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FISIOTERAPIA EM

NEONATOLOGIA E
PEDIATRIA

PATOLOGIAS RESPIRATÓRIAS
Asma, Bronquiolite, Pneumonia e
Fibrose Cística
EQUIPE:
• Amanda Girlane • Natália Lobê
• Bárbara Andrade • Pamela Nascimento
• Daniana Costa • Priscila Britto
• Gabriela Comodo • Renata Fontes
• Isabella Comodo • Sarah Xavier
• Juliane Ribeiro • Simone Sampaio
• Leilane Assis • Tatiane Santos
• Lisandra Carvalho • Thaiane Lima

Prof. Msc. Amanda Araújo


Prof. Catarina Sapucaia
ASMA
ASMA
Asma é uma doença inflamatória crônica, caracterizada por sinais e sintomas recorrentes
ou persistentes de obstrução de vias aéreas, relacionados à hiperresponsividade brônquica
e desencadeados por fatores como exercício físico, alérgenos e infecções virais.

Grande problema de saúde


Ciclo contínuo de
afetando pessoas de todas as
agressão e reparo
idades.

Alterações estruturais
irreversíveis
REVERSÍVEL
ASMA
Classificação quanto a
gravidade:
Intermitente

Persistente
Grave
leve

Persistente
moderada
INTERMITENTE PERSISTENTE PERSISTENTE PERSISTENTE
LEVE MODERADA GRAVE
Sintomas: Falta < ou= 1 vez por semana > Ou = 1 vez por Diários mas não Diários e continuos
de ar, aperto no semana continuos
peito, chiado e
tosse.

Atividades Em geral normais Limitação para Prejudicadas Limitação diária


grandes esforços
Crises Ocasionais Infrequentes Frequentes Frequentes - Graves

Sintomas Raros Ocasionais Comuns Quase diarios


noturnos
Broncodilatador < 1 vez/semana < 2 vezes/semana > Duas vezes na >2vezes/dia
para alivio semana

* As crises da asma, de qualquer gravidade, ocorrem de forma gradual, com deterioração clínica
progressiva em 5 a 7 dias.
(DIRETRIZES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E
TISIOLOGIA PARA O MANEJO DA ASMA, 2012.)
ASMA
o Estima-se que 60% dos casos de
asma sejam intermitentes ou
persistentes leves, 25% a 30%
moderados e 5% a 10% graves.

o Os asmáticos graves são a


minoria, mas representam a parcela
maior em utilização de recursos.
EPIDEMIOLOGIA - ASMA
É uma das doenças
crônicas mais Afeta 300 milhões de
frequentes na criança. pessoas em todo o mundo

Sendo em 2025 a O número de casos de asma


doença crônica com infantil tem aumentado e
maior prevalência na estima-se que, atualmente, afete
infância. cerca de 15% das crianças
EPIDEMIOLOGIA - ASMA
o No Brasil, aproximadamente 20 milhões de
asmáticos, para uma prevalência global de 10%.
o Em 2011 foram registradas 160 mil
hospitalizações por asma quarta causa de
internações em todas as faixas etárias.
o Os gastos com asma grave consomem quase 25%
da renda familiar de pacientes de classe menos
favorecida, sendo que a OMS diz que esse valor
não ultrapasse 5%.
o (Diretrizes da sociedade brasileira de pneumologia e tisiologia para o manejo da asma,
2012).
DIAGNÓSTICO
Episódios Duração dos
recorrentes de sintomas maior Radiografia
tosse e sibilância que 10 dias

Tosse induzida Sintomas que


por exercício, persistem após 3
choro ou riso. anos de idade

Sibilância/tosse
Tosse noturna
induzida por
sem resfriado
alérgenos
DIAGNÓSTICO
Espirometria

Elevação de
eosinófilos no escarro

Teste de
broncoprovocação
ETIOLOGIA
Variedade determinantes
Ambientais( Poeira,
Predisposição Genética animais de estimações, Infecção Viral
mofo , alergia alimentar
e outros)

Exercício Físico e
Tabagismo passivo
Mudança Climática
FISIOPATOLOGIA
Edema + Hipersecreção de muco + Obstrução
Contração da musculatura lisa brônquica
brônquica.

• Lesões e alterações na integridade


epitelial.
• Anormalidade do tônus da VA
• Extravasamento vascular
• Hipersecreção de muco
• Broncoespasmo
OBJETIVOS TERAPÊUTICOS

Fisioterapia respiratória

Manter permeabilidade da VA
Fortalecer MR
Estimular AVD

O Fisioterapeuta conta com recursos e técnicas


que devem ser indicados de acordo com a clínica
e necessidade do paciente.
TERAPIA DE HIGIENE BRÔNQUICA

o A terapia de higiene brônquica envolve o uso de técnicas não invasivas de depuração das
vias aéreas destinadas a auxiliar na mobilização e remoção de secreções e melhorar o
intercâmbio gasoso. São elas:

• Drenagem Postural
• Tosse Dirigida
• Técnica da Expiração Forçada (TEF)
• Percussão e Vibração
• Ciclo Ativo da Respiração
• Válvula de Flutter
TERAPIA DE EXPANSÃO PULMONAR

o Aumenta o gradiente de pressão transpulmonar, seja pela diminuição


da pressão pleural ou aumento da pressão alveolar.

Terapia com Pressão Positiva: CPAP Espirometria de incentivo


TERAPIAS POSTURAIS

Grande utilização
Encurtamento da
dos Músculos
cadeia insp.
acessórios
oRPG

oRTA
Padrão
Deformidades
diafragmático
torácicas
deficiente
TREINAMENTO MUSCULAR INSPIRATÓRIO E
FÍSICO

TMI

TREINAMENTO
THESHOLD
FÍSICO
PERGUNTA
EM RELAÇÃO A ASMA MARQUE A ALTERNATIVA
VERDADEIRA:

A) É uma doença acompanhada por hiporresponssividade brônquica


B) Trata-se de uma patologia irreversível.
C) Uma das formas de diagnostica-la é através da Espirometria.
D) Nesta patologia a terapia de higiene brônquica diminui o gradiente
de pressão transpulmonar.
O PRIMEIRO PASSO PARA O DIAGNÓSTICO É
SUSPEITAR DE ASMA É :

A) Em todas as crianças que apresentem episódios recorrentes de


tosse e sibilância.
B) Episódios freqüentes de sibilância, Sibilância/tosse não induzida
por exercício, choro ou riso;
C)Sibilância/tosse induzida por alérgenos e apenas infecções
respiratórias virais;
D)Tosse noturna sem resfriado, sintomas que persistem após 6 anos
de idade e duração de sintomas maior do que 10 dias.
PNEUMONIA INFANTIL
PNEUMONIA INFANTIL

É uma infecção nos pulmões conhecida


como infecção do trato respiratório
inferior.

Inflamação aguda dos pulmões

Causada por vírus e também por


bactérias.
TIPOS DE PNEUMONIA
• Pneumonia adquirida na comunidade (PAC), uma
infecção adquirida fora do hospital;

• Pneumonias bacterianas da infância, o


Streptococcus pneumoniae é o patógeno mais
incidente.

• Pneumonia adquirida no hospital (PAH) ocorre


após 48 horas da admissão hospitalar;

• Pneumonia adquirida pela ventilação mecânica


(PAVM) é a infecção relacionada à intubação
endotraqueal e ventilação mecânica invasiva.
TIPOS DE CONTAMINAÇÃO

• Aspiração de secreção contaminada (Vias


superiores e atinge a rinofaringe);
• Infecções virais das vias aéreas sup. Primárias
(Predispondo a contaminação bacteriana das
vias aéreas inferiores. ativ. Ciliar);
• Através da via hematogênica (patógeno atinge
o parênquima (piodermite, infecção urinária,
meningite);
• Contiguidade, sendo mais rara (infecção
localizada no pericárdio, fígado, gradil costal –
traumatismo torácico).
EPIDEMIOLOGIA

Estima-se que ocorram


Em 2015, 900.000
cerca de 156 milhões em 20 milhões de internação
crianças morreram de
crianças menores de 5 hospitalar.
pneumonia.
anos.

No Brasil, as pneumonias
15% da mortalidade em agudas são responsáveis
crianças menores de 5 por 11% das mortes em
anos. crianças com idade
inferior a 1 ano.
FISIOPATOLOGIA
Exsudação
Lesão da mucosa Descamação
Microrganismos alveolar e
resp. celular
brônquica

Afluxo de Da atividade intra – alveolar Edema intersticial


neutrófilos (proc. Inflamatório)

Barreira alvéolo -
capilar Alteração V/Q Trocas gasosas Hipoxemia
MANIFESTAÇÕES CLINICAS

o Os Sinais e Sintomas são inespecíficos e variam de acordo com o micro-


organismo, a extensão da infecção no parênquima pulmonar e idade do
paciente.

o Recém nascidos podem não apresentar tosse (iniciam c/ taquipneia e


podem progredir para tiragens, gemência expiratória, batimento da asa de
nariz, balanceio da cabeça, cianose, hipotermia e/ou hipertermia).

o As infecções das vias aéreas superiores (tosse seca ou produtiva,


dispneia, broncoespasmo e febre).

o As crianças maiores e os adolescentes, além do desconforto resp., sinais


e sintomas extrapulmonares. Pneumonias nos lobos superiores e
inferiores.
DIAGNÓSTICO

Febre, taquicardia, taquipneia, Crianças menores pode se


dispneia e tosse produtiva. queixar de dor torácica pleurítica.

EC mostra redução do MV e
Exame laboratorial, hemograma
maciez a percussão do HT
completo
envolvido

Radiografia de tórax Ecografia


DIAGNÓSTICO

Doenças não infecciosas podem simular um quadro clínico de pneumonia na


infância:

• Insuficiência cardíaca
• Bronquite
• Asma
• Edema agudo de pulmão
• Atelectasias
• Tumores
COMPLICAÇÕES
São influenciadas por: agente etiológico, condições do hospedeiro, adesão
e resposta terapêutica proposta.

• As mais frequentes são:


• Derrame pleural
• Pneumatocele
• Abcesso pulmonar
• SDR
• Sepse
PNEUMONIA NEONATAL

A pneumonia neonatal ocorre até aos 28 dias de


vida e pode ser:

• Precoce: se os sintomas começarem nos primeiros


3 dias de vida;
• Tardia: quando ocorre após os 3 dias de vida.

A Pneumonia precoce pode ser classificada em:

• Adquiridas antes do nascimento ou congênitas.


• Adquiridas durante o nascimento.
DIAGNÓSTICO

oÉ de difícil identificação;

oManifestações clínicas e radiológicas


são inespecíficas;

oPadrões laboratoriais são de pouco


valor, pois indicam alterações
sistêmicas inespecíficas;
FATORES DE RISCO E PARÂMETROS CLÍNICOS, RADIOLÓGICOS E
LABORATORIAIS PARA DEFINIÇÃO DE PNEUMONIA NEONATAL
• Corioamnionite clínica:17 - Febre materna (>38C) - FC
Fatores de risco: materna >100bpm - GB materno >20.000/mm3 - FC fetal
>160bpm - Útero doloroso – Fisiometria;
• Rotura de membranas amnióticas >18h;
• Trabalho de parto prematuro sem causa aparente ;
• Colonização materna por estreptococo beta hemolítico do
grupo B.

• Intolerância alimentar
Sinais clínicos sugestivos de sepse: • Letargia
• Hipotonia
• Hipo ou hipertermia
• Distensão abdominal

Imagens radiológicas que permanecem • Infiltrado nodular ou grosseiro


• Infiltrado granular fino e irregular
inalteradas por mais de 48 horas • Broncogramas aéreos
• Edema pulmonar
• Consolidação segmentar ou lobar

Triagem laboratorial positiva para sepse: • Escore hematológico de Rodwell ≥318


• Proteína C reativa positiva
TRATAMENTO

Deve ser iniciada


imediatamente após o Antibióticos Domiciliar com
diagnóstico; acompanhamento
(amoxicilina); ambulatorial

Hospitalar: oxigenoterapia,
VNI,VNC, Respirador
Orientar a família (FiO², PIP, PEEP, Ti, Te,
relação insp/exp, FR,
fluxo).
OBJETIVOS FISIOTERAPÊUTICOS

• Objetivos da Fisioterapia: • As técnicas indicadas são:

• Otimizar a função respiratória. • Fortalecimento dos músculos da mecânica


• Promover a mobilização e retirada de respiratória
secreções de vias aéreas. • Manobras de higiene brônquica (percussão,
• Manter a permeabilidade das vias aéreas. vibração, drenagem postural)
• Prevenir e tratar complicações pulmonares. • Exercícios de reexpansão pulmonar
• Caso a criança esteja em ventilação • Estímulo de tosse e aspiração traqueal em
mecânica ou com suporte de oxigênio, crianças em ventilação mecânica.
trabalhar para favorecer o desmame.
PERGUNTA
3. EXISTEM ALGUNS TIPOS DE PNEUMONIA. MARQUE A
LETRA CORRETA DO PATÓGENO MAIS INCIDENTE NA
PNEUMONIA BACTERIANA INFANTIL.

A) Streptococus pneumonia 1
B) Streptococus pneumoniae
C) Mycoplasma pneumoniae
D) Streptococus pyogenes
E) Stafhylococus áureos
2) DE A CORDO A FISIOPATOLOGIA DA
DOENÇA, ELA "COMEÇA COM" E "TERMINA
COM". RESPECTIVAMENTE.

a - Microrganismos e Hipoxemia
b - Edema Intersticial e Alteração de V/Q
c - Lesão da Mucosa resp. e Diminuição de trocas gasosas
d - Afluxo de neutrófilos e Descamação celular
QUAL DESSAS ALTERNATIVAS NÃO SE
CONSTITUEM COMO DIAGNÓSTICO DA
PNEUMONIA INFANTIL?

a Taquicardia
b Tosse Improdutiva
c Taquipneia
d febre
BRONQUIOLITE
BRONQUIOLITE

oÉ uma infecção respiratória aguda de etiologia


viral.
oCompromete bronquíolos, através de um
processo inflamatório agudo, levando a um
quadro respiratório do tipo obstrutivo com graus
variáveis de intensidade.
ETIOLOGIA
o É predominantemente uma infecção viral do trato respiratório sendo o vírus
sincicial respiratório (VSR) o agente mais frequente.

o Menos comumente são encontrados os agentes: vírus parainfluenza,


metapneumovírus humano, vírus influenza, adenovírus, rinovírus, coronavírus e
bocavírus humano (descoberto em 2005).

o No Brasil, a prevalência do VSR varia de 21 a 67,8%, dependendo da metodologia


empregada, população e região estudada.
ETIOLOGIA

oPode haver presença de mais de um vírus de forma


concomitante.

oA taxa de coinfecção varia entre 10 e 30%, sendo


controverso se a coinfecção aumenta a gravidade.

oNão há evidências de que bactérias típicas causem


bronquiolite, contudo há relatos de que bactérias
atípicas como Mycoplasma pneumoniae possam
causar bronquiolite.
EPIDEMIOLOGIA
O pico de incidência é entre o 2º e 6º mês de idade.
Caráter epidêmico, surgindo habitualmente nos meses frios.

Fatores de risco para gravidade e complicações


• Baixo peso ao nascimento;
• Gemelaridade;
• Prematuridade;
• Doença pulmonar subjacente;
• Cardiopatia congênita;
• Imunodeficiência;
• Doença neurológica;
• Exposição ao fumo do tabaco.
FISIOPATOLOGIA:

Vírus Áreas de
Alteração
penetram no pequeno
inflamatória
epitélio calibre

Edema local e
Obstrução
tampões
DIAGNÓSTICO

Essencialmente Histórico clínico e


clínico exame físico

Início agudo de
Idade entre 0 e 2 SR: Coriza, tosse,
anos. espirros precedidos
ou não de febre.
DIAGNÓSTICO
Ao exame físico:
o Taquipneia, tiragem, gemido expiratório, retração subcostal e intercostal.
o Nos casos graves, a dispneia é progressiva, pode haver batimento de asa de nariz e
chegar a cianose com falência respiratória.
o Pequenos lactentes com antecedente de prematuridade podem apresentar apneia.

Na ausculta pulmonar:
o Prolongamento do tempo expiratório.
o Sibilos e estertores finos.
o Muitos apresentam o abdômen distendido, e o fígado e baço podem estar palpáveis
devido à hiperinsuflação pulmonar.
DIAGNÓSTICO

RADIOGRAFIA DE TÓRAX

• Pode ser útil nos casos graves, quando ocorre piora súbita do quadro respiratório ou
quando existem doenças cardíacas ou pulmonares pré-existentes;
• Principais achados:
Hiperinsuflação torácica difusa;
Hipertransperência;
Retificação diafragmática;
Broncograma aéreo com infiltrado de padrão intersticial;
Atelectasias, infiltrado de baixa intensidade e discreto espessamento pleural
DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO

• Realizado a partir do aspirado de secreções respiratórias.

HEMOGRAMA, HEMOCULTURA,
PCR/PROCACITONINA
• Leucograma tem pouca utilidade diagnóstica
• A contagem de leucócitos e diferencial são geralmente normais.
• Isolamento viral pode ser realizado por amostras de lavado nasal pela detecção de
anticorpos por fluorescência indireta, PCR, cultura viral.
• É frequentemente empregado apenas para vigilância epidemiológica

GASOMETRIA

• Hipóxia pode ser observada e a retenção de CO2 pode ocorrer nos casos
graves.
TRATAMENTO
NÍVEL HOSPITALIZAÇÃO 15% TERAPIA
1 A 3%
AMBULATORIAL INTENSIVA

O tratamento indicado é:
o Hidratação, umidificação das VA´s, adequada nutrição,
desobstrução nasal, aerossolterapia e, em casos mais
graves, oxigenoterapia ou mesmo, suporte ventilatório.
OBJETIVOS E TRATAMENTOS
FISIOTERAPÊUTICOS

Avaliação inicial:

o Idade e peso.
o História respiratória, histórico da doença atual.
o Ocorrência de vômitos e tosses.
o Tratamento médico e farmacológico.
o Ausculta pulmonar, grau de fadiga da
musculatura respiratória.
Posicionamento
Segundo o consenso de bronquiolite é
aconselhado:

o Decúbito dorsal.
o Elevação da cabeceira a 30°.
o Ligeira extensão da cabeça.
oMANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO BRONQUICA:

oCompressão + vibração

oAceleração de fluxo expiratório (AFE)

oManobra de higiene bronquica (Aspiração nasotraqueal, orotraqueal


ou endotraqueal).
VENTILAÇÃO MECÂNICA E VENTILAÇÃO
NÃO INVASIVA
• A VNI É recrutada nos cursos ruins de evolução e, nos casos mais graves a
VM, para assegurar níveis adequados de gases arteriais e reduzir o trabalho
respiratório.
• VNI: (CPAP), com prong nasal:
PEEP: 5 cmh2o SPo2: > 90% FIo2: até 0,6 CPAP: 10 á 12 cmh2o

• VM: Modalidade ventilatória de Preferência é, ventilação mandatória


intermitente (IMV).
Pressão de pico < VC efetivo: PEEP: (5 FR: INICIAL FIO2: (0,6) RELAÇÃO I:E
Pressão de platô: 35 á (7 á 8 cmh2o) (8 á 16 irpm) ( 1:3)
40 cmh2o ml/kg)
PERGUNTA

NA BRONQUIOLITE O DIAGNÓSTICO É ESSENCIALMENTE


CLÌNICO. O QUE PODE SER ENCONTRADO NO EXAME FÍSICO E
NA AUSCULTA PULMONAR RESPECTIVAMENTE?

• a- Prolongamento do tempo inspiratório, tiragem, bradipneia, retração


subcostal.
• b- Sibilos, estertores finos, prolongamento do tempo inspiratório, bradpneia.
• c- Tiragem, taquipneia, batimento de asa de nariz, retração intercostal.
• d- Tiragem, taquipneia, sibilos e prolongamento do tempo expiratório.
2 QUAL O POSICIONAMENTO IDEAL DA CRIANÇA COM
BRONQIOLITE AGUDA NA FASE INICIAL:

A) Decúbito Dorsal, elevação da cabeceira a 30°, ligeira flexão da cabeça.


B) Decúbito ventral, elevação da cabeceira a 35°, ligeira flexão da cabeça.
C) Decúbito dorsal, elevação da cabeceira a 30°, ligeira extensão da
cabeça.
D) Decúbito ventral, elevação da cabeceira a 40°, ligeira extensão da
cabeça.
FIBROSE CÍSTICA
”Infeliz da criança que, quando beijada na fronte, apresente
sabor salgado. Ela está fadada a morrer precocemente”.
(Antigo dizer folclórico norte-europeu)
O QUE É FIBROSE CÍSTICA?

oÉ uma doença multissistêmica, genética, hereditária, autossômica e


recessiva.
oTambém conhecida como mucoviscocidose ou Doença do Beijo Salgado.
oCausada por mutações do gene CFTR (Cystic Fibrosis Transmembrane
Conductance Regulator), gerando alterações no transporte
transmembranar epitelial de cloro, sódio e água.
ETIOLOGIA
O Gene da muco viscosidade se encontra no braço
longo do cromossomo 7
Fonte:http://www.fibrocis.com.br/

E codifica uma proteína designada pela sigla


CFTR

Ela se expressa na camada bi lipídica da


membrana apical das células constituindo o canal
de cloro.

Esse gene anormal se transmite como um fator


recessivo autossômico
Predomínio – Heterozigoto
EPIDEMIOLOGIA

Fonte: Registro Brasileiro de fibrose cística, 2015


Fonte: Registro Brasileiro de fibrose cística, 2015.
FISIOPATOLOGIA

Fonte: jped.com.br
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

(Fonte: www.rs.gov.br)
SINTOMAS
Pneumonia de
Tosse crônica Diarreia
repetição

Dificuldade para Baqueteamento


Pólipos
ganhar peso e
estatura nasais digital

Disfunção Concentrações
Doença elevadas de
pancreática
hepática eletrólitos no suor.
exócrina
Fonte: unidospelavida.org.b
DIAGNÓSTICO
Triagem neonatal
• Teste do pézinho
• Teste do tripsinogênio imunorreativo (IRT)
Teste do suor (Padrão Ouro)

Análise das mutações do Gene CFTR


unidospelavida.org.b

Fonte:http://noticias.ne10.uol.com.br/interior/agreste/noticia/2
018/02/22/teste-do-pezinho-e-disponibilizado-em-belo-jardim-
723121.php
Fonte:http://astha.com.br/cursos/#coletado_do_suor_em_re
cem_nascidos

Fonte: Jornal Brasileiro De Pneumologia


TRATAMENTO
Medicamentoso
• Antibióticos
• Anti-inflamatório
• Broncodilatadores
• Mucolíticos
Procedimentos
• Oxigenoterapia
• Transplante de pulmão (casos mais graves)
• Suporte nutricional
• Suporte psicológico e social
• Terapia Gênica
• Técnicas fisioterapêuticas
AVALIAÇÃO TERAPÊUTICA

VEF1 Avaliação da FMR

Oximetria de pulso Gasometria arterial

Ausculta pulmonar Radiografia de tórax


OBJETIVOS TERAPÊUTICOS

- Desobstrução e ventilação das VA, bronquíolos e


brônquios.

- Preservar função pulmonar.

- Prevenir complicações musculoesqueléticas


- Permitir boa qualidade de vida.
FISIOTERAPIA
Drenagem postural
Percussão
Técnica do ciclo ativo
da respiração – CAR
Vibração
Drenagem autógena –
DA Técnica de expiração
forçada – TEF
Aerossolterapia
Pressão expiratória
positiva – PEEP
Oxigenoterapia
Fonte:www.draeger.com

CPAP- Pressão Positiva

Fonte:http://saude.culturamix.com/t
ratamento
/drenagem-postural
FISIOTERAPIA

Drenagem Postural
Oxigenoterapia Incentivadores Respiratórios

Mobilização torácica

Aerossolterapia
FISIOTERAPIA
Nos bebês e crianças, os pais devem ser ensinados a utilizar algumas técnicas
como: posicionamento de drenagem com auxilio da gravidade, percussão
torácica, incentivar brincadeiras de soprar e exercícios apropriados a idade.

brincadeiras-com-canudo-faca-voce-mesmo/

Fonte :https://pt.wikihow.com/Fazer-
Fonte:http://novotempo.com/ntkids/

as-de-Sab%C3%A3o
Bol
PERGUNTA
A FIBROSE CÍSTICA POSSUI UM DIAGNÓSTICO AINDA QUANDO
BÊBE ATRAVÉS DE TESTE E EXAMES DE DOSAGENS DAS
MUTAÇÕES E SE O MESMO NÃO FOR IDENTIFICADO NA
INFÂNCIA DISPOMOS DE OUTRO EXAME PARA DIAGNÓSTICO.
ANALISE AS OPÇÕES ABAIXO E MARQUE A CORRETA:

a) Teste do pezinho, espirometria e THB.


b) Teste de suoor, analisar os íons de cloro e Potássio.
c) Teste do pezinho, analise das mutações dos gene do CFTR e Teste de suor.
PERGUNTA
OS TRATAMENTOS CONVENCIONAIS, TRAZEM UMA
PROFILÁXIA E CONTROLE DOS SINTOMAS PULMONARES,
QUAL A ALTERNATIVA INCORRETA?

a ) Fisioterapia respiratória, atividade física e aerossolterapia.


b) Antibioticoterapia, suporte nutricional e nebulizador
c) Flutter, DA, uso de peelling magistrais corticoídes.
d) Enzimoterapia, ginástica respiratória, Drenagem autogéna.
REFERÊNCIAS
• MARIANA SPADINI DOS SANTOS. Bronquiolite: Diretrizes para o diagnóstico, tratamento e
prevenção. 2008. Disponível em:
<http://www.saudedireta.com.br/docsupload/1341342951Bronquiolite.pdf>. Acesso em: 15 maio 2018.
• BUENO, Fernanda U et al. Doenças obstrutivas de vias aéreas inferiores na criança: Broquiolite viral aguda
e Asma Aguda. Série de Terapia Intensiva, P. Alegre, v. 01, n. 02, p.01-10, jan. 2010. Disponível em:
<http://www3.pucrs.br/pucrs/files/uni/poa/famed/curr3304/4tepedbronquioloiteeasma.pdf>. Acesso em: 15
maio 2018.
• NIENKOETTER, Juliana Martins; FERNANDES, Márcia; SCHIVINSKI, Camila Isabel Santos.
Fisioterapia e pneumonia em crianças: uma revisão sistemática. Pediatria Moderna, Florianópolis, v. 48, n.
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<http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?id_materia=5002&fase=imprime>. Acesso em: 15 maio 2018.
• FRAGA, José Carlos; KIM, Peter. Abordagem cirúrgica da efusão pleural parapneumônica e suas
complicações. J Pediatr, Rio de Janeiro, v. 78, n. 02, p.161-170, jan. 2002. Disponível em:
<http://www.jped.com.br/conteudo/02-78-S161/port.asp>. Acesso em: 15 maio 2018.
• ALMEIDA, Ana Paula Marques de; MEJIA, Dayana Priscila Maia. A Eficácia da Fisioterapia Respiratória em Crianças com
Sintomas de Pneumonia Nosocomial em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica. 2014. 13 f. Monografia (Especialização) -
Curso de Pós-graduação em Fisioterapia em Pediatria e Neonatologia, Fasam, Goiania, 2014. Disponível em:
<http://portalbiocursos.com.br/ohs/data/docs/104/7-
A_EficYcia_da_Fisioterapia_RespiratYria_em_CrianYas_com_Sintomas_de_Pneumonia_Nosocomial_em_Unidade_de_Terapia_Int
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• SARMENTO, George Jerre Vieira. Fisioterapia Respiratória no Paciente Crítico. 3. ed. São Paulo: Manole, 2010.
• VERÔNICA STASIAK BEDNARCZUK DE OLIVEIRA (Curitiba) (Org.). O QUE É FIBROSE CÍSTICA?: Diagnóstico.
Disponível em: <http://unidospelavida.org.br/o-que-e-
fc/?gclid=Cj0KCQjwuMrXBRC_ARIsALWZrIhTQGb8fT68iLlSjv28UpBvIG4ZlfLviqdHJ4Dk8BhmMzx-
cnQoc8oaAst7EALw_wcB>. Acesso em: 15 maio 2018.
• ATHANAZIO, Rodrigo Abensur et al. Diretrizes brasileiras de diagnóstico e tratamento da fibrose cística. Jornal Brasileiro de
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<http://www.jornaldepneumologia.com.br/detalhe_artigo.asp?id=2682>. Acesso em: 15 maio 2018.
• FIBROSE Cística: tratamento correto controla a doença e melhora a qualidade de vida. 2015. Coordenada pelo MINISTÉRIO DA
SAÚDE. Disponível em: <http://www.blog.saude.gov.br/promocao-da-saude/50153-fibrose-cistica-tratamento-correto-controla-a-
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