para
a análise da variação linguística:
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a) A partir de um grupo definido em termos
sociológicos, determinam-se os valores das variáveis
que eles utilizam;
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Na busca por dados que denotem a realidade
da comunidade linguística selecionada,
podemos adotar mais de uma forma de coleta
de dados, variando o tipo de contato com os
falantes:
a) interações livres;
b) entrevistas; e
c) testes.
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A partir do fenômeno escolhido para
estudo, delimitamos o tamanho da amostra
que será observada.
Para tal, o pesquisador tem que tomar
cuidado com a homogeneidade da amostra,
com o número de variáveis que serão levadas
em conta no estudo dessa variação e com o
método que será escolhido.
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A sociolinguística variacionista não se ocupa
somente da variação linguística entre os
indivíduos de diferentes posições sociais, mas
também da variação estilística de um só
informante submetido a diversos contextos de
fala ou escrita.
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• Com essa finalidade, algumas estratégias
podem ser utilizadas para fazer variar esses
contextos.
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Trata-se, pois de fazer variar os níveis de
língua (estilos contextuais), do menos formal
até o mais formal:
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b) Contexto B- é referente à situação de
entrevista que engloba o estilo mais simples
denominado fala monitorada. Ocorre quando a
pessoa está respondendo perguntas que são
formalmente reconhecidas como integrantes
de uma entrevista;
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c) Contexto C- é referente ao estilo de leitura
em que as instruções dadas ao leitor visam
estabelecer um estímulo rumo ao estilo de
leitura mais coloquial, mas seu efeito é pequeno,
pois as pessoas têm pouco controle consciente
do uso das variáveis;
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d) Contexto D- é referente ao estilo de leitura de lista
de palavras em que um passo a mais na direção de
um contexto mais formal é considerado na pronúncia
de palavras isoladas.
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Passo a passo para um Estudo
Variacionista
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Passo 1: Escolha do fenômeno a
ser estudado
• Um fenômeno linguístico que seja do seu
interesse;
• Deve ser um caso de variação ou mudança
linguística;
• Estabeleça suas hipóteses a partir de pesquisas
feitas sobre o tema;
• Deve ser um fenômeno viável.
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Passo 2: Perfil dos informantes
• Quais pessoas usam esse fenômeno?
• Onde você o ouviu?
• Quais as características dessas pessoas?
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Passo 3: Levantamento das
hipóteses
• O que favorece o uso desse fenômeno?
• O que desfavorece o uso desse fenômeno?
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Passo 4: Preparação para a coleta
de dados
• Escolha, a partir do perfil do falante delineado
no passo 2, a comunidade que você irá
estudar:
- Comunidade de fala;
- Comunidade de prática;
- Rede social.
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• Prepare o tipo de coleta: entrevista, leitura,
questionário;
• Faça um teste para observar as possíveis
lacunas do método utilizado;
• Apresente-se à comunidade escolhida e inicie a
coleta.
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Passo 5: Coleta de dados
• Assinatura do TCLE
• Preenchimento da ficha social
• Entrevista/leitura
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Passo 6: Transcrição dos dados
Escolher protocolo para fazer:
• Transcrição ortográfica
• Transcrição fonética
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Passo 7: Descrição e análise dos
dados
• Descreva as ocorrências encontradas de
acordo com os aspectos linguísticos e sociais
separados previamente;
• Análise qualitativa
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COLETA DE DADOS DE FALA
1) Obedecer a estratificação proposta para a
coleta de dados;
2) Coletar apenas 5 minutos de dados de fala;
3) Utilizar o mesmo tipo de instrumento de
coleta no grupo;
4) Cada pessoa será responsável por realizar a
sua coleta de dados;
5) O responsável pelo grupo deverá reunir
todos os arquivos e gravar em um cd para ser
entregue no dia 8/06. 49
Oficina de transcrição de dados de
fala
INDIVIDUAL
1º de junho
Materiais: