4ª REUNIÃO ORDINÁRIA DO COLÉGIO DE

PRESIDENTES DO SISTEMA CONFEA/CREA

E MÚTUA.

RECIFE, 03 DE AGOSTO DE 2016

A ENGENHARIA NOS TEMPOS
ATUAIS E FUTUROS
Carlos Fernando de Araújo Calado
Láurea do Mérito 2015 – CONFEA e CREA-PE

CREA 5.806-D/PE, Engenheiro Civil pela UFPE, Especialista em

Estruturas pela UFRJ e Doutor em Engenharia Civil pela
Universidade do Minho, Portugal.
Professor da Escola Politécnica da UPE.
 A ENGENHARIA NOS TEMPOS ATUAIS E FUTUROS

FORMAÇÃO ACADEMIA
EXERCÍCIO PROFISSIONAL
SISTEMA CONFEA/CREA
SETOR PRODUTIVO MERCADO
DE TRABALHO DA ENGENHARIA
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• PARA NÓS, QUAL O PERFIL PROFISSIONAL ESPERADO

DE UM ENGENHEIRO?
• ELE DEVE ESTAR MAIS PRÓXIMO DA FORMAÇÃO DE
TECNÓLOGO (NÍVEL SUPERIOR), OU DA FORMAÇÃO
DE BACHAREL EM ENGENHARIA?
• ESPERA-SE QUE HAJA DIFERENÇA ENTRE UM
ENGENHEIRO FORMADO NUMA UNIVERSIDADE
(ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO), DAQUELE
FORMADO NUMA FACULDADE ISOLADA DE
ENGENHARIA (ENSINO)?
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• HÁ EFETIVO DIÁLOGO ENTRE ACADEMIA, SISTEMA

CONFEA/CREA E MERCADO DE TRABALHO,
PERMITINDO QUE O ESTUDANTE POSSA ENTENDER E
PLANEJAR MELHOR SEU EXERCÍCIO PROFISSIONAL JÁ
A PARTIR DA FORMAÇÃO?
• OS PROJETOS PEDAGÓGICOS DOS CURSOS QUE VEM
FORMANDO ENGENHEIROS DESDE SEMPRE,
CONTINUAM 100% VÁLIDOS PARA OS TEMPOS
ATUAIS E FUTUROS?
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• PODEMOS CONSIDERAR TRÊS GRANDES ÁREAS DE

ATUAÇÃO DO ENGENHEIRO, DISTINGUINDO
ATIVIDADE FIM (AF) E ATIVIDADE MEIO (AM):
1) PROJETO (+ AF) E GESTÃO (+ AM)
2) IMPLANTAÇÃO/OBRA (+ AF) E GESTÃO (+ AM)
3) MANUTENÇÃO/OPERAÇÃO (+ AF) E GESTÃO (+ AM)
GESTÃO: TÉCNICA OU APENAS PAPER PUSH?
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O ENGENHEIRO PODE SE QUALIFICAR COM PERFIL

• GENERALISTA (X) ESPECIALISTA
• EMPREGADO (X) EMPREENDEDOR
• CARTEIRA ASSINADA (X) CONTRATO DE PRESTAÇÃO
DE SERVIÇOS
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• NO PASSADO, AS CONSULTORIAS DE PROJETOS

DESENVOLVIAM DIRETAMENTE QUASE TODAS AS
ESPECIALIDADES. IDEM PARA AS CONSTRUTORAS,
QUE FAZIAM ELAS MESMAS PRATICAMENTE TODAS
AS ETAPAS DA EXECUÇÃO DO EMPREENDIMENTO.
• HOJE, O PROCESSO ESTÁ MUITO DIFERENTE. AS
CONSULTORIAS DE PROJETOS E AS CONSTRUTORAS
SE ASSEMELHAM CADA VEZ MAIS ÀS MONTADORAS
DE AUTOMÓVEIS.
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• DESSA FORMA, AS ESPECIALIDADES DE PROJETO E DE

EXECUÇÃO SÃO DESENVOLVIDAS POR PROFISSIONAIS
AUTÔNOMOS E EMPRESAS ESPECIALIZADAS
CONTRATADAS PELAS GRANDES EMPRESAS DE
CONSULTORIA E DE CONSTRUÇÃO.
• OBSERVA-SE TENDÊNCIA PARA O ENGENHEIRO
ESPECIALISTA ATUAR MAIS COMO EMPREENDEDOR,
PRESTADOR DE SERVIÇOS OU EMPREGADO EM
EMPRESAS ESPECIALIZADAS DE MENOR PORTE.
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• PARA AS GRANDES EMPRESAS DE CONSULTORIA DE

PROJETOS E PARA AS CONSTRUTORAS, CADA VEZ
MAIS A NECESSIDADE DE ENGENHEIROS RECAI
SOBRE OS QUE POSSUAM PERFIL GERENCIAL, QUE
SEJAM CAPAZES DE DIALOGAR E COORDENAR AS
DIVERSAS ESPECIALIDADES MOBILIZADAS NUM
EMPREENDIMENTO.
• AS ESPECIALIDADES TENDEM A TRABALHAR DE
FORMA COMPARTIMENTADA, DAÍ A IMPORTÂNCIA
DO PLANEJAMENTO E DA GESTÃO INTEGRADORAS
DE PROJETOS E OBRAS.
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• A EVOLUÇÃO DA ENGENHARIA DE PROJETOS,

EXECUÇÃO E MANUTENÇÃO, DE INOVAÇÃO, NOVOS
MATERIAIS E TECNOLOGIAS, DEVE SE DAR EM VIA DE
MÃO DUPLA ENTRE A ACADEMIA E SETOR
PRODUTIVO, DESAGUANDO NATURALMENTE NA
ATUAÇÃO DO SISTEMA CONFEA/CREA.
• COM ESSAS REFLEXÕES, TOMA-SE CONSCIÊNCIA
QUANTO À NECESSIDADE DE BUSCAR-SE, COM BASE
NOS TEMPOS ATUAIS, A MELHOR ENGENHARIA PARA
OS TEMPOS FUTUROS, CONFORME ALGUMAS
CONSTATAÇÕES A SEGUIR.
A ENGENHARIA NOS TEMPOS ATUAIS E FUTUROS
 A ENGENHARIA NOS TEMPOS ATUAIS E FUTUROS
• Em 26/11/2014, a CNI publicou que os cursos de engenharia
precisavam ser modernizados para o Brasil avançar em
inovação, defendendo currículo com disciplinas práticas
associadas a atividades industriais e de mercado, onde as
sugestões foram entregues ao governo federal buscando
impulsionar projetos inovadores.
• “A ideia é que os cursos tenham disciplinas práticas e formem
profissionais mais bem preparados, com visão de mercado,
habilidades de gestão, de trabalho em equipe, aplicação de
leis e normas técnicas e domínio de idiomas estrangeiros. Por
isso, o setor produtivo defende uma revisão profunda no que
diz respeito ao ensino superior de engenharia no país”.
http://www.portaldaindustria.com.br/cni/imprensa/2014/11/1,52401/cursos-de-engenharia-precisam-ser-
modernizados-para-o-brasil-avancar-em-inovacao.html
 A ENGENHARIA NOS TEMPOS ATUAIS E FUTUROS
http://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/formacao-de-engenheiros-deixa-a-desejar_12249_10_0

• “Formação de engenheiros deixa a desejar. Segundo profissionais da área,

cursos deveriam proporcionar conhecimento técnico e multidisciplinar,
trazendo noções de gestão e administração”.
• “Cursos superiores com lacunas em suas grades curriculares ou com corpo
docente despreparado acabam formando profissionais sem habilidades e
conhecimentos necessários para assumir responsabilidades no mercado
de trabalho”.
• “Os engenheiros não saem bem formados da universidade brasileira, eles
vão ficando bons à medida que ganham experiência”.
• “Quando o engenheiro já tem pelo menos cinco anos de experiência e
passa a entender como funcionam os processos, é que proporcionamos a
ele uma primeira tentativa como gestor”.
• “O currículo das faculdades é uma das origens do problema: 15% você
aproveita, 85% não é usado. Em muitas faculdades o que é ensinado sobre
métodos construtivos é igual ao que era ensinado há 30 anos”.
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• PROPÕE-SE MODELO DE FORMAÇÃO COM PROJETO

PEDAGÓGICO ONDE TODOS OS COMPONENTES
CURRICULARES, OBRIGATÓRIOS E ELETIVOS, SERIAM
CUMPRIDOS DENTRO DO NÚMERO MÍNIMO DE
HORAS RECOMENDADO PELO SISTEMA
CONFEA/CREA.
• ESSES COMPONENTES CURRICULARES PRIORIZARIAM
A FORMAÇÃO BÁSICA DO ENGENHEIRO
QUALIFICANDO-O NUM PERFIL MAIS GENERALISTA E
COM CAPACIDADE DE DIALOGAR TECNICAMENTE
COM AS DIVERSAS ESPECIALIDADES.
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• A ACADEMIA E O CONFEA/CREA ESTABELECERIAM E

PACTUARIAM AS ATRIBUIÇÕES E LIMITAÇÕES DESSES
ENGENHEIROS NÃO ESPECIALISTAS.
• DENTRO DO CONCEITO DE EDUCAÇÃO CONTINUADA,
SERIAM OFERTADAS ESPECIALIZAÇÕES E MESTRADOS
PROFISSIONAIS, ONDE O ENGENHEIRO DE FORMA
MAIS MADURA, BUSCARIA QUALIFICAÇÃO
DIRECIONADA PARA SUAS NECESSIDADES DE
INSERÇÃO E CONSOLIDAÇÃO NO MERCADO DE
TRABALHO.
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• NO BRASIL, A FORMAÇÃO BÁSICA DO ENGENHEIRO

TERIA O TOTAL DE 9 SEMESTRES, E PERMITIRIA
EXERCER A ENGENHARIA. EM SEGUIDA SERIA
OFERTADA A ESPECIALIZAÇÃO COM O TOTAL DE 2 a 3
SEMESTRES E O MESTRADO PROFISSIONAL COM O
TOTAL DE 4 a 5 SEMESTRES.
• NA EUROPA, APÓS O TRATADO DE BOLONHA, O 1o
CICLO DE FORMAÇÃO POSSUI TOTAL DE 6
SEMESTRES E NÃO PERMITE EXERCER A
ENGENHARIA. O 2o CICLO, MESTRADO, POSSUI TOTAL
DE 4 SEMESTRES.
 A ENGENHARIA NOS TEMPOS ATUAIS E FUTUROS

É IMPORTANTE QUE A ACADEMIA, O SISTEMA

CONFEA/CREA, O SETOR PRODUTIVO E,
PRINCIPALMENTE OS PROFISSIONAIS DA
ENGENHARIA, TENHAM CONSCIÊNCIA DE QUE O
PRAZO DE VALIDADE DE UM DIPLOMA SERÁ
CADA VEZ MENOR PARA OS QUE NÃO
PRATIQUEM DE FORMA PERENE A EDUCAÇÃO
CONTINUADA.
 A ENGENHARIA NOS TEMPOS ATUAIS E FUTUROS

PESSOALMENTE, ENTENDO QUE ENGENHARIA

PRECISA ASSOCIAR:

1) FORMAÇÃO ACADÊMICA SÓLIDA E

CONTINUADA;
2) EXPERIÊNCIA COM A PRÁTICA DO FAZER;
3) OUSADIA COM RESPONSABILIDADE;
4) NÃO TER MEDO DE INOVAÇÃO.
 A ENGENHARIA NOS TEMPOS ATUAIS E FUTUROS

AGRADEÇO A ATENÇÃO E DESEJO

EXCELENTE E PROVEITOSA REUNIÃO PARA
TODOS.

carlos.calado@upe.br
(081) 99488.4095