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Agrupamento de Escolas José Maria

dos Santos

E.B. Salgueiro Maia

Docente: Carla Susana Mendes Santana Costa


Modelo de Auto Avaliação da Biblioteca
Escolar no Contexto Escola/Agrupamento
“A biblioteca constitui um instrumento essencial do
desenvolvimento do currículo escolar e as suas
actividades devem estar integradas nas restantes
actividades da escola e fazer parte do seu projecto
educativo. Ela não deve ser vista como um simples
serviço de apoio à actividade lectiva ou um espaço
autónomo de aprendizagem e ocupação de tempos
livres”. (Veiga, 2001)
“Está comprovado que quando os
bibliotecários e os professores trabalham
em conjunto, os alunos atingem níveis mais
elevados de literacia, de leitura, de
aprendizagem, de resolução de problemas e
competências no domínio das tecnologias
de informação e comunicação”
(IFLA/UNESCO, 1999)
“Este modelo tem por principal finalidade proporcionar às bibliotecas
escolares (BE) um instrumento regulador e de melhoria contínua,
que lhes permita avaliar a forma como estão a concretizar o seu
trabalho e que resultados estão a alcançar, constituindo-se como
um meio indispensável de qualificação das BEs e das próprias
escolas, no cumprimento da sua missão e objectivos. “
(RBE,2009)

“Measuring success is not an end in itself; it is a tool for


improvement” (Elspeph S Scott)
A estrutura do Modelo e as
metodologias de operacionalização

Domínios e subdomínios a avaliar - São as


áreas em que a Biblioteca Escolar e avaliada
em relação ao cumprimento dos objectivos
da sua acção e o seu impacto no processo
educativo;

É avaliado um domínio por ano lectivo.

A avaliação está completa ao fim de quatro anos.


Domínios e subdomínios:

A. Apoio ao Desenvolvimento Curricular


A.1. Articulação curricular da BE com as estruturas pedagógicas e
os docentes A.2. Desenvolvimento da literacia da informação
B. Leitura e Literacias
C. Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à
Comunidade
C.1.Apoio a actividades livres, extracurriculares e de
enriquecimento curricular
C.2. Projectos e parcerias
D. Gestão da Biblioteca Escolar
D.1. Articulação da BE com a Escola/Agrupamento. Acesso e
serviços prestados pela BE
D.2. Condições humanas e materiais para a prestação dos
serviços
D.3.Gestão da colecção
Os domínios/ sub domínios possuem:
• Indicadores - as zonas nucleares de
intervenção em cada domínio onde se realizará a
apreciação sobre a qualidade da BE;
• Factores críticos de sucesso - situações,
ocorrências e acções que concretizam o
respectivo indicador;
• Recolha de evidências que irão servir de
suporte à avaliação;
• Acções para a melhoria - sugestões de acções
a desenvolver para melhorar o desempenho da
Biblioteca Escolar em determinados campos.
Perfis de desempenho:
Divide-se em 4 níveis que avaliam o desempenho em cada
domínio/subdomínio
– Descritores – Descrevem a acção da BE em cada um dos
níveis.
4 - A BE desenvolve um trabalho Excelente, de grande
qualidade e um impacto muito positivo neste domínio.
3 - A BE desenvolve um trabalho com qualidade neste Bom
domínio mas poderá melhorar em alguns aspectos.
2 - A BE começou a desenvolve rum trabalho satisfatório neste
domínio, mas necessita melhorar o desempenho para que o
seu impacto seja mais eficaz.
1- A BE desenvolve pouco ou nenhum trabalho neste domínio, o
seu impacto é fraco/muito reduzido, necessitando intervir com
urgência nesta área.
Amostra – 20% do número de alunos
– 10% do número de professores

Recolhe três tipos de informação:

– Contextual - o meio sociocultural da Escola e o próprio


funcionamento da Escola
– Quantitativa – evidências mensuráveis
– Qualitativa – a qualidade dos recursos e das acções e o seu
impacto no processo de ensino/ aprendizagem.

Recolha de evidências: organização dos espaços da BE,


horário, horário da equipa, número de computadores, número
material livro e não livro; Materiais produzidos pela BE em
articulação curricular com as turmas, planificações de trabalho,
trabalhos realizados pelos alunos; Documentos que regulam a
actividade da Escola: PEE, PCT, e da BE:PAA, Regulamento,
Regimento, Instrumentos elaborados para recolha de
informação: grelhas, entrevistas, questionários, …
O papel e mais valias de Autoavaliação
da BE

É um instrumento pedagógico de avaliação contínua que permite:


-Contribuir para a afirmação e reconhecimento do papel da BE
na Escola (Noção de Valor);
-Verificar a contribuição das BEs para a execução dos objectivos
de escola e agrupamento.
-Demonstrar a contribuição da BE no Processo de Ensino
/Aprendizagem dos alunos e no seu sucesso;
- Avaliar a qualidade da Biblioteca Escolar (Eficácia);
- Melhorar os serviços;
- Reflectir sobre o trabalho desenvolvido que permite identificar
pontos fracos e desenvolver planos de melhoria;
- Implementar/desenvolver boas práticas;
- Adaptar a BE à realidade da Escola (Flexibilidade).
- O Modelo está Integrado nas práticas habituais da BE
(Exequibilidade).
O Processo de Implementação e o necessário
envolvimento da escola/agrupamento

1º Fase da etapa de aplicação do Modelo:


 Sensibilização da comunidade educativa dos objectivos e
finalidade da avaliação;
 Escolha de um domínio que será avaliado e fundamentação
da escolha;
 Adequação do modelo à realidade da escola e/ou
agrupamento;
 Calendarização do processo;
 Escolha da amostra;
 Recolha de evidências.
2ª Fase

 Interpretação da recolha de dados;


 Definição dos perfis de desempenho para cada domínio ou sub
domínio;
 Realização de um relatório assinalado pontos fortes e pontos
fracos;
 Definição de um plano de melhoria;
 Apresentação de um relatório aos órgãos de gestão e ao Conselho
Pedagógico;
 Divulgação dos resultados à comunidade educativa
A equipa de professores bibliotecários deve estar informada
e preparada para implementar o processo e redefinir práticas

A comunidade escolar (alunos, professores, enc. educação)


deverá ter um papel colaborativo nas acções de melhoria e
fornecer dados através de inquéritos ou outros meios;

Os órgãos de gestão dever-se-ão envolver no processo de


avaliação, “ser líder coadjuvante no processo de aglutinar
vontades e acções”

O Conselho Pedagógico deve analisar o relatório de avaliação


e propor acções de melhoria
A relação com o processo de planeamento

De modo a que a implementação do Modelo de


autoavaliação seja bem sucedida devem se respeitar os
seguintes factores:
- Articular prioridades e objectivos com a escola;
- O professor bibliotecário tem que ter um papel de
intervenção face aos problemas identificados;
- Gerir as evidencias recolhidas para comunicar o valor da
Biblioteca escolar e colmatar dificuldades;
- “Articular, colaborar e comunicar permanentemente com os
vários intervenientes” (EISENBERG/MILLER,2002)
A elaboração do relatório

Após se obter o resultado da avaliação é elaborado um


relatório final, que define pontos fortes, pontos fracos e as
acções de melhoria a implementar.
O relatório da avaliação deve ser discutido e aprovado em
Conselho Pedagógico assim como o plano de melhoria que
vier a ser delineado.
É definido um plano de acção para a BE de acordo com os
resultados da avaliação e os objectivos da escola e
agrupamento. Poderá haver mudança de práticas
perspectivando-se a melhoria.
A integração dos resultados na
autoavaliação da escola

Do relatório de avaliação da Biblioteca Escolar deverá


sair um resumo para integrar o relatório de avaliação
global da escola.

Ao avaliar a escola a inspecção da avaliação externa


“medirá” o impacto da Biblioteca Escolar, referindo-o
num relatório final.

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