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1991-2000

Guerra do Golfo, 1991


Em 1991, o ditador iraquiano Saddam Hussein, após ser
derrotado no Kuwait e ser obrigado a se retirar do país
invadido, ordenou a destruição dos poços de petróleo
existentes no local. Mais de 1 milhão de litros de óleo
foram lançados no Golfo Pérsico ou queimados. A
fumaça se espalhou pelo país e causou a morte de pelo
menos 1 mil pessoas por problemas respiratórios. As
expectativas mais otimistas afirmam que a mancha no
mar chegou a atingir 1,5 mil km2 de superfície e matou
aproximadamente 25 mil aves ao longo dos 600 km de
costa atingidos.
O incêndio
demorou oito
meses para ser
controlado, mas
o desastre
ambiental deixa
marcas até hoje.

O petróleo se infiltrou no solo, impedindo as sementes de


germinarem. A terra ficou com absorção de água quase nula e
ainda cerca de 40% da água subterrânea foi contaminada.
Tokaimura,1999 ,

No dia 30 de Setembro de 1999 aconteceu um vazamento


radioativo no Japão, que, apesar de ter sido naturalmente
controlado, deixou 55 pessoas contaminadas por radiação, sendo
3 em estado grave. A princípio as pessoas que moravam em um
raio de 10km da usina foram orientadas a não saírem de casa,
mas como a reação nuclear parou em pouco tempo, o governo
suspendeu a recomendação dentro de dois dias. A reação
nuclear parou algumas horas depois, mas segundo os
especialistas ela só seria interrompida com o fim do material
radioativo. O Acidente foi o mais grave ocorrido, desde
a explosão de um reator em Chernobyl (Ucrânia), em 1986.
Também ficou conhecido como o mais grave acidente da história
do Japão até então.
A causa conhecida do acidente foi o excesso de urânio no
reprocessamento, que serve para recuperar parte do combustível
nuclear usado na geração de eletricidade nas usinas. A
quantidade máxima seria de 2,3kg, mas os técnicos haviam
utilizado 16kg.
A radiação liberada
afetou mais de 600
pessoas.
Baía de Guanabara, 2000
Em 18 de janeiro de 2000, um vazamento de óleo em grandes
proporções foi responsável por mudar o cenário da Baía de Guanabara.
Em virtude de um problema originado em uma das tubulações da
Refinaria Duque de Caxias, em torno de 1,3 milhões de litros de óleo
cru foram lançados na baía de Guanabara. A mancha de óleo se
estendeu por uma faixa superior a 50 quilômetros
quadrados, atingindo o manguezal da área de proteção ambiental de
Guapimirim e diversas praias que são banhadas pela baía de
Guanabara.
Até hoje os poucos pescadores que ainda pescam na Baía de
Guanabara verificam uma queda na produção de 70% da captura de
pescado. Após o desastre ambiental muitas espécies de peixes
desapareceram e os pescadores até hoje trazem as redes de pesca
sujas de óleo que ainda estão depositados no fundo da Baía e nos
manguezais.
Inúmeras espécies da fauna e flora foram afetadas, além de provocar
graves prejuízos de ordem social e econômica à população, que tirava
o seu sustento das atividades ligadas aos recursos hídricos da Baía.
O presidente da Petrobrás daquele ano, Sr. Henri Phillipe Reichstul,
admitiu a existência de falha na instalação do oleoduto PE-2,
resultando no acidente. Responsável pela Refinaria Duque de Caxias,
a Petrobrás foi multada em R$94 mil. Metade do valor aplicado pela
FEEMA e o restante pelo instituto Estadual de Florestas. O valor da
multa do Ibama, por sua vez alcançou R$50 milhões. A Petrobrás foi
beneficiada com um desconto de cerca de 30% pelo pagamento
antecipado da multa.
"O óleo da
superfície foi
limpo, mas muita
coisa foi para o
fundo. Não foi só
o derramamento,
o pescador está
sofrendo pelos
muitos navios
petroleiros que
navegam e dutos
que têm sido
colocados. Muita
gente deixou de
pescar“ -
´Pescador

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